Este governo tem um tique a que é incapaz de resistir, tem
um ódio patológico à inteligência nacional e ao mesmo tempo evidencia tudo o
que é curseco feito no estrangeiro. Há um claro desprezo e boicote a tudo o que
seja estudo, investigação ou empresas que apostem em altas tecnologias. Todas
as políticas evidenciam uma aposta na mão-de-obra sem grandes qualificações, na
desestruturação do ensino público, na ofensa de baixo nível às escolas
superiores de educação, no boicote à investigação, no abandono e difamação de
uma estratégia económica que apostava no desenvolvimento científico.
Veja-se o caso da reforma da Administração Pública,
desprezou-se a qualificação, a simplificação de procedimentos ou a reestruturação
dos serviços, em vez disso iniciou-se um processo de proletarização forçada,
forçando à fuga dos quadros mais qualificados e o consequente empobrecimento do
Estado, reduzindo-o a uma dimensão mínima, com serviços de má qualidade.
Não estamos apenas perante um empobrecimento forçado,
estamos perante uma aposta na transformação de Portugal de um país de gente
pobre, pouco qualificada, amorfa e manipulável pelos cardeai, pelos merceeiro
holandeses ou pelos seus prostitutos intelectuais.
A dúvida reside em saber se estamos perante uma política que
decorre de opções ideológicas ou perante uma política de um qualquer doido,
condicionado por invejas doentias. Esta dúvida faz sentido quando se sabe que
neste governo dominam licenciaturas em escolas sem grande credibilidade e até já
tivemos um ministro com uma licenciatura comprada com requerimentos. Há um ou
outro MBA ou doutoramento, mas tirados no estrangeiro.
Aquilo a que se assistiu esta semana com a divulgação do
investimento na investigação foi evidente, primeiro os portugueses repararam
que um governo que não divulgou tal intenção recorreu ao corte das bolsas para
boicotar toda a investigação, depois veio o primeiro-ministro falar de
investigação ligada às empresas, para acabar por ser o ministro da Economia a
achar-se mais inteligente do que Passos Coelho tentando explicar melhor o
inexplicável.
A verdade é que é mentira o que Passos Coelho e Pires de
Lima disseram, as empresas portuguesas beneficiam e muito da investigação e se
não há mais empresas a beneficiar é porque não querem apostar na investigação.
Pergunte-se à SONAE ou à Jerónimo Martins, dois grandes grupos do regime,
quanto investira em investigação, quanto apostaram nas universidades
portuguesas, ou quantas das suas empresas são inovadoras. Mas isso não impediu
o governo de lhes baixar o IRC, de lhes cortar os benefícios fiscais ou de lhes
ceder na famosa taxa que a cristas impões á distribuição alimentar.
(*) "¡Muera
la inteligencia! ¡Viva la Muerte!" foi a resposta do general
falangista perante a sua inferioridade face aos argumentos de Miguel de
Unamuno.[Wikipedia]