Concluído o ciclo de debates pode-se questionar o modelo já que como se veio a constatar o grande debate foi o que opôs Sócrates à líder do PSD e, marginalmente, o debate entre Sócrates e louça, mais por uma questão desportiva do que política. Mas de um ponto de vista do funcionamento da democracia este foi o melhor modelo de debate.
Como seria de esperar os vários candidatos aplicaram os princípios elementares da teoria dos jogos, o que levou a que, por exemplo, o debate entre Portas e Ferreira Leite se tenha parecido mais com uma dupla entrevista do que com um debate político.
Quanto à qualidade dos jornalistas é preciso referir que alguns dos nossos profissionais da televisão ainda têm pouco respeito pelos cidadãos e insistem na manipulação. Isso foi evidente em Judite Sousa, que no debate entre Sócrates e a líder do PSD teve vários momentos em que mais parecia a porta-voz de Manuela Ferreira Leite do que uma jornalista, pausou as intervenções da sua candidata preferida com pequenas perguntas que visavam organizar-lhe o discurso e fazia-lhe as sínteses das intervenções. Já no debate entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite a jornalista chegou a interromper Sócrates em termos pouco próprios para quem deve ter uma postura independente.
A grande conclusão global sobre este ciclos de debate é a de que os que mais o defenderam nada ganharam. Louçã saiu derrotado em toda a linha, perdeu o debate com Sócrates e Portas, teve uma amena cavaqueira com Jerónimo de Sousa, acabou por ganhar apenas o debate com Manuela Ferreira Leite. Manuela Ferreira Leite saiu derrotada de todos os debates, à excepção daquele que menos votos lhe proporcionaria, com Jerónimo de Sousa. Jerónimo de Sousa não ganhou debates, mas conseguiu passar uma imagem de seriedade e coerência que pode trazer-lhe vantagem na luta com Louça, até porque acaba por obter ganhos com a perda de credibilidade do líder do BE. Sócrates conseguiu transformar os debates numa rampa de lançamento para campanha eleitoral, ele, como Portas e Jerónimo de Sousa, parte para a campanha sem terem a preocupação de reparar os prejuízos sofridos com os confrontos televisivos.
Como era de esperar o debate mais importante era o que punha frente a frente Sócrates e a líder do PSD, foi ainda mais importante depois de Louça se ter espalhado e perdido alguns dos votos do descontentamento, esta deu lugar à desconfiança de que o líder do BE quer chegar ao comunismo com várias doses de vacinas, a primeira é a expropriação das energéticas.
No debate com Sócrates a líder do PSD cometeu muitos erros, falou com arrogância e sobranceria, passou o debate de dedo espetado como se fosse uma pistoleira, recorreu a pequenos truques e golpes baixo, usou de forma mais ou menos descarada a colagem a Cavaco Silve e, como se tudo isto não bastasse, revelou-se uma pessoa pouco educada e de muito mau gosto, a piada do órfão ficará para a história dos debates políticos e colar-se-á à imagem de Ferreira Leite, caracterizando-a como uma pessoa desequilibrada, que é incapaz de conter uma asneira.
Era de esperar que nos temas que mais tem agitado ao longo do tempo conseguisse fundamentar as suas acusações, mas falhou, na questão da asfixia democrática em vez de acusar Sócrates teve de defender o Alberto João, na discussão do TGV fez afirmações que os líderes dos nossos parceiros europeus só não levarão a sério porque terão de a considerar uma totó, na questão da avaliação dos professores ficou evidente o seu oportunismo eleitoralista. Para a líder do PSD de Espanha só sopram bons ventos quando governada por franquistas que justificam o envolvimento em aventuras iraquianas.
A tentativa de se armar em Padeira de Aljubarrota foi infeliz, os portugueses ficaram com a sensação que Portugal só terá um TGV se este fizer escala em Casablanca ou seguir por túnel até Londres, para evitar a Espanha. De uma líder que foi a Berlim para ser recebida por Merkel e acabou dizer aos jornalistas que tinha uma fotografia que provava que tinha mesmo sido recebida, estes tiques de nacionalismo não lhe ficam bem. Num dia perde toda a dignidade e põe de rastos a dignidade do país ao promover um encontro em condições pouco dignas, depois arma-se em Padeira de Aljubarrota descridibilizando a diplomacia portuguesa.
Os debates poderão nada ter decidido, mas poderão ter resultado numa inflexão das tendências do voto e, no caso dos que estão indecisos entre o PSD e o PS, levado muitos eleitores a excluir a possibilidade de ajudarem Manuela Ferreira Leite a primeira-ministra. Sócrates, Portas e Jerónimo de Sousa ganhara, Manuela Ferreira Leite e Louça perderam. Ganharam os projectos políticos consistentes, perderam os oportunistas e profetas de circunstância. Há três projectos políticos para o país, um projecto de salvação do PSD cavaquista e uma tentativa de promover Louça a líder de uma revolução fora do tempo.
Agora os eleitores vão escolher. e todos os resultados são possíveis, as sondagens, os comentários, ou os jornalistas poderão influenciar os eleitores, mas são estes que decidem.
Como seria de esperar os vários candidatos aplicaram os princípios elementares da teoria dos jogos, o que levou a que, por exemplo, o debate entre Portas e Ferreira Leite se tenha parecido mais com uma dupla entrevista do que com um debate político.
Quanto à qualidade dos jornalistas é preciso referir que alguns dos nossos profissionais da televisão ainda têm pouco respeito pelos cidadãos e insistem na manipulação. Isso foi evidente em Judite Sousa, que no debate entre Sócrates e a líder do PSD teve vários momentos em que mais parecia a porta-voz de Manuela Ferreira Leite do que uma jornalista, pausou as intervenções da sua candidata preferida com pequenas perguntas que visavam organizar-lhe o discurso e fazia-lhe as sínteses das intervenções. Já no debate entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite a jornalista chegou a interromper Sócrates em termos pouco próprios para quem deve ter uma postura independente.
A grande conclusão global sobre este ciclos de debate é a de que os que mais o defenderam nada ganharam. Louçã saiu derrotado em toda a linha, perdeu o debate com Sócrates e Portas, teve uma amena cavaqueira com Jerónimo de Sousa, acabou por ganhar apenas o debate com Manuela Ferreira Leite. Manuela Ferreira Leite saiu derrotada de todos os debates, à excepção daquele que menos votos lhe proporcionaria, com Jerónimo de Sousa. Jerónimo de Sousa não ganhou debates, mas conseguiu passar uma imagem de seriedade e coerência que pode trazer-lhe vantagem na luta com Louça, até porque acaba por obter ganhos com a perda de credibilidade do líder do BE. Sócrates conseguiu transformar os debates numa rampa de lançamento para campanha eleitoral, ele, como Portas e Jerónimo de Sousa, parte para a campanha sem terem a preocupação de reparar os prejuízos sofridos com os confrontos televisivos.
Como era de esperar o debate mais importante era o que punha frente a frente Sócrates e a líder do PSD, foi ainda mais importante depois de Louça se ter espalhado e perdido alguns dos votos do descontentamento, esta deu lugar à desconfiança de que o líder do BE quer chegar ao comunismo com várias doses de vacinas, a primeira é a expropriação das energéticas.
No debate com Sócrates a líder do PSD cometeu muitos erros, falou com arrogância e sobranceria, passou o debate de dedo espetado como se fosse uma pistoleira, recorreu a pequenos truques e golpes baixo, usou de forma mais ou menos descarada a colagem a Cavaco Silve e, como se tudo isto não bastasse, revelou-se uma pessoa pouco educada e de muito mau gosto, a piada do órfão ficará para a história dos debates políticos e colar-se-á à imagem de Ferreira Leite, caracterizando-a como uma pessoa desequilibrada, que é incapaz de conter uma asneira.
Era de esperar que nos temas que mais tem agitado ao longo do tempo conseguisse fundamentar as suas acusações, mas falhou, na questão da asfixia democrática em vez de acusar Sócrates teve de defender o Alberto João, na discussão do TGV fez afirmações que os líderes dos nossos parceiros europeus só não levarão a sério porque terão de a considerar uma totó, na questão da avaliação dos professores ficou evidente o seu oportunismo eleitoralista. Para a líder do PSD de Espanha só sopram bons ventos quando governada por franquistas que justificam o envolvimento em aventuras iraquianas.
A tentativa de se armar em Padeira de Aljubarrota foi infeliz, os portugueses ficaram com a sensação que Portugal só terá um TGV se este fizer escala em Casablanca ou seguir por túnel até Londres, para evitar a Espanha. De uma líder que foi a Berlim para ser recebida por Merkel e acabou dizer aos jornalistas que tinha uma fotografia que provava que tinha mesmo sido recebida, estes tiques de nacionalismo não lhe ficam bem. Num dia perde toda a dignidade e põe de rastos a dignidade do país ao promover um encontro em condições pouco dignas, depois arma-se em Padeira de Aljubarrota descridibilizando a diplomacia portuguesa.
Os debates poderão nada ter decidido, mas poderão ter resultado numa inflexão das tendências do voto e, no caso dos que estão indecisos entre o PSD e o PS, levado muitos eleitores a excluir a possibilidade de ajudarem Manuela Ferreira Leite a primeira-ministra. Sócrates, Portas e Jerónimo de Sousa ganhara, Manuela Ferreira Leite e Louça perderam. Ganharam os projectos políticos consistentes, perderam os oportunistas e profetas de circunstância. Há três projectos políticos para o país, um projecto de salvação do PSD cavaquista e uma tentativa de promover Louça a líder de uma revolução fora do tempo.
Agora os eleitores vão escolher. e todos os resultados são possíveis, as sondagens, os comentários, ou os jornalistas poderão influenciar os eleitores, mas são estes que decidem.