quinta-feira, novembro 30, 2017

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Teodora Cardoso, lápis azul dos programas eleitorais

Teodora Cardoso foi uma feroz defensora da política de austeridade e da reformatação do modelo social português a coberto da presença da troika, nunca o escondeu. sempre foi grata a Passos Coelho pelo protagonismo e estatuto que lhe deu quando estava prestes a terminar uma carreira sem grande notoriedade.

O problema de Teodora é que a política que defendeu e apoiou falhou, mas como parece não ter bom perder usou as suas previsões para lançar a descrença num governo que pensa ser menos legítimo do que o seu cargo. Teodora falhou em todas as previsões, agora parece estar zangada porque o ministro das Finanças conseguiu controlar a despesa pública.

Mas comparar Centeno a Salazar só revela muito mau gosto de alguém que se devia ter demitido no dia em que aceitou tutelar a democracia chamando a si a avaliação prévia dos programas eleitorais dos partidos democráticos. Percebe-se agora o que pretendia a senhora quando teve essa recaída salazarista. Enfim, salazarista é a sua tia sotôra.

Aliás, não se compreende como é que à frente do Conselho de Finanças Públicas continua uma senhora sem o mínimo de condições e sem os valores democráticos mínimos para se comportar em democracia.

«A Presidente do Conselho das Finanças Públicas, Teodora Cardoso, disse esta quarta-feira que a gestão orçamental de Mário Centeno em 2016 foi “uma espécie de reprodução” da gestão orçamental feita durante os tempos de Salazar, com o uso de cativações de forma pouco transparente para atingir a meta do défice sem ter de assumir medidas discricionárias para o efeito.

Passámos a ser democratas a fazer défices, mas em termos de gestão das despesas nós continuamos no Salazar, basicamente. Com uma diferença, no tempo de Salazar não havia défices. Não havia mesmo, cortavam-se as despesas, é claro que se cortavam, em educação, saúde, pensões, que nós não queremos cortar, mas défices não havia”, disse a economista, durante uma conferência sobre o Orçamento do Estado para 2018 na Universidade Lusíada.

A líder da entidade que avalia as contas públicas portuguesas avançou, então, para a comparação entre o período atual e a forma como o ministro das Finanças geria, com mão de ferro, os orçamentos durante a ditadura.

“O poder todo em matéria de gestão do orçamento estava no ministro das Finanças. O ministro das Finanças é que decidia se havia dinheiro ou se não havia, se não havia dinheiro cortava, pura e simplesmente. Nós já o ano passado tivemos uma espécie de reprodução disto com a as cativações. As cativações são um instrumento de gestão orçamental, que no fundo dão uma margem de segurança para cumprir os limites. Até aí não há problema, mas quando as cativações ultrapassam claramente esse nível e começam a ser medidas discricionárias para se conseguir atingir um défice orçamental sem haver as medidas efetivamente que conduziriam a esse défice, aí estamos a arranjar um problema maior”, adiantou.» [Observador]






      
 Angola não coopera com Portugal
   
«O ministro das Relações Exteriores de Angola avisou esta quarta-feira que enquanto o caso que envolve a Justiça portuguesa e Manuel Vicente não tiver um desfecho, Angola "não se moverá nas ações de cooperação com Portugal".

"Enquanto o caso não tiver um desfecho, o Estado angolano não se moverá nas ações, que todos precisamos, de colaboração com Portugal", disse Manuel Augusto, em entrevista à Lusa e à rádio francesa TF1, à margem da cimeira entre a União Europeia e a União Africana, que decorre hoje e na quinta-feira em Abidjan, na Costa do Marfim.

"Este já não é um caso individual de justiça, é um caso do Estado angolano e enquanto não tiver um desfecho, o Estado angolano não se moverá nas ações de cooperação com Portugal, e competirá às autoridades do Estado português verem se vale a pena esta guerra", vincou o diplomata.» [DN]
   
Parecer:

Angola fala de negócios ou de cooperação? Se é de cooperação convenhamos que quem perde são os angolanos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»