Não costumo apreciar as ideias de Teixeira dos Santos, aliás, tenho algumas dúvidas sobre se o nosso ministro das Finanças tem ideias, algumas das que lhe tenho visto nem são boas nem me parece que tenham sido sua. Mas a ideia do BPN ter a sua própria imagem poderá não ser sua mas é uma excepção na sua linha de pensamento pois até poderá ser uma boa ideia.
Por isso proponho que o BPN passe a designar-se por BCC – Banco Central do Cavaquistão, retomando o seu projecto inicial e apostando num mercado que o fez crescer rapidamente. Poderia ser rapidamente privatizado devendo seguir-se nessa privatização os critérios seguidos pela administração de Oliveira e Costa, o seu antigo presidente que deveria ser amnistiado e reconduzido na liderança do banco logo após a sua privatização.
Como primeiro acto simbólico da nova gestão do banco deveriam ser vendido um lote de acções a preço nulo ao antigo accionista de honra da SLN, o mísero professor Cavaco Silva, bem como à sua filha. Afastado qualquer risco de ver a ser julgado pela inocência que em tempos foi garantida por Cavaco Silva o seu velho companheiro de política, e pelo que se vai sabendo também de negócios, poderia regressar de Cabo Verde e assumir o seu antigo cargo de administrador do BPN, agora BCC.
Até vou mais longe e seguindo a lógica do Capitão de Beja que enfrentando um extenso caderno reivindicativo dos seus soldados respondeu que lhes dava tudo e ainda instalava uma praia na Messejana, proponho que ao condomínio do BCC no Algarve passe a ter um estatuto fiscal especial, passando a designar-se por Zona Franca da Quinta da Coelha. Aí não só as obras passariam a estar isentas de iva, como se poderia instalar uma bolsa informal para negócios de acções não cotadas. Aliás, como alguns negócios da quinta foram feitas ao abrigo da protecção fiscal de off-shores a diferença nem seria muita.