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Gaivotas
Veículo longo com uma longa história de vida, Ovar (M. Henrique)
Grafittis em Faro (A. Moura)
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Veículo longo com uma longa história de vida, Ovar (M. Henrique)
Grafittis em Faro (A. Moura)
Jumento do dia
Pires de Lima
Perante o silêncio do ministro Crato o ministro da Economia veio tentar justificar o inverno científico em qu o país mergulhou, recorrendo a argumentos da treta, próprios de quem se julga ser a última coca-cola do deserto. Pires de Lima revela não saber o que é a investigação científica, imaginando-a a invenção de coisinhas para a indústria.
Ainda nesta semana soube-se do financiamento de um grupo que estuda a memória, ora a crer na opinião deste rapaz essa investigação não devia realizar-se pois não há nenhum empresário do calçado interessado no tema.
«O ministro da Economia, António Pires de Lima, lamentou hoje que parte da investigação científica em Portugal não chegue às empresas e disse que não é possível manter um modelo de financiamento que mantenha esta distância.
"Uma boa parte da investigação é financiada por dinheiros públicos e não chega à economia real. Não chega a transformar o conhecimento em resultados concretos que depois beneficiem a sociedade como um todo", afirmou o ministro, durante um debate sob o tema "Crescer para fora" na Fundação de Serralves, no Porto, onde se encontravam à entrada cerca de 20 manifestantes contra o Governo.
Pires de Lima disse não ser possível "alimentar um modelo que permita à investigação e à ciência viverem no conforto de estar longe das empresas e da vida real", referindo o elevado nível de doutorados 'per capita' em Portugal por oposição ao baixo número de doutorados nas empresas.
"É preciso de facto investir, dar continuidade à trajetória de investimento, mas também procurar criar um modelo de estímulos e de sinais que ligue a investigação, a ciência, a educação à vida concreta e real das empresas e que se traduza em produtos, marcas e serviços que possam fazer a diferença no mercado e devolver à sociedade o investimento que fizemos", afirmou o ministro da Economia, que voltou a mencionar a necessidade de incorporar uma educação para o empreendedorismo nas escolas portuguesas.» [Expresso]
Visita guiada à estação espacial
Ideias novas para o Crato
Pires de Lima
Perante o silêncio do ministro Crato o ministro da Economia veio tentar justificar o inverno científico em qu o país mergulhou, recorrendo a argumentos da treta, próprios de quem se julga ser a última coca-cola do deserto. Pires de Lima revela não saber o que é a investigação científica, imaginando-a a invenção de coisinhas para a indústria.
Ainda nesta semana soube-se do financiamento de um grupo que estuda a memória, ora a crer na opinião deste rapaz essa investigação não devia realizar-se pois não há nenhum empresário do calçado interessado no tema.
«O ministro da Economia, António Pires de Lima, lamentou hoje que parte da investigação científica em Portugal não chegue às empresas e disse que não é possível manter um modelo de financiamento que mantenha esta distância.
"Uma boa parte da investigação é financiada por dinheiros públicos e não chega à economia real. Não chega a transformar o conhecimento em resultados concretos que depois beneficiem a sociedade como um todo", afirmou o ministro, durante um debate sob o tema "Crescer para fora" na Fundação de Serralves, no Porto, onde se encontravam à entrada cerca de 20 manifestantes contra o Governo.
Pires de Lima disse não ser possível "alimentar um modelo que permita à investigação e à ciência viverem no conforto de estar longe das empresas e da vida real", referindo o elevado nível de doutorados 'per capita' em Portugal por oposição ao baixo número de doutorados nas empresas.
"É preciso de facto investir, dar continuidade à trajetória de investimento, mas também procurar criar um modelo de estímulos e de sinais que ligue a investigação, a ciência, a educação à vida concreta e real das empresas e que se traduza em produtos, marcas e serviços que possam fazer a diferença no mercado e devolver à sociedade o investimento que fizemos", afirmou o ministro da Economia, que voltou a mencionar a necessidade de incorporar uma educação para o empreendedorismo nas escolas portuguesas.» [Expresso]
Visita guiada à estação espacial
Ideias novas para o Crato
Um nojo
Alguém acredita que os rapazolas responsáveis pelas campanhas políticas mais negras estão agora preocupados com as criancinhas ou que estão em condições de opinar sobre a coadopção ou sobre o que quer que seja? Alguém acredita que entre shots e cervejolas os rapazolas começaram a fazer política séria?
A proposta de referendo feita pelos rapazolas e imposta pelo PSD ao país mete nojo não pelo que está em causa, mas pelo facto de serem as mesmas criancinhas cuja vida os jotas do PSD invocam que estão a ser usadas numa manobra política suja, digna de uma organização que nos acostumou a campanhas políticas dignas de qualquer grupelho de skins.
A JSD, tal como já sucedeu em várias campanhas eleitorais, mais não fez do que chamar a si os golpes sujos pelos quais os mais crescidinhos evitam dar a cara, o que o PSD pretende com este referendo é desviar a atenção do debate político para uma questão que apaixona e divide os portugueses de uma forma mais favorável ao PSD do que a divisão que resulta da política brutal de austeridade.
Lamentavelmente apenas um partido denunciou a manobra e chega-se ao ridículo de o PS não ter reagido de forma frontal como, ainda por cima, uns quantos cristãos daquele partido ainda vieram a público com um comunicado apoiar a manobra fascista.
Votar neste referendo é fazer o jogo sujo de um PSD sem princípios e de uma juventude de camisas negras, a resposta a dar é o boicote, que vá votar o PSD mais o César das Neves.
Critérios
No caso Freeport os investigadores do MP, a senhora Moniz e outros não obtiveram qualquer prova, tudo assentava no pressuposto de que para que o processo tivesse sido resolvido a favor do invbestidor é porque teriam havido contrapartidas. Isto é, se as coisas correram bem a um licenciamento e porque em Portugal isto não é possível, teria de se suspeitar da concessão de contrapartidas.
Soube.-se agora pelo Expresso que um conhecido empresário se escapou ao julgamento porque o Ministério Público arrastou o processo até à prescrição. A que conclusões se chegaria se neste processo fossem seguidos os mesmos raciocínios feitos no caso Freeport?
Quantas acusações teriam sido feitas se o MP concentrasse os seus recursos nos criminosos em vez de gastar os recursos a investigar diplomas, falsos casos de corrupção ou desenhos de construção civil?
«Percebo o horror com que alguns terão visto em maio a aprovação do projeto de lei sobre coadoção em casais do mesmo sexo. Terá sido um choque darem-se conta da existência, entre nós, de casais do mesmo sexo com crianças. É compreensível: são crianças iguais a todas as outras, não andam por aí com uma cruz na testa ou na lapela. Não há notícias de tumultos nas escolas que frequentam, nos prédios e nas ruas onde vivem com a família. Aliás, até há muito pouco tempo, não havia notícias: podia acreditar--se que estas crianças não existem.
Quem se habituou a pensar assim, quem gosta de pensar assim, prefere agarrar-se a essa ideia. É por esse motivo que de cada vez que se fala de coadoção em casais do mesmo sexo - a possibilidade de um dos cônjuges solicitar a um tribunal que lhe permita adotar o filho, biológico ou adotivo, do outro cônjuge, filho esse que vive com os dois, que é criado pelos dois e chama mãe ou pai aos dois (e que não pode ter mais nenhuma mãe ou pai reconhecido pela lei, porque se tiver a coadoção é interdita) - há quem fale de adoção por casais do mesmo sexo. Conduzir o debate para a possibilidade de adotar, em conjunto, uma criança disponível para tal e até aí sem laços com o casal permite dizer coisas como "as crianças devem ter direito a um pai e a uma mãe"; "a adoção não é um direito dos adultos, é um direito das crianças"; "não sabemos o efeito numa criança de ser criada por dois pais e duas mães, por isso é melhor não arriscar" - etc. Sobretudo, permite fingir que se está a pôr acima de tudo a preocupação com as crianças, quando a intenção é a contrária.
Negar a determinadas crianças o direito de gozar da proteção que lhes confere o reconhecimento legal de dois progenitores em vez de um: é isso que quer quem recusa a coadoção em casais de pessoas do mesmo sexo. Tem um tal horror aos homossexuais que não hesita em sacrificar o bem-estar muito concreto das crianças muito concretas que com eles vivem. Como bem sabe que isso é vergonhoso, finge estar a tentar impedir que "se entreguem crianças a homossexuais" e pede um referendo "para a sociedade decidir".
Entendamo-nos: as crianças em causa na lei da coadoção nunca vão ter "um pai e uma mãe". Têm duas mães ou dois pais e tê-los-ão sempre - quer a lei lhos reconheça ou não. Não está em causa decidir com quem essas crianças vivem, quem vai educá-las e amá-las e quem elas vão amar. Essa decisão não nos pertence. A nossa opção é entre aceitar e proteger essas famílias ou rejeitá--las e persegui-las. Entre dizer a essas crianças "a tua família é tão boa como as outras" ou "a tua família não presta". Referende-se então isso: "Tem tanto horror aos homossexuais que deseja que a sociedade portuguesa decida em referendo discriminar os filhos deles ou acha que a lei portuguesa deve deixar, o mais depressa possível, de fingir que essas crianças não existem e o Parlamento lhes deve garantir os direitos que lhes faltam?"» [DN]
Fernanda Câncio.
Mais uma do Ministério Público
«O empresário Manuel Macedo não vai responder em tribunal pela acusação de fraude fiscal e associação criminosa na importação ilegal de automóveis por o processo ter prescrito. O Ministério Público concluiu que a rede de 42 arguidos lesara o Estado em 5,7 milhões de euros e deduziu acusação individual para todos eles.
Macedo, que ficou conhecido por defender os interesses da Indonésia na altura da ocupação de Timor-Leste, esteve, em 2003, seis meses em prisão preventiva por causa deste processo, que corre no Tribunal de Barcelos.
Dez anos não foram suficientes para o Ministério Público concluir o inquérito e deduzir a acusação para os 43 arguidos, entre 70 suspeitos de pertencerem à rede de tráfico.» [Expresso]
Parecer:
Se em de terem andado a tramar o Sócrates tivessem perseguido a bandidagem talvez este senhor não se escapasse.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «mandem-se apurar as causas.»
«O Ministério da Justiça duplicou os valores pagos aos investigadores da Polícia Judiciária (PJ) quando estes se encontram de piquete ou de prevenção. Até agora, um inspetor-chefe recebia pelo piquete em dias úteis um suplemento de 36 euros por 24 horas de serviço, mas a partir de fevereiro vai passar a receber 70 euros.
Estes valores, hoje publicados no "Diário da República ", estiveram na origem da greve iniciada a 21 de outubro, mas que a partir de 31 desse mês passou a afetar o serviço de prevenção, isto é, todo aquele que é realizado para além do horário normal de trabalho.
O mesmo inspetor-chefe, de prevenção num dia útil, recebia até agora cerca de 15 euros, mas vai passar a receber pouco mais de 28 euros. Se for mesmo chamado para alguma ocorrência irá receber 5,85 euros à hora até à meia-noite e 11,69 euros depois dessa hora.
Nos dias úteis, em Lisboa, estão de piquete dez funcionários (um coordenador, um inspetor-chefe, quatro inspetores e quatro especilistas) e de prevenção cerca de 20.» [Expresso]
A senhora até gosta de falar com voz grossa.
Uma ministra com muita garganta
«O Ministério da Justiça duplicou os valores pagos aos investigadores da Polícia Judiciária (PJ) quando estes se encontram de piquete ou de prevenção. Até agora, um inspetor-chefe recebia pelo piquete em dias úteis um suplemento de 36 euros por 24 horas de serviço, mas a partir de fevereiro vai passar a receber 70 euros.
Estes valores, hoje publicados no "Diário da República ", estiveram na origem da greve iniciada a 21 de outubro, mas que a partir de 31 desse mês passou a afetar o serviço de prevenção, isto é, todo aquele que é realizado para além do horário normal de trabalho.
O mesmo inspetor-chefe, de prevenção num dia útil, recebia até agora cerca de 15 euros, mas vai passar a receber pouco mais de 28 euros. Se for mesmo chamado para alguma ocorrência irá receber 5,85 euros à hora até à meia-noite e 11,69 euros depois dessa hora.
Nos dias úteis, em Lisboa, estão de piquete dez funcionários (um coordenador, um inspetor-chefe, quatro inspetores e quatro especilistas) e de prevenção cerca de 20.» [Expresso]
Parecer:
A senhora até gosta de falar com voz grossa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»