Jumento do Dia
Ainda que mal pergunte, o que é que a CML tem que ver com organismos da Administração Central e o que é que o Medina sabe de medicamentos? Sejamos claros, o Medina tem tantas razões para se oport ou deixar de opor à mudança do INFARMED como teria para se manifestar sobre eu fosse mudar-me para Almada. É esta ideia de que o Medina ou o Rui Moreira têm algum papel ou competência na Administração Pública Central que os leva a dizer as alarvidades que estão dizendo.
Compreende-se que Medina venha em auxílio de António Costa, mas é ridículo que o autarca julgue que está a dar alguma ajuda, que pense que o seu apoio leva alguém a mudar de opinião, a não ser sobre o próprio autarca. É o meu caso, quando ouço Medina chama descentralização a uma mera deslocalização o meu inteligentómetro diz que o homem está abaixo de zero.
«A Câmara Municipal de Lisboa não se opõe à mudança do Infarmed para o Porto. Depois de a presidente da Autoridade Nacional do Medicamento ter dito ao PÚBLICO que o silêncio da autarquia socialista a espantava, o município enviou uma nota às redacções a demonstrar confiança nas decisões do Governo.
"Confiamos que, qualquer que seja a decisão, o ministério da Saúde acautelará o bom funcionamento deste relevante organismo do Estado", lê-se na nota, que diz ainda que "Lisboa não pode ser contra medidas de desconcentração ou descentralização de serviços". E isto porque o executivo de Fernando Medina tem "defendido essas políticas a bem da coesão do país e da melhoria da eficácia dos serviços."
Numa entrevista ao PÚBLICO, a presidente do Infarmed mostrou-se surpreendida pelo facto de a câmara lisboeta nada ter dito sobre a anunciada mudança da instituição para o Porto. "Espanta-me que a Câmara de Lisboa não tenha problema em perder o Infarmed. Se calhar o Infarmed não é importante para a Câmara de Lisboa", disse Maria do Céu Machado.» [Público]
Arrufos de namorados
Não entendo tanta excitação entre comentadores políticos por causa do aparente conflito entre PS e BE a propósito da taxa sobre as renováveis. Diria que ao pé dos conflitos internos o discurso de Mariana Mortágua foi pouco mais do que um arrufo de namorados.
O comentador Marcelo
Em pleno Terreiro do paço, durante uma aberta da chuva o comentador televisivo fez os seus palpites sobre se a legislatura vai ou não até ao fim. Parece que a grande mudança foi a saída de AMrcelo da TVI, agora comenta para todas as estações e à borla.
Não entendo tanta excitação entre comentadores políticos por causa do aparente conflito entre PS e BE a propósito da taxa sobre as renováveis. Diria que ao pé dos conflitos internos o discurso de Mariana Mortágua foi pouco mais do que um arrufo de namorados.
O comentador Marcelo
Em pleno Terreiro do paço, durante uma aberta da chuva o comentador televisivo fez os seus palpites sobre se a legislatura vai ou não até ao fim. Parece que a grande mudança foi a saída de AMrcelo da TVI, agora comenta para todas as estações e à borla.
A vez do ministro da Administração Interna
«Desde o início de outubro que Saman Ali andava nervoso. O prazo de validade da sua autorização de residência provisória em Portugal aproximava-se e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não lhe dava certezas de uma revalidação atempada. O dia 15 de novembro passou entretanto sem que a residência permanente, que lhe garante a proteção internacional por cinco anos, fosse emitida. Esta segunda-feira decidiu exteriorizar o protesto interior: iniciou uma “greve de fome e de sede” fechado na casa de Guimarães onde foi reinstalado há cerca de oito meses. “Agora as autoridades serão responsáveis pela minha morte”, lamenta Saman.
Saman, professor universitário de biologia médica, chegou a Portugal a 6 de março de 2017 como refugiado. É yazidi, do Iraque. Viajou da Grécia até Lisboa com seis famílias do mesmo credo, 23 pessoas ligadas por sangue e ele sem laços nenhuns. O autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) matou-lhe a família inteira. Mãe, irmãs, irmãos, pai. Ainda no aeroporto de Lisboa jurou fidelidade a Portugal, “o meu segundo país para sempre”. E manteve a promessa, mesmo quando os companheiros de viagem começaram a partir, logo nos primeiros dias. Para a Alemanha, Holanda e outros países europeus. Ficou só ele. O único yazidi que resta em Portugal.» [Expresso]
Parecer:
Lembro-me de ver o agora ministro da Administração Interna ir ao aeroporto receber refugiados. Agora que deixou de ser notícia veremos se o ministro mexe as pernas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Todos são suspeitos
«O PS chumbou a taxa sobre as energias renováveis proposta pelo Bloco de Esquerda para que o tema possa ser sujeito a uma "análise cuidada" sobre os seus impactos, justifica Carlos César que, contudo, tem dificuldades em explicar porque é que, antes de a chumbar, o Governo e o Partido Socialista a aprovaram.
Um dia depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2018, o líder parlamentar do PS foi à Sic-Notícias recusar que o PS e o Governo tenham cedido ao lóbi da energia. "Nós não cedemos a lóbi de qualidade nenhuma. O nosso único lóbi é o interesse nacional", referiu o deputado, para acrescentar que, ao longo do próximo ano, "o Governo deve estar obrigado a proceder a uma reflexão sobre o sistema regulatório do sector energético, de forma, por um lado a diminuir estas rendas excessivas, e de forma a por outro lado, diminuir a factura que os portugueses em geral pagam pela electricidade".
Se o polémico episódio "teve essa vantagem" de volta a trazer o tema das rendas excessivas no sector da energia para a ordem do dia, ele continua contudo por explicar.
À SIC-Notícias, Carlos César invocou a necessidade de se salvaguardarem nomeadamente aspectos jurídicos antes de se avançar com medidas desta natureza, até porque os "investimentos foram contratualizados com base numa remuneração mínima" e há que olhar para Espanha, onde há processos judiciais em curso por motivos análogos, que estão a ser perdidos pelo Estado. Tudo isto exige uma "análise cuidada", antes de qualquer decisão.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
A forma como Mariana Mortágua tomou posição sobre a decisão do PS não apoiar ataxa das renováveis é típica do nosso populismo de esquerda, os governos estão rpoibidos de favorecer o lado das empresas, mesmo que não tenha qualquer intenção.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver e pergunte-se ao líder parlamentar do PS porque não fez aprovar uma alteração legislativa, já que a intenção era estudar.»
A Fitch não concorda com Passos Coelho?
«Visto de fora, Portugal está a atravessar um bom momento. O país está politicamente estável, o Governo mantém a sua dinâmica política, e a economia entrou numa trajectória orçamental saudável que o Orçamento do Estado para 2018 vem sedimentar. As conclusões são da BMI Research, a unidade do grupo Fitch, que volta a baixar o risco político de Portugal.
Numa curta análise divulgada esta terça-feira, 28 de Novembro, a BMI Research considera que, com o Orçamento do Estado para 2018, Portugal vai manter-se numa trajectória orçamental "saudável" durante pelo menos os próximos dois anos. Apesar de considerarem que as previsões do Governo para a trajectória da dívida pública e do défice são "demasiado ambiciosas" quando comparadas com as projecções próprias, os analistas antecipam progressos contínuos.
Na frente política, apesar da precariedade da solução governativa, a BMI Research considera que ela se manterá estável durante vários trimestres. O facto de o PS ter ganho as eleições autárquicas com uma grande distância do PSD, num contexto de forte pressão devido à tragédia dos incêndios, leva os analistas a considarem que o PS e o Governo mantêm a sua dinâmica política e a baixarem novamente o risco político do país.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
vale a pena comparar o discurso de Passos Coelho com esta análise.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao traste de Massamá.»