O país esteve dividido, de um lado o pernão da assessora de
Cavaco, do outro, as mortes macabras resultantes de praxes académicas assassinas.
O país ainda não se recompôs da boazona de Belém que decidiu mostrar o pernão
em trajes de casamento, piroseira só superada por uma primeira idosa a puxar
pelo braço do Ronaldo para este ir tirar uma fotografia com os netinhos. Depois
das praxes presidenciais o país acordou para as praxes conduzidas por gente
macabra que se diverte pondo em risco a vida dos colegas, mais uma vez as
praxes deram mau resultado e agora andam todos a inventar um acidente para que
não se faça justiça. No meio de tudo isto aparece uma mãe que diz que “a minha
filha deve ter morrido feliz porque estava trajada”.
Em consequência de uma moção escrita com os pés a direita
ficou sem candidatos presidenciais, convencido de que se acabaram os tachos
internacionais para Durão Barroso o ainda primeiro-ministro decidiu cuspir na
sopa que comeu e desfez Marcelo Rebelo de Sousa, no que foi prontamente apoiado
por um Pedro Santana Lopes, seu apoiante incondicional desde que se desenrascou
na Santa Casa. Agora a direita tem um grande drama, não tem candidato para
daqui a dois anos, isto se Cavaco aguentar até lá de boa saúde.
Me matéria de economia o governo apresentou mais um sucesso
mas garante que a austeridade e para continuar. O governo já tem dinheiro e
discurso para as próximas eleições, o dinheiro foi o conseguido graças ao excesso
de austeridade em 2013, o discurso é o de que as medidas são temporárias.
Enfim, por consolidação orçamental entende-se adoptar uma austeridade brutal
com vista a adoptar recursos que permitam baixar os impostos e, a prazo, voltar
a aumentar a despesa pública a tempo de se ganharem eleições.
António José Seguro teve mais uma semana tranquila.