Informa-se que está aberto concurso para provimento de uma vaga de Presidente da República a vagar quando o detentor do cargo terminar o mandato, enfim, se Deus não decidir que deve sair em momento anterior.
Como função principal caberá ao futuro presidente cumprir e fazer cumprir a Constituição, a não ser que o governo decida em contrário e os pareceres de constitucionalistas contratados (e pagos pelos mesmos contribuintes que vão ser vítimas das inconstitucionalidades) apontem no sentido de fazer o que manda o primeiro-ministro.
Para além destas funções, cabe ainda ao presidente:
- Conspirar, mandar conspirar ou permitir que se conspire contra o governo, contando para isso com preciosos assessores bem relacionados no mundo do jornalismo.
- Justificar os desvios éticos como algo mal cheiroso por se tratar de mera intriga e de jogos partidários que só servem para entreter comentadores políticos.
- Desaparecer por períodos prolongados sempre que algo de complexo exija a sua intervenção.
- Levar a esposa aos mais diversos locais turísticos conciliando o turismo familiar com a diplomacia externa.
Serão excluídos todos os portugueses sem habilitações universitárias adequadas e que não provem ter grande experiência internacional no desempenho de cargos compatíveis com uma “promoção” a Presidente da República, sendo admissível que o desempenho de cargos públicos de âmbito internacional tenha feito afirmações imediatamente desmentidas por algum ex-presidente.
Consideram-se irrelevantes para a escolha considerações que se prendam com aspectos educativos como seja comer à mesa ou deglutir bolos em locais públicos, ter ganho em negócios de acções geridos por gente de má reputação ou aparentar sinais de problemas de saúde.
Consideram-se irrelevantes para a escolha considerações que se prendam com aspectos educativos como seja comer à mesa ou deglutir bolos em locais públicos, ter ganho em negócios de acções geridos por gente de má reputação ou aparentar sinais de problemas de saúde.
O júri será constituído pelos seguintes elementos:
- A Dona Maria, em representação de Cavaco Silva que será presidente tendo em consideração a sua experiência diplomática, principalmente a adquirida nos chás com a rainha Sofia.
- Um representante do Compromisso Portugal em representação do que de melhor há na sociedade civil.
- Um representante do primeiro-ministro, que poderá ser o seu contabilista dos tempos da Tecnoforma que permitirá aferir o padrão ético dos candidatos.
O júri será secretariado por Fernando Lima, uma garantia dos melhores valores democráticos e de um total sigilo, para além da sua grande experiência no domínio da segurança informática.
As candidaturas deverão ser enviadas para Belém onde o actual detentor do cargo tem o direito de considerar má moeda os candidatos que na sua opinião devam ser excluídos antes de qualquer apreciação.
Com a colocação do próximo presidente ao abrigo do presente concurso dar-se-á início a a uma dinastia monárquico-republicana que se designará por Inclita Dinastia de Boliqueime.
As candidaturas deverão ser enviadas para Belém onde o actual detentor do cargo tem o direito de considerar má moeda os candidatos que na sua opinião devam ser excluídos antes de qualquer apreciação.
Com a colocação do próximo presidente ao abrigo do presente concurso dar-se-á início a a uma dinastia monárquico-republicana que se designará por Inclita Dinastia de Boliqueime.