Passos Coelho adoptou uma estratégia de oposição que roça o ridículo, anda por aí exibindo a bandeirinha, armado em primeiro-ministro roubado, e só reaparece quando lhe cheira a desgraça. Apareceu para apelar à direita europeia que se opusesse ao novo governo, reapareceu para sugerir e exigir um plano B, voltou a aparecer quando se começou a falar de sanções e aparece novamente porque espera uma desgraça na banca.
Passos Coelho aparece cinicamente a apelar à desgraça, tentando descredibilizar o país junto dos mercados financeiros e das instituições europeias, apela sistematicamente a entidades estrangeiras para penalizarem o país. Quando Passos Coelho aparece, na sequência de uma posição do FMI sobre as bancas portuguesas e italiana, o que o califa de Massamá está fazendo não é criticar o governo, está dizendo ao mundo que a banca portuguesa está mesmo à beira da falência.
Há uns dias atrás o califa dizia que a CGD precisava de pouco dinheiro, agora que percebeu que precisa de muito mais lança o descrédito sobre o banco mas culpa o governo. Já o tinha feito com as sanções e com todos os dossiers em que as consequências da sua governação ficam evidenciados. Passos trava uma jihad contra o actual governo e não lhe basta chegar ao poder, quer fazê-lo novamente numa situação de excepção que crie condições para voltar a implementar o seu projecto fundamentalista.