quarta-feira, março 11, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Pelourinho de Óbidos
  
 Jumento do dia
    
Morais Sarmento

Outro que acha que o Cerejo é assessor de imprensa do PS e que o jornal Público é um órgão oficial do PS pago por Belmiro de Azevedo. Dizer que foi um partido a trazer o assunto dos calotes de Passos Coelho é jogo sujo, tenta iludir as responsabilidade sugerindo que houve mão maléfica a lançar a acusação. Enfim, mais um seguidor do homem da Coelha.

O espertinho do Morais Sarmento, que até é jurista, devia explicar se a fonte altera a gravidade dos factos, isto é, se tivesse sido o PS a levantar a questão, mentira por ele sugerida, isso teria alguma consequência na sua avaliação? Morais Sarmento também devia explicar se na sua opinião a oposição está proibida de fazer oposição de forma legítima.

«“Quando vi a maioria a insistir e a insistir e a insistir [nas declarações de António Costa], a minha única dúvida foi: ‘qual é que é o caso que o PS vai trazer para cima da mesa para contrariar o caso de António Costa’. E foi este [dívidas à Segurança Social]”, referiu o convidado da Rádio Renascença.

Para Nuno Morais Sarmento “a maioria não devia ter apostado no caso”, pois “uma coisa é fazer referência e apontar a incoerência e depois deixar que as pessoas pensam pelas próprias cabeças” e outra coisa “é intoxicar, permanentemente, com uma insistência que a partir de certa altura se torna absurda”.

O social-democrata acredita que “a história tinha levado outro caminho” se o primeiro-ministro “tivesse esclarecido que tivera essas falhas e omissões, que tinha respondido por elas com os juros de mora ou com multas ou com aquilo a que qualquer cidadão fica sujeito".» [Público]

 Candidatos a herdeiros da dinastia de Boliqueima

Perante o abuso de alguém que usa o cargo de presidente para tentar influenciar a escolha do seu sucessor acrescentado exigências que a Constituição não permite a única respotsa possível para um professor de direito ou para um ex-primeiro-ministro era a de que as exigências que se colocam a uma candidatura presidencial são as previstas na Constituição e que qualquer outra que Cavaco ou seja quem for acrescente é um abuso inaceitável.

Mas em vez disso Marcelo e Santana Lopes preferira fazer a figura triste de se porem a abanar o rabo de alegria por se sentirem enquadrados na exigência de Cavaco Silva, uma exigência inaceitável da parte de quem é Presidente da República e um pontapé grosseiro nos valores da República e da Constituição. Mas aprece que os ex-presidentes do PSD estão unidos em instituir a dinastia de Boliqueime na República Portuguesa.

É ridículo ver duas pessoas tão crescidinhas assumirem que fazem parte dos eleitos por Cavaco Silva pois esse gesto significa que aceitam que outros sejam excluídos pela regra idiota proposta pelo pior presidente ou monarca que Portugal teve ao longo da sua longa história.

 O último emigrante

Com o seu último prefácio dos roteiros da incompetência Cavaco Silva transformou-se em mais um emigrante, enquanto os jovens são convidados a emigrar em busca de conforto, Cavaco decidiu ser um emigrante político para encontrar no estrangeiro o prestígio e a dimensão política que nunca teve em Portugal.

 Ufa...

Ainda bem que os juízes dos tribunais plenários já não estão no activo, senão um democrata que fosse a tribunal por ter sido apanhado em excesso de velocidade ainda ia parar ao Aljube!

      
 Cavaco acha que Bruno de Carvalho não seria bom PR
   
«Com a ironia de Strauss-Kahn, se ao designar o seu sucessor dissesse "no FMI só um homem casto", Cavaco Silva definiu um critério para o próximo PR: "Ter alguma experiência na política externa." Reparem no "alguma" que, até a ele, lhe permitiria voltar a ser eleito se a Constituição deixasse: no fim de contas, numa viagem de Estado, Cavaco já foi à Capadócia. Enfim, um conceito vago, embora perigoso porque pode voltar a dar a Mário Soares, campeão de milhas, o seu recorrente desejo de se recandidatar. Houve redundância no critério para PR (vai de si que aquele que pode declarar guerra e ratificar os tratados internacionais deve saber resistir à tentação de invadir Badajoz), mas, apesar de comuns, as palavras de Cavaco voltaram a pedir explicador. Que é que o homem quis dizer com aquilo? Mas, meus senhores, ele já disse: o melhor é não escolher uma pessoa tipo Bruno de Carvalho, esse invadia Badajoz. Quanto ao mais, Cavaco não quis dizer nada. O que não impediu Marcelo e Santana de terem dado um passo em frente: "Eu encaixo no perfil traçado por Cavaco!", já vieram dizer, ambos. Na verdade, no perfil de Cavaco encaixa toda a gente. Está bem, com a exceção de Bruno de Carvalho. Agora, pôr o dedo no ar como se tivesse sido ungido por Cavaco Silva é que me parece pouco prudente. Entrar num critério tão geral nada significa. Já vangloriar-se da generalidade do critério de Cavaco é uma particularidade gravosa.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.


 Varoufakis diverte-se com a Maria Luís
   
«Yanis Varoufakis e Maria Luís Albuquerque não se cumprimentaram na reunião do Eurogrupo de segunda-feira. Mas ambos rejeitam que esse facto deva ser lido como um sinal de que não são boas as relações entre os ministros das Finanças da Grécia e de Portugal.

“Há só uma explicação geográfica” para o facto de não ter havido um cumprimento, garantiu Yanis Varoufakis, que não se quis prolongar sobre a polémica que nasceu depois de o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, ter acusado Lisboa e Madrid de terem tentado minar o acordo alcançado entre os parceiros europeus e a Grécia a 20 de fevereiro.» [Observador]
   
Parecer:

A senhora foi vítima da geografia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Belmiro de Azevedo bloquista
   
«Com Belmiro a deixar a posição de chairman (presidência não executiva), a Efanor irá propor que o seu filho ocupe o lugar. Mas Paulo Azevedo será também co-CEO (presidente executivo), cargo que repartirá com Ângelo Paupério (actual vice-presidente da Sonae SGPS) e que nos últimos anos liderou a Sonaecom (proprietária do PÚBLICO). Em Portugal, os CTT são a única companhia do PSI 20 em que o chairman acumula também a presidência executiva da empresa.» [Público]
   
Parecer:

Se um dos CEO fosse mulher dir-se-ia que a liderança da SONAE imitava a do BE.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Nem o Asimo gosta dela!
   
«Chegada ao Japão ontem de manhã, uma das primeiras deslocações de Merkel foi ao Museu Nacional da Ciência e Inovação. E aí conheceu Asimo, um robô humanoide criado pela Honda.

Mas não se pense que esta foi a estreia de Asimo nos cumprimentos a líderes mundiais: o robô cumprimentara o presidente dos EUA, Barack Obama, quando este visitou Tóquio em abril de 2014. Desta vez, algo falhou e no momento de estender a mão a Merkel, Asimo ficou imóvel, deixando a chanceler de braço estendido. Esta acabou por pegar ela na mão do robô e por se despedir com uma palmada no ombro.

A Procuradoria-Geral da República confirmou à SIC que o processo existe, mas não acrescentou mais dados, por respeito ao segredo de Justiça.

Carlos Alexandre terá sido ouvido no Tribunal da Relação de Lisboa, numa audiência que durou várias horas. A denúncia em que se baseia o inquérito é de que o juiz terá violado o segredo de justiça para dar informações protegidas a jornalistas em troca de contrapartidas, de acordo com o jornal Expresso.» [DN]
   
Parecer:

Há robots com bom gosto.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 E não fica em prisão preventiva?
   
«Após uma denúncia semelhante em janeiro que acabou por ser arquivada, o juiz volta a ser acusado de passar informações sob segredo de Justiça a jornalistas.

O juiz Carlos Alexandre foi ouvido na sexta-feira pelo Ministério Público no âmbito de uma denúncia de violação do segredo de Justiça, avança a SIC. É a segunda vez que o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal é ouvido por uma acusação semelhante, sendo que o primeiro caso foi arquivado.» [DN]
   
Parecer:

Se a curiosidade matou um gato um dia destes ainda vamos dizer que a vaidade matou o juiz.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Justiça de aldeia
   
«Santos Cabral aceitou ser o relator do acórdão, o que significa que não considerou haver qualquer impedimento para apreciar o pedido de habeas corpus. Mas não vai decidir sozinho. A sua apreciação será submetida a um juiz adjunto e, se não houver acordo entre os dois, terá ainda de ser analisado pelo presidente da secção criminal.

A defesa de José Sócrates entregou segunda-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal um pedido de libertação imediata do ex-primeiro-ministro, por considerar a prisão ilegal. De acordo com a SIC, a defesa a cargo dos advogados João Araújo e Pedro Delille alega que as escutas deviam ter sido validadas pelo Supremo Tribunal de Justiça, uma vez que os factos que estão em investigação dizem respeito ao período em que Sócrates chefiava o Governo.» [Expresso]
   
Parecer:

Como é possível confiar numa justiça onde num dia se é polícia e no dia seguintes se é juiz? Não faria sentido ser o próprio juiz a pedir escusa? Agora só nos resta esperar que o meretíssimo juiz concorde com o seu colega Alexandre e conclua que para Sócrates a prisão preventiva é pouco.

O agora juiz da relação não é um novato nas investigações a Sócrates, foi um animador do caso Freeport enquanto esteve à frente da PS, como o próprio o assumiu:

«O ex-director nacional da Polícia Judiciária, juiz Santos Cabral, assegurou, ontem, em declarações ao PÚBLICO que, até ter abandonado o cargo, em Março de 2006, o processo Freeport "teve o andamento prioritário e seguiu todos os procedimentos legais" e sublinha a certeza de que "ninguém ignorava a importância do processo".

O juiz Mouraz Lopes, então coordenador nacional do combate ao crime económico e financeiro da PJ, confirma. E nota que, a mando daquela direcção, foram realizadas buscas em Fevereiro de 2005 e expedida uma carta rogatória para Inglaterra, meio ano depois. O magistrado manifesta ainda a total disponibilidade para esclarecer "todos os pormenores sobre o assunto em sede própria" (Parlamento) se para isso for solicitado. » [Público]

   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Portugal tem um mentiroso na Presidência da República?
   
«avaco escreve no prefácio: "O insucesso da cimeira seria um golpe nos esforços de Timor-Leste para reforçar a sua credibilidade internacional. Neste quadro, uma questão não podia deixar de ser colocada: como reagiria Timor-Leste em relação a Portugal, encarado como o responsável pelo fracasso da Cimeira [se tivesse vetado a entrada]? Qual o efeito que isso teria sobre a difusão da língua portuguesa em Timor? Surpreende que muitos dos que defenderam ativamente o veto de Portugal à adesão da Guiné Equatorial tivessem ignorado os danos para Timor-Leste de uma tal decisão".

Ramos Horta protesta agora, dizendo que é uma "falsidade" atribuir a Timor-Leste um papel de relevo no lóbi para a adesão da Guiné-Equatorial à CPLP e considera que essa falsidade "tem sido propagada nos media portugueses desde a Cimeira de Dili de Julho de 2014".

E acrescenta: "De lembrar que na Cimeira de Luanda de 2010 registou-se um forte embaraço diplomático quando o Presidente da GE, estando presente e confiante que o seu país iria ser admitido, foi humilhado pelo veto de Portugal". Aparentemente, a história não lhe deu razão.» [Expresso]
   
Parecer:

Depois de termos um caloteiro em primeiro-ministro só nos faltava um mentiroso em Belém.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Averigue-se.»

 Na empresa do merceeiro holandês
   
«O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) voltou hoje a acusar a administração do Pingo Doce de "repressão" e "pressão psicológica" sobre os funcionários, anunciando que vai recorrer judicialmente das "dezenas de processos disciplinares" instaurados.

"Nos últimos meses e, mais recentemente, em algumas lojas do Pingo Doce no Porto e Grande Porto, têm vindo a instaurar processos disciplinares aos trabalhadores que têm tido quebras de caixa no final de um dia de trabalho", sustentou a dirigente sindical Natália Pinto.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Mas o homem não era um merceeiro exemplar?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se à sua fundação que estude as relações laborais no Pingo Doce.»

 Transparência, diz ele
   
«Parece uma pescadinha de rabo na boca: o dirigente da associação Transparência e Integridade, Paulo Morais, disse que “não é difícil perceber quem são os destinatários dos empréstimos concedidos pelo BES Angola”. A comissão parlamentar de inquérito ao BES pediu-lhe, então, que fornecesse os dados que possuía. A resposta chegou na segunda-feira, com uma lista de nomes, sim, mas baseada em artigos de um jornal angolano, o Folha 8, e nas próprias palavras de Paulo Morais, em três programas da CMTV e num artigo de opinião que publicou no Correio da Manhã.

“Junto, como solicitado, documentação relativa aos beneficiários de empréstimos por parte do Banco Espírito Santo – Angola (BESA)”, diz a folha de rosto endereçada a Fernando Negrão, o presidente da comissão de inquérito. Um pouco abaixo da assinatura de Paulo Morais surge a descrição dos “anexos”: “Anexo 1 (lista de documentos), anexo 2 (lista de beneficiários), anexo 3 (USB drive)”.

Na página seguinte, surgem, numerados, os “documentos”: “Jornal Folha 8 17/5/2014”, por exemplo, ou “Programa CMTV Fogo Contra Fogo 5/3/2015”. São oito, no total. Quatro edições do Folha 8, um jornal dirigido por William Tonet, jornalista, advogado e militante da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE). Três programas da CMTV, Fogo Contra Fogo, em que Paulo Morais debate a actualidade com Marinho e Pinto. E uma crónica de Paulo Morais no Correio da Manhã.

São estes os únicos “documentos” que Paulo Morais entregou à comissão. O citado “anexo 3 (USB drive)” contém, de novo, os mesmos documentos, em versão integral. Mesmo que isso tenha poupado aos deputados o trabalho de pesquisarem em arquivos e hemerotecas o que estaria dito e escrito nos media citados, não parece haver, em São Bento, grandes motivos para agradecimentos.» [Público]
   
Parecer:

Anda por aí um grupo de gente a conquistar notoriedade nacional à custa da corrupção.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  

   
   
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