terça-feira, novembro 07, 2017

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia

Se o "Startup Visa" não existia devia existir, é melhor atrair empreendedores do que mafiosos chineses ou corruptos brasileiros. A ideia é boa, mas é lamentável esta mania dos governos de só terem boas ideia na véspera de pensarem o que hão-de inventar para conseguir uma boa imagem.

Este tipo de Visa já devia existir e em vez desta mania provinciana dos anúncios já devia estar implementado e o SEF deveria estar presente no Web Summit com um pavilhão para divulgar a iniciativa. Assim, muitos empreenderes vão partir sem saber como ou quando podem conseguir um visto, quando poderia abandonar o país já com documentos e regras conhecidas.

Esperemos agora que a iniciativa não dê lugar a mais empresas como a do Marques Mendes e que as Startups não sejam mais um mercado a explorar por banqueiros comissionistas, imobiliários gulosos, corruptos e outros oportunistas. A verdade é que Portugal não é o país maravilhoso e sem burocracia que alguém inventou na abertura do acontecimento e desde os serviços do Estado aos bancos, passando pelas empresas de telecomunicações, há um verdadeiro proxenitismo em relação às iniciativas empresariais.

A medida é uma boa ideia, mas é pena que chegue atrasada e empurrada mais pela busca de imagem do que por outros motivos. É prioritário adoptar um programa de combate à burocracia e ao oportunismo que matam muitas iniciativas empresariais. O que é feito do tão prometido SIMPLEX?

«Os empreendedores que queiram abrir uma empresa inovadora vão poder, a partir de janeiro do próximo ano, aceder de forma rápida a um visto de residência em Portugal, permitindo-lhes criar ou mover a sua empresa para o país.

O Ministério da Economia anunciou esta segunda-feira em comunicado a criação do 'Startup Visa', "um visto de residência para empreendedores, que pretende atrair para Portugal investimento, talento e capacidade de inovação", indicando que esta medida vai ser formalmente lançada na terça-feira na Web Summit, que começa esta segunda-feira em Lisboa.

Assim, a partir de 1 de janeiro de 2018, os "jovens empreendedores de todo o mundo que queiram abrir uma empresa inovadora vão ter acesso rápido a um visto de residência que lhes permite criar ou mover a startup para Portugal", podendo também "integrar uma incubadora da rede Startup Portugal e beneficiar de todos os incentivos e apoios do Programa Startup Portugal".» [Expresso]

  Ó Sôr Presidente, apoie o Marcelo

«O dilema do presidente da república devolve-nos ao ponto de partida: a solução para o problema de Marcelo poderá estar na liderança do PSD. Não em Rui Rio, com quem mantém uma relação pouco aberta, mas em Santana Lopes. Porque, depois do trauma com Jorge Sampaio, se Santana Lopes fosse primeiro-ministro apostaria tudo em manter uma óptima relação com a presidência, com vista a completar o seu mandato. E porque Santana Lopes já percebeu que, para vencer as eleições legislativas, precisará da ajuda de Marcelo no desgaste ao governo – e já fez dessa boa relação prioridade na sua campanha. Ou seja, o perfil de Santana Lopes é propício para que Marcelo, mesmo perante um governo maioritário PSD-CDS, mantivesse um forte ascendente sobre o primeiro-ministro.

O que esta equação nos diz é simples. Primeiro, que Marcelo, para manter um papel principal no teatro político, precisa de travar a ascensão de António Costa – é a fraqueza do primeiro-ministro que faz a força do presidente. Segundo, que dar a mão a um PSD liderado por Santana Lopes seria não só uma forma de o fazer como também de salvaguardar o seu protagonismo político, através de uma relação privilegiada com o colega de partido. Resta saber (e nos próximos dois anos descobrir-se-á) se, apesar de ser o epicentro político, também vence eleições legislativas quem Marcelo quer.»

os ideólogos da extrema-direita chique já escolheram o candidato que deverá ser levado por Marcelo a primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes. Feita a escolha, tentam agora convencer Marcelo, com artigos no Observador.

Esta gente tem confiança em Santana ou estarão convencidos de que Santana Lopes será uma marioneta da extrema-direita chique, que com Passos chegou à liderança do PSD e agora tenta sobreviver apoiando as ambições de um político falhado. Seria bonito de ver Marcelo Presidente com Santana como primeiro-ministro, o mais certo é que cairiam os dois.

Pessoalmente, estou de acordo com a extrema-direita chique, também quero Marcelo à frente do PSD, quero que os vencedores das últimas eleições as voltem a ganhar nas mesmas circustãncias em que ganharam as últimas, quero ver Santana Lopes passear a bandeirinha armado em primeiro-ministro no exílio.

 O vazio

Nos últimos tempos do governo do PSD/CDS foram várias as personalidades qualificadas que abandonaram o governo em busca de zonas de conforto, sucedeu, por exemplo, com Carlos Moedas que passou a perna a Maria Luís Albuquerque e instalou-se em Bruxelas, Álvaro Santos Pereira escapou-se para a OCDE e, ainda antes dele, Vítor Gaspar fugiu para depois aparecer no FMI. Já depois das eleições Passos Coelho viu esta fuga continuar e até Paulo Portas o deixou sozinho a tomar conta da direita. 

António Borges faleceu, Miguel Relvas deixou o governo, Poiares Maduro regressou para a universidade, muitos do que compensavam a debilidade inteletual de Passos Coelho partiram. Até Montenegro já se calou e o PSD é hoje pouco mais do que Passos Coelho, a sua ex-ministra das Finanças, o Amorim e o Hugo Soares. Nunca em toda a sua história o PSD esteve tão pobre, a nata dos economistas do passado deu lugar à Maria Luís, as cartas da bancada parlamentar do PSD são agora o Amorim e o Hugo Soares.

Poder-se-ia dizer que é uma fase, que com um líder a aguardar ser substituído e sem se saber quem o vai substituir muitos preferem o silêncio. Mas se assim fosse os candidatos a líder do partido estariam mobilizando apoios nos mais diversos setores da sociedade. Mas não é isso que está sucede, em vez de se afirmarem mobilizando gente credível e qualificada, os candidatos à liderança do PSD disputam o apoio da tralha de Passos Coelho,nem sequer se interessam pela tralha do cavaquismo.

Com um projeto que se baseava apenas em cortes de rendimentos do trabalho e dos pensionistas, Passos passou dois anos a exibir a pantomina do primeiro-ministro no exílio, em vez de propostas esperou que uma desgraça impedisse que António Costa desmontasse os pilares da reformatação económica do país que lançou a coberto da Troika, o corte brutal em todos os rendimentos do trabalho e nas pensões. Há dois anos que o PSD é um vazio de ideias e de projetos, vive das memórias do seu ainda líder.

Sucede que os candidatos a líder do PSD são tão ocos como é Passos Coelho, Santana Lopes não tem uma única ideia, Marques Mendes compara-o a uma televisão a cores, por oposição de um Rui Rio que seria uma televisão a preto e branco, mas esquece-se que a televisão a cores de Santana tem um único canal, parece a TV de um circo. Até Rui Rio preferiu aderir Às ideias de Maria Luís e Passos Coelho, se dantes tinha poucas ideias, agora parece um deserto,  chega a ser ridículo vê-lo encostar-se à imagem da ex-ministra das Finanças

      
 Empresa cobarde
   
«A empresa de segurança privada PSG, que era responsável pela segurança da discoteca Urban Beach, vai deixar de exercer os seus serviços de segurança em estabelecimentos de diversão noturna.

“A Administração da PSG, dentro da responsabilidade social que lhe cabe, deliberou que irá cessar todos os contratos referentes a estabelecimentos de diversão noturna, com a finalidade de se distanciar de situações semelhantes, já que malogradamente, não conseguiu evitar as ocorridas”, informou a empresa em comunicado.

Na nota, publicada no site da empresa, a PSG explica que nos últimos dias preferiu “manter o silêncio, apenas para permitir que os órgãos de policia criminal e demais entidades responsáveis possam realizar o seu trabalho, sem qualquer tipo de interferência, colaborando ativamente em tudo o que lhe foi solicitado”.» [Observador]
   
Parecer:

Até aqui a PSG sabia de tudo e mandava rapazes musculados para as discotecas, agora rescinde os contratos tentando passar a ideia de que a culpa é das discotecas. A PSG percebeu que há muito por se saber e tenta limpar a sua imagem, fazendo passar a ideia de que era estranha a toda a brutalidade dos seus profissionais. A empresa chega mesmo ao ponto de criticar a comunicação social por associar os segurança à empresa a que pertencem e a cujas ordens obedeciam? Mais ridículo é impossível.

Quando entrar nos CTT ou no BPI tenha cuidado, há por lá gente exemplar da PSG.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se e penalize-se a PSG.»
  
  PSP garante que é seguro sair à noite
   
«A PSP garantiu nesta segunda-feira que é seguro sair à noite em Lisboa, considerando que o caso da discoteca Urban Beach é pontual e "não pode pôr em causa a segurança de toda uma cidade".

"Não é perigoso sair em Lisboa. Lisboa continua a ser e será uma cidade segura e não são casos isolados e pontuais que vão determinar que a cidade sofra as consequências da eventual insegurança que as imagens traduzem", disse aos jornalistas o comandante da primeira divisão de Lisboa da PSP, na conferência de imprensa para explicar as medidas de segurança para a conferência global de tecnologia Web Summit.» [Público]
   
Parecer:

A PSP refere-se aos marginais ou aos seguranças da PSG?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Cuidado com o dedo do meio!
   


«A fotografia correu o mundo: uma mulher numa bicicleta ultrapassada pela comitiva presidencial mostrou o dedo do meio aos carros. A mulher era Juli Briskman, que acabou por ser despedida, segundo contou em entrevista ao HuffPost.

Briskman, de 50 anos, diz ter ficado surpreendida por ter sido fotografada. Quando a foto se tornou viral decidiu informar os recursos humanos da empresa onde trabalhava do que se estava a passar e no dia seguinte foi chamada e informada de que tinha violado a política de redes sociais da empresa ao usar uma imagem "obscena" no Twitter e Facebook.» [DN]