sexta-feira, novembro 16, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura

 
 
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Beato, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Castelo Branco [A. Cabral]

Jumento do dia
  
Cavaco Silva
 
O homem que se candidatou a Presidente da República para ajudar os portugueses com os seus conhecimentos de economia vem agora dizer que em 2010 falou com base em previsões erradas. Mas não era ele que todos os dias dizia que estava tudo escrito nas estrelas, que já tinha previsto tudo?

Parece que o dia em que a senhora Merkel veio a Lisboa vai marcar o mandato de Cavaco Silva, desde esse dia que mudou o discurso só falta assumir que Passos já não é aquele detestável pirralho do PSD, é o seu herdeiro partidário e ideológico. Cavaco é um Presidente de cada vez menos portugueses.
 
«Nessa altura, Cavaco alertou para a ideia de que o país caminhava para uma "situação explosiva", procurando, como explicou na conferência da TSF em parceria com a Caixa Geral de Depósitos e a COTEC, "alertar os agentes políticos para inverter o que rumo que estávamos a seguir".
   
"Nós estamos numa situação de recessão que não conhecíamos há algum tempo, na medida em que em dois anos a economia portuguesa caiu cerca de 4,5%. É uma situação muito, muito pior do que aquela que já se antecipava - mas alguns não quiseram acreditar - e que hoje temos de enfrentar", afirmou Cavaco Silva.» [DE]
   
     
 Fraco é favor
   
«O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, disse, esta quarta-feira, ser necessário fortalecer o poder político, que é "fraco e desacreditado", considerando que o que conduziu à actual crise em Portugal foram erros políticos e não económicos ou financeiros.
   
Durante o discurso de abertura na conferência ‘Do Estado Social ao Estado Liberal’, realizada no âmbito do ciclo de conferências ‘FEP – Politicamente’, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Rui Rio considerou que o que levou a que Portugal chegasse a "uma crise profunda", não foram "erros de natureza financeira nem erros de natureza económica", mas sim "erros de natureza política", defendendo que "toda a origem está na política e no regime e o resto é uma consequência".
   
"Nós temos actualmente em Portugal partidos políticos desacreditados e incoerentes na sua acção. Nós temos um fortíssimo enfraquecimento da qualidade dos agentes políticos. Nós temos uma crescente incapacidade política para resolver os problemas que temos na frente. Temos um poder político, no seu todo, mais fraco e desacreditado", alertou.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Cada vez mais candidato a líder do PSD e a primeiro-ministro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver,»
      
 Trabalhador e muito amante da polícia
   
«O Presidente da República condenou hoje veementemente os confrontos que aconteceram ontem, em dia de Greve Geral, nas escadas da Assembleia da República. Sublinhando que não tinha visto as imagens Cavaco Silva destacou o desempenho das forças de segurança frente aos manifestantes, lamentou o sucedido e manifestou-se mais uma vez preocupado com a situação do País. O Presidente da República falou no final da abertura da Conferência Mar de Negócios, no Parque das Nações, em Lisboa.» [DN]
   
Parecer:
 
Não há imagens que justifiquem esta postura extremista de Cavaco, um incidente promovido por provocadores só tem este destaque porque alguém os quer confundir com toda a realidade. A greve geral foi ordeira e sem incidentes nos locais de trabalho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se os resvalar contínuo de Cavaco para a direita, assumindo-se cada vez mais como o Presidente de Passos mais uma dúzia de portugueses.»
   
 Também já exportamos médicos bem qualificados
   
«O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) revelou hoje que há "médicos experientes", alguns com 50 anos, com vencimentos muito baixos e que são obrigados a emigrar para sobreviver. 
  
"São médicos que custaram muito dinheiro a formar, que são necessários ao país e aos doentes, mas que estão neste momento com vencimentos base baixíssimos e sem a possibilidade de equilibrar o seu orçamento com as horas extraordinárias", disse José Manuel Silva, que falava à Lusa a propósito da vinda a Portugal de uma empresa francesa para recrutar clínicos.» [DN]
   
Parecer:
 
O ajustamento está a correr tão bem que o país além de automóveis, sapatos e ouro usado também já exporta médicos qualificados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «mandem-se os parabéns ao Gaspar e ao Álvaro pelo sucesso das suas reformas.»
   
 Até tu Medina?
   
«O antigo ministro das Finanças Henrique Medina Carreira disse hoje que um segundo resgate financeiro a Portugal "acabará por ser necessário", alertando contudo que ainda não é altura política para se falar no assunto.» [DN]
   
Parecer:
 
O regresso da ave de mau agoiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Cavaco surpreendido
   
«Nessa altura, Cavaco alertou para a ideia de que o país caminhava para uma "situação explosiva", procurando, como explicou na conferência da TSF em parceria com a Caixa Geral de Depósitos e a COTEC, "alertar os agentes políticos para inverter o que rumo que estávamos a seguir".
   
"Nós estamos numa situação de recessão que não conhecíamos há algum tempo, na medida em que em dois anos a economia portuguesa caiu cerca de 4,5%. É uma situação muito, muito pior do que aquela que já se antecipava - mas alguns não quiseram acreditar - e que hoje temos de enfrentar", afirmou Cavaco Silva.» [DE]
   
Parecer:
 
Desculpas de mau pagador.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Cavaco que leve o seu mandato enquanto o aguentar com a dignidade que o cargo e o desempenho competente e digno dos seus antecessores merecem.»
   
 Alguém anda a tratar mal os investidores estrangeiros?
   
«O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, defendeu hoje que os investimentos em que os colombianos estão envolvidos em Portugal devem ser "bem tratados do início até ao fim".» [i]
   
Parecer:
 
Este Portas chega a ser ridículo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se a esse Paulo Portas para que não seja imbecil.»
   
 Passos tem um fraco por polícias
   
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«Em dia de greve geral, Cavaco Silva e Passos Coelho tiveram que sair à rua para cumprir agendas que não dependiam de si. Serviu para mostrar que a conta da segurança do chefe do Governo é a maior.
   
Na quarta-feira, de manhã, a visita do primeiro-ministro à fábrica da Sicasal, em Vila Franca do Rosário, no concelho de Mafra foi rodeada de um dos maiores aparatos policiais desde que Pedro Passos Coelho chegou ao Governo. 

À saída da auto-estrada, na Malveira, dois carros da Brigada da GNR e meia dúzia de militares esperavam a passagem dos carros do primeiro-ministro. Já dentro da vila, o acesso da EN8 à rua da fábrica estava condicionado a quem tivesse “convite ou cartão de acesso”. A imprensa tinha ainda que mostrar a carteira profissional, a um dos três militares da GNR.
   
Ao longo dos menos de mil metros de acesso à fábrica, havia mais cinco elementos da GNR, colocados a espaços, e ainda uma dupla de cavaleiros a fazer patrulha na área. Ao portão da Sicasal, novo dispositivo: pelo menos sete GNR mais cinco polícias de uniforme azul e boné na cabeça, estrategicamente colocados em fila, como se de uma parede se tratasse.
  
Arruaceiros, manifestantes ou um habitante que fosse? Não, ninguém. Ou Vila Franca do Rosário desconhecia a vinda do ilustre visitante ou decidiu, em uníssono, ignorar.
   
Já dentro do recinto da fábrica, uns minutos antes de Passos Coelho chegar, uma grande comitiva aguardava-o. Já havia seguranças a vaguear por ali e mais cinco ou seis elementos da PSP. A visita de Passos Coelho mobilizou para ali pelo menos duas dezenas de elementos da GNR e uma dúzia da PSP, sem falar nos seguranças à civil.
   
Quando o primeiro-ministro chegou (à hora certa), descerrou a placa a assinalar a sua visita e subiu ao segundo andar. Um segurança fez questão de andar a espreitar pelos corredores junto à sala da administração, onde Passos bebia café com Álvaro Silva, o dono da Sicasal, para se certificar de que tudo estava “limpo”.
   
Na sala dos discursos, os seguranças, sempre de fato completo de bom corte e cabelo bem aparado, são menos perceptíveis entre o batalhão de convidados em fatos de tons escuros. Mas em alguns, o auricular – de fio translúcido e retorcido que sai de trás da orelha e desce pelo pescoço junto ao colarinho da camisa – não deixa dúvidas. Colocam-se nos extremos da sala, junto a portas e janelas. 
   
E hão-de misturar-se a seguir, com jornalistas, vestidos com as batas de plástico branco e boné de pala descartáveis. Raramente falam, raramente esboçam um sorriso.» [Público]
   
Parecer:
 
Um dia destes Passos Coelho passa a usar farda de polícia, deve ter um fraquinho de criança.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   

   
   
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