quinta-feira, outubro 19, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Hugo Soares, líder parlamentar do PSD

O país ficou a saber que o líder parlamentar do PSD esteve de mangueira na mão, à porta da sua casa, porque o Estado falhou. Enfim, temos um herói nacional no parlamento e ninguém sabia.




      
  Férias merecidas
   
«Na primeira quinzena de agosto de 2016, Constança Urbano de Sousa rumou a Tavira, como é seu hábito, para aproveitar para descansar com família e amigos. O verão estava quente — segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, foi um dos mais quentes de sempre — e um fogo em Gondomar chegou a ameaçar habitações por esses dias. E se este ano não faltaram políticos a apressar-se a chegar às localidades afetadas pelos fogos, naquela altura muitos estranhavam a ausência de reações da ministra da Administração Interna. Foi preciso passar sábado, domingo, segunda e terça-feira para Constança falar, já estava o país de olhos postos na violência das chamas do grande fogo da Madeira. A ministra aparecia finalmente nas televisões, à saída de uma reunião na Proteção Civil. Mas também nas bancas, nas páginas da revista “Flash” com fotos numa festa de Verão a dizer que “uma ministra nunca tira férias”. Esta semana, em plena crise no combate aos fogos no norte e no centro do país, queixou-se de não as ter tido.

A atitude de 2016 não passou despercebida aos olhos da oposição. Foi o caso do social-democrata José Eduardo Martins, que se apressou a criticar a presença da ministra em festas algarvias em plena época de incêndios. “Os reis do spin… Até ontem, a Ministra só aparecia na ‘Flash’ nas reportagens do social no Algarve. Hoje, como todos repararam, já arranjou um ‘inimigo’ e uma ‘narrativa’… Sobra em lata o que falta no resto”, criticava na altura, na sua página de Facebook, referindo-se ao facto de a primeira reação da ministra ter sido sobre a alegada falta de ajuda dos países europeus no combate aos fogos. Mas também ao facto de a “Flash” dessa semana ter ido para as bancas com várias fotografias da ministra a marcar presença na festa de aniversário da revista.

Havia ainda um outro pormenor que agora se tornou relevante. Naquela altura, a ministra dizia à “Flash” que, apesar de marcar presença na festa algarvia, “uma ministra nunca está de férias”. “Todos os dias há qualquer coisa por resolver, nem que seja pelo telemóvel. Uma ministra nunca está de férias”. Constança Urbano de Sousa estava longe de imaginar que o verão seguinte seria bem mais violento em matéria de incêndios e com a perda de muitas vidas (105 pessoas até agora, em apenas quatro meses) e, aí sim, não teria mesmo tempo para descanso. Como a própria sublinhou, aliás, quando esta segunda-feira, na sequência da segunda tragédia dos incêndios com 41 vítimas mortais. Para contornar a pergunta sobre a sua demissão, a ministrou tentou ironizar com esse dado pessoal: “Para mim seria mais fácil, pessoalmente, ir-me embora e ter as férias que não tive, mas agora não é altura de demissões”. Uma frase polémica e politicamente terrível. A habilidade política não foi, de resto, propriamente o que a levou aos gabinetes governamentais. A demissão de Constança Urbano de Sousa acabou por se concretizar esta quarta-feira, 18 de outubro, um dia depois de a ministra entregar a carta de demissão ao primeiro-ministro. Uma carta onde justificava a saída para preservar a sua “dignidade pessoal” e explicava que já tinha pedido para sair logo a seguir aos fogos de Pedrógão Grande.» [Observador]
   
Parecer:

Até enfim que a senhora pode gozar as férias e ir a todas festas e festarolas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deseje-se boa viagem à senhora ex-ministra.»
  
 A PJ foi a última a saber das armas encontradas
   
«As armas desaparecidas em Tancos há quatro meses foram agora encontradas na Chamusca, a cerca de 20 quilómetros das instalações militares. De acordo com a Polícia Judiciária Militar (PJM), o armamento foi recuperado na madrugada desta quarta-feira.

Segundo apurou o Expresso, a Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT), da Polícia Judiciária (PJ), que lidera a investigação, só foi informada sobre o aparecimento das armas “a meio da manhã”. Ou seja, algumas horas depois da operação da PJM.

Ainda de acordo com a mesma fonte, quando os inspetores da PJ do contraterrorismo chegaram ao local, as armas já tinham sido levadas, teriam sido retiradas pelos investigadores militares da PJM.» [Expresso]
   
Parecer:

Enfim...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»