A corrida pela liderança do PSD é, no mínimo, muito original, em vez de evidenciarem as suas qualidades os dois candidatos tentam exibir os seus defeitos, em vez de se orgulharem do seu passado e exibirem-nos como garantia preferem sugerir que são um upgrade, com com mais de 60 são duas virgens.
Passos Coelho caiu e era de esperar que os dois candidatos exibissem as diferenças em relação ao ainda líder, mas fazem o contrário, um garante que sempre foi um apoiante e admirador, até diz que salvou o país, o outro vi à reunião do grupo parlamentar para dizer que é uma espécie de arrependido, como prova inequívoca desse arrependimento até se diz devoto da Maria Luís Albuquerque, essa luz que ilumina a economia portuguesa. É como se o devoto Marcelo, em vez de ir à procissão do Senhor dos Passos, se declarasse peregrino da Nossa Senhor.
Afinal, não existe qualquer diferença entre Rio e Santana ou entre estes e Passos, a provar estão os discursos de apoio às políticas extremistas do anterior governo. Em vez de irem às jornadas parlamentares afirmar as suas diferenças, optaram por se exibir como dois cachorrinhos a abanar o rabo junto de Passos Coelho e dos seus mais fieis apoiantes.
É um espetáculo ridículo e se as políticas de Passos salvaram o país e a Maria Luís Albuquerque é essa luz que nos alumia não se entende porque motivo Santa Lopes e Rui Rio em vez de terem exigido a continuação do líder que tanto admiram, se apressaram a apresentar as suas candidaturas. A escolha do novo líder é feita sob o signo da cobardia e do oportunismo.