segunda-feira, julho 28, 2014

Umas no cravo e outra na ferradura



   Foto Jumento


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Gaivotas, Castro Marim
  
 Jumento do dia
    
Tozé

Seguro anda numa orgia de propostas numa tentativa desesperada de mostrar até Setembro o que foi incapaz de evidenciar durante três anos. Talvez por isso apareça com ideias peregrinas como sugerir a entrada de capitais da lusofonia na TAP.

O problema é saber o que serão esses capitais da lusofonia, quererá Seguro inovar criando uma empresa pública à escala da CPLP? Enfim, este Seguro é cada vez mais a versão PS do Miguel relvas, só não teve o bom sendo do outro que preferiu nunca ultrapassar o estatuto de número dois.

«O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse esta noite opor-se à privatização da TAP, mas defendeu que a empresa devia ser capitalizada com recursos da lusofonia.» [Notícias ao Minuto]
  
 Uma pergunta a Seguro

O que já disse sobre o défice ou sobre a dívida que não seja o silêncio concordante com as políticas de Passos e algumas banalidades que nada adiantam?

 Memórias do Dono Deles Todos

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 O sebastianismo ao contrário e a normalidade possível
   
«1. Parcerias público-privadas mal negociadas? Rendas excessivas no setor da eletricidade? Demasiadas Autoestradas? Toda a corrupção deste e do outro mundo? Promiscuidade entre o setor público e privado? Leis injustas e à medida? Bloqueador de qualquer mercado nacional? Responsável pela chegada da troika?

Eis Ricardo Salgado. O culpado de todos os males que nos minam. O elemento que uma vez retirado do nosso convívio fará que tudo floresça. Sem ele a nossa economia tornar-se-á pujante, o Estado será incorruptível e exemplar na gestão do bem comum, acabarão os compadrios e amiguismos.

Agora é Ricardo Salgado. Não vale a pena lembrar todos os outros culpados antes dele. Todos os que, sozinhos, conseguiram arrastar Portugal para um terrível destino. Sozinhos, omnipotentes e fonte de todos os males. Males vários, aliás. Recentemente, tivemos José Sócrates como o único culpado da crise; Cavaco Silva, o criador do monstro estatal; Oliveira Costa, até há pouco o único banqueiro que não era sério...

Podemos pensar em várias explicações para este fenómeno coletivo. Será por termos demasiadas vezes a sensação de que a culpa morre solteira, será por uma qualquer necessidade de descarregarmos toda a nossa frustração, incompetência ou impotência num alvo bem definido. Pode ser.

Mas há algo mais nesta constante busca de um bode expiatório, nesta espécie de outro lado do espelho sebastianista: um homem nos salvará e um homem será o responsável por tudo o que foi feito de errado ou está mal. Nunca pensamos como comunidade. Nunca nos questionamos. Nunca tentamos perceber se, por ação ou omissão, contribuímos para aquilo que consideramos ser as nossas desgraças, sejam as de condução política, sejam as que resultam de cataclismos económicos, sejam as criminais.

São sempre "eles" e quando temos um nome, de preferência "um poderoso", fica logo tudo explicado. Andamos o tempo inteiro a dormir, a deixar que decidam por nós, a recusar participar na vida da comunidade para de repente descobrirmos que a culpa do nosso sono era apenas de um indivíduo. Outro. Qualquer.

2. Ricardo Salgado foi provavelmente um gestor incompetente. Será o culpado de um terramoto económico em Portugal, será o maior responsável pela possível falência de muitas empresas e pela perda de muitas poupanças, terá vendido ou mandado vender gato por lebre. Será o responsável por diversas fraudes e crimes - contas adulteradas, corrupção, branqueamento de capitais, fugas ao fisco. Terá sido um dos promotores da promiscuidade entre poderes públicos e privados que, aliás, existe há séculos em Portugal. Terá construído uma rede de influência mais baseada em cumplicidades e esquemas mal explicados do que em competência.

Não serei eu a negar, e já aqui o escrevi, que havia uma maneira de fazer as coisas, própria dos líderes (Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi não estavam sozinhos) do Grupo Espírito Santo, que era péssima para a comunidade. Mas uma coisa são atividades subjetivamente lesivas para a comunidade, outra são aspetos de incidência criminal.

Nada fará melhor à comunidade do que um fim, na medida do possível, normal para este império e para os previsíveis e inevitáveis processos judiciais. Que o desmoronamento deste império com pés de papel se processe sem histerias e sem julgamentos populares. Que vão à falência as empresas que não têm capacidade para honrar os seus compromissos; que possam ser ressarcidos os que foram prejudicados; que os culpados paguem até ao último tostão; que fiquemos convictos de que não houve privilégios especiais nem humilhações provocadas por ressentimentos. E, se se provarem crimes, que os vários responsáveis sejam condenados. Nada pior se, mais uma vez, se mandar às malvas o princípio da presunção de inocência e se substituirmos os tribunais por tabloides ou que a justiça não seja justiça mas sim justiceira.

3. Quem há meia dúzia de dias competia para cair nas boas graças de Ricardo Salgado disputa agora o concurso "fui eu quem mais contribuiu para o derrubar" ou "sou eu que consigo culpá-lo de mais desgraças".

O espetáculo está montado: temos velhos revolucionários remoçados apostados em construir as mais diversas teorias da conspiração, temos jornalistas em horário nobre a promover delírios e cabalas de vão de escada. E, claro, não podiam faltar as fugas de "informação" do Ministério Público para os jornais do costume, a divulgação antecipada de diligências processuais e a costumeira fúria justiceira que parece só acordar quando os chamados poderosos já não o são. A novidade é ter aparecido políticos a cavalgar este caso para fins de política partidária interna, como foi o infelicíssimo caso de Eurico Dias do PS.

Não sei se sabem ou não, mas, como sabemos de outros casos, serão estes os que mais contribuirão para uma possível situação em que nunca chegaremos a saber tudo o que se passou neste gigantesco drama.» [DN]
   
Autor:

Pedro marques Lopes.

      
 Negócios madeirenses
   
«Um armazém e uma fação de um prédio urbano foram vendidos à Fundação Social Democrata da Madeira por um valor de 1,7 milhões de euros.

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O negócio foi feito entre a fundação ‘laranja’ e empresas do império Jaime Ramos, número dois de Jardim no PSD, de acordo com o Público.

A transação ficou isenta de imposto municipal sobre a transmissão onerosa de imóveis e imposto de selo, por despacho dos membros do governo regional.

Jaime Ramos, agindo na qualidade de administrador da fundação, e Rui Cortez, gerente e administrador de mais de duas dezenas de empresas criadas por Jaime Ramos, desta vez na versão de empresário, foram os dois outorgantes comuns dos registos notariais dos prédios.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

O que irá armazenar a fundação do Alberto?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se.»

 Vamos ser os maiores exportadores de Galos de Barcelos
   
«O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, disse que hoje "é importante trabalhar na atualização e renovação do artesanato português", área que considera com "potencial de desenvolvimento económico" para o país.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Este secretário de Estado às vezes diz umas coisas interessantes e engraçadas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 Até tu Eduardo?
   
«O ex-ministro das Finanças, Eduardo Catroga, considera que a execução do memorando de entendimento poderia ter sido melhor por parte do Governo português. O Executivo de Passos Coelho podia ter pressionado “de forma visível” a troika para fazer “uma revisão global” das metas do memorando e não soube “fazer a pedagogia necessária” para reduzir a despesa pública, diz. Catroga questiona mesmo a “qualidade” das reformas estruturais levadas a cabo nos últimos três anos. Em termos políticos, o antigo conselheiro do primeiro-ministro diz que a crise política de 2013 “atrasou o processo” da recuperação portuguesa e questiona a falta de consensos.

Num artigo sobre crise portuguesa a ser publicado no próximo número da “Cadernos de Economia”, revista oficial da Ordem dos Economistas portugueses, a que o Observador teve acesso, Eduardo Catroga relata a sua visão do início da crise, da negociação do memorando, da sua execução e do futuro da economia do país – um analista privilegiado já que foi conselheiro de Passos Coelho nas negociações para viabilizar o Orçamento de Estado de 2011 com Teixeira dos Santos e acompanhou o atual primeiro-ministro à única reunião que o PSD teve com a troika antes da concretização do memorando. Foi ainda um dos autores do programa eleitoral de Passos nas legislativas.

Ao avaliar a execução do memorando, o ministro das Finanças de Cavaco, aponta algumas falhas ao Governo e considera que “a qualidade da execução podia ter sido melhor”. Desde logo, o Executivo “não pressionou de forma visível a troika quanto à recalibragem das medidas”, uma pressão que teria resultado, já que o país conseguiu recuperar no primeiro ano de programa “uma parte da credibilidade perdida”, justifica Catroga. Outro ponto que falhou, segundo o economista, foi a incapacidade do Governo em fazer a “pedagogia adequada” sobre a necessidade da redução da despesa pública, que será notada nos próximos anos já que há “um gap da despesa a corrigir”.» [Observador]
   
Parecer:

Agora é que vão andar pentelhos pelo ar!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Lama do Salgado suja o Marcelo
   
«Miguel Pais do Amaral defende que a ligação de Marcelo Rebelo de Sousa ao BES “não pode ser maior e, como tal, as ambições presidenciais não podem ser mais afetadas”.

“O impacto político desta situação poderá ser muito relevante. Todos sabem ainda que a companheira do putativo candidato presidencial é administradora no grupo BES e que o seu filho é funcionário da PT”, afirmou o empresário, em entrevista sábado ao Dinheiro Vivo, acrescentando que “ele e a sua companheira eram os melhores amigos do casal Salgado. Viajavam juntos, passavam férias juntos”.

“Neste caso, diz-me quem são os teus amigos, dir-te-ei quem és”, disse Pais do Amaral, insistindo que “obviamente que uma pessoa que é a melhor amiga de alguém, se esse alguém não sair bem, não tem quaisquer condições para ser candidato presidencial, nem para alimentar essa candidatura”.» [Observador]
   
Parecer:

Pobre Marcelo, desta vez não se conseguiu escapar.

E quem serão os amigos de Ricardo Salgado no governo?

«Lembra ainda o caso Madoff nos EUA em que, quando este foi preso, os “políticos amigos mudaram de carreira, não tinham qualquer hipótese de continuar a exercer a política, porque eram amigos de alguém que tinha feito coisas que não devia”.

O empresário acrescenta que os impactos políticos podem sentir-se tanto nas presidenciais, como nas legislativas. “Sabe-se que há alguns ministros que eram muito próximos do presidente da comissão executiva do BES [liderada até há uma semana por Ricardo Salgado] e essa proximidade poderá ser negativa”, disse, sem apontar nomes.»
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a MArcelo que nota dá a si próprio como candidato a Belém.»
   
 Passos quer fazer um milagre
   
«Conseguir excedentes orçamentais elevados durante pelo menos uma década, tal como é exigido a Portugal para garantir a sustentabilidade da sua dívida, é uma tarefa que apenas foi cumprida no passado em casos “excepcionais”, defende um estudo publicado por dois economistas, que não encontram nos dados históricos analisados mais do que três exemplos de países bem-sucedidos neste tipo de esforço.

O estudo – intitulado “A Surplus of Ambition: Can Europe Rely on Large Primary Surpluses to Solve its Debt Problem?” – tenta perceber, olhando para as séries históricas dos países classificados como avançados e emergentes, com que frequência conseguiram gerar excedentes orçamentais primários significativos e em que condições é que o fizeram, nas situações em que precisaram de consolidar as suas contas públicas.

O objectivo dos autores – o economista norte-americano Barry Eichengreen e o italiano Ugo Panizza – está relacionado com a estratégia delineada pelos líderes europeus para resolver o problema da dívida pública na zona euro e que passa pela obtenção, durante os próximos anos, de excedentes orçamentais significativos por parte da generalidade dos países e, em especial, pelos países onde a crise foi mais intensa.» [Público]
   
Parecer:

E Seguro parece querer ajudar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
   
 Passos ignorou propostas de Catroga
   
«Quando, em abril de 2011, o ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga entregou ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, a proposta de programa eleitoral que lhe tinha sido encomendada, o PSD analisou e limou algumas arestas antes de apresentar o documento final com o programa de Governo. De fora deixou, por exemplo, a previsão do aumento de impostos, o reforço das competências do ministério da Justiça ou o pagamento à banca, por parte do Estado, do excesso de endividamento das empresas públicas.

No documento original, a que o Observador teve acesso, Catroga sugeria um aumento de impostos como “via necessária para garantir a consolidação orçamental”, prevendo nomeadamente um agravamento dos últimos escalões do IRS e a um aumento do IVA. Para isso listava, em oito pontos, um conjunto de medidas de “política fiscal de curto prazo ou de emergência” que deveriam ser aplicadas “em situação extrema” para cumprir as metas impostas pela troika. 

Previa, por exemplo, “a actualização dos impostos sobre o consumo para compensar a descida da Taxa Social Única”, “reestruturar o IVA”, “reestruturar os benefícios fiscais”, “agravamento temporário das taxas do IRS dos três últimos escalões” ou criação de uma “taxa especial sobre as vendas a crédito”. Mas Passos omitiu essas medidas no programa final. E cinge este capítulo à promessa de analisar “alternativas de ‘mix de políticas’ que (…) permitam assegurar de uma forma mais adequada dois objetivos fundamentais: reforço da competitividade da economia portuguesa por via de uma redução dos encargos sociais sobre o factor trabalho em sede de Taxa Social Única, compensando em simultâneo a Segurança Social e proteger o rendimento real disponível das classes de menores rendimentos, nomeadamente dos pensionistas com baixas pensões”.

O projeto de programa eleitoral, depois de entregue por Eduardo Catroga ao líder do PSD, foi depois sujeito a uma análise cuidada por parte de uma comissão destacada para esse efeito no interior do partido. Dela faziam parte Rodolfo Rebelo, que veio depois a ser assessor económico do já primeiro-ministro Passos Coelho em São Bento, José Matos Correia, que veio a ser vice-presidente do PSD, e Pedro Reis, nomeado depois presidente do AICEP.» [Observador]
   
Parecer:

O objectivo de Passos era ir muito além do equilíbrio financeiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se tanta incompetência.»
  
 Banca vai assumir 50% das perdas provocadas pelo GES
   
«Os bancos portugueses e estrangeiros que operam em Portugal vão ter de provisionar, já nas contas do primeiro semestre, pelo menos 50% do dinheiro que têm exposto às empresas do Grupo Espírito Santo (GES) que pediram proteção de credores no último mês, apurou o Dinheiro Vivo.

A ordem veio do Banco de Portugal e significa que a banca terá de assumir já que pode vir a não receber pelo menos metade do investimento realizado no papel comercial (dívida de curto prazo) dessas entidades que estão com problemas financeiros - Espírito Santo Internacional (ESI), Espírito Santo Financial Group (ESFG) e Rioforte.

"Em face dos pedidos de proteção de credores formulados pela ESI, Rioforte e ESFG, o Banco de Portugal considerou adequado determinar desde já o provisionamento significativo das exposições assumidas perante estas entidades", adiantou fonte oficial do Banco de Portugal ao Dinheiro Vivo. O regulador ressalva, contudo, na resposta enviada por email, que, "naturalmente, esta determinação não abrange as exposições perante entidades que integram o grupo BES".» [DN]
   
Parecer:

Veremos como vão transferir o prejuízo para os contribuintes.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Ulrich se acha que o povo ainda aguenta mais esta.»
  
 Uma oferta, p+ensava o pobre senhor
   
«O Vice-Presidente do MPLA, Roberto de Almeida que terá recebido o crédito de  10 milhões de dólares que aplicou na construção de um edifício  no terreno ao lado da sua residência na Rua Rei  Katiavala, em Luanda terá  dado sinais de desentendido   alegando que julgou que o dinheiro teria sido uma oferta.

Ao todo, o  BESA emprestou 5,7 mil milhões de dólares a conhecidas figuras do regime angolano, incluindo vários membros do Bureau Político do MPLA  que alega  ter perdido rastos. Há suspeitas de  que 745 milhões foram parar às mãos de Álvaro Sobrinho, presidente daquele banco até 2012.

Em meios informais,  insinua-se que uma “Joint” ligada a empresaria Marta dos Santos, irmã do PR,  em parceria com um construtor  português José Guilherme, terão recebido cerca de 800 milhões de dólares de crédito  que aplicaram  na construção  de um conjunto de edifícios na rua onde se situa a Universidade Óscar Ribas, no Talatona, em Luanda.» [Clube K]
   
Parecer:

Nada mau, uma prendinha de 10 milhões de dólares, estes senhores.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Pasan los meses y el gobernador del Banco de Portugal, Carlos Costa, no mueve ficha  
   
«Hace un año, Pedro Queiroz Pereira, que administraba el grupo familiar Semapa (cementeras y papeleras) y también propietario del 7% de Espírito Santo Control, aún no había ido al Banco de Portugal a contar sus secretos. Su familia llevaba 80 años haciendo negocios con los Espírito Santo. Era lo que se llama un amigo de toda la vida de la familia de banqueros. O casi, porque el amigo se enfada cuando se entera de que Salgado está comprando las acciones de sus hermanas para controlar su territorio, Semapa, como si los Espírito Santo no tuvieran ya bastante. Con la ayuda de la madre, Queiroz mantiene el control por un 1%; pero decide vengarse.

El pasado octubre, Queiroz acude al Banco Central portugués para contar lo que sabe: las sociedades del grupo familiar se financian a través del banco. Los holdings ESI y Rioforte llevaban tiempo emitiendo títulos de deuda que eran adquiridos por el fondo de activos del BES. Con las pruebas que aporta Queiroz, el Banco de Portugal encarga una auditoría sobre el ESI. El resultado es que emergen 1.300 millones de euros en deuda y activos sobrevalorados. Solo es un primer vistazo a la sociedad radicada en Luxemburgo.

(...)

Pasan los meses y el gobernador del Banco de Portugal, Carlos Costa, no mueve ficha. Espera que se vayan los inspectores de la UE, FMI y BCE que estaban supervisando el plan de rescate de Portugal y luego espera a junio a que el banco Espírito Santo cierre su ampliación de capital. Entonces llama a Salgado a su despacho para pedirle que se vaya del banco, él y todos los miembros de la familia. Salgado accede, pero le cuela como sustituto a su brazo derecho, Amílcar Moraes Pires. El desconcierto es total. ¿Cómo limpiar el banco con los mismos? Costa se acobarda, no se atreve a decir ni sí ni no y, en un comunicado bochornoso, afirma que son los accionistas quienes, el próximo 31 de julio, han de elegir a su dirección. Casi un mes de anarquía financiera alentada por el supervisor. Fernando Ulrich, presidente del banco BPI, lo resume: "Si querían construir la tormenta perfecta, no había mejor forma".

No era una tormenta, sino el diluvio. El desgobierno absoluto del BES, del Banco Central y de la economía del país. En siete días, el valor del banco cae un 41%. La desesperación llega a la misma familia, que tiene que vender las acciones para pagar el préstamo con que las había comprado. Pierden de su bolsillo 89 millones.

Costa tarda una semana en rectificar. Hay que salvar al BES; cortar ya con las relaciones obscenas entre el banco y las empresas de los Espírito Santo que durante años se peloteaban la deuda, cada vez más grande, extendiendo la metástasis por todos los rincones del grupo. Vítor Bento es el hombre elegido para dirigir el banco. El lunes 13, sin esperar a la junta, entra en el despacho que Salgado había ocupado 22 años.

Fuera del banco, el grupo Espírito Santo está condenado a muerte. Las revelaciones de Queiroz señalaban que el grupo llevaba años con pérdidas, con operaciones que no generaban liquidez, inversiones fallidas y financiación a base de deuda sobre deuda en las propias empresas participadas. "La causa de la caída tiene un componente principalmente financiero", explica el banquero Ullrich. "Basta ver el volumen de los aumentos de capital del BES a lo largo de los años. No es de extrañar que el grupo, para ir a esas ampliaciones, haya acumulado deuda en sus consorcios".» [El Pais]
   
Parecer:

Quem o diz é o El Pais
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se..»
     

   
   
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