sábado, julho 16, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura


   
 Jumento do dia
    
Duarte Marques, deputado

É natural que o PSD saia em defesa de Durão Barroso, não só é um dos seus mas também o maior símbolo do PSD de hoje, um político ambicioso e sem escrúpulos, alguém sem grande dimensão intelectual mas que se safa graças á arte dos pequenos golpes. Até  a escolha de quem deveria vior a público defender Barroso diz tudo sobre este partido e o seu ex-líder.

«As críticas à decisão de Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia (CE), de aceitar o convite para chairman do Goldman Sachs (GS) não baixaram de tom. Pelo contrário. Desta vez, foi o Presidente da República francês, François Hollande, que definiu como "moralmente inaceitável" a transferência, apesar de já ter sido cumprido e ultrapassado o período de “nojo” de 18 meses a que os membros da CE estão sujeitos.

"Juridicamente é possível, mas moralmente é inaceitável", considerou, recordando que Barroso foi presidente da CE durante o período em que se deu a crise do mercado imobiliário subprime, na qual o maior banco de investimento do mundo, o GS, foi "uma das entidades principais". O presidente francês, que estará de visita a Portugal a partir de 19 de Julho, falava numa entrevista televisiva transmitida no âmbito das comemorações do dia nacional de França.

Apesar de o tema se ter mantido, ao longo da semana, nas mais importantes publicações internacionais – do Libération ao Wall Street Journal – foi a declaração de Hollande que tirou o PSD do sério. O deputado Duarte Marques reagiu violentamente. Num texto enviado ao PÚBLICO escreve: “Era o que mais faltava: Portugal ou um português receber lições de moral de França ou de Hollande. Sobretudo sabendo nós que os governantes franceses são, na Europa, os que menos restrições têm na passagem do sector público para o privado e vice-versa.” E acrescenta: “Com este ataque a Durão Barroso, provavelmente Hollande não quis ficar atrás de Marine Le Pen. Em vez de combater a Frente Nacional, o presidente francês faz de 'eco' do discurso da líder da xenofobia francesa.” » [Público]

 É urgente eliminar o DAESH e os seus militantes

Há muito que o DAESH mata e no princípio, como matava sírios, até era apoiado pois tudo o que fosse atacar Assad era bom, depois começou a matar europeus e o Ocidente insistiu em ignorá-lo e continuou a apoiar quem atacasse Assad, a França ainda se aproximou da Rússia mas depressa voltou à velha estratégia segundo a qual os inimigos dos nossos inimigos nossos amigos são.

Agora é tarde para mais muitas dezenas de franceses, a França está cheia de apoiantes do DAESH que hoje são muçulmanos moderados e amanhã são terroristas ou têm um filho de que se diz radicalizado. Isto significa que não é só na Síria que há uma guerra civil, também na França começa a ser evidente que existe uma guerra civil.

Isto significa que ou o DAESH é rapidamente eliminado ou os seus militantes trarão para a Europa a guerra que estão perdendo contra os curdos, os russos e os regimes do Iraque e da Síria.. Os países árabes que hoje apoiam o terrorismo na Síria e Iraque e que se dizem aliados do Ocidente, serão os mesmos que apoiarão os terroristas a lançar a guerra na Europa. Primeiro financiaram as mesquitas, agora financiam o terrorismo.

 Caso Marquês

Quem conhece José Sócrates e não ainda não tenha tido buscas em casa que levante o braço. É para ajudar os procuradores e inspectores do fisco a alargar uma investigação que é cada vez mais um rastreio nacional.

           
 Outra vez o prato da mioleira
   
«O Presidente da República irá na próxima segunda-feira à tarde à Base Aérea n.º 6, Montijo, e voará num avião C-130H para demonstrar a confiança na Força Aérea e naquele tipo de aeronave, depois do acidente que vitimou três militares.

"Segunda-feira irei à Base Aérea do Montijo e terei oportunidade de saber o que entretanto terá sido indagado e dar uma palavra de confiança na Força Aérea, de confiança naquele tipo de aeronave. Eu próprio voarei num C-130 nesse dia", anunciou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, antes de entrar para a Igreja dos Jerónimos, Belém, onde decorreu uma missa de homenagem aos três militares que morreram segunda-feira vítimas de um acidente com um avião C-130H, da esquadra 501, na Base Aérea n.º 6, Montijo.

O Presidente da República destacou "o exemplo" dos três militares, um tenente-coronel, um capitão e um sargento, que "foi muito impressionante" ao "terem mostrado o que é a condição militar, que é estar ao serviço do país com risco da própria vida, em todos os momentos, mesmo em momentos de paz". Marcelo Rebelo de Sousa disse que, no dia de hoje, "o mais importante é a homenagem" aos três militares que morreram no "cumprimento do seu serviço", afirmando que "estão presentes na memória da Força Aérea, das Forças Armadas e do Comandante Supremo das Forças Armadas".» [Público]
   
Parecer:

Esta ideia de Marcelo faz lembrar Gomes da Silva, um ministro da agricultura de António Guterres, que comeu uma mioleira no Luxemburgo em plena crise das vacas loucas para mostrar que era seguro comer carne de vaca.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
 O que disse Cavaco Silva
   
«Foi um balde de água fria sobre o tom consensual em que decorria o segundo Conselho de Estado da era Marcelo Rebelo de Sousa. O ex-Presidente Cavaco Silva fez uma análise de cariz essencialmente técnico à conjuntura internacional – o tema da agenda da reunião de segunda-feira – em que, embora sem nunca se referir às sanções que Portugal arrisca por incumprimento do défice, acabou por sustentar a legitimidade da aplicação de penalizações.

Na sua intervenção, Cavaco Silva enumerou as regras europeias a que Portugal se submeteu, não apenas o Tratado Orçamental, que obriga a um défice estrutural de 3%, como sobretudo os programas de estabilidade com que se comprometeu perante Bruxelas, com previsões de défices ainda menores. O facto de ter sublinhado os compromissos assumidos e a importância das regras foi entendido por alguns conselheiros como uma legitimação das sanções que venham a ser aplicadas.

Certo é que o tema, que foi abordado por praticamente todos os conselheiros, acabou por não merecer uma única referência no comunicado final, que tem de ser aceite por unanimidade. No texto proposto pela Presidência, nem sequer surgiu qualquer referência ao assunto, evitando-se assim algum desconforto ou mesmo rejeição de parte do comunicado.» [Público]
   
Parecer:

Lobo Xavier parece estar muito ofendido porque supostamente Cavaco Silva não disse o que disseram que ele disse no Conselho de Estado. Mas a verdade é que Cavaco não terá dito nada de grave ou de novo, o Tratado Orçamental existe, foi uma bandeira de Passos Coelho e as suas regras são claras, como parece que Cavaco terá explicado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»