FOTO JUMENTO
Intervalo (no Benfica-Sporting), Rossio, Lisboa
IMAGEM DO DIA
[David Gray - Reuters]
«Birds fly in front of the summit of the world's highest mountain, Mount Everest, in the Tibet Autonomous Region. Heavy snowfall has hampered efforts for the Olympic torch's mountain ascent.» [Washington Post]
JUMENTO DO DIA
O director que fala demais
Começa a ser um hábito, cada vez que o director nacional abre a boca o mundo da PJ fica de pernas para o ar, sucedeu com o caso Maddie, voltou a suceder agora com a declaração em que defende a possibilidade de todas as polícias ficarem sob a mesma tutela.
O director nacional ainda não percebeu qual a diferença entre a declaração pública de um alto responsável da PJ e uma conversa íntima com o amigo ministro que o nomeou. As suas declarações têm como condão a desestabilização da instituição que dirige, o que evidencia a inaptidão para o cargo. Desta vez excedeu-se, não cabe ao director nacional da PJ opinar em público sobre decisões que não estão sob a sua esfera, ele não é nem ministro, nem comentador público, é director da PJ e estas intervenções não só não se enquadram nas suas competências como desestabilizam a instituição que dirige.
Só alguém que não sabe o que está fazendo pode lançar a confusão nas polícias com afirmações gratuitas que ninguém lhe encomendou. É mais uma oportunidade para José Sócrates pôr um vaidoso na linha, dando-lhe uma caneta e uma folha de papel para que escreva a carta de demissão. É uma irresponsabilidade num momento de falta de confiança na segurança dos portugueses o director nacional estar mais preocupado com estas tricas do que com a gestão da PJ.
NETO DA SILVA QUER SER LÍDER DO PSD EM PART-TIME
É o que se pode concluir depois de lermos o seu currículo, com tanto que fazer o homem vai liderar o partido ao pequeno-almoço:
- Accionista fundador e Presidente do Conselho de Administração da FINANCETAR, Sociedade de Serviços Financeiros, Empresariais e Imobiliários, S.A.
- Fundador e CEO do portugaloffer.com, o portal das melhores empresas nacionais.
- Presidente do Conselho de Administração da Proprium, Mediação Imobiliária, S.A.
- Accionista de referência e Presidente do Conselho de Administração da Deimos Engenharia, S.A., empresa de engenharia no domínio espacial, cujo principal cliente é a Agência Espacial Europeia.
- Presidente da PROESPAÇO - Associação Portuguesa das Industrias do Espaço.
- Presidente da AAPEUA – Associação de Amizade Portugal - Estados Unidos da América.
- Presidente da AAPT – Associação de Amizade Portugal – TUNISIA.
- Membro do Conselho Geral da COTEC.
- Membro Efectivo do Conselho Fiscal do BANIF-Banco Internacional do Funchal, SA.
- Membro Efectivo do Conselho Fiscal do BANIF-SGPS, SA.
- Professor da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa) regendo a cadeira de “Desenvolvimento Sustentável” nos Cursos de Mestrado e Doutoramento em Estudos Europeus.
- Professor Convidado do IESF - Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, leccionando Seminários nos Cursos JEEP (Jovens Empresários de Elevado Potencial) e nos Cursos Avançados de Management, sob o tema “ A Gestão do Século XXI”.
- Membro do Conselho Consultivo do IESF.
- Colunista do Diário Económico.
- Vice-Presidente do Clube Via Norte
- Vice Presidente do BUSINESS ANGELS CLUB – Associação de Investidores em start-ups
JAIME SILVA JULGA QUE SÓ LHE CABE GERIR OS MERCADOS AGRÍCOLAS
Há pelo menos um cidadão em Portugal contente com o aumento dos preços dos cereais, graças a este aumento os produtores estão contentes, de um momento para o outro as receitas aumentaram significativamente e, ainda por cima, o clima está a portar-se bem, se parar de chover antes do amadurecimento das searas vão ter um bom ano agrícola, aos preços altos junta-se uma boa colheita.
Mas Jaime Silva não se pode esquecer que a gestão dos mercados agrícolas é apenas um dos lados da moeda, as elevadas cotações dos cereais não aparecem apenas nas bolsas e nos bolsos dos produtores, mais tarde ou mais cedo traduzir-se-ão nos preços de produtos alimentares essenciais e isso pode ser catastrófico para uma boa parte das famílias portugueses. E se ainda não percebeu, como parece, é porque sendo um excelente técnico pode igualmente ser um desastre político. Ainda não percebeu que pode ganhar os votos dos agricultores que o apuparam, mas o aumento dos preços podem ditar a derrota de José Sócrates.
Jaime Silva é incapaz de resolver o problema, mas pode abordá-lo com maior consciência social e sem se limitar a olhar para o umbigo, como tem vindo a fazer. Manuela Ferreira Leite já o percebeu e atacou-o com razão.
SÓ FAZ FALTA QUEM CÁ ESTÁ
«Acho sempre um piadão quando ouço que é importante o PSD ultrapassar esta crise porque "faz falta à democracia portuguesa". Faz-me lembrar a descida do Belenenses à 2.ª divisão do Campeonato Nacional: o clube não podia ser despromovido porque "fazia falta ao futebol português".
A democracia precisa de partidos, evidentemente, e precisa de muito mais do que apenas partidos, ou precisa de mais do que apenas um ou dois partidos. Mas nenhum (repito: nenhum) partido em particular faz falta à democracia se estiver quieto. E nisto incluo não só o PSD e o CDS, que estão evidentemente em letargia, mas também o PS, o BE e o PCP, que estão de momento saudáveis. Caso os três partidos da esquerda venham a lidar irresponsavelmente com o resultado das eleições de 2009, como os da direita lidaram com a sua última passagem pelo poder, a frustração e descrença dos seus eleitores pode mandá-los pelo cano abaixo e depois não se queixem.
Como se diz tantas vezes, só faz falta quem cá está. Quando escrevo sobre a crise do PSD, tento sempre pensar nas pessoas que gostariam de poder votar naquela área política e não conseguem votar no PSD. É com esse eleitorado, ideologicamente diverso de mim, mas feito de gente como eu, que eu consigo estabelecer empatia. Agora com o partido em si, entendido enquanto a soma dos seus dirigentes, estruturas e trajectórias de uns e outras - desculpem a franqueza, mas não sinto pena. Raras vezes um partido fez tanto por merecer o estado de descrédito em que se encontra.
Triste não é um partido desaparecer. Triste é querer votar e não haver ninguém que represente minimamente as nossas ideias - ou até quaisquer ideias. Triste não é as facções do PSD falarem línguas diferentes. É falarem as mesmas línguas sem conteúdo algum. Triste não é desentenderem-se. Triste é ninguém se dar ao trabalho de criar o seu próprio partido, se o desentendimento é assim tão grande.
O PSD tem duas maldições. Uma é que de vez em quando chega ao poder, por uma questão de oportunidade mais do que de trabalho, e isso vai-lhe permitindo empurrar com a barriga a necessidade de pensar e transmitir ideias. A segunda é a de ter um reservatório eleitoral cada vez mais reduzido, principalmente constituído de votos conservadores, mas a que é forçado a recorrer em situações de escassez. (Já que perguntam: o PS tem o primeiro problema, mas não o segundo - além de uma série de outras diferenças entre os dois maiores partidos que normalmente são descuradas.)
Em consequência: o espaço é exíguo e só há possibilidade de oxigénio num erro clamoroso do PS.
Numa entrevista de Pedro Passos Coelho ao Correio da Manhã, notava-se este dilema. Pedro Passos Coelho parece entender que não dá para ser só liberal na economia e não o ser na sociedade. Numa conclusão natural, admite que não lhe repugna o casamento homossexual. Logo a seguir, porém, não diz se isso significa apoiar o casamento homossexual. A tentativa é interessante, mas em que ficamos? É preciso mais coragem e liderança para extrair o PSD do beco em que está metido.
Quanto a Manuela Ferreira Leite, ouvi-a lamentar-se sobre "a falta de respeito com que nos tratam". Mas fiquei muito seriamente na dúvida de se ela está disposta a fazer o que é necessário para ganhar esse respeito, ou se quer simplesmente um tratamento à Belenenses quando está prestes a descer de divisão.
Só faz falta quem cá está - neste país e neste tempo - e o PSD não tem estado.» [Público assinantes]
Parecer:
Por Rui Tavares.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
O COMPROMISSO POSSÍVEL
«Sendo pequenos passos, algumas alterações ao Código do Trabalho propostas pelo Governo vão mais longe no sentido da flexibilização do que as mudanças introduzidas há cinco anos por Bagão Félix e Pais Antunes. É o caso do despedimento por inadaptação funcional. Ou da negociação entre patrões e trabalhadores, sem envolvimento directo dos sindicatos, sobre maior mobilidade no interior da empresa e horários mais flexíveis (incluindo a redução do horário com perda de salário, hoje proibida por lei).
Ouviram-se as inevitáveis críticas do PC, da CGTP e do Bloco de Esquerda. No entanto, a hostilidade às mudanças é hoje menor do que foi em 2003. Por dois motivos principais. Porque a realidade acaba sempre por se impor. E também porque o ministro Vieira da Silva apresentou compensações inteligentes no combate à precariedade.
A realidade mostra que não param os encerramentos e as deslocalizações de empresas para fora de Portugal. E que a rigidez das leis (dificultando o despedimento individual, não o colectivo) desincentiva os empresários a empregar. Entretanto, a AutoEuropa provou como a negociação directa entre a administração da empresa e a comissão de trabalhadores consegue resultados positivos para todos.
Portugal está a mudar a sua estrutura produtiva. O que implica largar indústrias trabalho-intensivas, de baixos salários, para apostar em actividades de maior conteúdo tecnológico, que empregam menos gente mas mais qualificada. Um processo que, no imediato, não aumenta o emprego.
Por outro lado, o trabalho cada vez menos se processa como no tempo do capitalismo de produção industrial em massa. As novas tecnologias, reforçando o papel dos serviços e do factor intelectual, não proporcionam o antigo emprego estável nem uma organização do trabalho inspirada no modelo militar.
Por isso flexibilizar é inevitável. As pessoas tendem a mudar frequentemente de emprego e até de profissão ao longo da vida. E o teletrabalho, os horários flexíveis, o part-time voluntário (não o imposto), a maior autonomia dada nas empresas às pessoas e às pequenas equipas - tudo isso põe em causa o tradicional enquadramento hierárquico de grandes massas de operários, terreno ideal para o recrutamento dos sindicatos.
A vida complica-se para os trabalhadores que perdem o emprego e não são aptos para tarefas tecnologicamente mais exigentes. E para os que conservam o emprego a situação também não é risonha.
As novas tecnologias abrem o leque salarial, pagando mal aos "info-excluídos" (a maioria) e muito bem aos que se movem à vontade nessas técnicas. Isto, numa altura em que a entrada no mercado mundial de centenas de milhões de trabalhadores asiáticos com salários baixíssimos trava a melhoria salarial de muitos dos seus colegas europeus e americanos.
São tempos difíceis para os trabalhadores. A flexibilidade laboral implica algum grau de precariedade, com o que isso implica de instabilidade e angústia quanto ao futuro. Os salários reais estagnam, quando não descem. Parece, então, que estas dificuldades exigem que as "vítimas do progresso" sejam protegidas.Só que a protecção social também está em crise. Desapareceu um dos motivos para tratar bem os trabalhadores - o medo do comunismo. Mais importante, a baixa natalidade e o envelhecimento da população limitam o dinheiro para apoios sociais, desde o subsídio de desemprego aos cuidados de saúde, passando pelas pensões. Daí que se assista, um pouco por toda à parte, à redução desses apoios.
Mas Portugal tem dificuldades adicionais em ajudar os que ficam para trás. País pobre porque pouco produtivo, somos incapazes de compensar a flexibilidade laboral com benefícios (elevado subsídio de desemprego, formação a sério, etc.) como os que existem na Dinamarca, o país da "flexigurança". Além disso, Portugal ainda tem défice nas contas públicas, o que dificulta encaminhar mais dinheiro dos impostos para apoios sociais.
Assim, as propostas de Vieira da Silva são o compromisso hoje possível entre as exigências de flexibilidade no trabalho para competir no mercado global e as compensações sociais que a comunidade está disposta a dar aos prejudicados pela modernização. A forma moderada como foram recebidas essas propostas permite a esperança de se ter aberto uma nova fase na nossa sociedade. A fase do realismo.» [Público assinantes]
Parecer:
Por Francisco Sarsfield Cabral.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
PASSOS COELHO DESCONHECE A SITUAÇÃO FINANCEIRA DO PSD
«O candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho diz desconhecer a situação financeira do partido, depois de notícias apontando para que o partido tenha um passivo de 13,5 milhões de euros. Mesmo assim, o candidato garante que, depois das eleições directas, será capaz de ultrapassar qualquer problema financeiro do PSD.» [Correio da Manhã]
Parecer:
É curioso, os candidatos à liderança do PSD prometem resolver os problemas do país e nada dizem sobe os problemas do PSD.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se os candidatos que estão a lutar pela liderança do PSD, isso de ser primeiro-ministro é para os finais de 2009.»
AUMENTARAM DONATIVOS AO BANCO ALIMENTAR
«Cá fora, os carrinhos monta-cargas correm pelo pátio, carregando as enormes boxes repletas de sacos com arroz e massa, salsichas, leite, atum, azeite e muito mais. E estão sempre a chegar mais carrinhas com os alimentos recolhidos nos supermercados. O armazém central do Banco Alimentar Contra a Fome, em Alcântara, fervilha de actividade, com voluntários de todas as idades que se atarefam em várias frentes, num caos que é só aparente.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Muitos portugueses percebem a importância destes donativos em tempo de crise alimentar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se o gesto dos que percebem a importância desta iniciativa.»
MENEZES CHAMA MAU CARÁCTER A RUI RIO
«O ainda presidente do PSD viu nesta e noutras críticas motivos suficientes para quebrar o silêncio dos últimos dias. Foi "um acto espúrio de má educação e mau carácter de Rui Rio. Se não fosse por isso, não faria qualquer comentário", disse ontem, ao JN, no mesmo dia em que publicámos a entrevista de Rui Rio.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
De facto Rui Rio não tem sido muito correcto.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Rui Rio se já decidiu candidatar-se à liderança do PSD.»
SINDICATO PEDE A DEMISSÃO DO DN DA PJ
«A defesa por parte do director nacional da PJ da concentração da tutela de todas as polícias sob um único ministério motivou a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) a pedir a sua demissão.
«Alípio Ribeiro deixa, a partir deste momento, de ter condições para se manter no cargo de director nacional da Polícia Judiciária (PJ)», refere a ASFIC, num comunicado citado pela Agência Lusa. » [Portugal Diário]
Parecer:
Os sindicalistas têm razão, o homem gosta de se ouvir.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se uma caneta e uma folha de A4 ao director nacional da PJ.»
NETO DA SILVA APOSTA NUMA CAMPANHA VIA NET
«António Neto da Silva, candidato à liderança do PSD, revelou esta segunda-feira à Lusa que a divulgação das suas iniciativas de campanha vão passar essencialmente pelo seu site, http://www.antonionetodasilva.org/, naquilo que apelidou de «primeira grande campanha cibernética». » [Portugal Diário]
Parecer:
Compreende-se, o homem é mesmo um candidato virtual à liderança do PSD.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Neto da Silva se vai contar os votos das directas ou está mais interessado no Sitemeter.»
MUITA PARRA E POUCA UVA
«Manuela Ferreira Leite recolhe cerca de 29 por cento dos votos, numa sondagem sobre as eleições directas no PSD, realizada pela Eurosondagem para a SIC/Expresso e Rádio Renascença. Santana Lopes fica em segundo lugar com 25 por cento e, em terceiro, está Pedro Passos Coelho com 15,5 por cento.
O quarto colocado nesta corrida interna é Alberto João Jardim, com 10 por cento, que ainda esta sexta-feira afirmou não ter decidido se será candidato às eleições directas. Neto da Silva e Patinha Antão recolhem três por cento das preferências dos inquiridos. » [Portugal Diário]
Parecer:
Esta sondagem está longe de dar a vitória a Ferreira Leite.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»
ALEMÃ CONGELOU TRÊS RECÉM-NASCIDOS
«Una mujer de 44 años ha confesado haber ocultado los cadáveres de tres de sus bebés recién nacidos en el congelador de su casa en la localidad de Wenden-Möllmicke (oeste de Alemania).
La mujer, de constitución corpulenta, ha declarado que ocultó los embarazos a su marido, y que los tres bebés nacieron a finales de los años 80, según explicó hoy la policía en rueda de prensa.» [20 Minutos]
MAIS UMA AMPLA LIBERDADE À CUBANA
«La filóloga Yoani Sánchez probablemente no podrá acudir a Madrid para recibir el Premio Ortega y Gasset de Periodismo al no haber obtenido hasta ahora permiso de las autoridades cubanas para salir del país. Sánchez, autora del popular blog Generación Y, fue galardonada en la categoría de Periodismo Digital por un jurado presidido por el catedrático Gregorio Peces-Barba que valoró su información "vivaz y directa" y "el ímpetu con que se ha incorporado al espacio global del periodismo ciudadano".» [El Pais]
Parecer:
Será este o modelo de democracia que Jerónimo de Sousa imagina quando se queixa da democracia portuguesa?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor Sousa e mandem-se parabéns à blogger cubana.»
COMO OS AMERICANOS GASTAM O DINHEIRO
Um gráfico interactivo publicado pelo New York Times.
UM SECRETÁRIO DE ESTADO DESASTROSO
«O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais repreendeu por escrito os responsáveis da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI), em particular os serviços de execuções fiscais, em virtude das queixas apresentadas por contribuintes que alegam terem sido penhorados de forma irregular. Num despacho de 25 de Março, Carlos Lobo avisa os serviços de que tem tido conhecimento de várias situações anómalas e relembra a DGCI que deve cumprir escrupulosamente a lei, nomeadamente nas penhoras efectuadas aos contribuintes.
O "puxão de orelhas" surge num momento em que têm sido várias as críticas feitas à actuação da administração fiscal em virtude de alegados abusos praticados sobre os contribuintes, nomeadamente nas penhoras (ver texto ao lado). As críticas de vários quadrantes à actuação da DGCI ganharam maior relevância depois de divulgada uma auditoria da Provedoria de Justiça onde a actuação do fisco em matéria de execuções fiscais é arrasada. E foi esta actuação da DGCI que, nas primeiras intervenções públicas do secretário de Estado, mereceu, desde logo, reparos: Carlos Lobo disse estar empenhado na defesa das garantias dos contribuintes e na necessidade de garantir, da parte do fisco, um tratamento mais igual e mais humano em detrimento da utilização maciça dos meios informáticos.» [Público assinantes]
Parecer:
Este secretário de Estado parece estar mais preocupado com a sua imagem do que com as receitas fiscais, com estas intervenções ganha uma boa imagem na imprensa mas desmotiva os serviços do fisco, perigando o cumprimento da execução orçamental.
É estranho que só quando as cobranças chegaram a Lisboa e já depois da saída do dr. Macedo se tenham começado a surgir vozes contra a eficácia do fisco. Lamentavelmente uma delas é a do secretário de Estado. Este responsável deveria comparar os erros com o total de operações, iria perceber que muitas das vozes que criticam o fisco estão mais preocupados com a sua eficácia do que com os erros.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamentem-se as infantilidades do secretário de Estado e solicite-se a este membro do governo a lista de empresas para quem trabalhava enquanto advogado.»
O QUE É FEITO DO PRÉMIO PARA OS MELHORES SERVIÇOS DO FISCO
Andava a fazer uma busca no Google quando uma notícia do Público me recordou que em tempos o ministro das Finanças prometeu um prémio para os serviços do fisco com melhor desempenho. Essas declarações foram feitas no passado mês de Julho
«O Governo vai atribuir um prémio aos serviços de finanças que melhor sirvam os contribuintes, anunciou ontem o ministro das Finanças no seminário para dirigentes da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI). Fernando Teixeira dos Santos, que teceu elogios ao desempenho da máquina fiscal, anunciou ainda, citado pela Lusa, que a administração fiscal vai começar a acompanhar mais de perto os grandes devedores e que vai reforçar o número de inspectores da DGCI.» [Público]
Já algum serviço beneficiou de algum prémio ou o ministro concretizou no que consistiria essa prémio? O prémio terão sido as declarações do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais?
O JUMENTO NO GOOGLE BOLG SEARCH
- O "papa açordas" também estranha algumas coisas que se passam na Administração Pública.
- O "Câmara de Comuns" considera imprescindível a visita a'O Jumento, o pior é a justificação.
- O "papa açordas" parece ter gostado da fotografia da última "namorada" de Ronaldo.
- O "Kitanda" pescou uma imagem divulgada n'O Jumento.
2nd ANUAL PHOTOGRAPHY MASTERS CUP [Link]
BICYCLE-LIFT - UMA SOLUÇÃO PARA SUBIR AS ENCOSTAS DE LISBOA [Link]
FOOD FIGHT
MACACO ROUBANDO UMA GALINHA
PHILIPS