Jumento do Dia
O secretário de Estado da Saúde devia explicar como se estivesse a falar com uma criança de quatro anos, porque somos todos muito apalermados, o que é que a deslocalização do INFARMED tem de estruturante, o que é que fica mais estruturado no país com esta mudança. Por outra lado este ajudante de ministro devia ter um pouco mais desrespeito pela inteligência de quem o ouve e respeitar os cidadãos deste país.
Não só toda a gente percebeu a motivação da decisão, como é mais do que evidente que nada teve de equilibrada ou refletida e que os interesses dos trabalhadores decorre do que está na lei e como este senhor sabe ou tem a obrigação de saber, daqui a uns dias vai dizer que os trabalhadores têm direito a um corno e á ponta do outro.
Sejamos honestos, o governo serviu a vida de 400 famílias numa bandeja ao populista do Porto para que este se cale e não prejudique a imagem do governo. Muitas famílias vão ser destruídas só para que Rui Moreira não fale mal do Governo.
«Falando aos jornalistas à margem de uma entrega de 22 viaturas de emergência e reanimação no Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo afirmou, nesta quarta-feira, que se trata "de uma decisão estrutural, que não foi tomada por impulso nem de forma simples".
O responsável acrescentou que a decisão de mudar o Infarmed para o Porto "será equilibrada, reflectida e ponderada" e garantiu que serão salvaguardados os interesses dos profissionais daquele organismo.
"Visa seguramente os interesses do país", garantiu, quando questionado sobre o que vai acontecer às 400 famílias afectadas por esta mudança.» [Público]
O INFARMED
Ou estou muito enganado ou depois desta idiotice de mudar o INFARMED o maior desafio que se vai colocar à nossa indústria farmacêutica será encontrar um medicamente que devolva a saúde ao Governo.
Ou António Costa tem muitos bons e sérios motivos para justificar uma decisão com tão grandes custos e que vai destruir a vida familiar de muita gente ou está metido numa trapalhada. Quer ele queira, quer não queira, vai ter de fundamentar esta decisão de mera deslocalização de um organismo público. Vai também ter de explicar porquê a escolha do Porto e o que o impede de distribuir toda a Administração Central do Estado pelas cidades, vila e aldeias do país.
O governo de Passos cortou os vencimentos e os direitos aos trabalhadores do INFARMED, Costa manda-os para o Porto sabendo que as compensações e ajudas que o Estado dá aos trabalhadores colocados fora da sua área de residência (veja-se o caso dos professores) é pouco mais do que nada.
Mas não faz mal o governo vai dizer que os funcionários estão sujeitos ao interesse nacional e que quem não quiser ir pode mudar de emprego, até vai usar os professores como modelo de funcionário que muda de local de trabalho sem quaisquer compensações.
Ou estou muito enganado ou depois desta idiotice de mudar o INFARMED o maior desafio que se vai colocar à nossa indústria farmacêutica será encontrar um medicamente que devolva a saúde ao Governo.
Ou António Costa tem muitos bons e sérios motivos para justificar uma decisão com tão grandes custos e que vai destruir a vida familiar de muita gente ou está metido numa trapalhada. Quer ele queira, quer não queira, vai ter de fundamentar esta decisão de mera deslocalização de um organismo público. Vai também ter de explicar porquê a escolha do Porto e o que o impede de distribuir toda a Administração Central do Estado pelas cidades, vila e aldeias do país.
O governo de Passos cortou os vencimentos e os direitos aos trabalhadores do INFARMED, Costa manda-os para o Porto sabendo que as compensações e ajudas que o Estado dá aos trabalhadores colocados fora da sua área de residência (veja-se o caso dos professores) é pouco mais do que nada.
Mas não faz mal o governo vai dizer que os funcionários estão sujeitos ao interesse nacional e que quem não quiser ir pode mudar de emprego, até vai usar os professores como modelo de funcionário que muda de local de trabalho sem quaisquer compensações.
O Adalberto e o Tó resolvem
A família fica definitivamente em risco porque um dos conjugues não se pode mudar para o Porto? Os filhos vão perder os seus amigos e sabem de um dia para o outro que vão mudar para outra cidade, longe daquela onde nascera? O funcionário ou funcionária vai ter de deixar de acompanhar os pais idosos que estão num lar ou que precisam da sua ajuda? O filho deficiente que tem tido acompanhamento em Lisboa vai mudar de um dia para o outro para o Porto? A família está endividada porque suponha que tinha um emprego em Lisboa e assumiu compromissos a contar com isso vai ficar falida com as despesas adicionais que terá de suportar? Os fins de semana na casa de férias vão acabar porque são mais trezentos quilómetros?
Nada disto importa, que se lixe a vida familiar de centenas de famílias, que se lixem mais as suas dificuldades financeiras agravadas pela austeridade que persiste, tudo isso não é nada quando queremos ver o Rui Moreira dócil e satisfeito. Se calhar ainda via mudar de ideias e dar a vice-presidência da autarquia do Porto ao Pizarro.
Se uma medida de deslocalização resultasse de um motivo forte, se a relação entre essa decisão e o interesse nacional fosse óbvia, se os trabalhadores tivessem sido minimamente respeitados em vez de serem humilhados sabendo do seu futuro por baboseiras ditas à pressa pelo Adalberto no meio de um corredor, se tivessem sido divulgados os estudos que justifica essa mudança para outra cidade e para o Porto, tudo isto seria aceitável.
Se nada disto aconteceu o Adalberto e António Costa terão muitas dificuldades daqui para a frente. Lamenta-se que até ao momento António Costa não tenha vindo dar a cara por esta decisão.
Dúvidas que me atormentam
Será que o Rui Moreira vai fazer um acordo com o PS do Porto e, finalmente, o Pizarro chega a vice-presidente da Câmara Municipal do Porto?
Se a mudança do INFARMED é corresponde a uma descentralização ser´que a partir de agora o presidente do INFARMED passa a ir a despacho com o vereador da saúde da CM do Poro?
A família fica definitivamente em risco porque um dos conjugues não se pode mudar para o Porto? Os filhos vão perder os seus amigos e sabem de um dia para o outro que vão mudar para outra cidade, longe daquela onde nascera? O funcionário ou funcionária vai ter de deixar de acompanhar os pais idosos que estão num lar ou que precisam da sua ajuda? O filho deficiente que tem tido acompanhamento em Lisboa vai mudar de um dia para o outro para o Porto? A família está endividada porque suponha que tinha um emprego em Lisboa e assumiu compromissos a contar com isso vai ficar falida com as despesas adicionais que terá de suportar? Os fins de semana na casa de férias vão acabar porque são mais trezentos quilómetros?
Nada disto importa, que se lixe a vida familiar de centenas de famílias, que se lixem mais as suas dificuldades financeiras agravadas pela austeridade que persiste, tudo isso não é nada quando queremos ver o Rui Moreira dócil e satisfeito. Se calhar ainda via mudar de ideias e dar a vice-presidência da autarquia do Porto ao Pizarro.
Se uma medida de deslocalização resultasse de um motivo forte, se a relação entre essa decisão e o interesse nacional fosse óbvia, se os trabalhadores tivessem sido minimamente respeitados em vez de serem humilhados sabendo do seu futuro por baboseiras ditas à pressa pelo Adalberto no meio de um corredor, se tivessem sido divulgados os estudos que justifica essa mudança para outra cidade e para o Porto, tudo isto seria aceitável.
Se nada disto aconteceu o Adalberto e António Costa terão muitas dificuldades daqui para a frente. Lamenta-se que até ao momento António Costa não tenha vindo dar a cara por esta decisão.
Dúvidas que me atormentam
Será que o Rui Moreira vai fazer um acordo com o PS do Porto e, finalmente, o Pizarro chega a vice-presidente da Câmara Municipal do Porto?
Se a mudança do INFARMED é corresponde a uma descentralização ser´que a partir de agora o presidente do INFARMED passa a ir a despacho com o vereador da saúde da CM do Poro?
Cortava os ditos...
«Segundo o documento, ao qual a agência Lusa teve acesso, os vereadores Teresa Leal Coelho e João Pedro Costa querem que o executivo "repudie veementemente a decisão do Governo" e "manifeste, de imediato, a sua solidariedade com os trabalhadores do Infarmed e com a Comissão de Trabalhadores do Infarmed".
Os sociais-democratas querem também que sejam equacionados "todos os recursos políticos e legais que estão constitucionalmente disponíveis para impedir a execução desta decisão", uma vez que "o Governo não pode tomar esta decisão sem antes consultar a Câmara Municipal de Lisboa".» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
O quê? ver o Medina ir contra uma decisão do padrinho? Era mais fácil ver a rainha de Inglaterra pôr os palitos ao marido com o o motorista!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»