terça-feira, setembro 08, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Óbidos

A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO

Depois da prestação que Manuela Ferreira Leite teve no debate com Francisco Louçã e a conselho de alguns assessores Cavaco Silva vai promover a candidatura da dra. Maria Alves da Silva ao cargo de primeiro-ministro, tendo dado já ordens aos seus assessores para que promovam a substituição de Manuela Ferreira Leite na liderança do PSD. Este sempre foi o desejo de Cavaco Silva, mas a esposa sempre se opôs pois com tantas divisões o Palácio de Belém ocupa-lhe uma boa parte do tempo com os afazeres domésticos, tarefa mais pesada desde que foi necessário passar a verificar, os reposteiros, os quadros, os candeeiros, as mesas e todos os outros locais onde podem ser dissimulados microfones ou câmaras de vídeo.

Mas a adesão de Manuela Ferreira Leite ao programa eleitoral de Louçã levou Cavaco Silva a contratar mais empregadas domésticas para os afazeres do palácio, obrigando a dra. Maria Alves a optar pela política. Os conhecidos assessores anónimos pressionaram Cavaco a adoptar esta solução, depois de terem visto Manuela Ferreira Leite concordar com quase todo o programa político do Bloco, chegando ao ponto de concordar com Louçã quanto às nacionalizações, só não aceitando a proposta porque as PME criam mais emprego, a convicção dos corredores de Belém é a de que ou Manuela Ferreira Leite se passou ou está à beira de aderir ao Bloco de Esquerda.

Cavaco Silva ficou muito desiludido e até incomodado ao perceber que Manuela Ferreira Leite nem sequer tinha lido o seu programa eleitoral, sendo evidente que Francisco Louçã conhecia melhor o seu conteúdo. Não é que isso tenha surpreendido Cavaco Silva que sempre duvidou das suas capacidades intelectuais, razão porque nunca a nomeou ministra das Finanças, mas porque a ignorância de Ferreira Leite em relação ao conteúdo do seu programa pode levar muitos comentadores a concluir que foram mesmos os seus assessores a escrevê-lo o que, aliás, nem sequer é grande novidade. Mas é necessário manter as aparências.

Com esta solução Cavaco Silva dá mais um exemplo de como os seus conhecimentos de economia poderão ser úteis ao país, com a dra. Maria Alves em primeira-ministra poupar-se-ão os milhões da residência de São Bento, que até poderá ser posta à venda antes que a má moeda a reivindique para residência oficial do presidente da CML, reduz o número de motoristas e seguranças do primeiro-ministro e está assegurada a cooperação estratégica entre Belém e São Bento, como numa boa família portuguesa o marido manda e a esposa obedece, algo que Cavaco nunca conseguiu com Sócrates.

A própria dra. Maria Alves concordou com a solução pois isso de dar a volta a todo o mobiliário do palácio já lhe estava a fazer mal às cruzes, até porque já não está em idade de regar os coentros para os carapaus alimados, iguaria indispensável na ementa presidencial.

Depois de termos visto a família Silva fotografada nos jardins do palácio no dia de aniversário do patriarca, numa pose que fazia lembrar a família real espanhola, é de esperar que um dia destes surjam imagens do netinho debaixo da mesa enquanto Cavaco e a dra. Maria Alves interrompem a rotina familiar para dar lugar à cooperação estratégica entre presidente e primeira-ministra.

Quanto ao futuro político de Manuela Ferreira Leite ainda é uma incógnita, ainda não é certo que venha a aderir ao Bloco, a própria poderá adiar qualquer decisão até às autárquicas, depois de ter incentivado os seus autarcas a dar atenção aos que mais precisam, como diz num dos seus outdoors, é natural que conte que se a má moeda ganhar em Lisboa venha a ocupar um lugar de assessora de Santana Lopes.

JUMENTO DO DIA

Manuela Ferreira Leite

Se MFL acha que deve ser o orçamento a pagar tudo, desde a eliminação da taxa social única até à medicina privada, é natural que também ache que deve pagar as suas deslocações na Madeira. Ainda não é primeira-ministra e já abusa do orçamento.

AVES DE LISBOA

Garça-real [Ardea cinerea]
Local: Terreiro do Paço [02-02-2009]

FLORES DE LISBOA

SALÁRIO MÍNIMO JÁ NÃO CHEGA PARA A BICA DO MEIO DA MANHÃ

«Saiu à pressa de casa, tomou uma meia-de-leite e uma sandes de fiambre no café da esquina, veio de carro até Lisboa, deixou umas moedas no parquímetro e bebeu a bica do meio da manhã antes de passar os olhos por este jornal? Então é um português privilegiado. Não ganha de certeza o salário mínimo, esses escandalosos 450 euros negociados entre o Governo, o patronato e os sindicatos. Dá apenas 15 euros por dia e no momento em que, já estacionado o automóvel, comprou o DN esfumaram-se por completo. E o pior é que as pessoas, mesmo que tomem o pequeno-almoço em casa e viajem de transportes públicos, precisam de muito mais para viver com dignidade. Afinal, há a casa para pagar, a comida, a roupa e também os livros para os miúdos, despesa sazonal que deixa as famílias em stress. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Leonídio Paulo Ferreira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MFL TROPEÇA NA FOTO

«Manuela Ferreira Leite (MFL) foi a Berlim encontrar-se meia hora com Angela Merkel e para a fotografia que faz prova de vida do seu prestígio internacional. É natural que um líder político ainda sem currículo fora de portas recorra a diplomas simplex, tirados na (meia) hora. Desde Mário Soares, e todos os seus "mon ami", de Mitterrand a Willy Brandt, esbugalhamos os olhos com o prestígio dos nossos políticos pela Europa fora. Ou, talvez, fingimos só espanto para não lhes recusar o pequeno prazer. MFL até escolheu bem. Ainda ontem, o suplemento económico do jornal El País criticava o "sem rumo" do governo espanhol (olha, que giro, o El País não é da Prisa e a Prisa não é para ajudar os governos socialistas?) e elogiava a Alemanha de Merkel que "acaba de sair da recessão" (olha, que giro, 0,3%, lá fora dá para dizer que se saiu da crise). Resumindo, MFL fez bem em procurar Merkel e tirar as fotos. Já não digo o mesmo da sua frase, à saída: "Em primeiro lugar, era importante ter um encontro com a senhora Merkel e, em segundo lugar, em termos de provas temos as fotografias." Em termos de provas bastava MFL (que até já se encontrou com a senhora Merkel) dizê-lo.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

LIBERDADE/DIGNIDADE

«Voltou em força ao debate eleitoral a questão da liberdade de expressão em especial no campo da Comunicação Social.

Claro que a liberdade de expressão é um valor inerente à Democracia, está inscrito na nossa Constituição como um dos direitos fundamentais e cabe à entidade independente ERC zelar pelo seu escrupuloso respeito. Compreendo que as oposições estejam atentas à preservação desse valor. Convém no entanto não esquecer que a liberdade de expressão tem como limite outros direitos fundamentais de todos os cidadãos, de igual dignidade constitucional: o direito "à integridade moral", o direito "ao bom nome e reputação", o direito "à reserva da intimidade da vida privada e familiar", o direito à presunção de inocência. Se quisermos com objectividade avaliar o grau de respeito pelos dois valores constitucionais em causa, a conclusão parece óbvia: em Portugal, os meios de Comunicação Social pura e simplesmente ignoram e desrespeitam diariamente os direitos de personalidade. Sob o pretexto da liberdade de expressão e de crítica, são espezinhados os direitos ao bom nome e à reputação; e quanto à presunção de inocência, foi substituída pela presunção de culpa, quando se trata de cidadãos com notoriedade e em particular dos políticos. Sou dos que pensam que não há verdadeira e saudável democracia sem o respeito tanto pela liberdade de expressão como pelos direitos que sustentam a dignidade das pessoas.

Este desequilíbrio vem envenenando o espaço público. A discussão dos nossos problemas políticos, económicos ou sociais, deu lugar a campanhas de pura difamação e calúnia, perante a indiferença geral. Os políticos babam-se de gozo quando os adversários são causticados com suspeições sem objectividade, insinuações pérfidas ou acusações sem fundamento. Assim se vai degradando o espaço político. Vai longe o tempo em que os fundadores da nossa Democracia e que se bateram pela sua institucionalização - Mário Soares, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Mota Pinto - compreenderam a absoluta necessidade de preservar esses valores ligados à dignidade das pessoas.

Quando Sá Carneiro foi cobardemente vilipendiado pelo jornal "Diário", do Partido Comunista, não me recordo de o Partido Socialista ou o CDS terem alinhado, por acção ou omissão, nessa campanha, nem vi alguém acusá-lo de por em causa a liberdade de imprensa quando perseguiu criminalmente nos tribunais os responsáveis pela calúnia. Quando Leonor Beleza foi vilmente perseguida com acusações absurdas, vi levantar-se a voz do socialista Mário Soares e do democrata cristão Freitas do Amaral contra essa perseguição. Quando Roberto Carneiro (que foi ministro pelo CDS) foi acusado pelo MP, sem ponta de fundamento, não só nenhum político do PS ou do PSD se aproveitou dessa injustiça, como os seus líderes se solidarizaram com a vítima do justicialismo que o acusou.

No actual momento, decretou-se um requiem pelos valores da pessoa no altar da liberdade de expressão. Perante a indiferença geral, cometem-se todos os dias crimes de violação do segredo de justiça para imolar cidadãos indefesos. Os responsáveis pela justiça não cumprem o seu dever de sancionar esses comportamentos ilícitos, sendo mesmo suspeitos de os praticarem. Cobardia de uns, aproveitamento de outros, pagaremos caro essa deriva.» [Diário Económico]

Parecer:

Por Daniel Proença de Carvalho.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O POPULISMO DO BLOCO

«Alia os dois traços principais e históricos do populismo da extrema-esquerda. Por um lado, alimenta a utopia de que é possível construir uma sociedade absolutamente igualitária e justa. Uma sociedade saída da vitória dos fracos sobre os fortes. Foi esta utopia que enganou centenas de milhões de europeus durante o século XX, com os resultados trágicos que conhecemos. Por outro lado, o Bloco de Esquerda promove o ódio, o ressentimento e a vingança social. Entre os jovens, a raiva contra os "betinhos" e os "meninos bem" e, entre a meia idade, o ressentimento dos intelectuais e dos funcionários públicos contra os empresários, os gestores e os banqueiros. Aliás, a actual crise é vista por muitos como a vingança da história contra os "capitalistas privilegiados".» [Diário Económico]

Parecer:

Por João Marques de Almeida.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SÃO SÓ ELEIÇÕES

«Eu que já tenho perdido tanto - na política, então, nunca acertei - já nem preciso de atrevimento para desejar dois resultados improváveis.

Tenho vergonha do partido que era o meu: o PPM, que agora pertence a fadistas que não prestam, nem como fadistas nem como monárquicos. Tenho pena do partido que o substituiu: o MPT, que vai atrás de Pedro Santana Lopes, só porque Pedro Santana Lopes foi atrás dele. E, de repente, dou comigo a querer que o PS ganhe em Lisboa.

E, como se isso não bastasse de choque ideológico, dou comigo a querer que o PS ganhe também nas legislativas. Que mal têm as maiorias relativas? Não será altura de pôr fim ao culto do absolutismo? Que mal têm as coligações? As coligações são triunfos políticos: a melhor seria PS/CDS. A segunda melhor seria o PS/BE, caso os segundos se deixassem de peneiras, ou fossem menos espertos.

Veja-se o debate de José Sócrates com Paulo Portas. Admiram-se; entendem-se; são inteligentes. São os dois melhores políticos que temos. O PSD está em obras e seria feio falar dele neste momento difícil.

À esquerda, foi impressionante que o PCP de Jerónimo de Sousa tão pouco se distinguisse do BE de Francisco Louçã. O Bloco de Esquerda é apenas a Juventude Comunista que não teve humildade para ser. O melhor resultado possível, na minha opinião, seria uma maioria relativa do PS. Mas há outros bons resultados possíveis.

São só eleições: alguma coisa se há-de arranjar. É para isso que elas servem. » [Público]

Parecer:

Por Miguel Esteves Cardoso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

EDUCAÇÃO: O DESTINO DE UMA POLÍTICA

«Chega ao final mais uma experiência de reforma no sector da educação, que poucas vezes terá suscitado tão acirradas discussões e tais reacções sociais.

Cada qual terá a sua apreciação desta gerência e da situação em que nos encontramos. Mas, sobre a ministra Maria de Lurdes Rodrigues - figura central deste processo - só por manifesta cegueira se não lhe reconhecerão três patentes qualidades: inteligência global e aplicada, coragem, autocontrolo pessoal. Outra virtude instrumental, no palco impiedoso onde a política se faz: ter assegurado uma coesão sem falhas na direcção política do seu ministério. Em contrapartida, terá ficado "nas mãos" do PS para assegurar o preenchimento dos postos mais importantes da sua burocracia central e regional - o que é sempre uma má coisa, embora seja vício antigo da nossa democracia. E, logicamente, submeteu-se às conveniências ditadas pelo primeiro-ministro na gestão global da governação.

Quanto às orientações tomadas, julgamos que elas terão sido, no essencial, as necessárias e adequadas para responder aos principais défices do sistema de ensino instalado, possivelmente com excepção, ou dúvida persistente, no que toca aos níveis de exigência apontados para a obtenção do "sucesso escolar" (graus de dificuldade dos exames, modos de progressão, "programa novas oportunidades", etc.), o que é uma questão difícil e certamente não apenas do foro da escola. E houve também a "abstenção" de mexer nos conteúdos curriculares e na organização das disciplinas, que é sempre a tentação de cada novo ministro ou o sentido da pressão que sobre ele exercem as várias "confrarias" académicas, apesar de ser também matéria decisiva.

Como é óbvio, algumas dessas medidas não terão sido as melhores, ou terão mesmo errado o fim a que se propunham, mas, globalmente, era preciso mexer na organização dos tempos escolares e na forma de gestão das escolas, enquadrar os professores num regime mais rigoroso de carreira profissional e de controlo da sua actividade (essencialmente inter pares), concentrar e equipar melhor o parque escolar, alargar a escolaridade "para baixo" (pré-primário) e "para cima" (secundário profissionalizante) - e em cada um destes grandes objectivos foram dados passos concretos e decisivos, embora naturalmente agora sujeitos a correcções de pormenor ou de aplicação.

Num plano, contudo, a gerência de Maria de Lurdes Rodrigues acabou por falhar estrondosamente: no terreno do combate político, onde foi vencida pela coligação dos sindicatos de professores e minorias activas neste meio profissional, partidos de oposição ao Governo, alguns meios de comunicação social e, finalmente, pelo sucesso da estratégia de vitimização dos docentes que aqueles primeiros actores conseguiram empreender com grande eficácia, acabando por criar no seio das comunidades professorais um sentimento de injustiça, orfandade ou mal-estar, próprio para que aderissem em bloco às directivas das suas lideranças sócio-políticas.

É evidente que, num ambiente democrático, uma profunda reforma da instituição escolar não pode ter sucesso sem a participação activa do corpo docente. É também verdade que as escolas viviam sobretudo da competência e empenhamento de um bom número dos seus docentes (alguns deles agora desencorajados), mas não é menos certo que os seus resultados educativos, globalmente insuficientes, derivam, em grande medida, da qualidade do professorado, onde a filtragem da admissão era quase inexistente, a progressão profissional irrestrita, a atomização dos desempenhos a regra, existindo ainda uma excessiva complacência para com uma minoria de profissionais incompetentes e desajustados â função. De certa maneira, o confronto desenvolvido entre a política avançada pelo ministério e a frente sindical dos professores tinha subjacente o conceito de uma profissão procurando estruturar-se, hierárquica e funcionalmente, no espaço do ensino e da organização escolar versus o modelo de uma ocupação massificada, em parte segura do seu emprego e estipêndio (porque há sempre "precários" disponíveis para atender às flutuações conjunturais), essencialmente regulada pelas regras burocráticas da antiguidade e dos concursos documentais nacionais para a atribuição dos postos de trabalho mais apetecidos.

Um governo presidido pela dra. Manuela Ferreira Leite que acumulasse também a pasta da Educação, devido à sua experiência do lugar e pela importância que tem para o futuro do país, ou a sua ocupação pela dra. Ana Benavente, o dr. Santana Castilho ou o professor Mário Nogueira - apenas para citar alguns dos mais encarniçados críticos públicos desta reforma -, separadamente ou em conjunto, que diferente e melhor política educativa poderia propor e realizar, a não ser a co-gestão do imobilismo que marcou a actuação de sucessivos ministros?! Ou alguém terá a coragem de pôr em causa o sistema público unificado de ensino?
No momento presente, uma questão importante parece ser a de como, face à maré eleitoralista e populista, serão conservados ou desaproveitados os esforços dos últimos anos para melhorar o desempenho da educação e a qualificação, humana, cidadã e profissional, da população.»
[Público]

Parecer:

Por João Freire.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A ANEDOTA DO DIA

«Na sua primeira visita à Madeira, desde que foi eleita líder do PSD a 31 de Maio de 2008, Manuela Ferreira Leite, não se poupou nos elogios ao trabalho de Alberto João Jardim, considerando que se trata de "um bom Governo do PSD".

Nas ruas do Funchal, acompanhada pelo presidente do Governo Regional, que é também candidato a deputado na Assembleia da República, Ferreira Leite elogiou o trabalho realizado por Jardim ao longo dos 31 anos que ocupa o cargo. » [Correio da Manhã]

Parecer:

Deus nos livre deste modelo de bom governo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a competente gargalhada.»

HÁ QUE FAZER RENDER OS PROFESSORES

«Organizada pela Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE), pelo Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores (MUO) e Professores Movimento de Valorização (PROMOVA), a manifestação vai decorrer junto à Assembleia da República, Ministério da Educação e Presidência da República, em Lisboa.

"É uma manifestação mais original. Vamos concentrar-nos em três sítios que têm uma simbologia importante para os professores e passar uma mensagem específica a cada um dos destinatários", disse à Agência Lusa Ricardo Silva, da APEDE.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Era de esperar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

MFL USA VIATURA DO ESTADO PARA FAZER CAMPANHA

«Manuela Ferreira Leite deslocou-se, esta manhã, numa viatura Mercedes do Estado para um almoço, que diz ter sido a convite do Governo Regional da Madeira. Mas no programa do PSD o mesmo apresentava-se como um almoço partidário. Depois da contestação do PND a líder Social Democrata optou por um BMW pertencente ao partido para assistir à homenagem ao presidente da Junta de Tabua.

Pouco antes de Manuela Ferreira e Alberto João Jardim inaugurarem uma praça na freguesia da Tabua, dirigentes do PND protestaram contra o uso de uma viatura do Governo Regional e acusando Jardim de aproveitar as inaugurações para propaganda política. Dirigentes do PND protestaram consideraram as acções do Governo Regional partidárias.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Pergunte-se a Ferreira Leite se não tem carro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

CRITICAR ABUSO DE MFL É SER MEDÍOCRE

«Alberto João Jardim insultou hoje “os medíocres que se preocupam” com o facto de Manuel Ferreira Leite ter usado um carro do Governo Regional da Madeira, pertença do Estado, na visita que realizou à madeira no âmbito da sua campanha eleitoral para as eleições legislativas.» [Público]

Parecer:

É para rir.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

MFL MENTIU (1)

Por Carlos Santos, no SIMplex:

«Manuela Ferreira Leite mentiu ao afirmar, repetida e categoricamente, no debate de hoje com Francisco Louçã, que nunca ninguém a ouviu defender a privatização do Sistema Nacional de Saúde. Nas jornadas parlamentares do PSD em Vilamoura, no Algarve, em Janeiro de 2008, a actual líder do PSD disse o contrário, segundo registo da altura.

"Questionada depois pelos deputados do PSD sobre as funções do Estado, Manuela Ferreira Leite respondeu que começaria por privatizar «aqueles sectores em que os privados já estão, como a saúde a educação». São dois sectores em que não vejo porque é que o Estado não se retira», disse, referindo que «antes pelo contrário, [o Estado] cada vez está a entrar mais».
A social-democrata assinalou que «os privados já lá estão», na saúde e na educação.

MFL MENTIU (2)

Por Carlos Santos, no SIMplex:

«Manuela Ferreira Leite MENTIU esta noite no debate com Francisco Louçã no que respeita à privatização da Segurança Social. O programa do PSD diz na página 17, ponto 14, que a reforma dos Portugueses deve ser crescentemente encarada como uma responsabilidade individual. E acrescenta a medida do "progressivo plafonamento do valor das contribuições e das pensões mais elevadas".

O que significa isto? Definição de tectos contributivos. Quem tiver um salário maior, e como tal fosse auferir de uma pensão maior, em função de maiores contribuições para a Segurança Social, passa a só descontar até uma certa % do seu salário.

Por exemplo se o salário for de 1250 € poderá só descontar por 500 Euros. O Estado assegura a reforma correspondente a esses descontos. O remanescente cabe a cada um: o que significa, cabe aos bancos e aos seus fundos de pensões que são colocados no mercado bolsista. Como não existe retorno certo de um fundo de pensões, Manuela Ferreira Leite está a sugerir que quem faz esse desconto pode perder a parcela correspondente aos restantes 750 Euros.
Aliás a volatilidade, leia-se: carrossel, que marcou os mercados financeiros no último ano mostra isso mesmo. E é isto que MFL defende para as reformas dos portugueses. Que possam desaparecer num ápice num próximo crash bolsista.»

ANDREW STARCHENKO

MELODY HOMES