domingo, junho 12, 2016

Semanada

Esta semana ficou marcada por mais um 10 de Junho, desta vez sem a presença do pessoal da Quinta da Coelha a dar ou a receber medalhas, foi uma comemoração sem discursos feito por um Cavaco armado em pensador, deixando o país a resolver as adivinhas saloias. Se não fosse o Passos Coelho o país nem se teria lembrado do passado recente, mas na ausência de Cavaco coube ao líder do PSD a representação da pequenez. Aproveitou o 10 de Junho para dizer que com ele na oposição não havia nada a comemorar.
  
Se o país tinha dúvidas quanto ao desejo secreto de que a Europa se vingue do país em nome da direita isso ficou claro, Passos Coelho deseja que sejam aplicadas penalizações, por isso não se cansa de pedir à Europa que as aplique argumentando com as mudanças políticas decididas pelo governo de António Costa. Passos Coelho quer dizer “estão a ver, a Europa não aceita este governo e as suas decisões”.

Quem não parece ter a mesma abordagem de Passos Coelho é Marcelo Rebelo de Sousa, que não perde uma oportunidade para marcar a sua diferença em relação à liderança do partido de que ele próprio foi presidente. Marcelo sabe que a Europa não vai aplicar sanções e vai querer aparecer como Presidente que deu uma preciosa ajuda para que a Europa não as decidisse.

Quem desapareceu foi a Assunção Cristas, ao que aprece o pessoal dos colégios aproveitou os feriados e esqueceram-se de fazer manifestações. >Enquanto Passos cedo se demarcou do movimento a líder do CDS ficou “agarrada” a um movimento político que a maioria dos portugueses não aceita. Pobre senhora, chegou à liderança do CDS e este partido já está a cair.
  
Razão tinha Portas que decidiu mudar de vida, optou por não andar armado em exilado, como fez Passos Coelho, e deixou a desgraça entregue a uma ambiciosa Cristas que já está a cair aos olhos dos eleitores.