domingo, outubro 08, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Pedro Santana Lopes

Mais uma vez Pedro Santana Lopes diz presente e sugere que se pode candidatar à liderança do PSD. Nada que já não tenha feito em relação à autarquia de Lisboa, onde durante meses entreteve o PSD, acabando por tramar Passos Coelho sem assumir as responsabilidades políticas.

A derrota em Lisboa acabou por forçar a demissão de Passos Coelho, agora é o seu coveiro que mais uma vez ganha notoriedade para desistir à ultima hora. Ninguém neste país acredita que Santana larga o conforto da Santa Casa para se arriscar a ficar de novo no desemprego, já que uma candidatura levaria à demissão do cargo na Santa Casa e a deixar as vestes de comentador da SIC.

Santana Lopes quer candidatar-se à liderança do PSD ou faz este teatro para pressionar António Costa a prometer-lhe a recondução no cargo de provedor da Santa Casa?

«Com Paulo Rangel e Luís Montenegro fora da corrida, a ala passista (e não só) ficou desanimada,  sem alternativa à vista para quem não quer votar em Rui Rio. O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes manteve-se nesta sexta-feira em contactos e em “reflexão” sobre uma possível candidatura. E ganhou força a hipótese de Miguel Pinto Luz, um passista da distrital de Lisboa que se distanciou do líder do PSD nos últimos tempos, mas que poderia atrair apoios anti-Rio.  

O antigo primeiro-ministro tem estado a fazer contactos nos últimos dias para avaliar se poderá protagonizar uma candidatura. Ao que o PÚBLICO apurou, Santana Lopes já recebeu apoios de autarcas e de ex-ministros e outras pessoas ligadas à política. A seu favor, argumentam fontes próximas, tem o facto de ter sido nomeado provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa por Passos Coelho, então primeiro-ministro, e de ter sido reconduzido no cargo por António Costa, como chefe do Governo, em Março de 2016. Um ponto que, segundo as mesmas fontes, pode jogar a seu favor, num futuro combate político com o líder do PS.» [Público]

 O jornalismo e as redes sociais

É interessante perceber como se relacionam os jornalistas com as redes sociais. para isso reproduzo um texto da "Comunicar-se", empresa de consultoria em comunicação, sobre este tema:

«Estudo lançado pela Agência de Comunicação COMUNICAR-se em parceria com a FLUP incidiu num inquérito feito às redações da RTP, SIC, TVI, CMTV e Porto Canal. Facebook é o canal mais utilizado como fonte noticiosa.

As fontes tradicionais ainda mantêm um lugar privilegiado para os jornalistas na construção da notícia, revela um inquérito realizado às redações dos canais televisivos RTP, SIC, TVI, CMTV e Porto Canal. O estudo foi realizado por um grupo de trabalho da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) - no âmbito do Mestrado em Ciências da Comunicação (2015/2017) - e os resultados globais são agora divulgados pela Agência de Comunicação - COMUNICAR-se - por ocasião do seu 1.º aniversário.

Partindo do pressuposto de que a Internet e as plataformas de Social Media, nomeadamente, as redes sociais transformaram-se numa ferramenta essencial à prática jornalística e a sua utilização, como fonte de informação, é uma das muitas metamorfoses provocadas no jornalismo, o objetivo do estudo foi perceber de que forma os jornalistas recorrem às novas plataformas digitais de interatividade social como fontes noticiosas, nomeadamente, o Facebook (por ser a rede social mais utilizada);  o Twitter (por ser o microblogue com mais utilizadores) e o Youtube (por ser o vídeo storage com mais utilizadores).

Raquel Garcez Pacheco, diretora da Comunicar-se (agência de Comunciação envolvida no estudo), informa que a oportunidade de divulgar os resultados globais do estudo surge no âmbito do 1º aniversário da empresa que lidera e que, pretende reforçar o perfil atento e participativo da agência como player no setor da comunicação.  

“Com este estudo pretendemos evidenciar que o nosso envolvimento, atenção e intervenção no mercado da comunicação está para além da consultoria, pois assumimos um papel ativo e queremos colaborar dando in-puts ao setor. Relativamente à importância deste trabalho de investigação - que serviu para sentir o pulsar das redes sociais como nova fonte de informação emergente - reflete-se numa visão analítica global do cenário atual da interdependência entre jornalistas e fontes de Social Media. Só não podemos particularizar os resultados porque são, naturalmente, confidenciais”, explica a responsável da Comunicar-se.

Para a consultora de comunicação, a massificação e velocidade da informação obrigam a uma progressiva adaptação do Jornalismo às novas formas de comunicação. “Hoje, o ritmo vertiginoso da informação perdeu-se nas redes sociais, dando lugar à instantaneidade que se assume, cada vez mais, como um conceito dominante. Este processo permite que um acontecimento se propague rapidamente e circule de forma incontrolável podendo levar os jornalistas - pressionados pelas características do próprio meio - a adotarem as redes socias como fontes, sem que a informação dos mesmos se constitua fidedigna”, defendendo que, “a credibilidade dos factos e o contraditório devem sempre assumir um papel preponderante.”

O ESTUDO PERMITIU CONCLUIR QUE:

  • As Redes Sociais ocupam um lugar ainda pouco relevante nas redações dos jornais em estudo enquanto fonte noticiosa, resultado do desprestígio, em termos de credibilidade, que é atribuído ao conteúdo que neles é publicado.
  • Embora os jornalistas possam supervisionar com frequência as informações que circulam no Facebook, Twitter e Youtube - devido ao lugar que estas plataformas ocupam hoje na vida dos indivíduos e enquanto veiculadoras de informações que podem ter interesse jornalístico -, as fontes tradicionais mantêm um lugar privilegiado no processo noticioso.
  • Na relação dos inquiridos com as redes sociais, em contexto profissional, o Facebook é o canal mais utilizado como fonte noticiosa.»

 Ainda que mal pergunte

Tendo havido tantos feridos na Catalunha porque ainda não se viram fotos de feridos no hospital?

      
 #referendo. O milagre catalão
   
«Olha-se para os números e quase não se acredita: 90% dos catalães que votaram no referendo do passado domingo disseram desejar a independência. 9 em cada 10, um resultado esmagador. Mas estes números não contam a história toda. Não nos dizem, por exemplo, que quase 60% dos catalães não votaram no referendo. Porque se insiste, então, em dizer e escrever que os resultados espelham "a vontade do povo catalão"?

Os números também nos mostram que não é certo – nunca foi – que a maioria dos catalães deseje a independência. Não sou eu que o digo, são as sondagens realizadas periodicamente pelo Centro de Estudos de Opinião (CEO), que depende da Generalitat (governo regional). Os últimos resultados, divulgados no final de julho, revelavam que os partidários da independência nunca foram tão poucos desde o início da atual vaga secessionista, em 2012: só 41% eram favoráveis a que a Catalunha seja um estado independente, enquanto 49% se opunham. A sondagem mostrava também que só 48% desejavam um referendo, com ou sem concordância do governo liderado por Rajoy. Em abril eram 50%.

Ora, mesmo deixando de parte as questões em torno da legalidade desta consulta, é impossível não questionar a sua legitimidade. Porque decidiu então Puigdemont avançar com algo que não tinha a concordância da maioria dos catalães (um referendo sem o apoio de Madrid), para votar o que eles não desejavam (a independência)? Porquê agora, que o apoio ao independentismo nunca foi tão baixo? É isto a democracia a funcionar?

Com um referendo de resultados enviesados – a esmagadora maioria dos partidários da ligação a Espanha decidiu não votar, por não concordar com ele, e não existem garantias de que uma mesma pessoa não possa ter votado mais do que uma vez –, o governo catalão conseguiu um milagre: transformou uma causa com o apoio de pouco mais de 40% da população nuns redondos 90%. Nem um ditador desdenharia um resultado assim.» [Expresso]

      
 Mais um que não quer casar com a carochinha
   
«Sem em querer comentar as decisões de Luís Montenegro e de Paulo Rangel, o antigo líder da Juventude Social Democrata (JSD) declarou que não ter reconsiderado a sua posição: "Reafirmo que não estou a equacionar qualquer candidatura".

"A minha opção pela vida profissional e percurso académico é inabalável. Limitar-me-ei a apresentar uma moção com as minhas ideias, no próximo Congresso", acrescentou Pedro Duarte, que desde 2011 exerce funções de direção na Microsoft Portugal.

Pedro Duarte referiu à Lusa que, face aos resultados das autárquicas de domingo, considerou "desde o primeiro momento" que o PSD deveria "parar para pensar", evitando um "desfile vazio de nomes".» [Notícia ao Minuto]
   
Parecer:

Não cheira a palha...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»