quinta-feira, junho 02, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do dia
    
Pedro Marques, ministro do PEDU

Negociar fundos europeus com meia dúzia de autarcas ignorando todos os outros é comportar-se como um elefante dentro de uma loja de cristais, desta forma era de esperar que o PEDU desse borra.

«O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Emídio Gomes, recusou-se a publicar o aviso para um concurso de acesso a fundos estruturais ordenado pelo Governo e abriu um conflito político de proporções imprevisíveis na região. Em causa está uma negociação directa entre Rui Moreira e ministro Pedro Marques que permitiria reforçar as verbas do PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano) para o Porto, através do aviso que Emídio Gomes se recusou publicar. O ministério não gostou da recusa e a continuidade do presidente da CCDRN no cargo está em causa. O que parece segurar politicamente Emídio Gomes é o apoio declarado que está a receber da esmagadora maioria dos municípios do Norte, que protestaram junto do Governo pela forma como a partição das verbas inscritas na medida 9.1 do Programa Operacional (PO) do Norte estava a ser negociada, à revelia da sua opinião. Um desses apoios vem de Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real que é também, desde o passado fim-de-semana, líder da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas.

O que está em causa é mais um capítulo de um longo braço-de-ferro que opõe Rui Moreira a Emídio Gomes. Os contornos da história começam com a recusa do presidente da Câmara do Porto em assinar o contrato que estabelecia a repartição das verbas do PEDU por 29 municípios da região, por considerar que a fatia atribuída ao Porto - 26,5 milhões de euros - representava “o roubo do século”. Se outros municípios, como Vila Nova de Gaia ou Matosinhos, iniciaram negociações individuais imediatamente, o Porto demorou algum tempo e, quando o fez, fê-lo com o próprio ministro Pedro Marques, como disse Rui Moreira ao seu executivo na última reunião de câmara.

O ministro – cuja acção neste processo tem sido muito elogiada pelo autarca portuense - tratou de procurar uma solução política para o braço-de-ferro. Depois de uma negociação directa com o autarca, o Governo ordenou a Emídio Gomes que lançasse um aviso para um concurso de 20 milhões de euros que permitiria reforçar a dotação do Porto e de outros seis municípios da Área Metropolitana. O problema é que todos os 29 municípios elegíveis para o PEDU tinham acesso ao bolo de 20 milhões da medida 9.1, dirigida para a inclusão social nas principais cidades. Daí a rejeição dos autarcas a esta negociação que, ao contrário das outras medidas do PO Norte, os tem envolvido.» [Público]

 Quem tem medo compra um cão

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 Declaro-me tua ex




   
 SONAE alinha na chantagem sobre os eleitores ingleses
   
«A menos de um mês do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, um grupo de 51 grandes empresas juntou-se ao coro de vozes que tem alertado para os riscos de um Brexit, no mesmo tom de avisos já dados pelo FMI e pelo G7.

“Desde o início desta década, a Europa tem tido desafios – problemas com o euro, terrorismo, migração e agora as consequências de um potencial Brexit”, lê-se numa carta aberta, assinada pelos membros de um grupo chamado Mesa Redonda dos Industriais Europeus, entre os quais estão operadores de telecomunicações (Grupo Vodafone, Orange, Telefónica), petrolíferas (Shell, BP), tecnológicas (Nokia, Siemens, Philips) e também a portuguesa Sonae (proprietária do PÚBLICO).» [Público]
   
Parecer:

Uma vergonha.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a figura triste do grupo de Belmiro de Azevedo.»
 Estão tremendo de medo
   
«Quando o PS foi governo, no tempo de António Guterres, o partido ficou praticamente entregue a António Galamba. Foi o socialista que ocupou durante mais tempo o cargo de secretário nacional para a organização. Grande amigo de António José Seguro - e também residente nas Caldas da Rainha - António Galamba é hoje um dos críticos mais ferozes do seu partido e do governo liderado por António Costa.

De entre os ex-dirigentes do PS, tem sido a única voz crítica constante do governo socialista, se excetuarmos as entrevistas que Francisco Assis deu este fim de semana. Como é que de repente se vê na posição de estar praticamente sozinho a dizer mal do governo?

Julgo que há algum medo no Partido Socialista em se dizer o que se pensa. Entre os ex-dirigentes há três situações: os que foram integrados, os que estão resignados e aqueles que julgam que devem dizer aquilo que pensam. Eu incluo-me nesse grupo, que é um grupo muito restrito de pessoas que acha que deve dizer aquilo que pensa. Até por experiências anteriores: no passado, pelo facto do PS estar no governo, não dissemos aquilo que pensávamos e aconteceu o que aconteceu, nomeadamente a necessidade de haver um resgate. Julgo que aos 47 anos e depois de 27 anos de militância, já não me posso dar ao direito de não dizer aquilo que penso. Sendo certo que há pessoas que não o fazem por manifesto medo de retaliações. Dou um exemplo: houve uma comissão política nacional em que eu participava, era membro, onde me foi retirada a palavra durante uma intervenção.» [i]
   
Parecer:

Coitadinhos, andam muito assustados...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Grande Ventinhas
   
«O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público alertou esta quarta-feira que alguns media “são controlados por alguns arguidos poderosos” que tentam através desses meios deslegitimar a atuação do Ministério Público na opinião pública ou condicionar a sua intervenção.

António Ventinhas falava na abertura da 2.º Forum Global de Associações de Procuradores, que junta em Lisboa representantes de 24 países.

Segundo o presidente do sindicato (SMMP), as relações com a comunicação social assumem na atual sociedade um papel cada vez mais importante, pois os processos são cada vez mais mediatizados e “é frequente que os procuradores sejam visados e estejam sob os holofotes da imprensa”

“Alguns meios de comunicação social são controlados por alguns arguidos poderosos que tentam através desses meios deslegitimar a actuação do Ministério Público na opinião pública ou condicionar a sua intervenção”, advertiu António Ventinhas.» [Observador]
   
Parecer:

O problema é que na hora de dar nomes o nosso corajoso sindicalista fica calado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se um trombone qao corajoso sindicalista.»