Dia sim, dia não António José Seguro repete o velho discurso de que é um político diferente, que vai cumprir o que promete. O problema é que Seguro já anda na política activa dos crescidinhos há mais de 20 anos e nunca teve de cumprir nada.
Se Seguro diz que vai cumprir tudo o que diz que vai fazer, deixar e fazer ou desfazer seria interessante colocar no site do PS a lista das numerosas promessas já feitas por António José Seguro. Até poderia dizer em relação a cada ideia quando é que a pretende implementar e em que circunstâncias admite não cumprir as suas promessas.
A verdade é que se Seguro é dos políticos que mais promessas faz, não há dia em que não diga que vai fazer, deixar de fazer ou desfazer alguma coisa. Tudo serve de oportunidade para Seguro falar dele, apresentar-se como o tal político diferente e fazer mais umas dúzias de promessas. Se há eleições autárquicas ele aproveita os holofotes para prometer, assegurar, garantir, agendar qualquer coisa. Se participa na campanha para as eleições europeias Seguro aproveita para divulgar um mini programa para as legislativas. Se está em campanha para a liderança do PS Seguro volta a debitar promessas.
Já ninguém tem memória para tanta promessa, isso sem contar ideias de gente como Álvaro Beleza que defendeu a extinção da ADSE ou de outros amigos muito profícuos em fazer promessas em nome do camarada Tozé. Se é um político diferente então Seguro deve consolidar as suas propostas, enumerando-as, calendarizando-as e explicando-as.
E como Seguro decidiu começar a falar do passando referindo muitos erros sem os enumerar seria muito interessante que fosse mais concreto. Na mesma páginas das promessas poderia referir o erros do passado de que discordou. Assim, ficaríamos a saber que tudo fez pelo país, defendendo corajosamente as suas opiniões por as considerar importantes para o país.
Ser um político diferente não é algo que se prometa para no futuro e apenas na condição de ganhar as eleições, se Seguro é diferente não basta dizer que cumpre o que promete, deve criar condições para que todos avaliem o seu comportamento no futuro e no passado, porque se vai ser diferente também o foi no passado pois essa qualidade não se obtém com moldes de plástico.