Os mercados podem ficar tranquilos com o BES, o homem dos negócios nas off shores do BCP garantiu que o banco continuaria a ser o que sempre foi e à sua frente tem um consultor de Cavaco e ideólogo militante da política que tem sido seguida. Para completar o elenco foi escolhido um ex- Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e o homem que comprava dinheiro para o Estado, entre outros ao próprio BES. A família divina tem agora como seus assalariados alguém de Belém, quem sabe os segredos financeiros do Estado e quem andou a saber dos segredos íntimos dos portugueses.
Quem não parece gostar desta mistura entre negócios e política é o António José Seguro o mesmo que dantes não queria ouvir falar em reestruturação e agora já é um adepto da renegociação. Da mesma forma que já se esqueceu do que pensava da renegociação também se esqueceu de condenar a sua colega de direcção do partido que misturou o negócio das farmácias com as directas do PS, as mesmas directas em que a sua direcção já gasta dinheiro sugerindo aos simpatizantes que visitem o site do PS onde só existe Seguro.
Carlos do Carlos ganhou um Grammy para para a Presidência da República há aqui um pequeno problema, o Cavaco de Belém não suporta o fadista que há muito parece ter ganhou um outro Grammy menos simpático, não grama o Cavaco de Boliqueime. Como o Cavaco de Belém ainda não percebeu que o Cavaco de Boliqueime não é a Presidência da República mas apenas um presidente cuja primeira lera começa a parecer tirada de uma apólice de seguros também não grama Carlos do Carmo. Uma coisa é um fadista ganhar um Grammy outra é Cavaco o gramar e atribuir-lhe um gramanço presidencial.
Esta foi uma péssima semana para Paulo Macedo, depois de três anos a tecer pacientemente a imagem de melhor ministro deste governo eis que vem o Observatório Português dos Sistemas de Saúde e estilhaça essa imagem. Afinal a saúde em Portugal, como outros sectores, sofre de síndroma da negação. Como era de esperar Paulo Macedo veio logo negar.