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Ferro Rodrigues
«Já ia embora, mas voltou para trás. Afinal, em dia de jornadas parlamentares do partido, é hora de defender o líder da bancada que tem sido alvo de críticas pelo desempenho à frente da bancada dos deputados socialistas. “É uma honra”, disse António Costa dando a cara por Ferro Rodrigues. Já o líder parlamentar preferiu dizer que não tem uma postura de conflito: “Há muita gente que gosta de cheiro a sangue, mas eu não tenho essa lógica de estar na vida nem na política”, disse.
Várias têm sido as vozes, mesmo que anónimas, a criticar o desempenho do socialista, sobretudo nos debates quinzenais com o primeiro-ministro. A liderança da bancada não é posta em causa diretamente, mas há quem peça mais ação. Hoje, foi até Ferro que chamou à atenção de Costa para o facto de os jornalistas quererem falar com ele sobre este assunto. António Costa já tinha virado as costas para ir embora, quando um jornalista lhe diz que queria falar sobre o líder parlamentar e Ferro, sorridente, diz a Costa: “Querem falar sobre o seu líder parlamentar”.» [Observador]
Programa Vem
Ferro Rodrigues
Face às críticas que já se ouvem dentro do PS e que começam a generalizar-se nos seus apoiantes Ferro Rodrigues responde com o maior desprezo por essas mesmas críticas, diz que quem “define a estratégia do PS é o PS”. O líder da bancada parlamentar do PS tem toda a razão, é ele o dono da bola e por isso decide como se joga, quando se joga e com que regras se joga. Mas convém não esquecer que tem uma bola emprestada por aqueles que depositaram a sua esperança em António Costa. E como se isso não bastasse sugere que os que defendem oposição governo querem sangue, esquecendo o grande argumento usado para derrubar Seguro. Enfim, parece que para se defender das críticas dos que votam nele já parece ser mais sanguinário do que em relação ao governo mais brutal e incompetente que Portugal já teve.
A resposta de Ferro Rodrigues revela o autismo de quem julga que por estar farto de Passos Coelho o eleitorado será forçado a votar no PS, é uma postura de quase chantagem sobre os eleitores, ou votam em nós ou são lixados pelo Passos Coelho. OPS ainda não percebeu que as pessoas vão envelhecendo e que a maior parte dos eleitores já não se revê nesta geração de políticos, já ninguém sabe o quer saber o que foi o MÊS, ninguém tem paciência para ouvir Vieira da Silva e a escolha dos cenários do passado do PS para as entrevistas de António Costa já cheiram a bafio. Para termos a cereja em cima deste bolo que já está fora do prazo de validade só falta a Maria de Belém ser candidata a Belém, lembra o velho anúncio televisivo de uma marca de bagaço “ai não tem Aldeia Nova? Então dê-nos um pastelinho de bacalhau!”.
Os portugueses confiaram em António Costa por representar um projecto alternativo mas esse projecto é cada vez mais um pouco de nada. Primeiro era cedo para falar, depois fomos remetidos para a agenda da década, de um dia para o outro fala-se na ideia inovadora do cenário macroeconómico e quando os portugueses já estão a banhos lá vai aparecer um programa de governo feito por mentes brilhantes.
Parece que António Costa perdeu o jeito que tinha para analisar as sondagens no tempo de António José Seguro, assim como mudou de ideias sobre a forma de fazer oposição. As suas sondagens já quase à beira das eleições são mais desmotivadoras do que as do seu antecessor e comparando com os tempos de Seguro o grupo parlamentar faz lembrar o camarote dos velhos, na série humorística dos Marretas.
Dantes ainda se ouviam algumas opiniões de António Costa na Quadratura do Círculo, mas desde que deixou aquele programa que o líder do PS deixou de abordar questões nacionais. Agora se queremos saber o que pensa António Costa teremos de nos limitar Às ajudas aos clubes de futebol, às taxas e taxinhas, às suas guerras queixotescas com o Maduro e a outros assuntos de dimensão autárquica. Se o povo quer saber o que ele pensa sobre o país que espere pelo momento adequado se alguém criticar o PS o Ferro diz que eles são os donos da bola e ponto final.
António Costa deve ter em casa um espelho simpático a quem pergunta todas as manhãs “espelho meu, há algum político mais vencedor do que eu’” e o espelho responde “Não, podes estar descansado e nada fazer porque o povo te vai dar o poder”. O problema é se o espelho do António Costa se quebrar no dia das eleições e nessa altura o líder do PS perceber que as eleições legislativas não eram favas contadas. Se isso acontecer o PS estarei aqui para ver o que vai Ferro Rodrigues dizer para salvar o seu partido do desastre, sempre quero ver se repete que quem manda no PS é o PS, isto é, é ele.
Da parte que me toca só tenho uma ccoisa a dizer, se a direita voltar a ganhar as eleições deixarei de contar com o PS seja para o que for, porque o que está em causa não é saber se o António Costa tem emprego no governo ou na câmara ou se algumas personalidades continuam a desfilar na feira de vaidades da nossa vida política, o que está em causa é o povo e o que ele tem sofrido com esta política. Ferro Rodrigues pode ser o dono da bola, mas sem o voto dos portugueeses essa bola é de trapos
«Já ia embora, mas voltou para trás. Afinal, em dia de jornadas parlamentares do partido, é hora de defender o líder da bancada que tem sido alvo de críticas pelo desempenho à frente da bancada dos deputados socialistas. “É uma honra”, disse António Costa dando a cara por Ferro Rodrigues. Já o líder parlamentar preferiu dizer que não tem uma postura de conflito: “Há muita gente que gosta de cheiro a sangue, mas eu não tenho essa lógica de estar na vida nem na política”, disse.
Várias têm sido as vozes, mesmo que anónimas, a criticar o desempenho do socialista, sobretudo nos debates quinzenais com o primeiro-ministro. A liderança da bancada não é posta em causa diretamente, mas há quem peça mais ação. Hoje, foi até Ferro que chamou à atenção de Costa para o facto de os jornalistas quererem falar com ele sobre este assunto. António Costa já tinha virado as costas para ir embora, quando um jornalista lhe diz que queria falar sobre o líder parlamentar e Ferro, sorridente, diz a Costa: “Querem falar sobre o seu líder parlamentar”.» [Observador]
Programa Vem
Um hispânico faz comentários racistas sobre Michele Obama
«"Podíamos dizer que Michelle Obama entrou no Planeta dos Macacos". Foi este o comentário que valeu ao apresentador de televisão de origem venezuelana Rodner Figueroa o despedimento da estação Univision, o canal em língua espanhola mais importante dos Estados Unidos.
O caso aconteceu em direto na quarta-feira, durante a emissão do programa "El Gordo y La Flaca", no qual foram mostradas várias fotos de Michelle Obama, no sentido de comentar as diferenças de visual da primeira-dama norte-americana ao longo do tempo.» [DN]
Parecer:
Às vezes algumas vítimas de racismo são os mais racistas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
É preciso ser virgem para ser funcionário da IGF?
«A Inspeção-geral de Finanças vai abrir um inquérito sobre uma funcionária da entidade que integrará a lista 'Swissleaks', que reúne mais de 600 contribuintes portugueses que, alegadamente, abriram contas no banco HSBC na Suíça para fugir ao fisco.
A TVI noticiou na quinta-feira à noite que uma funcionária da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) teria cerca de 2,5 milhões de euros em duas contas, em conjunto com dois familiares, na filial suíça do HSBC.» [DN]
Parecer:
Istoe é a versão saloia da lei do enriquecimento ilícito, a partir de agora quem tenha mais de cinco tostões e for quadro da IGF é investigado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelos resultados desta caça às bruxas.»
O Frasquilho não sabia nada
«O ex-diretor do BES disse ainda que sabia que "havia várias entidades ligadas ao grupo" Espírito Santo, "mas não tinha noção do organigrama do grupo".» [Expresso]
Parecer:
Se calhar nem sabia que o presidente do Banco era o Ricardo Salgado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Islândia não quer UE
«A Islândia retirou o pedido de adesão à União Europeia, que tinha feito em 2009. O anúncio foi feito ao início da noite desta quinta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Gunnar Bragi Sveinsson, e é a concretização de uma promessa feita pelo actual Governo de centro-direita na campanha eleitoral de 2013.
“O Governo considera que a Islândia já não é um país candidato e pede à União Europeia que actue futuramente em conformidade com esta intenção”, disse o ministro na carta que enviou ao chefe da diplomacia da Letónia, Edgars Rinkevics, país que detém a presidência rotativa da União Europeia. No seu site, Sveinsson foi menos protocolar e escreveu: "Os interesses da Islândia ficam mais bem servidos fora da UE."
O pedido de adesão foi feito num contexto de uma severa crise económica que pôs em causa o sistema bancário e fez a moeda islandesa perder metade do seu valor, tornando apelativa a pertença à zona euro. O país pediu ajuda ao Fundo Monetário Internacional.» [Público]
Parecer:
Fazem bem.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»