domingo, setembro 20, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Chaminé da Herdade da Barroca d'Alva

JUMENTO DO DIA

Francisco Louçã

Apanhado com alguns PPR Francisco Louçã arranjou uma forma brilhante de se justificar dizendo que é mesmo porque estas aplicações apenas beneficiam os bancos que decidiu acabar com estas aplicações. Teremos de concluir que o brilhante economista primeiro faz as aplicações e só uns anos depois é que faz as contas.

VIGILÂNCIAS OU GOLPE DE ESTADO?

Há por aí uns artistas que nos tentam convencer de que o primeiro-ministro pediu às secretas para vigiarem Cavaco Silva e os seus assessores anónimos. alguns acrescentaram mesmo o jornal Público à lista dos vigiados sendo de esperar que a lista continuem a aumentar.
O Presidente não falou quando o tema foi falado pela primeira vez, não falou quando se falou pela segunda vez e agora está demasiado atrapalhado para falar, diz que fala depois das eleições. Isto é, se Sócrates perder as eleições, como deseja a Presidência da República deseja, o assunto está arrumado, a conspiração teve os seus resultados. Se Sócrates ganhar as eleições deixa de fazer sentido prosseguir com a conspiração.
O facto é que este caso rebenta e é aproveitado por Cavaco Silva e Ferreira Leite para simular uma crise institucional num momento em que o PSD estava em dificuldades e as sondagens apontavam para uma derrota. Cavaco SIlva aposta tudo a uma semana das eleições, deixando de ser Presidente da República para se transformar no verdadeiro líder do PSD.
O silêncio de Cavaco Silva só tem um motivo, qualquer intervenção neste momento só levaria à conclusão do seu envolvimento numa conspiração pouco digna de um Presidente da República de Portugal. Ao calar-se confirma as instruções que deu ao seu assessor e ninguém acredita que se estivesse mesmo preocupado com escutas e tivesse a mais pequena prova disso não era a um jornalista que recorria.
Um democrata sabe que é à Procuradoria-Geral da República e não a um jornalista a mando de Belmiro de Azevedo que cabe velar pela legalidade democrática. Se Cavaco suspeitasse de algo e e isso não passasse de uma mania da perseguição teria chamado Pinto Monteiro a Belém e pedido uma investigação.

Ao recorrer a um jornalista Cavaco não pretendeu apurar qualquer verdade, apenas tentou lançar a suspeita sobre José Sócrates sem que tenha apresentado qualquer prova. Dizer que vai fazer perguntas depois das eleições é ridículo, apenas significa que Cavaco aposta tudo nas eleições. Se estava preocupado com eventuais escutas desde Abril não faz o mais pequeno sentido qu trate do problema em Outubro, isso só significa que Cavaco Silva sabe muito bem que tudo isto não passa de uma invenção absurda do Palácio de Belém e apenas visa transformar um acto eleitoral democrático numa imensa encenação montada por políticos sem escrúpulos, por gentes sem a mais pequena formação democrática que sonha com um caudilho.

Os portugueses terão nestas eleições a oportunidade de explicar a Cavaco que estão fartos de tentativas de homicídio político, de processos duvidosos, de manipulações de processos judiciais e de golpes baixos.

AVES DE LISBOA

Papa-moscas-preto [Ficedula hypoleuca]
Local: Quinta das Conchas

FLORES DE LISBOA

No PArque da Bela-Vista

UM SILÊNCIO SUSPEITO (PARTE II)

«Numa Presidência da República nunca há 'fontes'. Há factos, comentários ou opiniões, que um Presidente, em certas alturas, quer tornar do domínio público sem se comprometer por via oficial, nem sequer com uma nota. E há colaboradores para executarem a vontade e a estratégia do Presidente. Quando não o fazem, obviamente passam imediatamente a ex-colaboradores. É por isso que o silêncio de Cavaco Silva pesa sobre a actual suspeita de pseudovigilância ilegal às comunicações dos seus assessores por parte de 'alguém' do gabinete de José Sócrates" ("Um silêncio suspeito", escrito a 22 de Agosto)

"É absolutamente condenável a estratégia da Presidência da República nesta questão. Ou a notícia é falsa e já deveria ter sido desmentida; ou a notícia corresponde ao que o Presidente pensa e só poderia ter duas consequências: queixa na Procuradoria e demissão do Governo"

1. As críticas que aqui fiz ao comportamento político do Presidente da República (PR) no caso das alegadas escutas de São Bento a Belém mantêm-se não só actuais como até ganharam uma outra dimensão e gravidade com a notícia publicada ontem pelo Diário de Notícias.

A reacção de Cavaco Silva é preocupante para a democracia portuguesa.

O PR, mais uma vez, não se demarcou da tarefa de que terá incumbido o seu assessor (que se tivesse exorbitado deveria estar já sumariamente despedido). Antes pelo contrário, afirmou, de forma clara, que vai "averiguar questões de segurança" depois das eleições.

Estas palavras são contraditórias com a afirmação de que não pretende influenciar o período eleitoral. Além do mais, escondem uma outra hipocrisia: se o PR não queria influenciar, porque utilizou o assessor para dar uma "notícia" em vésperas das eleições?

Um PR não se pode prestar a estes papéis. Ou tem certezas e age, com coragem; ou não tem certezas, e averigua calado. Ora Cavaco Silva não apresentou nenhuma queixa na Procuradoria, não pediu esclarecimentos ao SIS, não demitiu o Governo. De forma irresponsável, permitiu mesmo que se acendesse a fogueira da dúvida. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Por João Marcelino.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

BELMIRO CRITICA CAVACO?

«Disse, ontem, Belmiro de Azevedo: "Que [o jornal] não se deixe assustar por opiniões um bocado desastradas de alguns governantes que querem mandar no Público sem pôr lá dinheiro nenhum." Sábias palavras. Pelas mais recentes notícias, Belmiro fala de governantes no sentido lato: cabe lá o Presidente da República. A que título um assessor presidencial (como foi divulgado pelo Público, há um mês, em duas capas não desmentidas), Fernando Lima de seu nome (como foi documentado pelo DN, ontem, e não desmentido), um assessor de Cavaco, pois, mandou o Público pesquisar, desastradamente e sem lá pôr dinheiro, alegadas escutas em Belém? Sendo o assunto um escândalo (PR escutado pelo PM), Cavaco deveria ter feito denúncia pública. Não ouvi. Estando a segurança nacional em risco, deveria ter alertado o Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informação. O presidente deste, o deputado Marques Júnior, negou qualquer contacto. Querendo discrição, o assessor podia ter contratado o detective Correia (há anúncios com a morada). Podia muita coisa mas não o fez: Lima preferiu mandar no Público. É natural Belmiro não ter gostado. Mas, que ele me perdoe, os gastos naquelas duas capas do Público que propiciaram a capa de ontem do DN revelam bem quem é Cavaco Silva. É despesa muito bem gasta. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A ANEDOTA DO DIA

«A Presidência da República desconfiava mesmo de que estava a ser vigiada por membros do Governo e chegou a pedir aos serviços de informação de carácter militar (que não o SIS) para que fosse feita uma ‘limpeza’ aos gabinetes no Palácio de Belém. Procuravam aparelhos de escutas que pudessem sustentar as suspeitas de Cavaco Silva e dos que lhes são próximos. O que foi efectivamente descoberto é uma incógnita que fonte oficial do Presidente da República não quer confirmar. Apenas refere que não foram encontrados quaisquer dispositivos de escuta.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Ora aqui está uma notícia vinda de dentro do Palácio de Belém que apenas visa lançar a dúvida. Isto não passa de contra-informação.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco se está a ter a colaboração das secretas para lançar a confusão no país.»

MAS QUE GRANDE MANIFESTAÇÃO!

«Cerca de um milhar de professores manifestaram-se ontem em três locais da cidade de Lisboa contra a política educativa do Governo e prometeram penalizar o PS nas eleições legislativas do próximo domingo.

Num protesto convocado por movimentos independentes, os docentes concentraram-se a partir das 15 horas junto ao Ministério da Educação (Av. 5 de Outubro), Assembleia da República e Palácio de Belém. » [Correio da Manhã]

Parecer:

Resta saber quem os contou...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

A DRA. MANUELA ESTÁ CONFIANTE

«Manuela Ferreira Leite garantiu ontem que não existe ‘caso’ nem sondagens desfavoráveis que lhe tirem o fôlego. "Há muito que não existe uma adesão por parte das pessoas em relação ao partido como neste momento. Não tenho nada que mudar nem ficar desanimada", disse após uma visita à Lactogal, uma das maiores empresas nacionais de produção de leite e derivados, tendo a líder do PSD aproveitado para destacar "a importância do sector para a actividade económica".» [Correio da Manhã]

Parecer:

De facto o PSD está empenhado e as ruas por onde passa a Dra. Manuela enchem-se...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo dia 27.»

ANEDÓTICO

«O ex-presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), o constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia, entende que o "inquérito judicial" sobre as suspeitas de escutas em Belém "tem que ser instaurado de imediato".
Bacelar Gouveia, cabeça de lista do PSD pelo Algarve, não está de acordo com a posição de Cavaco Silva, que remeteu mais comentários ao caso, e possível investigação, para depois das legislativas. O homem que controlava a actividade das 'secretas', considera que as acusações em causa são "graves de mais para poderem esperar pelas eleições". »
[Diário de Notícais]

Parecer:

Porque será que Bacelar quer um inquérito às escutas e não defende um inquérito à conspiração do assessor de Cavaco Silva? O que este senhor quer é usar a Procuradoria-Geral da República para disfarçar o óbvio, que alguém anda a tentar desestabilizar o país e não hesita em inventar disparates.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao juiz Bacelar se acha que os portugueses são lorpas.»

ALBA

PEUGEOT