sábado, julho 30, 2016

A experiência que falhou

A saída foi festejada como limpa, Portugal era um caso de sucesso, quase tão exemplar como o irlandês e o inverso da vergonha grega, o governo tudo fazia para penalizar os gregos por estes não quererem engolir o xarope que tinha sido milagroso em Portugal, os badamecos da troika pavoneavam-se pelos corredores dos palácios como grandes vedetas bem-sucedidas, Portugal era o modelo de todas as virtudes.

O ajustamento foi um sucesso, a saída foi limpa, a banca nem precisou dinheiro que lhe estava destinado, a competitividade tinha sido reconquistada e Portuga ainda iria ser o país mais competitivo do mundo, o mercado laboral criava emprego como nunca se tinha vista. Havia que manter o ímpeto reformista, impedir a todo o custo a reversão das grandes conquistas alcançadas.

E eis que alguém faz um estudo e chega à brilhante conclusão: em Portugal só se fez merda! Afinal não era preciso tirar a pele aos trabalhadores porque o problema não estava na competitividade, isto é, o problema do emprego não resultava dos custos do trabalho e, por conseguinte, as reformas laborais não eram assim tão importantes. O problema, dizem agora, era da falta de poupança.
  
Se o problema era de poupança a culpa era de quem estimulava o consumo e ganhava com ele, a culpa não era nem dos funcionários e muito menos dos pensionistas ou de quem comprava um quilo de sardinhas congeladas com taxa reduzida do IA. A culpa era de quem estimulava o crédito ao consumo para ganharem juros despudoradamente vantajosos ou de quem nunca ganhou tanto com a venda de sardinhas congeladas. Portugal tinha os consumidores mais tesos da Europa, mas a crer em Cavaco tinha uma banca de excelência empresas de distribuição com peso internacional.
  
Agora dizem que falharam, mas não vão devolver as casas aos que as perderam, não vão dar vida aos morreram abandonados nas urgências, nem vão pagar o bilhete de regresso aos que fugiram de Portugal. Passos Coelho vai ficar em silêncio e nunca assumirá a responsabilidade de ter entregue o país para banco de ensaio de gente incompetentes, dos Portas ninguém sabe e a Luisinha está a dar banhos à celulite. Ninguém vai assumir a responsabilidade e ainda vão dizer que o problema esteve na dose e defender o seu reforço.

Nenhum deles vai ser condenado, Passos Coelho e família vão continuar a beneficiar de um SNS que tentaram destruir, o senhor Carlos Costa vai ter a sua pensão, o filho do Barroso não vai ter de emigrar e continuará no BdP, nenhum deles vai ter um filho a emigrar por falta de emprego, nenhum deles vai responder pela responsabilidade criminosa numa experiência falhada.


Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do dia
    
Amadeu Guerra, procurador sem prazo
 
É evidente que o procurador não é responsável pelas violações do segredo de justiça e que sempre que as mesmas ocorrem é aberto o processo da praxe, mas o certo é que Amadeu Guerra fez uma conferência de imprensa infeliz e nos dias seguintes a comunicação social foi invadida por novas "provas" dos muitos crimes de corrupção atribuídos a José Sócrates.
 
É evidente que o procurador não é responsável pelo que os jornais escrevem, mas a sua imagem não deixa de ser penalizada por estas coincidências, enquanto ele fala de indícios os jornais aparecem cheios de provas. Ou Amadeu Guerra chega a julgamento com muitos sacos dessas provas ou ainda vamos ter de propor que os jornalistas passem a procurador e que o procurador seja despromovido a jornalista.

Três dias depois de dizer que ninguém sabe quando acaba a investigação os jornais dizem que esta vai ter um segundo fôlego, de repente esquecem-se a imensidão de provas e suspeitas e começa-se tudo de novo com novas provas. Enfim, ou a "justiça" tem muitas provas ou não sabe como vai dizer que não tem nenhumas, vamos esperar para ver, ainda que com o procurador Amadeu Guerra é bem provável que não cheguemos a nada e quando ele se aposentar ainda o processo vai a meio.
 
Bem, parece que o Fernando Santos tem adeptos na justiça, a investigação joga à defesa e no fim ganha o campeonato com um golo inesperado de um qualquer ponta de lança que ninguém se lembraria de contratar.. Só ainda não percebemos se esta justiça aposta na fé ou nas fezadas (coisa de fezes).

«Investigação não estará fechada em setembro. Ministério Público concentra-se nas ligações diretas e indiretas de José Sócrates ao Grupo Lena e nos negócios da PT para justificar crime de corrupção

Foi a 1 de setembro de 2010 que Carlos Santos Silva realizou a única transferência direta e documentada para o amigo José Sócrates, na altura primeiro-ministro. Este tinha dez euros na conta e, segundo a investigação da Operação Marquês, os 7500 euros transferidos pelo amigo permitiram pagar uma conta no Hotel Ritz, a prestação de um empréstimo junto da Caixa Geral de Depósitos e um prémio de um seguro.

Já que os milhões de euros que a investigação alega pertencerem ao ex-governante estavam em nome do amigo, falta uma prova direta que ligue Sócrates ao dinheiro. Por isso a equipa liderada pelo procurador Rosário Teixeira continua a tentar juntar peças secundárias. A mais recente prende-se com a empresa XLM, de Santos Silva, que segundo a Inspeção Tributária só teve como finalidade distribuir dinheiro.» [DN]

 Promover o procurador a jornalista

É evidente que o procurador não é responsável pelas violações do segredo de justiça e que sempre que as mesmas ocorrem é aberto o processo da praxe, mas o certo é que Amadeu Guerra fez uma conferência de imprensa infeliz e nos dias seguintes a comunicação social foi invadida por novas "provas" dos muitos crimes de corrupção atribuídos a José Sócrates.
 
É evidente que o procurador não é responsável pelo que os jornais escrevem, mas a sua imagem não deixa de ser penalizada por estas coincidências, enquanto ele fala de indícios os jornais aparecem cheios de provas. Ou Amadeu Guerra chega a julgamento com muitos sacos dessas provas ou ainda vamos ter de propor que os jornalistas passem a procurador e que o procurador seja despromovido a jornalista.

 Dúvida

Alguém sabe o que é feito do Califa de Massamá? Desapareceu quando perdeu a esperança de sentir a sensação agradável da sanção.

      
 Quem financia a mesquita de Lisboa
   
«Manuel Valls também considerou, numa entrevista ao jornal Le Monde, “um fracasso” que um dos homens que atacou uma igreja e matou um padre no início desta semana estivesse em prisão domiciliária com pulseira eletrónica antes de perpetrar o ataque.

“Isto deve levar os magistrados a ter uma abordagem diferente, caso a caso, tendo em conta as práticas de dissimulação bastante fortes dos ‘jihadistas'”, disse Valls.

Um dos autores deste ataque foi indiciado em março de 2015 por ligações a uma organização terrorista e esteve a cumprir uma pena em prisão domiciliária monitorizada eletronicamente. Os dois morreram abatidos pela polícia depois de na terça-feira terem feito cinco reféns numa igreja da Normandia e matado um padre.» [Observador]
   
Parecer:

A mesquita de Lisboa foi construída com dinheiro da Arábia Saudita, um país há muito ligado ao extremismo islâmico. Será que continua a ser financiada a partid o estrangeiro, de um país onde outros cultos são quase impossíveis?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»
  
 Estes ainda chegam às bodas de diamante
   
«Jorge Nuno e Fernanda Pinto da Costa completaram esta quinta-feira quatros anos de casamento. O presidente do FC Porto, de 78 anos, e a primeira-dama dos dragões, que chegou recentemente aos 30, casaram-se a 28 de julho de 2012 em Touros, a terra natal de Fernanda, no Brasil.

A cerimónia íntima e discreta à qual foram só os familiares e amigos mais próximos, oficializou, pelo civil, a união de facto em que Jorge Nuno e Fernanda Pinto da Costa já viviam há cerca de três anos.» [DN]
   
Parecer:

E com uma catrefa de filhos. Enfim, o azul parece ser a cor que está a dar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Desde a última vez ue cá vim é a primeira vez que cá venho
   
«"É claro que me sinto satisfeito. Não é a primeira vez que a FourFourTwo me coloca entre os 10 melhores treinadores do mundo. O ano passado era 15.º, agora passei para 10.º. Cada vez mais a responsabilidade é maior"» [DN]
   
Parecer:

Este faz lembrar o velho Américo de Tomaz!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
 

sexta-feira, julho 29, 2016

Ir tranquilamente de férias

Se não fosse o facto de no MP ainda haver quem não vá de férias, recusando essa manifestação de gandulice nacional que é passar uns dias sem trabalhar, diria que vou de férias descansado pela primeira vez em muitos anos.

Podemos estar tranquilos porque o Presidente da República não vai convocar nenhuma conferência de imprensa dramática para a noite de sábado, deixando meio país a especular sobre o que de tão grave teria levado tal personagem a atrasar a ida para a Quinta da Coelha, já quando o espaço aéreo do luxuoso condomínio estava fechado para tranquilidade da distinta família mais a ladroagme que mora á volta.

Como já está tudo falido não é de esperar que no domingo o senhor Costa não se lembre de convocar uma conferência de imprensa noturna para nos informar que vamos ter de pagar mais uns milhares de milhões por conta das asneiras de um daqueles famosos banqueiros que em tempos deslumbravam meio mundo e quendo se sentiram à rasca se juntaram à Judite Sousa para levar os portugueses a pagarem-lhes os prejuízos.
 
Podemos estar descansados porque durante o mês de agosto não nos vão cortar as pensões, mandar para a requalificação, aumentar o horário de trabalho, cortar no vencimento, aumentar a TSU ou os impostos ou, quem sabe, decretar o regresso da escravatura.

Depois de muitos anos a aturar doentes mentais podemos partir de férias com alguma tranquilidade, a geringonça funciona melhor dos o Paf, o Marcelo fez esquecer um Cavaco que caiu no ridículo de convocar uma homenagem pensado que fazia sombra a esse imenso carvalho que há muitos anos que não o deixa ver o sol.

  
Hoje sabemos dar valor a coisas simples, como ir tranquilamente de férias.

Umas no cravo e outrfas na ferradura



  
 Jumento do dia
    
Amadeu Guerra, diretor do
Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)

Fiquei impressionado com a entrevista do director do DCIAP, habituado à imagem dos gabinetes da justiça, cheios de dossiers e com funcionários sobrecarregados foi agradável ver o senhor procurador num luxuoso gabinete devidamente decorado com um tapete que muito provavelmente foi emprestado por um grande museu do Estado, uma prática antiga que julgava já ter acabado.

Fiquei também impressionado porque por aquelas bandas há quem trabalhe quando supostamente todos os portugueses estão em férias, como disse o senhor com ar de trabalhador incansável nem todos vão de férias, enfim, há uns mais preguiçosos do que outros.

E quanto à minha admiração pelo senhor a cereja em cima do bolo foi o tipo de soluções que defendeu para ser mais fácil produzir prova, numa justiça que tenta provar tudo com escutas e colocação dos segredos de justiça nos jornais há quem sugira métodos mais modernos, à semelhança desse modelo de justiça que é um exemplo para o mundo, parece que tudo seria mais fácil se a delação desse lugar a perdões. Enfim, ainda bem que quanto  métodos de produção de prova que permitem aos investigadores pouco fazerem para apurar a verdade a imaginação se fica por aí.

Quanto ao processo finalmente percebi o que se passa, em vez de produzir prova parece que se anda a provar a existência de indícios. Esperemos que os bombeiros não sigam o exemplo, senão em vez de atirarem a água para o fogo vão passar a atirá-la para o fumo.

Quanto ao fim da investigação do caso Marquês já se percebeu quanto será concluída, quando forem encontrados indícios que justifiquem os milhões que já forem gastos ou quando Sócrates morrer, mesmo que de velho. Ao fim de dois anos o mais alto responsável pela investigação fala apenas em indícios, como se num estado de direito alguém possa ser julgado ou condenado apenas com base em indícios!

«Quinze de setembro foi a data-limite fixada pela Procuradoria-Geral da República para ser emitido um despacho de acusação ao ex-primeiro-ministro José Sócrates no âmbito da Operação Marquês. Contudo, neste momento, ainda não é possível assegurar que esse prazo venha a ser cumprido, disse Amadeu Guerra, diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em entrevista à “SIC” na quarta-feira à noite.

“Vamos ver. Vamos aguardar até 15 de setembro. Ainda falta algum tempo. A data está fixada. Ninguém mais do que nós pretende dar o despacho final neste processo”, assumiu Amadeu Guerra.

Durante a entrevista, o diretor do DCIAP contestou a ideia que não haja indícios contra o José Sócrates e daí os sucessivos atrasos na acusação. “Os resultados dos tribunais superiores falam por si”, disse. Mais: há juízes que “confirmam a existência de indícios [de crime]”, explicou.» [Expresso]

 The DNA Journey




      
 Notícias frescas
   
«O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) descobriu na Operação Marquês mais transferências supostamente realizadas pelo Grupo Espírito Santo para Carlos Santos Silva, o alegado testa-de-ferro de José Sócrates, e tendo como intermediário Hélder Bataglia. São cerca de 3 milhões de euros que terão sido transferidos por conta de um contrato imobiliário que o DCIAP entende ter sido simulado em Angola mas que terão sido financiados pelo Banco Espírito Santo Angola (BESA).

Se somarmos o valor desta última movimentação realizada em 2011 às transferências já conhecidas (ver aqui e aqui) efetuadas entre 2007 e 2009, o total transferido por Hélder Bataglia para Carlos Santos Silva aumenta para 20,9 milhões de euros. Este valor, até por declarações ao Expresso do próprio Bataglia reforçadas por outras provas recolhidas pela equipa do procurador Rosário Teixeira, terá tido a mesma origem: a ES Enterprises — o ‘saco azul’ do GES — e o BESA, onde Bataglia era administrador.

Todas estas transferências, contudo, são explicadas pelo DCIAP como tratando-se de alegados pagamentos indevidos que o GES terá aceitado realizar de forma a obter decisões que lhe foram favoráveis a nível da gestão e dos investimentos e participações na PT. Como contrapartida, o grupo da família Espírito Santo terá alegadamente realizado transferências para José Sócrates, via Carlos Santos Silva.» [Observador]
   
Parecer:

Num dia o director do DCIAP deu uma entrevista que não convenceu ninguém, um dia depois surgem notícias frescas vindas da investigação do caso, com mais uma daquelas muitas provas que já foram divulgadas ao longo de dois anos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Nada de novo
   
«Pedro Passos Coelho revelou esta quinta-feira ter convidado António Costa para vice-primeiro-ministro logo a seguir às eleições legislativas, quando manteve conversações com o PS sobre a possibilidade de formar Governo. O convite foi feito um dia depois de Passos ir a Belém falar com Cavaco Silva, num encontro informal com o líder socialista, contou o presidente do PSD numa entrevista à revista “Sábado”. Passos disse que Paulo Portas concordou em deixar de ser o número dois do Governo para viabilizar uma solução governativa maioritária. No entanto, António Costa rejeitou o convite e alegou que não faria sentido somar o PS à coligação Portugal à Frente.

No que se refere ao caso Banif, cuja comissão de inquérito chegou ao fim com grande tensão entre o PS e o PSD, Passos Coelho reconheceu que a notícia da TVI dificultou a situação do banco. O líder do PSD defendeu, na mesma entrevista, que o “Banif de 2015 não era o de 2012” uma vez que estava com “resultados positivos” e considerou “curioso” o facto de ter sido o primeiro-ministro a divulgar a resolução do banco, em vez ser do governador do Banco de Portugal. Na sua opinião, devia ter sido feito o carve out do banco (uma solução semelhante à do Novo Banco), e que era a intenção do seu Governo.» [Observador]
   
Parecer:

Não era nada que não se soubesse, o próprio Portas chegou a anunciar que estava disposto a ceder o lugar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se da ideia de ver Antínio Costa a defender o despedimento de funcionários públicos.»

 Pobre Ti Costa
   
«A resposta do Fundo Monetário Internacional (FMI) aos problemas de Portugal desvalorizou a situação na banca, apesar de existirem já sinais da fragilidade dos bancos e da supervisão.

Os peritos que avaliaram a atuação do FMI no programa de ajuda a Portugal concluem que a principal falha do Fundo foi não ter insistido na necessidade de uma avaliação externa e independente feita por um organismo que não o Banco de Portugal à situação dos bancos portugueses. A reestruturação da banca ficou por fazer e isso resultou nos problemas que o setor agora vive, e contribuiu para os colapsos do Banco Espírito Santo e do Banif, já depois de concluído o programa da troika.

O painel independente, que conduziu várias entrevistas a técnicos do FMI e responsáveis portugueses, admite até que o impacto das resoluções do BES e do Banif poderia ter sido mitigado ou mesmo evitado, com uma intervenção mais dura do Fundo junto das autoridades portuguesas, em particular do Banco de Portugal, que se terá oposto de forma expressa a uma avaliação independente aos balanços dos bancos nacionais. Em contrapartida, a limpeza na banca portuguesa poderia ter aumentado as necessidades de financiamento a Portugal ou mesmo conduzido a um segundo programa.» [Observador]
   
Parecer:

Enfim, toda a gente sabia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor qCosta quando é que se demite.»

 O FMI enganou-se
   
«O Fundo Monetário Internacional (FMI) aterrou em Portugal em 2011, para desenhar o programa de resgate, trazendo no bolso vários anos de diagnósticos errados dos principais problemas da economia nacional. Foi esta quinta-feira divulgado um vasto relatório, encomendado pelo FMI, em que vários especialistas fazem uma análise independente da forma como o FMI interveio na Grécia, Irlanda e Portugal e recomendam algumas “lições para o futuro“.

As mais de 100 páginas da secção portuguesa estão assinadas pelos economistas Martin Eichenbaum, Sérgio Rebelo e Carlos de Resende. Uma das principais componentes do trabalho foi analisar os relatórios anuais (Artigo IV) do FMI sobre Portugal. Na opinião dos economistas, os relatórios feitos sobre Portugal no início da década identificavam corretamente os principais riscos para o país: “Um abrandamento do crescimento, aumento dos desequilíbrios macroeconómicos, riscos crescentes no setor financeiro, necessidade de consolidação orçamental e, com menor ênfase, questões relacionadas com a competitividade e crescimento de médio prazo”.

Caso as autoridades tivessem seguido as recomendações que constavam nesses relatórios, a dívida pública e a dependência externa seriam bem menores quando a tempestade grega emergiu. Aí, Portugal estaria menos vulnerável à interrupção súbita de capitais”.» [Observador]
   
Parecer:

Enganou-se ou fez o frete a Passos Coelho?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se a relação da direita portuguesa com os técnicos do FMI, da Comissão e do BCE.»
  

quinta-feira, julho 28, 2016

O que é feito dos "Panamá Tretas"?

Alguém se lembra do Panamá Papers? Certamente que sim, muito menos dos que na ocasião se interessaram pelo tema e muito menos dos que ainda se lembram do Swissleaks, ainda que quando surgiram os primeiros alguém tenha vindo a público garantir que o fisco não se tinha esquecido dos outros. Quando o caso estalou o então diligente secretário de estado dos assuntos fiscais apressou-se a dar “instruções à administração tributária para ter acesso imediato aos 611 nomes de pessoas ligadas a Portugal e que constam de uma lista com contas bancárias na Suíça. O banco HSBC terá ajudado clientes de todo o mundo a esconder do fisco de mais de 180 mil milhões de euros, revelou a investigação Swissleaks.”

O que é certo é que os resultados de todo o alarido do Swissleaks foi o que se viu, um zero absoluto, ainda entreteve o voyeurismo nacional quando se “apanhou” uma inspectora de Finanças (IGF) com uma conta choruda mas esgotada a má língua tudo ficou em águas de bacalhau.

Com o caso Panamá Papers o espectáculo foi bem maior, tudo começou com jornalistas a explicarem com ar muito ´serio que tinham sido os eleitos para aceder aos grandes segredos, que até tinham recebido formação para trabalhar nas bases de dados da informação. Era à TVI e ao Expresso que cabia a representação nacional e o país ficou suspenso, prometiam-se grandes revelações.

Mas tudo tinha que ser feito a conta-gotas porque antes de divulgar tinha que se estudar bem os processos pois nem tudo é ilegal. Entretanto, algumas personalidades já caídas em desgraça iam vendo os seus nomes a alimentar a vendas do Expresso. Foi o caso, por exemplo, do dono da Bial e do actual bombo da festa nacional, Ricardo Salgado. Entretanto ia-se aguçando a vontade de comprar o Expresso da próxima semana, sugerindo-se novas revelações.


A verdade é que o país foi enganado pelos distintos jornalistas do Expresso e da TVI e hoje já ninguém se lembra de absolutamente nada. O caso Panamá Papers não foi mais do que um Panamá Tretas e aqueles órgãos de comunicação social limitaram-se a gerir o caso em favor das suas audiências, algo importante para assegurar os seus vencimentos e prémios de desempenho. E da mesma forma que o caso foi lançado acabou por ser bem abafado e hoje ninguém sabe se a montanha pariu um rato ou se os nossos corajosos jornalistas apanharam quem não deviam apanhar.

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho

Ele justificou as sanções com a política da geringonça, ele disse que telefonou ao presidente da Comissão para meter uma cunha, ele disse que António Costa não tinha influência na Europa, ele acusou o Governo de cinismo por nada fazer contra as sanções, ele ficou todo excitado quando as sanções já eram dadas como certas e voltou a dizer que eram os governos europeus que não confiavam no governo português.
 
Agora que  a Comissão propôs que não fossem aplicadas sanções ele ficou calado.

 Um esclarecimento ao senhor da CAP

Informamos o senhor da CAP, um apoiante incondicional dos partidos pafiosos que o governo não precisa de consultar a CAP antes de tomar decisões que resultam da obrigação de cumprir acórdãos do Tribunal Constitucional. Informa-se ainda que o governo da República responde perante o parlamento e que não deve obediência ao representante dos latifundiários do sector dos cereais. 

      
 E as sanções pariram um rato
   
«A redução do défice de Portugal exige medidas adicionais num valor de 450 milhões de euros, segundo a Comissão Europeia. No documento de Bruxelas divulgado esta quarta-feira após a reunião do colégio de comissários, o executivo comunitário frisa que essas medidas equivalem a 0,25% do produto interno bruto (PIB).

“Para alcançar os objetivos orçamentais implícitos no caminho de ajustamento proposto serão necessárias medidas de consolidação adicionais com impacto estimado de 0,25% do PIB em 2016”, refere o documento.

Entre as medidas possíveis, a Comissão Europeia propõe a limitação do uso generalizado das taxas reduzidas do IVA, o que na prática se traduz num aumento dos impostos cobrados pelo Estado. Recomenda ainda que Portugal utilize “os ganhos inesperados para acelerar a redução do défice e da dívida”, “melhore a arrecadação de receita e o controlo da despesa” e acelere as reformas estruturais.» [Expresso]
   
Parecer:

Passos Coelho está mesmo em maré do azar,
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Deve ter sido uma cunha da Maria Luís
   
«O ministro das Finanças alemão interveio pessoalmente na decisão tomada esta quarta-feira pelo Colégio de Comissários sobre as (não) sanções a Portugal e Espanha. Segundo o jornal alemão Handelsblatt, Wolfgang Schäuble telefonou a vários comissários para os persuadir de que não seria bom aplicar sanções financeiras aos dois países.

A informação, avançada pelo jornal alemão, cita “diplomatas europeus com posições elevadas”. Talvez por influência destes telefonemas, a maioria dos comissários votou pela decisão que foi tomada, isto é, cancelar a aplicação de eventuais sanções. Apenas quatro comissários votaram favoravelmente à aplicação de sanções.» [Observador]
   
Parecer:

Até tu Wolfgang,,,
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  

quarta-feira, julho 27, 2016

A estabilidade segundo o Senhor Saraiva

O senhor Saraiva da CIP foi ontem a Belém para defender junto de Marcelo Rebelo de Sousa a estabilidade legislativa, fiscal e política, de caminha ainda fez umas queixinhas em relação ao Bloco de Esquerda, talvez na esperança de que o presidente dê uns açoites nas nalgas da Catarina Martins logo que surja oportunidade.
  
Mas desiludam-se os que esperam que venha discordar do Senhor Saraiva, excepto no que se refere às nalgas da Catarina, não porque as ditas não mereçam umas palmadas, mas porque os bicos de papagaio já não ajudam muito nestas tarefas, principalmente se as nalgas ficam num rés-do-chão.. O facto é que concordo com o Senhor Saraiva e junto a minha à sua voz na defesa da estabilidade.

Concordo com a defesa da estabilidade legislativa e junto-me ao Senhor Saraiva na defesa de política que respeitam a lei fundamental, a Constituição. Junto a minha voz à do Senhor Saraiva quando ele ia a Belém queixar-se a Cavaco Silva da instabilidade legislativa com sucessivas medidas de política económica a serem chumbadas por violarem a Constituição.

Junto a minha à voz do Senhor Saraiva quando ele defendeu a estabilidade fiscal opondo-se a sucessivos aumentos de impostos no rendimento do trabalho e reduções nos impostos sobe o rendimento das empresas. Aliás, o Senhor Saraiva nunca pede reduções de impostos sobre as empresas, como o fez aquando da tentativa de aumento da TSU soe o trabalho, porque é um líder na defesa da estabilidade fiscal.

Alinho com o Senhor Saraiva quando defende a estabilidade política, quando defende que os governos devem emanar de maiorias parlamentares e não de vitórias de Pirro. Aliás, concordo com o Senhor Saraiva quando ele defende uma estabilidade política que resulta da estabilidade social, de emprego estável, de contratos de trabalho que são respeitados, de um modelo social que não assente numa escravatura disfarçada.
  
Nestes últimos anos o Senhor Saraiva foi um campeão da estabilidade que agora defende, nunca se meteu na política, nunca defendeu sucessivas reformas laborais em favor dos empregadores, nunca defendeu sucessivas reduções fiscais em favor das empresas. O problema é que este Senhor Saraiva tem um estranho conceito de estabilidade, mudar tudo todos os dias em defesa dos patrões é estabilidade, defender os direitos e a dignidade de quem trabalha é instabilidade, para ele a estabilidade é medida na conta de lucros e perdas da sua empresa ou nos dividendos que recebe.

Vá à bardamerda Senhor Saraiva!

Umas no cravo e outras na ferradura



   A mentira do dia


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O Jumento está em condições de garantir que Lionel Messi está a caminho do SCP e o jogador argentino está tão feliz com a possibilidade de trabalhar com o melhor treinador do mundo que já veio à Caparica, à cabeleireira que prepara a cabeça de Jorge Jesus, para adequar a cor do seu caelo às complexas ideias do seu novo treinador.
  
 Jumento do dia
    
Fernando Ulrich

Houve um tempo em que Fernando Ulrich falava como se fosse um ser superior, agora anda de conferência em conferência anunciando prejuízos e despedimentos.

«Fernando Ulrich, presidente do BPI, revelou hoje que a posição de balanço destas obrigações PT/Oi está fixada nos 23 milhões de euros, pelo que a entidade aplicou um 'hair cut' de 85%.

Ainda assim, Ulrich disse que a equipa de gestão do BPI tem "esperança" que seja possível recuperar um valor superior com estes títulos de dívida do Grupo Oi devido ao processo de recuperação judicial da operadora brasileira.

"Os títulos que nós temos vencem em março do próximo ano", especificou o gestor durante a conferência de imprensa de apresentação das contas semestrais do BPI.

Após impostos, as imparidades registadas com estas obrigações ascendem a 14,2 milhões de euros.» [Notícias ao Minuto

 Portugalidade?

A ordem pela qual os partidos foram recebidos por Marcelo Rebelo de Sousa foi segundo a dimensão do seu grupo parlamentark, começou pelo mais pequeno, o PAN, e acabou com o PSD. Quando recebeu os parceiros sociais Marcelo começou pela CGTP, será que o presidente considera esta organização a mais pequena de entre os parceiros sociais?

      
 Portugalidade?
   
«A aprovação do projecto para a renovação do Jardim da Praça do Império que exclui a manutenção dos brasões coloniais já originou uma petição. ‘Preservar a Praça do Império é defender a Portugalidade’ surgiu na passada sexta-feira e já reuniu mais de 900 assinaturas, as suficientes para concretizar o objectivo: chegar à Assembleia Municipal de Lisboa.

A iniciativa partiu de Rafael Pinto Borges, do grupo Nova Portugalidade, formado recentemente. “Temos de parar o processo de remoção da Praça do Império”, afirma Rafael Pinto Borges. O autor da petição, que junta figuras como o presidente da junta de Belém, Fernando Rosas, o deputado Filipe Anacoreta Correia ou o ex-presidente da câmara João Soares, defende que não é “justificado” um argumento estético ou histórico pela câmara municipal. De acordo com Rafael Pinto Borges, o processo mostra uma "má vontade histórica e ideológica".» [Público]
   
Parecer:

Associar portugalidade com colonialismo é achar que Portugal só existe desde o tempo colonial, bem posterior às descobertas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Multa?
   
«Enttre os Comissários, há ainda quem argumente que a multa deve ser anulada, permitindo que Portugal e Espanha escapem a qualquer pagamento por terem derrapado nas contas públicas em 2015. Ao que o Expresso apurou junto de fontes comunitárias é esta a posição do Comissário Pierre Moscovici, defendida ontem na reunião dos chefes de gabinete.

No entanto, nem todos estão de acordo. Vários comissários não querem abrir o precedente da multa “zero”, que possa ser invocado por outros países incumpridores no futuro. Em cima da mesa, está agora a possibilidade de aplicar a Portugal e a Espanha uma multa entre 0,01% e 0,02% do PIB. No caso português seria o equivalente a uma fatura entre os 18 e os 36 milhões de euros.» [Expresso]
   
Parecer:

A multa é uma treta, serve apenas para penalizar a imagem externa do país.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  

terça-feira, julho 26, 2016

A nervoseira da execução orçamental


Nunca a execução orçamental justificou tanta ansiedade e cada dia 25 do mês parece que o país político e jornalista para como se estivesse à beira de mais um dérbi decisivo entre a equipa do JJ e o SLB. A execução orçamental é escrutinada no seu mais pequeno pormenor, já não basta que se cumpram as metas do défice, analisam-se as receitas fiscais em pormenor, se estão em linha com o previsto vai-se ver se alguma coisa correu menos bem, se nada puder servir de crítica analisam-se as tendências.
  
O princípio seguido por alguns analistas é sempre o mesmo: “ao mau cagador até as calças empatam!”, nada está bem, a desgraça vem aí. Desta vez todos esperavam uma pequena desgraça, este governo teve de absorver o impacto do inflacionamento das retenções na fonte do IRS que geraram grandes devoluções aos contribuintes, bem como os reembolsos abusivos do IVA eu a Maria Luís mandou fazer com o intuito de enganar os eleitores com a famosa devolução da sobretaxas e que acabaram por ter de ser processados em 2016, para não penalizar o défice de 2015.
  
Mas, azar dos azares, a desgraça não aconteceu e o traste de Massamá ficou a falar sozinho. Passos Coelho aqueceu o ambiente, primeiro com a banca e depois com as sanções, foi ao conselho nacional do PSD anunciar a desgraça com um discurso político que teve o seu momento orgásmico na festa madeirense, muito provavelmente com as ponchas a servir de viagra ideológico. As coisas correram mal, a ressaca não foi das melhores e Passos teve de invocar motivos de saúde para justificar a ausência na audiência de Marcelo, ficando mudo perante a execução orçamental.
  
Compreende-se a importância política da execução orçamental, é desta que depende a solidariedade da direita europeia representada na Comissão e só uma desgraça orçamental que desencadeasse uma nova crise financeira poderia viabilizar o programa político de Passos Coelho. O programa da direita não depende apenas de resultados eleitorais, implica uma desgraça que permita a Passos governar à margem da lei.
 
Não admira que nada mais interessa à direita, tudo se joga no plano orçamental e a execução orçamental, a quem ninguém prestou atenção durante dezenas de anos, é agora o único documento que anima Passos Coelho e uma direita que aposta tudo num segundo resgate para governar contra a Constituição, contra a democracia e contra o próprio Marcelo.
 


Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do dia
    
Carlos Abreu Amorim, deputado do PSD

Carlos Amorim descobriu uma forma de distrair os portugueses, sugerindo que a culpa do que se passou no BANIF não é de uma Maria Luís que geriu o dossier durante dois anos, mas sim de um Centeno a quem caiu o "menino" nos braços e inventou um voto de protesto. Ridículo.

«A reunião da comissão de inquérito ao Banif, que decorreu esta segunda-feira, previa apenas a apresentação do relatório preliminar sobre o apuramento de responsabilidades. Mas arrancou logo com um caso: o PSD fez uma interpelação à mesa para revelar que o ministro das Finanças, Mário Centeno, se recusou a entregar documentação pedida pela Comissão com base em argumentos que os sociais-democratas consideram inaceitáveis. E o PSD quer que essa falha de colaboração fique bem clara no relatório final, num voto de protesto.

Em causa estão quatro anexos a um email enviado por Ricardo Mourinho Felix, secretário de Estado do Tesouro para Gert Jan Koopman, da direcção-geral de Concorrência europeia, a 11 de dezembro de 2015.

Perante o pedido da comissão parlamentar de inquérito, o Ministério das Finanças recusou o envio da informação e fundamentou que corresponde apenas a “versões de trabalho ainda preliminares”, que foram “sofrendo alterações nos dias seguintes”. Além disso, contém “elementos confidenciais” e parte dessa documentação depende “de autorização” da direção-geral da Concorrência.» [Observador]

 Pokemon refugiado sírio

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 o Ministério do Trabalho está a dormir?

Há muito tempo que a página do IEFP é uma verdadeira vergonha, com ofertas de emprego que desrespeitam a dignidade dos portugueses, oferecendo salários próximos da escravatura. Já lá encontrei uma oferta para um gestor, a quem se exigia licenciatura, experiência, domínio de línguas incluindo o persa e ofereciam-se poucas dezenas de euros mais do que o salário mínimo.

Os responsáveis do MT devem estar a dormir.

      
 Pobre Saraiva
   
«O diretor de comunicação do Sporting, Nuno Saraiva, comentou os negócios do Benfica com o Atlético de Madrid numa publicação na rede social Facebook, questionando a compra da totalidade do passe do mexicano Raúl Jiménez e a venda de Gaitán.

"É espantoso. Há quem pague 22 milhões de euros por um suplente e ninguém se sobressalta, questiona ou acha estranho que, esta compra, fique a escassos 3 milhões abaixo do valor da venda do principal jogador da equipa", lançou.» [DN]
   
Parecer:

Deve ser difícil para um jornalista ver-se, a troco de dinheiro, transformado num ajudante do Octávio, acrescentando ao mundo da bola os golpes sujos da difamação na política. Afinal a sua contratação não veio mudar nada no mundo da comunicação desportiva, o jornalista é o suplente do Octávio.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Passos vai no bom caminho
   
«Se as eleições fossem hoje, o País não precisaria de um longo processo negocial para constituir Governo. De acordo com a sondagem CM/Aximage, PS e Bloco de Esquerda juntos conseguiriam 49% dos votos, o que poderia ser suficiente para alcançarem a maioria absoluta de deputados no Parlamento. Já a direita continua em queda: a ligeira subida do CDS (+0,7%) foi absorvida por um PSD em queda livre (recuou 1,6 pontos num mês). 

A boa notícia para o Executivo é conseguida à custa da subida do PS. O partido de António Costa reúne 39% das intenções de voto, quase mais sete pontos percentuais do que registou nas legislativas do ano passado. Já o Bloco de Esquerda mantém-se na casa dos 10% e a CDU cresce 0,1 pontos percentuais para 6,8%. Ou seja, BE e PS juntos conseguem quase metade dos votos, o que será suficiente para conseguirem os 116 mandatos que lhes dão a maioria absoluta. » [CM]
   
Parecer:

A estratégia de coitadinho do califa de Massamá não está a resultar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao pobre desgraçado que se demita e desampare a loja.»

 Brasil no seu melhor
   
«Os primeiros atletas portugueses a chegar ao Rio de Janeiro para competir nos Jogos Olímpicos depararam-se com vários problemas na Aldeia Olímpica, revelou o chefe da missão portuguesa, José Garcia, à edição eletrónica do jornal Expresso, e confirmou o DN junto do Comité Olímpico de Portugal.

Apartamentos sujos, falta de água, canalizações entupidas ou falhas no fornecimento do gás foram algumas das surpresas negativas encontradas pelos portugueses e que afetam também várias delegações de outros países, como a Austrália, que se recusou a entrar na Aldeia Olímpica por considerar "inabitáveis" os apartamentos.» [DN]
   
Parecer:

Lamentável.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  

segunda-feira, julho 25, 2016

Apliquem as sanções porra!

Se a direita governasse em Portugal seriam aplicadas sanções? É óbvio que não, ninguém se incomodou com o aumento da despesa pública em 2015, nem com a reversão das grandes reformas que constava do programa eleitoral pafioso, nem com a aceleração dessas reversões contida nas vinte medidas facilitadoras sugeridas pela direita ao PS para que este partido viabilizasse um governo minoritário.

Pela primeira vez na história da Europa a Comissão Europeia deixou-se envolver numa chicane político-partidária que começou com os apelos da direita portuguesa aos seus aliados europeus na tentativa desesperada de inviabilizar o governo do PS. Desde então que é evidente a sincronização de posições da direita com as da Comissão. Não é por acaso que a Comissão vem sugerir um plano B que há muito que a direita portuguesa tenta exibir como prova de que a política de austeridade é indispensável.
 
A pouca-vergonha chega ao ponto de Maria Luís Albuquerque exibir cartas a comissários europeus amigos onde supostamente mete uma cunha a favor de Portugal, mas onde deixa evidente a estratégia de Passos Coelho, se as sanções forem fundamentadas na política deste governo até as suporta, lembrando um famoso pedido de desculpas que fez quando apoiou algumas medidas de austeridade adoptadas por José Sócrates.
 
É óbvio que se as sanções visarem condenar este governo são ilegítimas, imorais e ilegais, nenhum Tribunal de Justiça Europeu as aprovaria, como também é óbvio que se a Comissão Europeia for implacável com Portugal por causa de um desvio orçamental de 0,2% fica sem qualquer margem para o futuro e qualquer país que venha a ultrapassar o limite dos 3% d défice ficará sujeito a sanções idênticas.

É ridículo que a Comissão alimente este debate por causa de 2% de défice, que ande a receber cartas com cunhas de líderes partidários ofendidos por terem ficado sem apoio parlamentar suficiente para viabilizar um governo e que tenha decidido desestabilizar um país com objectivos partidários, chegando-se ao ridículo desse meio-bilhete de comissário que é o ex-funcionário da Goldman Sachs, um tal Moedas que o falecido António Borges meteu no governo, vir para a TSF criticar o governo português.

É caso para dizer ao Moedas e a todos os que estão usando a Comissão Europeia que cumpram o Tratado Orçamental, que apliquem sanções porque o governo de Passos Coelho foi incapaz de controlar o défice porque tinha as costas quentes da direita da Comissão Europeia, apliquem a merda das sanções porra! Mas deixem de nos atazanar o juízo pois por cá temos coisas mais interessantes para pensar, como as dúvidas em relação ao regresso do João Mário ou os comentários do JJ sore as suas derrotas de pré-época!


Jumento do Dia

  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho, califa de Mssamá

O califa de Massamá foi à Madeira para dizer aquilo que sabemos desde o princípio, o de que concorda com as famosas sanções desde que eles sejam atribuídas à política deste governo. O que Passos diz é que o facto de não ter cumprido o défice é irrelevante e merece elogio, esse défice serviu apenas para que a direita europeia se vingue do país por tre rejeitado o seu governo.

Passos aina sonha com a possibilidade de serem aplicadas sanções ilegais, sanções que me vez de resultarem das consequências dos resultados do défice, se traduzam num castigo a um governo porque decide mudar as políticas. No seu extremismo Passos não percebe que isso seria uma ilegalidade grosseira pois não é o que consta do Tratado orçamental.

«O líder do PSD afirma que “não é por causa do que fizemos no passado que se fala em sanções. É porque muitos governos da Europa, hoje, têm dúvidas sobre aquilo que se está a passar em Portugal, sobre as reformas importantes que estão a ser revertidas, sobre a maneira como estamos a andar para trás em vez de andarmos para a frente”. Para Pedro Passos Coelho, a hipótese de o governo colocar a Comissão Europeia em tribunal mostra que temos “um governo que não só não assume as responsabilidades como anda sempre à procura de um bode expiatório para lavar as mãos daquilo que é a consequência das opções que tomaram”.

“Se se aliaram ao BE e ao PCP para afastar os investidores, não têm agora de se queixar da falta de investimento e da falta da criação de postos de trabalho”, afirmou Passos Coelho num discurso na festa de verão do PSD na Madeira, no Chão da Lagoa, este domingo.

Pedro Passos Coelho acrescentou que “apesar de no país as coisas estarem a correr mal, que estão, apesar de o governo não fazer o que devia simplesmente porque não quer assumir as dores com os comunistas e os bloquistas daquilo que é preciso fazer, defenderemos Portugal até ao fim”.» [Observador]

domingo, julho 24, 2016

Jumento do Dia

 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Cavaco Silva regressou e mostrou que por mais vezes que regresse volta sempre igual a si próprio, a ladainha é sempre a mesma, um auto-elogio e mesmo quando agradece aos que o ajudaram é é para dizer que fez muito. Desta vez regressou para enunciar toda a sua obra, mas, talvez pela sua idade, esqueceu-se de muita coisa.

Esqueceu-se de muitos amigos que os portugueses não esquecem, é o caso de Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Durão Barroso ou Duarte Lima. Falou muito das suas privatizações e lutas contra o "comunismo", mas esqueceu aquele que durante muitos anos foi a sua grande bandeira, a privatização da banca, talvez porque hoje não existe nenhum dos bancos que nasceram com as privatizações.

Só é pena que a data escolhida para estes amigos o homenagearem tenha sido a mesma em que Mário Soares é homenageado. Talvez por isso o homenageado pelos amigos tenha referido a importância das épocas que esteve no governo e na Presidência, como se a ele dse devesse a integração de Portugal na CEE, a queda do muro de Berlim, ou o que quer que seja com dignidade histórica. Enfim, Cavaco despede-se da política sob o signo da dor de corno.

Como era de esperar Cavaco não esteve presente na homenagem a Mário Soares, igual a si próprio ignorou o convite e fez-se homenagear a si próprio no mesmo dia. Enfiom, Cavaco faltou à homenagem em São Bento, ficou-se pela homenagem dos seus simbólicamente realizado num espaço de antigas cavalariças. Quem pequenino nsce tarde ou nunca consegue crescer. Cavaco já morreu para a política, que descanse em paz no seu condomínio de luxo conseguido com modestos vencimentos e pensões.

sábado, julho 23, 2016

As excitações do califa de Massamá

Houve um tempo em que a defesa de Paulo Portas e Passos Coelho contra os maus indicadores económicos consistia em acusar a oposição de desejar mal ao país. Seguindo um velho valor ideológico de que a direita só quer bem ao país, enquanto a esquerda demoníaca só lhe deseja a desgraça, ninguém podia apontar para as consequências de uma política que deu e continua a dar maus resultados.
 
Passos Coelho adoptou uma estratégia de oposição que roça o ridículo, anda por aí exibindo a bandeirinha, armado em primeiro-ministro roubado, e só reaparece quando lhe cheira a desgraça. Apareceu para apelar à direita europeia que se opusesse ao novo governo, reapareceu para sugerir e exigir um plano B, voltou a aparecer quando se começou a falar de sanções e aparece novamente porque espera uma desgraça na banca.
 
Passos Coelho aparece cinicamente a apelar à desgraça, tentando descredibilizar o país junto dos mercados financeiros e das instituições europeias, apela sistematicamente a entidades estrangeiras para penalizarem o país. Quando Passos Coelho aparece, na sequência de uma posição do FMI sobre as bancas portuguesas e italiana, o que o califa de Massamá está fazendo não é criticar o governo, está dizendo ao mundo que a banca portuguesa está mesmo à beira da falência.

Há uns dias atrás o califa dizia que a CGD precisava de pouco dinheiro, agora que percebeu que precisa de muito mais lança o descrédito sobre o banco mas culpa o governo. Já o tinha feito com as sanções e com todos os dossiers em que as consequências da sua governação ficam evidenciados. Passos trava uma jihad contra o actual governo e não lhe basta chegar ao poder, quer fazê-lo novamente numa situação de excepção que crie condições para voltar a implementar o seu projecto fundamentalista.
 

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Maria Luís Albuquerque

Depois de andar tanto tempo a gabar-se da saída limpa, do regresso aos mercados, do pagamento anrtecipado da dívida e dos cofres cheios eis que a ministra do défice acima dos 3% revelou a fórmula mágica do seu milagre, afinal Portugal pode ir aos mercado graças à acção do BCE, acção contra a qual sempre se manifestou ao lado do seu califa de Massamá.
 
Esta extremista sempre se opôs à intervenção do BCE, mas na hora de se gabar dos seus sucessos escondeu que os mesmos não passavam da consequência de um tipo de intervenção de que discordou no passado. Agora que é preciso desvalorizar o trabalho do actual governo esta senhor já sabe do papel do BCE. Enfim, mais cinismo é impossível.

«Portugal não se pode queixar de falta de solidariedade da UE, afirmou esta quinta-feira a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, pois "se não fosse o Banco Central Europeu não tínhamos financiamento".

"Em 2011 foi o FMI e instituições europeias que evitaram a bancarrota de Portugal", que "beneficiou muito com a UE e ainda agora beneficia", garantiu a vice-presidente do PSD no debate a quatro, moderado pelo jornalista Paulo Baldaia, que se seguiu à intervenção do Presidente da República na abertura da conferência do DN sobre o Futuro da Europa.» [DN]

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