A semana ficou marcada por duas invasões, a da sede do PSD onde uma turba de políticos em situação de precariedade se juntou na esperança de serem salvos da voragem socialista por uma única senhora, que tomou a decisão mais difícil da sua vida e candidatou-se a tomar conta do partido. Sem recursos a directas mas graças à escala de serviço, o que não difere muito do que sucede no PSD onde há muito que Ferreira Leite estava inscrita na escala de serviço, a esquadra de Moscavide foi invadida por uma turba de emigrantes que no meio de tabefes fizeram com que o queixoso desaparecesse. A diferença entre estas duas invasões é que em Moscavide o queixoso desapareceu, enquanto no PSD ele ainda anda por aí.
Um dos mais ilustres invasores da sede do PSD José Luís Arnaut, um velho amigo e cúmplice de um Durão Barroso que em tempos abandonou a “esquadra” deixando-a às moscas como depois se viu. Supomos que Arnaut foi explicar a Manuela Ferreira Leite como se arranja dinheiro fácil, bem como se deve proceder para não se deixar rasto, de forma a que as culpas sejam de uma qualquer vítima de serviço, de preferência alguém que sofra de doença grave e não esteja em condições de se defender, ou melhor, de participar em invasões de sedes ou de esquadras.
Com tanta invasão não admira que Ferreira Leite tenha sido obrigada a candidatar-se a chefe da esquadra para acabar com a falta de respeito pelo PSD.
Mais para o sul, o ministro da Agricultura e José Sócrates invadiram a Ovibeja, já depois de Cavaco lá ter estado e de Portas a ter inaugurado um dia antes da abertura oficial. Desta vez a invasão foi pacífica, tem chovido e graças ao aumento dos preços dos cereais os agricultores do Alentejo estão em anos de vacas gordas, nem se queixaram do atraso dos subsídios ou da suspensão das ajudas agro-ambientais e muito menos do aumento do preço do gasóleo.
Também a Carris anda preocupada com os automóveis que todos os dias invadem a capital e decidiu combater esta invasão com veículos de fora promovendo a invasão com os seus próprios automóveis de aluguer. A partir de agora quem quiser chega à cidade de comboio e circula na cidade com automóveis amigos gentilmente alugados pela Carris. Esperemos que um dia destes não sejam os contribuintes a invadir a sede da Carris, cansados de pagar os prejuízos desta empresa.
