FOTO JUMENTO
Viajando no Eléctrico n.º 28, Lisboa
IMAGEM DO DIA
[A. Garofalo/reuters]
«Le comédien britannique Sasha Baron Cohen envahit le défilé de la créatrice Agatha Ruiz de la Prada lors de la fashion week milanaise, le 26 septembre 2008. » [20 Minutes]
JUMENTO DO DIA
Jerónimo de Sousa
A um ano das eleições Jerónimo de Sousa decidiu ameaçar o PS procurando inibi-lo de gestos eleitoralistas. Seria um gesto nobre se Jerónimo de Sousa não tivesse passado mais de três anos a conferir as promessas eleitorais e a criticar tudo o que o governo fez. Na opinião de Jerónimo de Sousa o PS nem deveria fazer campanha eleitoral, caber-lhe-ia a si avaliar o Governo.
VEREADORA DA CML EXPLICOU-SE
«Precisando os factos, a vereadora que agora tutela os Pelouros da Habitação e da Acção Social referiu ter firmado um contrato de arrendamento com a Câmara, nos termos legais, em 1987 (quando Nuno Krus Abecassis era presidente da autarquia e geria os fogos entregues por privados), sobre um fogo de habitação, em moldes normais e não em regime de habitação social. Sara Brito informou que existiu desde então uma relação normal de senhorio-inquilino, com actualização anual de renda, nos termos legais, até ao momento em que, em 2007, foi eleita para a Câmara e passou a ter responsabilidades na área da Habitação, que inclui, para além da Habitação Social, o restante património habitacional disperso do Município. Assim, "entendendo que não podia ser senhoria de mim própria, por razões éticas e de consciência, entendi que não podia continuar naquela casa, saí e entreguei as chaves".» [CML]
Não se entende proque razão a CML tem milhares de fogos em Lisboa, assumindo sem qualquer vocação o papel de maiori senhorio da capital. Não cabe à câmara o papel de segurança social e muito menos de senhorio incompetente, a única solução está em vender este imenso património inútil e oneroso.
UM APELO DO INSTITUTO DE APOIO À CRIANÇA
«O Instituto de Apoio à Criança e a Child Focus (Bélgica) dirigem-se aos cidadãos portugueses para que nos ajudem a encontrar 3 meninas Belgas, desaparecidas de Antuérpia no início de Janeiro de 2008.
As meninas foram trazidas pelo seu pai para Portugal contra a sua vontade e da sua mãe.
É provável que se desloquem numa carrinha Peugeot Partner branca com a matrícula XXH-802, ou numa auto-caravana com a matrícula YBE-688. Como meio de subsistência, o pai dedica-se á mendicidade com as crianças, tocando um realejo em locais públicos.»
OS CENTROS DE DECISÃO REVISITADOS
«Falando da missão da Caixa Geral de Depósitos enquanto banco do Estado, o seu presidente, Faria de Oliveira, incluiu nela a defesa estratégica dos centros nacionais de decisão empresarial, através da participação no capital de algumas empresas (entrevista ao PÚBLICO e à Renascença no programa Diga lá, Excelência do passado dia 21). Aliás, e antes de mais, a CGD pertencer ao Estado permite que se mantenha no país o seu centro de decisão.
Por esse motivo defendi a permanência na órbita do Estado da CGD, o principal banco português, quando há anos se debateu a importância de manter entre nós centros de decisão empresariais. Outros tipos de intervenção estatal nas empresas, como as golden shares (que o Estado português detém na PT e na EDP, por exemplo), ou outras formas de protecção mais ou menos disfarçada por um alegado interesse nacional, em regra apenas fomentam a promiscuidade entre os negócios e a política. Além de que a batota é contraproducente, pois uma empresa amparada pelo Estado dificilmente se torna competitiva.
Há seis anos um grupo de empresários, gestores e economistas manifestou preocupação quanto à saída de Portugal de centros empresariais de decisão, em resultado da compra por estrangeiros de empresas nacionais. Foi o "manifesto dos quarenta". Curiosamente, António Borges, subscritor do manifesto e agora vice-presidente do PSD, propôs há semanas a privatização da CGD. O que, a concretizar-se, iria abrir a porta à sua compra por estrangeiros.
É verdade que a coerência não parece ter sido o timbre desta iniciativa. Passado pouco tempo, vários empresários subscritores do documento venderam empresas suas a estrangeiros (Soponata, Somague, Banco Nacional de Crédito Imobiliário, etc.).
A questão, de resto, tinha vindo a lume antes, quando em 1999 António Champalimaud vendeu aos espanhóis do Santander o Banco Totta, que supostamente havia adquirido para que ficasse em mãos nacionais. Numerosas vozes se ouviram, então, contra a venda de empresas portuguesas a estrangeiros - sobretudo a espanhóis. Estes, dizia-se, iriam conseguir pela via económica aquilo que ao longo de séculos não tinham obtido pela via militar, a conquista de Portugal. E não faltaram personalidades para considerar que, sem as principais empresas em mãos portuguesas, deixaria de ter sentido uma estratégia nacional, se não mesmo a própria ideia de país.
Fui e sou crítico dessa espécie de "marxismo empresarial", que considera a esfera económica como a instância decisiva da realidade, desvalorizando a política. E levantei objecções ao "manifesto dos quarenta", que me pareceu sobretudo um apelo proteccionista sob a capa do patriotismo económico.
Não vou reabrir aqui a polémica. Apenas estranho o silêncio quase geral dos subscritores do manifesto, quando agora assistimos à tomada de posição em empresas nacionais por parte de entidades que são braços de governos estrangeiros, agindo segundo as lógicas políticas desses governos. Entidades comparáveis aos chamados fundos soberanos, isto é, fundos estatais, sobretudo de países que estão a ganhar muito dinheiro com a alta do petróleo e do gás natural. É o caso da Sonangol, por exemplo. E poderá vir a acontecer com a russa Gazprom.
Eu sei que hoje os tempos são outros e que o acesso ao crédito é muito mais difícil e caro do que há seis anos, o que torna mais apetecível o dinheiro estrangeiro. Vários bancos americanos e europeus foram salvos da bancarrota graças a entradas de capital investido por fundos soberanos. Dá jeito o dinheiro, ainda que não se saiba qual o preço político a pagar no futuro.
Simplesmente, bem mais preocupante do que a compra de empresas nacionais por estrangeiros agindo segundo uma lógica de mercado é a tomada de centros nacionais de decisão por entidades que actuam de acordo com estratégias políticas de outros Estados. Ou que, pelo menos, são tão pouco transparentes que parece prudente presumir que o fazem.É o que se passa com a angolana Sonangol (que não publica relatório e contas) e a russa Gazprom. Recordo que, há meses, o representante da Sonangol se anunciou como o "patrão" da Galp. E a Sonangol tornou-se entretanto no maior accionista do BCP. Mas o assunto não parece preocupar quem tanto se afligiu com meras operações de mercado.» [Público assinantes]
Parecer:
Por Francisco Sarsfield Cabral.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
DESTA VEZ O ALBERTO PERDEU
«O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, foi esta segunda-feira condenado pelo Tribunal Judicial do Funchal a pagar uma indemnização de 20 mil euros à eurodeputada Edite Estrela.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Quem não gostaria de ganhar vinte mil à conta do Alberto?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Alberto se não quer ofender o palheiro.»
ESQUECERAM-SE DO REGULAMENTO
«Desde 2006 que a Câmara Municipal de Lisboa tem pronto um regulamento geral de atribuição de casas para efeitos sociais aproveitando o vasto património disperso da autarquia (que rondará as 3200 habitações, segundo noticiou o Expresso). A autoria do documento pertence a Maria José Nogueira Pinto, vereadora na CML entre 2005 e 2007, sob a presidência de Carmona Rodrigues, independente eleito encabeçando uma lista do PSD.» [Diário de Notícias]
Parecer:
É incrível que uma CML tenha milhares de fogos para distribuir sem regras e critérios.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Venda-se o património.»
ALBERTO TENTA COMPRAR VOTOS COM AREIA DE MARROCOS
«Se se confirmarem as previsões do Instituto de Meteorologia, Alberto João Jardim preside hoje a mais uma inauguração na Madeira, sob céu muito nublado e aguaceiros fracos com pequena descida de temperatura. São condições climatéricas pouco adequadas à abertura de uma praia artificial de areia branca, já no fim da época balnear e sem quaisquer instalações de apoio aos banhistas, mas é isso que vai acontecer para "satisfazer a população" de um concelho que até aos dois últimos mandatos escapou ao controlo do PSD-Madeira, o Machico.» [Público assinantes]
Parecer:
Se a moda pega não vão faltar praias de areia branca.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Alberto se também vai instalar pistas de neve.»
A PORTNOGRAFIA MELHORA O SÉMEN
«Mirar imágenes pornográficas de hombres y mujeres juntos puede aumentar la calidad del esperma de un hombre. Al menos eso es lo que se deprende de un estudio dirigido por Leigh Simmons, profesor de Biología Evolutiva de la Universidad de Australia Occidental.
Según dicho estudio, el efecto no es el mismo si en las imágenes aparecen varias mujeres o si por el contrario sólo se ve a una. » [20 Minutos]
O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES
- O "Café Margoso" pescou u8m artigo de Miguel Sousa Tavares.
- O "Agora Blogo Eu" ficou preocupado por JPP andar a autoflagelar-se com o Magalhães.
- O "Não há mal que não se cure" também acha que MFL está dependente do discurso de JPP.
O PASSEIO CHINÊS NO ESPAÇO
Já estou a ver os astronautas da Estação Espacial Internacional a irem às compras a uma loja chinesa.
INNOCENTE DRINKS