Micaela Reis, Miss Angola 2007
Ao ritmo que Raul Castro está a adoptar amplas liberdades em Cuba ainda vou acabar por me converter ao PCP, que por cá desempenha o papel não oficial de defensor da democracia. Depois de os agricultores terem sido autorizados a comprar botas e de os cubanos poderem gastar todas as suas poupanças para comprar um telemóvel, já podem comprar um computador. Com alguma sorte ainda poderão ter Internet e poderem viajar ao estrangeiro receber prémios, por este andar aquilo ainda vai mesmo ser uma democracia, para desgosto dos nossos ortodoxos que correm um sério risco de terem, como únicas referências a Coreia do Norte e o Zimbabué de Mugabe, para não falar da colónia da família Santos.
Por falar da família Santos, os herdeiros africanos de Lenine a semana foi estragada por Bob Geldof que lhes chamou criminosos. Afinal, o país que conseguiu o milagre de unir Américo Amorim, Ricardo Salgado e outros perigosos capitalistas da nossa praça ao senhor Sousa, é dirigidos por criminosos. Foi uma injustiça, com quase todos os angolanos reduzidos à miséria, Angola é um caso de sucesso na construção da sociedade sem classes, agora basta que as duas centenas de governantes abandonem o país com as fortunas roubadas aos angolanos par que o sonho do paraíso terrestre seja alcançado, para felicidade dos admiradores locais da família Santos.
Mais preocupado com os portugueses do que com os sortudos angolanos que têm a felecidade de viver na democracia sonhada por Jerónimo de Sousa, esteve Santana Lopes da apresentação da sua candidatura e dos programas de governo para as três próximas legislativas. Prometeu que se chegar à liderança do PSD vai levar os portugueses a serem tão ricos como os membros da família Santos.
Mais pobre ficou a Polícia Judiciária cujos agentes vão ser condenados ao tédio dos seus empoeirados processos, com a saída do mediático Alípio Ribeiro vão ter que passar muitos dias sem a adrenalina causada pelas declarações do seu ex-director nacional. Mais sorte terão os ninjas da ASAE já que o seu inspector-geral, outro erro de casting de José Sócrates, está de pedra e cal, não se demite por mais azelhices. Desta vez ficou-se a saber que além de fumar cigarrilhas onde era suposto estar um ninja a prender fumadores, avalia os seus agentes em função das multas e detenções que conseguem. Depois de o ter negado lá aceitou que os objectivos existem.
