Jumento do Dia
Depois de dois anos a representar a pantomina do "primeiro-ministro no exílio", passos Coelho achou que a aprovação do OE de 2018 era o momento para apresentar o seu testamento político, compreendendo-se agora que o PSD só apresentou algumas dezenas de propostas paa viabilizar esta intervenção.
Foi um líder derrotado que falou, alguém que evitou os confrontos ao longo de dois anos que agora decidiu contestar as políticas governamentais, numa intervenção em que sabia que não teria resposta.
Um discurso de ressabiado sem qualidade e sem ideias, que só serviu para que se percebesse que o país não perde nada com a sua saída de cena.
O Governo já está atrasado
Se o ministro da Saúde e o primeiro-ministro asseguraram que a transladação do INFARMED, com a consequente migração forçada dos seus funcionários, estava pensada e estudada há muito tempo, é natural que também tenha sido estudada, já não lembraria nem ao Camões que uma tal decisão fosse tomada com a ligeireza de quem diz uns bitais na hora do café.
Assim, o governo já devia ter tornado público os estudos que apoiam a sua decisão, tanto mais que é uma decisão tomada ao arrepio do seu próprio programa onde, ao contrário do que disse a deputada Almeida Santos, este tipo de movimentos migratórios forçados não está prevista.
Se o ministro da Saúde e o primeiro-ministro asseguraram que a transladação do INFARMED, com a consequente migração forçada dos seus funcionários, estava pensada e estudada há muito tempo, é natural que também tenha sido estudada, já não lembraria nem ao Camões que uma tal decisão fosse tomada com a ligeireza de quem diz uns bitais na hora do café.
Assim, o governo já devia ter tornado público os estudos que apoiam a sua decisão, tanto mais que é uma decisão tomada ao arrepio do seu próprio programa onde, ao contrário do que disse a deputada Almeida Santos, este tipo de movimentos migratórios forçados não está prevista.
Presidente corajosa
«Médica há mais de 40 anos, a presidente do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) recorda a surpresa que constituiu o telefonema feito pelo ministro da Saúde a dar-lhe conta da mudança da sede do organismo de Lisboa para o Porto. Garante que até essa altura apenas tinha ouvido dizer que Adalberto Campos Fernandes tinha perguntado num almoço "e se o Infarmed fosse para o Porto?", o que interpretou então "como uma brincadeira". Nesta entrevista que estava prometida há meses, a pediatra que é a primeira mulher a presidir ao Infarmed e foi alta comissária da Saúde lembra que uma das razões pelas quais foi convidada para o cargo pelo ministro foi para trazer a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) para Lisboa. E frisa que o governante lhe disse agora que a anunciada deslocalização do Infarmed para o Porto não era uma decisão, mas "uma intenção”.» [Público]
Parecer:
A presidente do INFARMED revela coragem ao falar em público, esperemos que não pague a frontalidade com uma demissão vingativa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
A ditadura moçambicana no seu melhor
«"Hoje é um dia morto", diz o diretor do aeroporto, Jeronimo Tambajane. "Eu esperava que essa área estivesse completamente movimentada, com vários voos a ocorrerem. Infelizmente, nesse momento não temos nada." Ao caminhar pela sala de embarque internacional, o moçambicano passa a mão pelo couro vermelho de um divã: "Já seria altura de remodelar (reformar)".
O fracasso do empreendimento pesa nos bolsos dos dois países. Desde o final de 2016, Moçambique não paga as parcelas do empréstimo do BNDES, o branco brasileiro de fomento à economia brasileira, diluído em um prazo de 15 anos. É o primeiro calote que a instituição tomou entre todas as obras custeadas fora do Brasil - operações que passaram a ser postas em xeque após a operação Lava Jato.
O pagamento do empréstimo não é a única conta que não fecha. O Aeroporto de Nacala opera no vermelho desde que foi inaugurado. Só o seu custo de operação é quatro vezes maior que as receitas. O saldo negativo recai sobre os outros aeroportos de Moçambique, geridos todos pela mesma empresa estatal.
Não bastassem a falta de voos, de passageiros e as contas em atraso, há suspeitas de corrupção em torno do aeroporto. Tanto Odebrecht como Embraer relataram ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos terem pagado propina para autoridades moçambicanas com o objetivo de fechar negócios.» [BBC]
Parecer:
Este país cheira a corrupção que tresanda e foi lá que esteve o Paulo Portas na semana passada. Será que o ex-líder do CDS tem na manga mais algum aeroporto?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
O Watford agradece as asneiras do Bruno de Carvalho
«O Watford de Marco Silva está a dar nas vistas em Inglaterra. Neste momento, o clube britânico está no oitavo lugar da Premier League - o que deixou muitos comentadores desportivos surpreendidos - e na última jornada fez uma exibição de luxo frente ao Newcastle.
Esta segunda-feira, o jornal “Daily Mail”, numa análise ao Watford, deixa elogios rasgados ao treinador português, que diz que pode ser o novo Special One após um impressionante início de temporada”.
Na terça-feira, o Watford vai jogar a casa do Manchester United, equipa orientada pelo também português José Mourinho. “Caso vença, pode muito bem ser coroado o novo Special One”, escreve o diário britânico.
Ainda no mesmo texto, o “Daily Mail” larga elogios a Marvin Zeegelaar, ex-jogador do Sporting.» [Expresso]
Parecer:
Parece que há mais um treinador melhor do que o JJ.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
E agora António Costa?
«Maria do Céu Machado, presidente do Infarmed, foi apanhada de surpresa com o anúncio, feito na semana passada, da deslocalização do Infarmed para o Porto, notícia que surgiu depois de a candidatura para a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA] ter falhado. “O dossier final da candidatura não refere nada em relação a uma saída do Infarmed de Lisboa”, garantiu em entrevista ao “Público” esta segunda-feira.
A afirmação contraria o que foi dito por António Costa na sexta-feira passada em entrevista à “Antena 1”. Nela, o primeiro-ministro havia assegurado que esta mudança já estava prevista há muito tempo e fazia parte do dossier de candidatura à EMA. “Conheço bem o dossier de candidatura à EMA e não encontro nada que refira mudança do Infarmed, mas sim apoio e alocação de recursos. Fosse qual fosse a cidade escolhida, o Infarmed ia dar todo o apoio, obviamente, técnico”, disse Maria do Céu Machado.
A surpresa, após as notícias publicadas nos meios de comunicação, foi total. “Tenho um telefonema do senhor ministro às 8 da manhã do dia 21 de Novembro, dizendo ‘ontem tive uma reunião com o senhor primeiro-ministro e decidimos que o Infarmed ia para o Porto. Posso contar consigo? Pediu para reunir os dirigentes do Infarmed às 16 horas, porque ia anunciar no encerramento da reunião do Health Cluster Portugal e queria que, ao mesmo tempo, eu falasse com os dirigentes. Marquei uma reunião para as 16 horas. Tive de sair para uma reunião e estava no carro quando comecei a ouvir na rádio que tinha havido um comunicado da Câmara do Porto a referir que ia haver uma saída do Infarmed para o Porto”, revelou.» [Expresso]
Parecer:
António Costa terá de dar explicações.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»