segunda-feira, janeiro 13, 2014

O governo do táxi

Há por aí quem queira passar a imagem de um Portas inteligentíssimo, honestíssimo, próximo do povo, puro engano, Paulo portas é o político menos honesto deste país, não olha a meios para atingir os fins, incompetentes, sem uma única ideia para o país, oportunista e sem escrúpulos.
   
O que disse Portas no congresso do CDS sobre a principal tarefa que lidera no governo, a famosa reforma do Estado que levou quase um ano a parir? Nada, rigorosamente nada.
  
O discurso de Porta é um arrazoado de banalidades, o líder do PP faz muitas caretas, fala com a boca para um lado e aponta os olhos para o outro, faz um sorriso cínico ou ri de uma formas que parece estarem a fazer-lhe festas nas costas. Mas bem espremido não diz rigorosamente nada, não apresenta qualquer projecto para o país, passa mais tempo a justificar-se ou a auto elogiar-se do que a falar do país.
  
Quem o ouve fica a pensar que este governo não é de coligação, é como o motor híbrido do meu carro que tem um motor eléctrico dentro do motor a gasolina. O PSD é o motor eléctrico, poluente, caro, pesado e antigo, o CDS é o motor eléctrico, moderno, não poluidor e que arranca apenas nas acelerações. Quem ouve Portas fica com a sensação nítida de que é um primeiro-ministro do seu mini governo e são os seus ministros a comportarem-se como tal.
  
Dantes o CDS chegou a ser conhecido pelo partido do táxi pois tinha quatro deputados, agora pode muito bem falar-se do governo do táxi, Paulo Portas a motorista, ao seu lado a Santinha da Horta Seca, e no banco de trás o Lambretas e a Cristas, os secretários de Estado são “pets” que vão nas suas gaiolas devidamente arrumadas no porta-bagagens. É um governo sem programa em que Porta pensa, o Lambretas fala e a Santinha descobre milagres em tudo onde o líder toca. 
  
Da cabecinha de Porás nada sai de construtivo, só rasteiras ao Seguro como o apelo à cooperação, justificações das suas cobardias agora transformadas em sacrifícios em nome do interesse dos portugueses e o aproveitamento do trabalho alheio. Porta descobriu que a agricultura cresceu com o seu governo do táxi e as televisões mostram uma Cristas orgulhosa, só que se esqueceu de dizer que as oliveiras que produziram as azeitonas que depois de espremidas deram o azeite que foi exportado foram plantadas num tempo em que a ministra ainda não tinha feito o primeiro filho. O mesmo se pode dizer das famosas exportações, a Portas apenas podemos agradecer a venda de alguns apartamentos a chineses, cuja sisa não dá para lhe pagar as suas viagens, quanto mais as da Santinha da Horta Seca que parece querer estar sempre no céu.