Manuela Ferreira Leite já está a seguir as instruções de Pacheco Pereira e, quando menos se esperava, apareceu a meio da semana para dizer qualquer coisa, enfim, não disse nada de importância, mas sempre apareceu uma vez. Sempre apareceu mais do que Paulo Portas que ou está a imitar a sua colega do PSD ou decidiu só fazer declarações na presença de um advogado.
Pacheco Pereira anunciou na Quadratura do Círculo que o PSD iria fazer mais ruído, aparecendo mais gente a falar em público. Dito e feito, Marques Mendes lançou um livro que se não servir para mais nada servirá para mostrar que tem maior dimensão intelectual do que a líder do PSD. Passos Coelho também apareceu para lançar uma das suas iniciativas que não será presidida por Manuela Ferreira Leite devido a dificuldades de agenda, no dia em questão a agenda diz “silêncio”. Santana Lopes começou a lançar a sua candidatura, oferecendo-se para ser prisioneiro da estratégia política de Ferreira Leite, quem o ouviu foi o Ministério Público que o constituiu arguido, agora o PSD volta a enfrentar o velho problema dos candidatos arguidos, logo agora que Marques Mendes dedicou um capítulo do seu livro à ética, onde aborda esta questão. Como se o ruído não bastasse Morais Sarmento veio dizer, enquanto fazia flexões para o fotógrafo do Expresso, que Manuela Ferreira Leite não quis substituir Durão Barroso. JPP tinha razão, acabou o silêncio, agora já começa a haver o ruído típico do PSD.
Enquanto o PSD se entreteve a produzir ruído, até o líder parlamentar optou pela “abstenção construtiva” na votação do pacote laboral para evitar grandes barulhos, fez-se silêncio nas relações entre Cavaco e o PS, pelo menos até que a Presidência da República tome posição sobre a lei do divórcio ou sobre o voto dos emigrantes.
