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Ainda o dia não tinha nascido e já Ana Avoila anunciava adesões á greve de 100% em muitos hospitais, como o de Santa Maria, minutos depois a RTP fazia um direto a partir deste hospital e não se percebia muito bem como é que a sindicalista chegou àquele número.
Esta é mais uma greve da praxe, uma daquelas greves em que Ana Avoila trata os funcionários públicos como um rebanho de ovelhas que ela conduz. O resultado é desastroso para a Função Pública, dá uma imagem de que se faz greve por tudo e por nada e a verdade é que são greves sem adesão, que apenas descredibilizam os sindicatos.
«A greve desta sexta-feira na administração pública teve uma “adesão expressiva” que, em média, se situou nos 80%, adiantou a Frente Comum num comunicado divulgado a meio da tarde. De acordo com esta estrutura que representa mais de três dezenas de associações sindicais da CGTP, “a adesão à greve foi superior a 80% em toda a administração central, tendo tido percentagens ainda maiores na saúde e na educação, entre os 90% e os 100%”. Os números não foram rebatidos pelo Governo, que remeteu um balanço da greve para mais tarde.
“Os trabalhadores da administração pública, ao aderirem de forma tão expressiva a esta greve convocada pela Frente Comum, deram um sinal claro ao Governo, de que as medidas contantes na proposta de Orçamento do Estado para 2018, continuam a ficar muito aquém do que é exigível”, refere a Frente Comum no comunicado.
Já no balanço que fez perto da hora do almoço, a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, falava numa “adesão de 80% a nível global", destacando os sectores da saúde e da educação e os concelhos da capital, Porto e Coimbra.» [Público]
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É normal ouvir na comunicação social referências às redes sociais comparando-as com o que de pior há no mundo, são os jornalistas e políticos que conhecemos bem, os mesmos que no passado dariam o rabo e cinco tostões pelo direito de tomar um desses pequenos-almoços de negócios com o Ricardo Salgado.
Os muitos manipuladores de opinião a que chamam de comentadores, gente eu em privado cobra pelos favores ou, muito simplesmente, pela cunha ou tráfico de influências, odeiam redes sociais. O mesmo sucede com políticos fracos, ministros ou da oposição, que se sente mais confortavelmente a gerir a sua boa imprensa no negócio de favores com jornalistas do que a conviver com as opiniões nas redes sociais.
O que irrita políticos e jornalistas encartados é a opinião livre, a opinião que não é feita em troca de favores, a opinião de um qualquer cidadão comum. É por isso que o ministro da Administração Interna não se sente incomodado se o site do seu ministério sugerir a leitura do Observador, jornal online onde se diz de António Costa bem pior do que se lê nas redes sociais.
É por isso que um mero link para um blogue mereceu uma grande preocupação por parte do ministro da Administração interna, a pobre criatura mandou investigar quem poderia ter cometido o crime de sugerir a leitura de um qualquer leitor anónimo, que escreve o que pensa e sem medo de represálias ou de ser afastado da manjedoura. A pobre criatura, num ato de pura bajulação e subserviência, até suspendeu a página ministerial até se apurar quem cometeu e em que circunstâncias cometeu tão grande crime.
Um dia destes responderei a este ministro tal como ele merece, mas por agora apenas lamento tão grande pobreza de espírito. Esperemos que o senhor ministro não se lembre também de mandar perseguir tão perigosa voz ou tentar uma vingança porque ontem foi brindado com o trofeu deste modesto blogue. De qualquer das formas faça favor senhor ministro, não é nada que não tenha sucedido no passado.
Agora ficamos à espera que o ministério deixe de fazer links a jornais que eram simpáticos com Ricardo Salgado a troco de publicidade, de jornais, como o Expresso, que enviava jornalistas a Las Vegas, em viagens pagas pela EDP e que no regresso faziam artigos muitos simpáticos para com os negócios desta empresas, agora fico à espera que o ministro não se limite a encher o peito com páginas de cidadãos anónimos.
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«Neto de Moura — o juiz desembargador que assinou o polémico acórdão do Tribunal da Relação do Porto que cita a Bíblia e o Código Penal de 1886 para atenuar um crime de violência doméstica — está a ser investigado pelo crime de falsas declarações, avança a TVI. O caso remonta a 2012, altura em que Neto de Moura foi apanhado por uma patrulha da GNR a conduzir um carro sem matrículas.
Tudo aconteceu pelas 10h30, de 9 de julho desse ano. O juiz seguia pela Rua Funchal, em Loures, quando foi mandado parar por uma patrulha da GNR por circular num Honda Civic sem matrículas. Apesar do sinal que lhe foi feito, o desembargador decidiu seguir viagem. Depois de deixar o carro mal estacionado, com uma roda no passeio e outra na estrada, 500 metros à frente, Neto de Moura lá acabou por explicar à GNR que as matrículas tinham sido roubadas e que iria naquele momento repo-las. Ao militares, contou ainda que já tinha sido abordado pela PSP e que, depois de mostrar a participação do furto, tinha sido autorizado a seguir viagem.
Segundo a TVI, os ânimos exaltaram-se. Foi nessa altura que foi chamado ao local um agente da PSP, que acabou por elaborar o auto de contraordenação e apreender o veículo. Descontente com a participação, o juiz decidiu processar o agente da PSP, considerando que este tinha falsificado informação ao afirmar na contraordenação que tinha visto o carro a circular sem matrícula. Quando chegou à Rua Funchal, o carro já estava estacionado.» [Observador]
Parecer:
O pobre magistrado dos tribunais caiu em desgraça.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
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«A administração do hospital de Viana do Castelo terá utilizado, em dia de greve nacional, trabalhadoras das limpezas para fazerem trabalho de auxiliar de ação médica, denunciou esta sexta-feira o coordenador dos Sindicatos em Funções Públicas e Sociais do Norte.
No Hospital de Viana, do Centro Hospitalar do Alto Minho, a administração utilizou, durante toda a manhã, “trabalhadores das empresas de limpeza”, tendo “mandado trocar a bata da empresa por uma bata do hospital e pô-los a fazer trabalho de auxiliar de ação médica”, declarou à Lusa Orlando Gonçalves.
À margem de uma conferência de imprensa que decorreu esta sexta-feira no Porto, junto à Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), o coordenador dos Sindicatos em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), classificou a troca de batas e o trabalho de auxiliar de ação médica feito por trabalhadores de empresas de limpeza como um ato “absolutamente ilegal”.» [Observador]
Parecer:
A ser verdade a administração do hospital deve ser demitida.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigues-se.»