terça-feira, novembro 20, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura

 
 
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Estátua na Rua Augusta, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Espantalho [A. Cabral]
 
Jumento do dia
  
Mota Soares, o Mota que anda de Lambreta
 
Finalmente percebe-se a escolha do Lambretas para ministro da caridade, depois dos cortes nos apoios sociais já se percebia que não era para dar caridade aos portugueses, até porque na opinião de gente entendida os pobres ainda andam alimentados a bifes. O homem foi para ministro para pedir a caridade da troika.
 
Na opinião desta alma caridosa a UE deve ter pena de Potugal porque os portugueses foram uns sacrificados com a política exemplar de gente que do conforto dos seus gabinetes achou que devia impor-lhe uma verdadeira penitência, ao que diziam porque esses marotos tinham abusado do consumo. Agora que o país está a caminho do fundo esquecem as responsabilidades criminosas e perde-se a vergonha dando a imagem de um país sem dignidade.
 
Dantes a Europa devia estar atenta ao sucesso português, agora deve estar atenta à miséria em que o país foi lançado.
 
«O ministro da Segurança Social diz que a União Europeia tem de "estar atenta" ao "enorme esforço" que os portugueses têm feito.
   
"Os portugueses têm feito um esforço extraordinário, têm sido exemplares no cumprimento de um memorando traçado com entidades externas", disse Pedro Mota Soares na Conferência Internacional sobre Envelhecimento e Inovação Social, que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.» [DE]
    
 Vale e Azevedo voltou para casa

 

  
 Fazer de conta
   
«O meteorologista Costa Alves confiou, avisadamente, à edição do DN de ontem que o recente tornado, tão violento para a vida e a propriedade de milhares de compatriotas nos concelhos de Lagoa e Silves, deverá ter relação com o "aquecimento global". Em 2002 e 2006, o projeto SIAM, coordenado pelo catedrático Filipe Duarte Santos, da Universidade de Lisboa, publicou dois relatórios sobre cenários para o futuro climático do nosso país, utilizando a mais avançada metodologia científica. Algumas das antecipações indicadas coincidem com a realidade de 2012, desde a dengue da Madeira à multiplicação de fenómenos meteorológicos extremos, onde se incluem os tornados, mas também as ondas de calor e as chuvas torrenciais. O que está em causa não são acontecimentos naturais em sentido estrito. Nos últimos dois séculos, a industrialização alterou profundamente a composição química da atmosfera, injetando-lhe quantidades astronómicas de gases com efeito de estufa, indutores do aumento da temperatura média na superfície e nos oceanos. O fulcro da questão é a incapacidade geral dos governos se libertarem dos grupos de pressão ligados aos interesses mais sórdidos no âmbito das energias fósseis e dos petrodólares. Em Portugal, para não ir mais longe, o Governo tem vindo a atacar o sector das energias renováveis por uma querela de tarifas, esquecendo que as renováveis são uma das chaves de um futuro sustentável. As alterações climáticas trazem consigo um aumento generalizado dos riscos. Teremos de construir, trabalhar e viajar de modo diverso. A governação, internacional e nacional, terá de mudar radicalmente se quisermos sobreviver. O conhecimento e a visibilidade deverão prevalecer sobre a ideologia e o clientelismo. Começar a falar verdade será um bom primeiro passo.» [DN]
   
Autor:
 
Viriato Soromenho Marques.   

 É a espiral recessiva, estúpido!
   
«Os resultados do Banco Espírito Santo (BES) divulgados a semana passada revelam um País de pernas para o ar. Em nome da sustentabilidade das finanças públicas, o Estado corta nas despesas e sobe impostos.
   
O resultado é uma espiral recessiva que degrada a situação financeira das famílias e das empresas. Como as famílias estão fortemente endividadas, o crédito malparado dispara, o que prejudica os resultados dos bancos. Nos primeiros nove meses do ano, as imparidades por crédito malparado do BES ascendem a 618,9 milhões de euros, um aumento de 36,5%. Perante isto, os bancos restringem, ainda mais, as condições de crédito, o que agrava a recessão.
   
Enquanto o Estado se dedica a destruir a economia portuguesa, há quem, em Portugal, financie essa absurda atividade. Os contribuintes financiam, via impostos, um Estado que, retira direitos, rendimentos e serviços públicos às famílias e retira clientes e encomendas às empresas. E os bancos fazem-no, não porque sejam agentes perversos ou diabólicos, mas porque é essencialmente a única atividade rentável que têm ao seu dispôr. No caso do BES, os 516 milhões que lucrou com taxas de juro vieram maioritariamente de dívida pública, o que deu um forte contributo para que o banco não tivesse prejuízos.
   
Por tudo isto, não me parece correto dizer-se que os bancos estão a restringir o crédito à economia porque estão a investir em dívida pública. Estão a fazê-lo porque a espiral recessiva vai reduzindo o universo de clientes a quem vale a pena emprestar. O investimento em dívida pública é, na atual situação económica, a forma que os bancos encontram para sobreviver. Trata-se na prática de uma renda que só existe porque, ao contrário do Estado, das empresas e das famílias, os bancos têm acesso a liquidez do BCE a uma taxa de juro inferior a 1%.
   
A liquidez barata e praticamente ilimitada que o BCE concede aos bancos portugueses só chegará à economia quando voltar a ser rentável emprestar a famílias e as empresas. Para que tal aconteça, os bancos não precisam de mais dinheiro e não precisam de emprestar menos ao Estado. Precisam, isso sim, que a espiral recessiva termine para que deixem de olhar para as famílias e para as empresas portuguesas como clientes financeiramente inviáveis. A prazo, ninguém, nem mesmos os bancos, lucra com uma economia em depressão económica.» [DE]
   
Autor:
 
João Galamba.
      
 A quem serve a martirização policial?
   
«A carga da polícia de choque que se seguiu à manifestação do dia da greve geral teve o condão de provocar um estranho unanimismo na opinião pública, partidária, etc. Avaliar a violência da polícia de choque ocupou nesse dia um lugar secundaríssimo – afinal, os polícias que faziam a segurança do parlamento estiveram sujeitos a uma martirização provocada por “meia dúzia de profissionais da desordem”, para usar a expressão do ministro da Administração Interna Miguel Macedo. E, feito inédito, essa circunstância transformou uma carga policial num feito de elogio unânime dos partidos do governo ao PS – ou de silêncio do quem cala consente do PCP e do Bloco de Esquerda. Como se uma interrogação sobre a proporção da intervenção policial pudesse ser automaticamente confundida com o apoio aos hooligans que atiraram pedras à polícia, o silêncio entupiu muitos daqueles a quem a actuação das forças da ordem – varrendo tudo à sua volta e detendo indiscriminadamente cidadãos pacíficos de São Bento até ao Cais do Sodré – perturbou profundamente.
   
Afinal, como é que a polícia não consegue neutralizar a “meia dúzia de profissionais da desordem” e parte para uma intervenção violenta em larga escala? Aqui ao lado, a jornalista Rosa Ramos explica que prevaleceu na polícia a teoria de que detenções cirúrgicas nas manifestações são excessivamente arriscadas e podem potenciar a violência. Uma fonte policial admite ao i que foi avaliado o risco de, “com detenções isoladas” se vir a “gerar uma situação de enorme instabilidade” – admitindo a polícia que os restantes manifestantes poderiam solidarizar-se com os “profissionais da desordem” – e que o desfecho final poderia ser uma carga policial “ainda pior”.
   
Numa manifestação maioritariamente pacífica, como até agora têm sido as manifestações, este risco foi sobreavaliado.
   
A edição do “Correio da Manhã” de ontem dava conta de um mal-estar instalado dentro da polícia pela demora em actuar. À pergunta sobre a demora em actuar ainda não houve uma resposta cabal. Não há uma única razão de segurança aceitável para manter a polícia e o parlamento sujeitos à martirização transmitida em directo. Mas pode haver razões políticas: o argumento da martirização conseguiu transformar uma carga policial num acto aceitável para a maioria dos portugueses; e em imediata sequência transformou as manifs em territórios de risco. Se isto interessa a alguém, não é seguramente ao Menino Jesus.» [i]
   
Autor:
 
Ana Sá Lopes.
    
     
 A tragédia é europeia
   
«O ministro Miguel Relvas afirmou hoje que a Europa atravessa uma "tragédia social" referindo-se aos números do desemprego e apontou esta questão como a "principal preocupação" do Governo salientando que são necessárias "políticas" para "ultrapassar" o problema.
   
Em Braga, à margem da assinatura do terceiro Protocolo de Colaboração com as Associações Juvenis e Desportivas ao abrigo do programa Impulso Jovem, o ministro dos Assuntos Parlamentares disse "não é o Governo que vai dar estágio" e "criar" postos de trabalho.» [DN]
   
Parecer:
 
Já não há uma crise nacional provocada por José Sócrates, o dr. Relvas declara que temos muito mais do que uma crise europeia, temos uma tragédia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o dr. Relvas à bardamerda e que aguente as consequências das políticas do seu governo.»
      
 Que se vá queixar ao Cherne
   
«O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros disse hoje, em Bruxelas, que a atual proposta de orçamento plurianual comunitário para 2014-2020 “é inaceitável para Portugal”, e garantiu que o Governo negociará com espírito de compromisso mas “com firmeza”.» [i]
   
Parecer:
 
Portas tinha uma coligação com o "Cherne" quando este fugiu do país com o argumento de que iria ser uma cunha para o país em Bruxelas. Como se tem visto o homem tem sido incansável na ajuda ao país.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se em cima desta gente sem vergonha na cara.»
     

   
   
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