sábado, maio 03, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Gaiola no Castelo de São Jorge, Lisboa

   Fotos de visitantes d'O Jumento
  
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Catedral de Nampula, Moçambique (T. Selemane)
  
 Jumento do dia
    
Paula Teixeira da Cruz

Esta senhora não parece fazer nada bem feito, a troika vai-se embora e a justiça só piorou. Será incompetência ou incapacidade?

«A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, admitiu esta sexta-feira a possibilidade do arranque do novo mapa judiciário vir a ser adiado. “É uma reforma estrutural, mas se algum prazo tiver que deslizar em nome de um interesse maior, deslizará”, disse a ministra durante uma apreciação parlamentar daquele diploma na Assembleia da República (AR).

Paula Teixeira da Cruz respondeu assim às criticas e propostas da oposição. O PCP apresentou uma proposta em que é pedido o adiamento do arranque do mapa judiciário para Setembro de 2015, considerando que não há condições para a sua implementação já em Setembro deste ano.

Durante o debate desta sexta-feira, o PCP e o PS apresentaram propostas de alteração à configuração do novo mapa judiciário aprovado pelo Governo, propostas essas que baixarão agora à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. O PS ainda tentou que a discussão também se realizasse no plenário da AR, mas a maioria PSD/CDS inviabilizou o pedido. A maioria chumbou igualmente o pedido de cessação de vigência do diploma que regulamenta a reforma do mapa judiciário, uma proposta feita pelo partido Os Verdes, pelo Bloco de Esquerda e pelo PS.» [Público]
 
 Há gajos que às vezes me metem nojo

Este é um deles, mas nada vou dizer da criatura, já alguém o escreveu num livro.
 
 Uma terra a evitar...

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 Abril cavacos mil
   
«"Num dia como o de hoje, haverá com certeza muitos portugueses que se interrogam sobre se foi este o País com que sonhámos em abril de 1974." (2009)

"Centenas de trabalhadores são lançados no desemprego, pessoas que até há pouco tempo viviam com algum desafogo pertencem agora ao grupo dos novos pobres, há famílias que não conseguem suportar os encargos com as prestações das suas casas ou a educação dos seus filhos." (2009)

"Persistem desigualdades sociais e, sobretudo, situações de pobreza e de exclusão que são indignas da memória dos que fizeram a revolução de Abril." (2010)

"Os Portugueses perguntam-se todos os dias: para onde é que estão a conduzir o País? Em nome de quê se fazem todos estes sacrifícios? A prova de que se acumulam dúvidas quanto ao futuro do País está no número de jovens que partem. (...) com frequência, os mais qualificados, os mais promissores." (2010)

"Compreendo que muitos cidadãos, ao fim de quase 40 anos de regime democrático, se sintam desiludidos quando confrontam as esperanças de 1974 e as realidades do presente. Vivemos um tempo em que os sonhos do passado parecem ter desaparecido." (2011)

"Não podem ser feitas promessas que não poderão ser cumpridas. Vender ilusões ou esconder o inadiável é travar a resolução dos problemas que nos afligem." (2011)

"É possível vencer se os sacrifícios forem repartidos de uma forma justa." (2011)

"Temos todos o dever de mostrar que somos um país credível. (...) Umas vezes, existe a intenção deliberada de fornecer um retrato negativo do nosso país, evidenciar apenas uma parte da realidade." (2012)

"Do mesmo modo que não se pode negar o facto de os Portugueses estarem cansados de austeridade, não se deve explorar politicamente a ansiedade e a inquietação dos nossos concidadãos. (...) Devemos também reconhecer os objetivos alcançados." (2013)
"Portugal não está em condições de juntar uma grave crise política à crise económica e social em que está mergulhado." (2013)

"Precisamos de um discurso de esperança que mobilize os portugueses para os desafios que temos à nossa frente." (2014)

"Nas últimas décadas, verificaram-se avanços extraordinários no plano social, que devemos preservar para as gerações futuras. (...) Apesar do percurso que fizemos, continuamos insatisfeitos. É saudável que assim seja." (2014)

"A democracia não corre perigo." (2014)

"Num regime democrático, só há um critério para definir a legitimidade dos governantes: o voto expresso nas urnas." (2014)

"É tempo de abandonarmos a política de vistas curtas, ditada pelo taticismo e pelos interesses de ocasião." (2014)

"O 25 de Abril não foi feito para dividir os Portugueses." (2014)

Discursos de Cavaco a 25 de abril» [DN]
   
Autor:
 
Fernanda Câncio.
      
 As comendas e a sua narrativa
   
«Por coincidência, calhou que em meia dúzia de agraciados cinco fossem ex-membros de Governos do PSD ou activistas das campanhas eleitorais do próprio Presidente. É caso para dizer: sempre há mais justiça no critério de atribuição da factura da sorte!

Não está em causa que os agraciados tenham dado - certamente, uns mais do que outros - um contributo relevante para a internacionalização da nossa economia.

O que está em causa é o critério grosseiramente tendencioso das escolhas do Presidente, que confirmam a sua incapacidade para se elevar à condição de Presidente de todos os portugueses. Por muito que tenham feito, e certamente fizeram, Pedro Reis (presidente cessante da AICEP e administrador do Instituto Sá Carneiro), Faria de Oliveira (ex-presidente da CGD e ex-Ministro dos Governos de Cavaco Silva), António Mexia (Presidente da EDP e ex-Ministro do Governo de Santana Lopes), Alexandre Relvas (ex-secretário de Estado no Governo de Cavaco Silva e ex-director da primeira campanha eleitoral do Presidente) e Filipe de Botton (Presidente da Logoplaste e colaborador regular das iniciativas e das campanhas presidenciais de Cavaco Silva), salta à vista que, se houvesse um módico de isenção e equidade nos critérios do Palácio de Belém, estas figuras não poderiam ser agraciadas por serviços prestados à internacionalização da economia sem que várias outras, do mundo empresarial e de outras proveniências políticas, o fossem também. E não é a inclusão na lista da ex-presidente do Porto se Sines, Lídia Sequeira, próxima do PS, que chega para disfarçar a partidarite aguda que estas escolhas do Presidente reflectem.

O pior, todavia, é que esta visão selectiva dos contributos para a internacionalização da economia portuguesa não se limita a recompensar fidelidades: está, isso sim, ao serviço de uma narrativa política e constitui parte integrante de um verdadeiro discurso de facção. O que se pretende é absolutamente claro: fazer um completo apagão sobre as múltiplas iniciativas que foram lançadas pelo Governo anterior no sentido da dinamização da diplomacia económica e da abertura de novos mercados, bem como do lançamento de projectos de modernização tecnológica e de investimento industrial que hoje contribuem de forma decisiva para explicar o bom desempenho das nossas exportações.

Do que se trata, por exemplo, é de escamotear que se as duas maiores empresas exportadoras portuguesas são hoje a GALP1.2% e o grupo Portucel/Soporcel isso se deve, em larga medida, aos projectos industriais de Sines e de Setúbal que foram lançados e apoiados durante os Governos do Partido Socialista. Tal como se hoje estamos a reduzir a nossa dependência energética isso é porque em devido tempo foi feita uma aposta nas energias renováveis que fez nascer um verdadeiro ‘cluster' industrial com capacidade exportadora de alto valor acrescentado. Ou se os nossos empresários fecham agora importantes negócios na Venezuela é porque, apesar das críticas de muitos, as portas desse mercado foram abertas depois de anos de esquecimento.

Uma coisa é certa: se todos sabemos quem protagonizou nos últimos anos - ao nível do Governo anterior, da AICEP e das empresas - os contributos decisivos para este movimento de internacionalização da economia portuguesa, o Presidente da República também sabe. O único problema é que a verdade histórica não convém à narrativa política que explica o estranho critério destas comendas. A propósito, vale a pena perguntar: porque é que estas condecorações eram tão urgentes que não podiam esperar pelo dia 10 de Junho?» [DE]
   
Autor:

Pedro Silva Pereira.
   
   
 As coisas que eles decidem ao domingo
   
«O primeiro-ministro convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para as seis da tarde de domingo para decidir a forma de saída do programa de ajustamento. A revelação foi feita pelo vice-primeiro ministro, Paulo Portas, durante a apresentação dos resultados da 12ª e última avaliação a Portugal.» [i]
   
Parecer:

Uma palhaçada, uma reunião do Conselho de Ministros para tomar um chá até à hora dos telejornais.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Palhaçada à Paulo Portas
   
«Para o vice-primeiro-ministro Paulo Portas reduzir as indemnizações no caso dos despedimentos ilegais, além de não ser eficiente do ponto de vista económico seria “eticamente muito discutível” e com estes argumentos o Governo terá conseguido convencer a troika a aceitar um recuo nesta medida.   No âmbito da reforma do mercado de trabalho houve matérias em que Governo e troika divergir

am nas opiniões, frisou esta sexta-feira, 2 de Maio, Paulo Portas. Uma delas foi, por exemplo, em relação è medida que previa a redução das indemnizações no caso de despedimento ilegal. Mas “foi possível evitar por mútuo acordo e com a missão da troika” essa medida que “era do nosso ponto de vista eticamente muito discutível e da racionalidade económica não seria sequer eficiente”, justificou Paulo Portas na conferência de imprensa em que, juntamente com a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, apresentou os resultados da última avaliação da troika ao programa de ajustamento português.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Se era eticamente discutível então porque razão o Lambretas teve a ideia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
     

   
   
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