quarta-feira, maio 31, 2017

A lição

O último ano e meio merece uma reflexão profunda, quer no plano político quer no da política económica. Pela primeira vez um governo formado e apoiado exclusivamente à esquerda adota uma política de austeridade conseguindo reduzir o défice a níveis históricos, conseguindo níveis surpreendentes de criação de emprego e de crescimento. Foi um ano e meio em que se derrubaram tabus e preconceitos e com sérios motivos para reavaliar algumas certezas no domínio da política económica.

É possível o Estado ser gerido com rigor e austeridade com diálogo e consenso, é possível conciliar austeridade com equidade, é possível adotar uma política de reequilíbrio das contas públicas sem comprometer o crescimento económico. Comparando o que este governo fez em ano e meio com o que se viu anteriormente é evidente que estamos perante uma política económica conduzida com competência, por oposição a uma política económica velhaca que em vez do progresso coletivo estava orientada para que uns enriquecessem à custa de outros.

Ainda há poucos meses Passos dizia que os investidores só confiavam na direita, um tabu defendido por uma direita imbecil, convencida de que os investidores só apostam em Portugal quando personagens como Cavaco, Passos, Marques Mendes, Durão Barroso e outras estão no governo. Um segundo tabu que foi derrubado é o de que a direita é mais competente e rigorosa do que a direita. 

Quando Passos ganhou a eleições o seu “progenitor” Miguel Relvas chegou a declarar que com a direita portuguesa no governo as agências de rating não tardariam a tirar a dívida portuguesa do “lixo”. Foi o que se viu, é com um governo de esquerda que a Comissão Europeia, de uma Europa maioritariamente governada pela direita, retirou Portugal do procedimento dos défices excessivos e apela às agências de rating para uma revisão urgente da notação atribuída à dívida portuguesa. O economista tantas vezes gozado pela direita portuguesa é hoje reconhecido como um candidato à presidência do Eurogrupo.

A economia cresceu, o país está confiante, os investidores internacionais voltam a olhar para o país, as exportações cresceram apesar das dificuldades em mercados como o de Angola, Venezuela e Brasil. Tanto a direita como a esquerda terão muito para aprender, terão muitos preconceitos e tabus para abandonar. A direita e os seus economistas terão de perceber que em economia não há verdades absolutas e que as suas escolas não são melhores do que as dos outros. A esquerda tem de aprender que os trabalhadores têm muito m ais a ganhar com crescimento económico e uma gestão rigorosa e competente do estado, do que com défices descontrolados e gloriosas lutas laborais.

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Passos Coelho

O povo ensina que quando não se sabe o que fazer fazem-se colheres de pau, mas Passos Coelho não é especialmente ditado e em vez de fazer colheres de pau, algoi que andou a fazer durante mais de um ano, decidiu armar-se no grande opositor, a sua nova pantomina, depois de o pantomineiro se ter espetado com o espetáculo do exilado.

Mas cada cavadela uma minhoca, sem ideias e sem saber como combater um governo com sucesso, Passos volta aos seus truques de discoteca e tira do bolso a estratégia do populismo, quer diminuir o número de deputados, proposta que fica bem a qualquer político sem escrúpulos e sem ideias novas. Como ele tem um grupo parlamentar que se recusa a fazer oposição, a naõ ser para tentar derrubar Mário Centeno, optando por uma presença parlamentar caracterizada pela gargalhada, esta proposta deve servir para proporcionar uns momentos de riso aos seus deputados.

Compreende-se, o líder de um partido cujo grupo parlamentar não serviu para o manter no poder e que vai para as reuniões só para rir só pode propor a redução de deputados.

«O PSD vai retomar nas jornadas parlamentares que arrancam esta terça-feira as suas propostas para a reforma do sistema político, que passam pela redução de deputados, consagração do voto preferencial e facilitação do voto em mobilidade.» [Público]

      
 Só um caminho na gestão da dívida
   
«O recente documento elaborado por vários apoiantes do Governo sobre a “sustentabilidade das dívidas externa e pública” não surpreende na medida em que corresponde ao habitual pragmatismo dos proponentes de soluções extremas quando passam a representar o poder. Dos discursos inflamados sobre a necessidade de dar lições aos especuladores ou sobre imposição (?) de haircuts aos credores privados passou-se a uma proposta bem mais contida onde a reestruturação, muito mais suave e não unilateral, se faz junto dos credores que já estiveram disponíveis para reestruturar a dívida no tempo do ministro Vítor Gaspar: os nossos parceiros europeus. É, ainda que expectável nas actuais circunstâncias, um progresso importante no sentido da razoabilidade e da possibilidade.

A questão de fundo, que preocupou os autores da proposta e que é, na verdade, uma questão essencial, é a do alívio do peso que a enorme dívida pública que acumulámos terá sobre o futuro das contas públicas e a economia em geral. Nesse sentido, a discussão tem-se centrado em aspectos laterais, ainda que, mais uma vez, pragmáticos, de alívio da pressão do serviço da dívida no curto prazo. É aqui que a discussão se tem centrado, mas este é, na minha perspectiva, um ângulo subsidiário do problema mais vasto e estrutural, que é o da sustentabilidade a prazo das contas públicas. Em última análise, é a percepção dos credores não oficiais sobre este tema que determinará a evolução das yields que exigirão para investir na dívida pública portuguesa e, consequentemente, o correspondente peso em cada orçamento de Estado. Note-se, porém, que cada sinal é importante: se se usar uma hipotética reestruturação para um alívio não sustentado no curto prazo que acomode mais despesa, estar-se-á, inevitavelmente a afectar o custo futuro da dívida para a República agravando o problema estrutural em vez de o aliviar ou resolver.

Será, neste contexto, finalmente consensual, que todo o esforço deverá ser colocado na redução dos juros que o mercado exige para investir na dívida pública nacional. Os últimos desenvolvimentos parecem favoráveis: bons dados quanto à dinâmica do produto e sinais positivos da Comissão Europeia quanto ao caminho das finanças públicas. Porém, muito mais importante, nos próximos tempos, será convencer as agências de rating - cujas notações são essenciais para a percepção de risco por parte dos investidores institucionais e, consequentemente, para o rendimento esperado que exigem - de que o risco inerente à detenção de títulos de dívida portuguesa diminuiu de forma “permanente”, melhorando a respectiva notação de risco.

Até agora tal não aconteceu e, pior ainda, os investidores internacionais têm vindo a diminuir o seu stock dívida pública portuguesa. Neste contexto, é crucial voltar a atrair um maior interesse dos investidores internacionais criando a percepção de potencial valorização (correspondendo a menores juros pagos pelo devedor). Este resultado implica que se generalize no mercado a expectativa de que a dívida pública Portuguesa apresenta uma dinâmica positiva. Quanto mais rapidamente se alcançar este consenso na comunidade de investidores, melhor, pelo que será altamente contraproducente que se tomem medidas que aqueles percepcionem como mera criação de condições para gastar mais hoje em detrimento da redução da dívida líquida hoje e no futuro.

Convém, finalmente, referir que uma melhor notação, estando em causa a passagem de notação especulativa para notação de investimento, aumentará por si só a procura pelos títulos portugueses, na medida em que alarga o universo de potenciais investidores. É por isso que todos os sinais que se derem daqui para a frente são tão importantes. A continuada redução do programa de compra de títulos portugueses pelo BCE e a perspectiva de uma melhoria de notação - que implica um caminho que supere, para melhor, as actuais expectativas das agências de rating, convém não esquecer - têm de condicionar também as opções que Portugal tome no curto prazo se queremos reduzir o peso dos juros: os investidores não são burros e percebem quando o fito é gastar mais mesmo que se diga o contrário e só nos concederão um alívio (por redução da rendibilidade exigida) se se convencerem de que estamos mesmo num caminho de sustentabilidade e progressiva redução do peso da dívida. Uma economia como a nossa, não beneficiará de nenhum alívio sustentado nos juros se não for claro que o peso da dívida no PIB vai, efectivamente, reduzir-se a cada ano. Aqui o esforço terá de ser prolongado e consistente, assegurando que Portugal seja visto como um relapso ocasional e não como um relapso recorrente, por via da criação continuada dos superavits primários adequados à redução permanente do peso da dívida. Os bons ventos de hoje não existirão para sempre e, parafraseando o primeiro-ministro, Portugal não pode voltar a falhar. » [Público]
   
Autor:

António Nogueira Leite.

      
 Até tu Moscovici
   
«O comissário europeu dos Assuntos Económicos considerou esta terça-feira que o desempenho económico de Portugal, que já resultou na saída do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), merece também uma avaliação mais positiva por parte das agências de notação financeira.

“Quando o desempenho macroeconómico melhora, e é esse o caso, e quando as finanças públicas estão mais em ordem, mesmo que subsistam problemas de dívida que não podem ser subestimados, então não será ilógico que aqueles que avaliam a economia portuguesa se deem conta de que os riscos não podem ser olhados hoje com os óculos de ontem, e que há boas razões de confiar mais em Portugal hoje, o que não era o caso no passado”, declarou Pierre Moscovici, perante a comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Ressalvando que “não cabe à Comissão Europeia falar diretamente com as agências de notação”, Moscovici, que respondia a uma questão do eurodeputado socialista Pedro Silva Pereira, sobre se Portugal poderia esperar uma subida do ‘rating’ após ter saído do PDE, disse que aproveitava a questão para passar a sua mensagem de que “o que se passa em Portugal merece ser olhado de forma positiva e os desenvolvimentos devem reforçar a confiança em Portugal”.» [Observador]
   
Parecer:

Quem não deverá gostar destas declarações é a iletrada Maria Luís, ainda recentemente concordou com a manutenção do rating em lixo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à iletrada.»
  
 Mais um azar para Passos Coelho
   
«A taxa de desemprego no mês de março atingiu o valor mais baixo dos últimos oito anos. O Presidente da República refere que os números confirmam o bom momento da economia portuguesa. Marcelo Rebelo de Sousa admite até que a descida da taxa de desemprego superou as expetativas. » [SIC]
   
Parecer:
O líder do PSD está mesmo com azar, tudo corre bem ao país, tudo lhe corre mal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 A brexita deu um tiro no pé
   
«A campanha para as legislativas britânicas de 8 de Junho não está a ser o passeio triunfal que Theresa May previa quando decidiu antecipar as eleições em busca da grande maioria que as sondagens antecipavam. Com a vantagem para os trabalhistas a emagrecer, a líder conservadora lançou na terça-feira um duríssimo ataque contra Jeremy Corbyn, acusando o rival de não estar minimamente preparado para negociar a saída do Reino Unido da União Europeia, a questão “fundamental e determinante” que o país enfrenta.

Desde Abril, quando surpreendeu todos com a decisão de avançar para eleições, que a primeira-ministra britânica e a sua equipa – entre eles o australiano Lynton Crosby, guru da estratégia eleitoral – tentam concentrar a campanha nos dois temas que lhe são mais favoráveis: o “Brexit” (que May promete concretizar sem reservas) e as dúvidas que pairam sobre as capacidades de liderança de Corbyn, deputado da ala socialista do Labour catapultado por um movimento de bases para a liderança do maior partido da oposição.» [Público]
   
Parecer:

Pobre senhora.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelas eleições.»

terça-feira, maio 30, 2017

Passos Coelho, o reformador (da treta)

Quando não sabe o que dizer e quer armar-se em líder da oposição, Passos Coelho recorre à lenga, lenga das reformas, passando a imagem de um político reformador contra a de uma geringonça e de um PS incapaz de promover. A imagem não poderia ser mais falsa e recorro a um artigo no Público para analisar o “ímpeto reformador” de Passos Coelho:

Dívida

A única proposta referida é a de pagar antecipadamente ao FMI algo de que este governo está tratando, ainda que com uma pequena diferença em relação ao passado. Quando antecipou esse pagamento o PSD enganou os mais descuidados dizendo que já estava pagando a dívida. O discurso deste governo é o de substituição da dívida evitando os juros elevados praticados pelo FMI.

Segurança Social

O anterior governo promoveu um corte linear das pensões a que chamou de reforma e teve de ser o Tribunal Constitucional a explicar a Passos Coelho que um corte de pensões não era uma reforma. Uma reforma da Segurança Social, a única de que há memória, foi a que foi feita no governo que antecedeu o de Passos Coelho.

Educação

A grande proposta de Passos é financiar o ensino privado com dinheiros públicos, algo que fez em agradecimento ao apoio que lhe foi dado na campanha eleitoral de 2011 pela associação dos colégios privados. Ao mesmo tempo que financiava turmas do setor privado com menos de 20 alunos obrigava as da escola pública a abarrotar as salas. A reforma de Passos era financiar a escola privada à custa da qualidade da pública. Quanto a universidades, investigação e requalificação profissional Passos nada reforma.

Recorde-se que antes de Passos houve um governo que avaliou profissionais, que modernizou instalações, que introduziu o ensino do inglês no ensino básico, que apostou na requalificação profissional, que investiu na universidade e na investigação.

Estado

Passos quase nada fez na reorganização do Estado, ao contrário do que prometeu deixou os institutos como estavam e não mexeu nas fundações, falando agora na centralização da gestão dos recursos privados. É bom recordar a Passos que o governo que o antecedeu reformou o sistema de avaliação dos funcionários, adotou medidas de reestruturação da gestão dos recursos humanos, centralizou as compras, para não referir as muitas medidas adotadas no âmbito do SIMPLEX.

Concorrência nos serviços

Passos parece defender reguladores fortes para assegurar a concorrência entre serviços. Viu-se o que os reguladores fortes fizeram na concorrência entre bancos ou nos preços da EDP, onde o amigo Catroga abichou um tacho e onde chegou a meter o marido ameaçador da Maria Luís Albuquerque. Quanto a reguladores estamos conversados.

Políticas de combate às desigualdades

Este item das reformas de Passos Coelho apenas serve para confirmar que ele está a gozar com os portugueses.

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Rui Moreira

É cada evz mais evidente que o negócio imobiliário da Selminho é tudo menos claro, razão para que a imagem de Rui Moreira se esteja a degradar. Mas o autarca limitou-se a processar o jornal Público, talvez por considerar que a mera abertura de um processo judicial funciona como água benta para a usa imagem.

Rui Moreira parece estar enganado e o Público volta ao tema, cercado cada vez mais o populista de direita que dirige a CM do Porto. Ainda por cima Rui Moreira está com azar, se o jornal fosse de Lisboa poderia dizer que alguns interesses estranhos teriam levado os jornalistas a um bordel, ou que há uma conspiração de mouros, mas o Público pertence à SONAE, um dos símbolos empresariais da cidade do Porto.

«O acordo firmado em 2014 entre a Câmara do Porto e a Selminho, imobiliária da família de Rui Moreira, teve por base um compromisso camarário de rever duas normas do Plano Director Municipal (PDM), alegadamente assumido pelo município em 2012, no mandato de Rui Rio, mas que nunca existiu. Este facto reforça as teses dos que afirmam ter havido, após a posse do presidente da câmara, uma alteração favorável à Selminho na posição do município sobre o litígio que mantinha com aquela empresa. Mas há quem aponte em sentido diverso.

Com uma origem semelhante a muitos outros que se arrastam nas câmaras e nos tribunais, o conflito que opõe, desde 2005, aquela imobiliária ao município do Porto prende-se com divergências sobre o que pode ou não ser construído num terreno da primeira. Em causa estão interpretações distintas do PDM. Neste caso, o diferendo nasceu do facto de a Selminho considerar que tem direito a construir o que era permitido quando comprou o terreno, em Julho de 2001. A autarquia, por seu lado, sempre entendeu que à data em que a empresa formalizou a intenção de construir, Novembro de 2005, o local já estava vedado à construção.

Adquirida por 30 mil contos (cerca de 150 mil euros) a um casal que lá residia há dezenas de anos e a registara por usucapião um mês antes, a propriedade, com 2260 m2, situa-se num terreno fortemente inclinado, sobranceiro ao Douro, mesmo ao lado da ponte da Arrábida e junto à Via Panorâmica Edgar Cardoso. Por baixo, em plena escarpa, encontra-se o condomínio Douro Foz, um empreendimento habitacional erguido em socalcos pela empresa Contacto [então pertencente ao grupo Sonae, proprietário do PUBLICO] numa altura em que PDM de 1993 não proibia a construção nas escarpas do Douro.» [Público]

segunda-feira, maio 29, 2017

Tadinho do Marques Mendes

Se recuarmos uns anos, não muitos, veremos a comunicação social da direita elogiando Vítor Gaspar porque tinha escrito um artigo para publicar no site do ministério das Finanças alemão. O ministro achou que devia premiar o seu pau mandado em Portugal e escolheu essa forma. Mais tarde, Wolfgang Schäuble achou que Maria Luís Albuquerque merecia idêntica distinção e montou uma encenação a que chamou seminário, juntou uns quantos funcionários do seu ministério e a Maria Luís lá falou para as máquinas fotográficas.

Gaspar que até era doutorado, herdeiro das virtudes da avó Prazeres, mulher com a sabedoria ruralista da Serra da Estrela, era o novo Salazarzinho das nossas finanças públicas, dele se dizia ter um grande futuro e até já havia quem garantisse que o papel de Passos Coelho era transitório. Mas as coisas correram mal, num momento de lucidez Gaspar percebeu que tinha falhado e fugiu.

Maria Luís Albuquerque era a mulher cheia de virtudes próprias de quem era filha do cabo da guarda de Cabora Bassa, falando com voz grossa passava a mensagem da grande economista. Passos, um grande admirador desta licenciada na Lusíada com alguns conhecimentos de swaps e outros produtos financeiros, chegou a vê-la com uma grande pasta na Comissão Europeia. Passos até mandou o Moedas para Bruxelas porque achou que um mero cargo de comissária europeia era pouca coisa para tão grande sumidade.

Agora temos o pobre Mário Centeno, foi gozado pelos cenários macroeconómicos, desde então que a direita adotou como estratégia a ridicularização do ministro das Finanças, na primeira vez que foi ao parlamento a notícia foi a de que Passos riu até às lágrimas. Durante um ano todas as medidas económicas do governo foram chumbadas por Passos, com a preciosa ajuda da Dra. Teodora.

Desde o salazarismo que a direita está convencida da sua superioridade técnica em matéria de economia, os seus economistas até olham de soslaio para todo o economista que seja de esquerda, consideram-nos gente mal habilitada e nem reconhecem qualquer valor às escolas onde andaram. E se frequentaram  Harvard, como sucede com Centeno, lá descobrem que a sua especialidade era um qualquer tema menos importante.

Ver um político como marques Mendes, que é um caso raro de equilíbrio entre dimensão física e dimensão intelectual, desvalorizar Centeno e insinuar que o ministro das Finanças se está a oferecer para presidente dói Eurogrupo só pode merecer uma gargalhada.

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Álvaro Amaro, um político muito corajoso

Este agitado autarca do PSD, que se destacou nos últimos meses por chamar a si a denúncia de favores governamentais com objetivos eleitorais, disse agora que ainda não há lei quadro, Até aui tudo bem, mas como Álvaro Amaro diz que é preciso ser muito corajoso para fazer esta denúncia, ficamos seriamente preocupados com a sua segurança. Talvez esse perigo seja a razão para nunca o ter dito no passado, quando o seu partido estava no poder.

«A Lei-Quadro da Descentralização "não existe, nem existirá com os decretos. Por isso eu exorto os meus colegas nos órgãos, exorto o meu partido, para que comunicando todos nós bem, possamos dizer alto e bom som, que esta é uma reforma que o país precisa - os números atestam isto -, é uma bandeira muito importante do partido, mas não podemos deixarmo-nos ir em cantos de sereia", alertou Álvaro Amaro, na Maia, durante a sua intervenção na Convenção Autárquicas Nacional.

Álvaro Amaro considera que o Governo não vai fazer esta reforma e avisou que até já leu que a reforma é para depois das eleições.

"Então se é para depois das eleições, minhas amigas e meus amigos, sejamos nós capazes de dizer que estamos naturalmente disponíveis para isto, mas exigimos a seriedade para tratar um assunto que é tão sério, que tem que ver com as crianças, com os mais vulneráveis, com o desenvolvimento dos concelhos, por um poder que é maior e responsável que é dado aos municípios, mas também às freguesias", defendeu.» [Notícias ao Minuto]

 "Amazing", escreveu o gringo labrego


      
 Movimento libertador ou movimento de gatunos
   
«Respondendo a perguntas da audiência durante um debate na conferência Horasis Global Meeting, que decorre até terça-feira em Cascais, perto de Lisboa, Rogério Zandamela acrescentou que "parte dessa dívida é da dívida não divulgada, que é um montante enorme".

O banqueiro central mostrou-se, no entanto, confiante na capacidade do país em ultrapassar a crise económica, orçamental e financeira em que está mergulhado, mas não escondeu que há muitos desafios pela frente.

"Somos um dos países mais abençoados do mundo [em termos de recursos naturais], mas precisamos de um modelo de desenvolvimento que melhore a vida das pessoas e também os indicadores económicos", argumentou o governador, considerando que as altas taxas de crescimento, na ordem dos 8% anuais, distorcem a realidade do país.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Ainda há quem leve a FRELIMO a sério? Estamos perante gente que pede dinheiro emprestado as escondidas e para ficarem com milhares de milhões de empréstimos internacionais.O mais engraçado é que o pau mandado do governador do banco central discursa como se nada disto sucedesse e o aumento da dívida tivesse resultado de grandes investimentos públicos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Denuncie-se a corrupção criminosa.»
  
 Agora prometem-se medalhas
   
«Marcelo Rebelo de Sousa, num jantar de gala da LPN, numa das dependências do Museu da Água da EPAL afirmou que a organização nascida no mesmo ano que o Chefe de Estado (1948) "está viva, atual e continua virada para o futuro".

O Presidente da República garantiu igualmente "uma digressão noturna, porventura, pela parte subterrânea do museu" para breve, antes de assegurar que via "galardoar com outra ordem" aquela organização de defesa do ambiente pela sua "natureza formativa e caráter educativo essencial", junto da "opinião pública, jovens e setores influentes".

"Algumas campanhas pedagógicas que percorreram, apaixonaram e entusiasmaram o país, foram um sucesso, foram adotadas por todos os portugueses", recordou Marcelo Rebelo de Sousa, exemplificando com o caso da proteção do lince ibérico, numa "visão humanista democrática", além do património ajudado a erguer pela LPN, designadamente os vários parques naturais de Portugal, "fruto de um conjunto de lutas da LPN e seus militantes".» [Notícias ao minuto]
   
Parecer:

É a primeira vez que um presidente além de distribuir medalhas, também distribuir promessas de entregas de medalhas, tem a sua graça, mas também tem o seu quê de ridículo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

domingo, maio 28, 2017

Semanada

Passos Coelho não foi tão desastrado quanto pareceu quando se armou em profeta do diabo, anunciando a sua visita ao país em setembro do ano passado. O diabo trocou-lhe as voltas e decidiu aparecer uns meses mais tarde, talvez influenciado pela visita papal. O problema é que o profeta não se enganou apenas no mês, mas também no destinatário de tão ilustre visita, em vez de vir trocar as voltas a António Costa, o mafarrico veio infernizar a vida de Passos Coelho, que já não sabe o que dizer aos portugueses para os convencer de que sem ele o país não tem salvação.

Enquanto Passos Coelho encarregou Aguiar- Branco de arranjar forma de ler os as mensagens de SMS de Mário Centeno, na esperança de se livrar dele, o seu amigo alemão terá dito que Mário Centeno é o Ronaldo do Ecofin. Quando se falou da hipótese de Centeno presidir ao Eurogrupo Passos tentou gozar, sugerindo que tinha sido uma notícia plantada nos jornais pelo governo. Agora engole mais esta humilhação.

Parece que Marcelo encontrou uma nova competência presidencial, divulgar as previsões económicas, pelo menos enquanto são boas notícias já que quando forem más ninguém vai ver Marcelo antecipá-las. E se agora tenta dizer que o sucesso da política económica é obra da Senhora de Fátima, recusando o mérito aos seus responsáveis, veremos se quando as coisas correrem mal o Presidente será tão generoso a distribuir o mérito pelas aldeias.

Marcelo respondeu com ironia à alcunha posta pelo ministro das Finanças alemão a Mário Centeno,. Pelos vistos já se esqueceu de quando achou que uma das funções presidenciais era ler as mensagens de SMS dos ministrios e sabe Deus de quem mais.

Umas no cravo e outras na ferrradura



 Jumento do Dia

   
Carlos Carreiras, um coelhista sem grande classe

Passos Coelho parece que quer que o seu enterro seja celebrado no dia das eleições autárquicas, entre muitas asneiras que já cometeu desde que deu início à pantominice ridícula do profeta do diabo, uma das maiores foi escolher o autarca de Cascais para coordenar a campanha autárquica.

O homem revela poucas qualidades inteletuais e quando fala parece mais um taberneiro do que um dirigente político.

«O coordenador autárquico nacional do PSD, Carlos Carreiras, disse este sábado, na Maia, que este partido está a fazer para as próximas eleições um processo “sério” e que a prova disso é que não foi “escorraçado por ninguém”, ao contrário do que aconteceu com o PS no Porto.

Carlos Carreiras, que falava na Maia, distrito do Porto, onde decorre esta tarde a Convenção Autárquica Nacional do PSD, começou por referir que os sociais-democratas têm a seu favor nas próximas eleições o facto de nesta disputa “quem ganha, governa”, para depois dizer que o partido “não foi escorraçado por ninguém”. Não referiu, contudo, qualquer outro partido ou caso particular que esteja a marcar a pré-campanha, como o caso da rutura entre Rui Moreira e o PS no Porto.

“Temos algo a nosso favor que é nas eleições autárquicas quem ganha, governa. Isto podia parecer uma coisa estranha mas como já tivemos oportunidade de ver não é assim tão estranho ou pelo menos não foi tão estranho há um ano atrás. Quem tem mais votos de facto governa e governa”, disse coordenador autárquico nacional do PSD.» [Observador]

sábado, maio 27, 2017

O diabo só veio em maio


Passos Coelho tinha toda a razão, o diabo estava mesmo para vir. Mas veio atrasado, em vez de vir em Setembro de 2016, para anunciar um segundo resgate em consequência da execução orçamental de Agosto, veio em Maio. Mas em vez de se apresentar em São Bento, parece que o diabo preferiu como alojamento local a sede do PSD, na São Caetano à Lapa.

Passos estava convencido de que por esta ocasião já era primeiro-ministro e que poderia voltar a governar com o chicote dos credores, ameaçando tudo e todos e fazendo gato sapato do Tribunal Constitucional. Um segundo resgate ou a ameaça disso permitir-lhe ia impor o “ajustamento” ao setor privado, leia-se um corte brutal dos rendimentos e dos direitos do trabalho, governando sem regras e sem limites.

Mas o diabo trocou-lhe as voltas e a sua vida é agora um inferno, poderíamos dizer que de certa forma que o diabo lhe fez a vontade, se queria um inferno então que fique com ele. E o Passos que pensava que com meia dúzia de jantares de lombo assados com as mulheres social-democratas chegaria ao poder, arrasta-se agora penosamente sem saber quando é que se livrará da via sacra a que se condenou no dia em que em vez de se demitir da liderança do PSD optou pela pantominice do primeiro-ministro no exílio.

Passos teve aquilo a que se designa como azar dos Távoras, previu que os investidores fugiam e eles aparecem, garantiu que votava no PS se tudo desse certo e deu, previa um défice acima dos 3% e o país é elogiado pela Comissão que o livra do procedimento dos défices excessivos, previu uma subida incomportável dos juros e fala-se de uma melhoria no rating da dívida portuguesa.

Como se tudo isto fosse pouco sujeita-se a ouvir Marcelo, o tal a que designou por cata-vento, atribuir-lhe o mérito pela saída do procedimento dos défices excessivos. Depois de tanta humilhação Marcelo dá-lhe um presente envenenado, elogia-o por aquilo que não fez, pelos resultados que condenou, pelo sucesso de um governo que considerou ilegítimo. Passos está comendo o pão que o diabo amassou, e, pior do que isso, o pão é-lhe levado à boca por Marcelo.
E ainda faltam não sei quantos meses para as autárquicas e mais dois anos para as legislativas, tanto tempo para que Passos se arraste, começou por se dispensar de fazer oposição e agora que a quer fazer não sabe como e com que argumentos. Queria que o diabo viesse e este fez-lhe a vontade.

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Carlos Alexandre, super juiz

Convenhamos que este modesto juiz, que não quer ser promovido, começa a ser demasiado famoso, a ser alvo de demasiados processos e a dar demasiado nas vistas. Pode-se dizer que sendo uma denúncia de alguém em prisão domiciliária há razões para desconfiar, mas com tanta gente a defender a delação premiada teremos de elogiar uma denúncia sem que implique qualquer retribuição. Como se costuma dizer, é tratar o cão com o pêlo do próprio

«É mais uma denúncia contra o juiz Carlos Alexandre, que levou a Procuradoria-Geral da República a abrir uma investigação. Desta vez, foi o antigo coordenador da Polícia Judiciária Carlos Dias Santos, detido em prisão domiciliária por ordem do juiz Carlos Alexandre no âmbito de um inquérito de corrupção, tráfico de droga e associação criminosa, que reencaminhou um denúncia contra o juiz por supostas escutas ilegais. Segunda avançam a Sábado e o Expresso, Dias Santos acusa o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal de alegadamente ter pedido uma escuta contra um candidato a uma Junta de Freguesia de Mação por suspeitas de tráfico de droga e até já depôs como testemunha num inquérito para apurar se as suspeitas sobre aquele magistrado têm algum fundamento.

O ex-coordenador da Polícia Judiciária (PJ), entretanto reformado, está em prisão domiciliária depois de ter sido formalmente acusado pelo Ministério Público (MP) de tráfico de droga agravado, associação criminosa com vista ao tráfico e corrupção passiva para prática de ato ilícito. Foi o juiz Carlos Alexandre quem ordenou a prisão de Dias Santos, após a respetiva promoção do MP.

O caso remonta a agosto do ano passado, quando foi aberto um processo-crime contra Carlos Alexandre na Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (única entidade judicial que pode investigar casos que envolvam juízes de primeira instância) na sequência de várias denúncias anónimas feitas ao longo dos últimos anos. Uma delas dizia respeito a um suposto assédio de Carlos Alexandre a uma advogada nas instalações do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, e outra dizia respeito a este caso de escuta ilegal relacionado com o ex-investigador da PJ Carlos Dias Santos. Segundo a revista Sábado, que contactou a advogada que teria sido vítima de assédio, a denúncia não tem fundamento. “Isso vem de gente sem escrúpulos e estão a usar-me para enlamear o nome do juiz”, disse. Já a denúncia sobre supostas escutas ilegais viria a ter mais continuidade.» [Observador]

 O labrego americano


 Ainda estão com vontade de rir?




      
 O que dirão os defensores dos mercados?
   
«Donald Trump terá acusado os alemães de serem “muito maus”, numa reunião em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, por causa dos “milhões de carros que vendem nos Estados Unidos”, prometendo arranjar forma de impedir que isso aconteça.

As declarações, que estão a ser avançadas pela revista alemã Der Spiegel, terão sido feitas durante a recente visita do Presidente dos Estados Unidos a Bruxelas.

Trump, segundo a revista, terá dito mesmo “os alemães são maus, muito maus”, justificando isso com o desequilíbrio comercial que os EUA têm com a Alemanha: “Olhem para os milhões de carros que vendem nos Estados Unidos. Terrível! Mas nós vamos parar com isso”, terá dito.» [Observador]
   
Parecer:

Grande besta!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Procurar lenha para se queimar
   
«O PS admite que a versão que apresentou para alterar o regime do alojamento local, fazendo depender o arrendamento a turistas da autorização dos vizinhos, não vai ser ainda a versão final da lei. O deputado socialista Carlos Pereira diz que “há abertura” para considerar propostas dos outros partidos e das associações do sector, mas afirma que esta mexida da lei não vai comprometer a criação de emprego na área.

“Não é por esta razão, o envolvimento dos vizinhos na decisão, que se vai comprometer a criação de emprego”, disse o deputado aos jornalistas durante as jornadas parlamentares do partido em Bragança.

A Associação de Alojamento Local de Portugal defendeu nesta quinta-feira que a medida proposta pelo PS poderia pôr em causa dez mil postos de trabalho. Além disso, a associação considera-a iconstitucional, por violar o direito de propriedade privada. O deputado socialista refuta essas duas acusações, dizendo que “o grupo parlamentar do PS não faz nem produz legislação para violar a Constituição. Isso era noutra altura e com outros partidos”.» [Público]
   
Parecer:

Parece que não percebem que estão a mexer num vespeiro, por mais que mudem a lei ficarão sempre metade das pessoas descontentes.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao deputado Carlos Pereira se não tem mais nada que fazer.=

sexta-feira, maio 26, 2017

Ironia marcelista

Foi lindo ver Marcelo agradecer publicamente a Passos Coelho pela saída do procedimento dos défices excessivos, só não entendi se o fazia com sinceridade, para salvar a honra do seu próprio partido ou se por ironia.

Sugiro a hipótese da ironia pois tenho muitas dúvidas de que Passos Coelho estivesse muito interessado nessa saída, quer como líder da oposição, quer se fosse ainda primeiro-ministro. Se os membros da Comissão Europeia tivessem a mesma opinião de Passos e Maria Luís acerca das políticas deste governo, dos seus resultados e das expectativas em relação ao futuro nunca proporiam ao Ecofin tal saída.

Os argumentos da Comissão Europeia para propor a saída de Portugal do espartilho orçamental resultante do procedimento dos défices excessivos são a negação de tudo o que Passos tem dito ao longo de mais de um ano. Nem é preciso recuar muito no tempo, para ouvir de Passos Coelho declarações pouco abonatórias em relação aos resultados. Ainda há poucos dias um senhor que tem o hábito de ser a voz do dono, desvalorizou o crescimento económico, dizendo que o mesmo é resultado da crise no Mediterrâneo.

Mas será que se Passos ainda fosse primeiro-ministro estaria interessado em tal desfecho?

O crescimento económico apenas esteve temporariamente na agenda de Passos Coelho, porque foi obrigado a cumprir acórdãos do Tribunal Constitucional e porque lhe dava jeito em período eleitoral. A agenda de Passos Coelho implicava uma situação económica que lhe permitisse continuar com medidas inconstitucionais e isso só era viável com a política do medo que adotou durante quatro anos.

Passos ficou a meio a sua agenda económica, não teve tempo para consolidar juridicamente os cortes dos vencimentos no Estado e a redução das reformas, não promoveu o despedimento em massa de funcionários públicos e não conseguiu o “ajustamento” no setor privado, algo de que se queixava com frequência declarando que o Estado já o tinha feito.

A saída do procedimento dos défices excessivos teria sido uma má notícia para quem queria ter um povo cheio de medo e um Tribunal Constitucional soba a ameaça permanente da bancarrota. O elogio de Marcelo só poder ter sido ironia marcelista.

Umas n o cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa

Parece que Marcelo chamou a si as funções do INE e já tem como tarefa anunciar as previsões do crescimento económico, pelo menos enquanto as notícias forem boas, pois é bem provável que quando chegarem as más notícias Macrelo em vez de as anunciar chame Centeno a Belém para que o ministro lhe dê explicações ou lhe mostre mensagens pessoais de SMS.

É uma pena que Marcelo não tenha conseguido prever a trovoada de ontem à noite, tinha-me poupado um grande cagaço! Mas tenho esperança que um dia destes Belém passe a assumir a responsabilidade pela divulgação das previsões meteorológicas, talvez Marcelo contrate umas raparigas jeitosas para nos anunciar as "boas abertas", lembrando os bons tempos da SIC do seu velho amigo Balsemão.

«O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, escusou-se esta quinta-feira a comentar a previsão de crescimento do PIB de mais de 3% no segundo trimestre avançada na quarta-feira pelo Governo, referindo apenas que "os factos falam por si".

Na semana passada, em Zagreb, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que não estava afastada a hipótese de Portugal conseguir este ano um crescimento económico à volta de 3,2% e um défice de 1,4%.

Em declarações aos jornalistas no Luxemburgo, onde termina esta quinta-feira uma visita de três dias, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que as suas previsões são perfeitamente lógicas porque "quando um trimestre está em 2,8% pode ir mais longe. Pode ir no trimestre a seguir ou até ao fim do ano, mas há uma mudança de ritmo tal que permite ir para esses valores".» [Expresso]

 Que geringonça estaria a passar?



      
 Um ponto de viragem para Portugal
   
«A saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo é um passo decisivo para um futuro mais próspero. Para um futuro em que o crescimento económico e a criação de emprego tragam mais justiça social. Este momento marca, pois, o rumo a seguir, um rumo que exigirá empenho e rigor e produzirá resultados.

O país que agora vê o seu esforço de consolidação reconhecido é um país muito diferente daquele que atravessou uma das mais profundas crises financeiras de sempre. Portugal cumpre as suas metas e, por isso, a confiança dos agentes económicos está em máximos de muitos anos. O mercado de trabalho está em expansão, produzindo mais oportunidades. Hoje vale a pena ficar em Portugal.

Portugal apresenta uma situação orçamental equilibrada e sustentável, num contexto de crescimento económico, que assegura uma redução continuada da dívida pública em percentagem do PIB de agora em diante. 

Portugal alcançou, pela primeira vez na sua história recente, um défice reduzido e uma diminuição das taxas de juro da dívida, num contexto de crescimento económico e de criação de emprego. O Governo assume um compromisso firme para o futuro na continuação da melhoria das condições de desenvolvimento da economia portuguesa. 

Portugal voltou a ter perspetivas de crescimento sustentado, com o investimento empresarial a aumentar de forma significativa, acima de 9% no primeiro trimestre, e com as exportações a registarem um crescimento robusto, quer nos bens, quer nos serviços.

A taxa de desemprego está em valores inferiores a 10%, a maior redução anual na UE, enquanto o emprego cresce 3%, mais de o dobro do crescimento na UE. Esta dinâmica deve ser mantida e conjugada com a criação de emprego qualificado e duradouro. Uma evolução que constitui a verdadeira reposição de rendimentos, a que se junta, naturalmente, a redução efetiva da carga fiscal.

Também o endividamento externo em Portugal está hoje numa trajetória sustentável. O aumento das exportações, num contexto de aumento moderado da procura interna assente na criação de rendimento e não de endividamento, permitiu que o défice externo se tenha transformado num excedente externo, reduzindo, assim, a dívida externa portuguesa. Neste aspeto, o setor privado teve um papel muito importante, reduzindo o seu endividamento em cerca de 40% desde o ponto mais alto da crise. 

A mais relevante alteração das condições de funcionamento da economia portuguesa prende-se com a estabilidade financeira, hoje, finalmente, uma realidade. Os bancos foram capitalizados e provaram a sua capacidade para atrair capital de todo o mundo, refletindo a confiança dos investidores internacionais na solidez da economia e numa estabilidade política, tantas vezes questionada, mas que, hoje, é invejada em muitas partes da Europa. Portugal não deve ter vergonha de ser um exemplo.

O crescimento potencial da economia, do que esta pode produzir de forma sustentada, está a aumentar em Portugal de forma inquestionável. O facto de este não ser um fenómeno diretamente observável desviou a atenção dos seus verdadeiros fundamentos económicos. É mais que tempo de reconhecer que a condução da política económica deve assentar em fundamentos sólidos e dar resposta a problemas concretos.

A saída do Procedimento por Défice Excessivo é hoje uma realidade e resulta do ganho de credibilidade da condução de política económica em Portugal. O progresso da economia portuguesa é cada vez mais reconhecido e os objetivos traçados pelo Governo foram superados, quer no que respeita ao crescimento, quer no que respeita à evolução orçamental. 

Sim, foi possível. Finalmente concretizou-se o necessário espaço económico para que as reformas, iniciadas há mais de uma década, se pudessem refletir na economia. Reformas, Procura e Tempo foram conjugados em Portugal.

Uma reforma estrutural existe para acrescentar valor à economia e ao processo social. O plano de reformas do Governo tem este denominador comum. Não nos focamos em soluções temporárias, pensadas para o curto prazo e que não perduram, mas em verdadeiras alterações dos incentivos que permitam a capitalização das empresas, a melhoria das qualificações, a geração de oportunidades e a inovação na Administração Pública.

Portugal faz parte de uma das maiores áreas económicas mundiais. A área do euro está a recuperar dolorosamente da recessão devido à falta de investimento e de procura. Desde o momento mais baixo do ciclo económico, a área do euro levou cinco anos até registar aumentos no investimento. Durante todo este período, registou-se uma insistência excessiva nas reformas estruturais, não porque não fossem necessárias – porque o são – mas porque a recessão não foi causada por falta de produção.

A resposta errada à crise acabou por criar uma descrença nas reformas realizadas, que não dispunham do espaço económico necessário para produzirem os resultados esperados e conduziram os países que as realizaram num cenário recessivo a ter que aprofundar os efeitos desse ciclo para compensar os custos económicos e sociais dessas reformas.

Todos cometemos erros. O problema é quando não somos capazes de reconhecer de forma rápida e séria os nossos erros. Temos de enfrentar, na Europa, os desafios com que nos deparamos: reforçar o setor financeiro e estimular a procura. 

A economia europeia tem tudo para ser bem-sucedida. A situação atual das contas externas e o equilíbrio orçamental permitem desenhar políticas na área do euro para fazer face aos desafios que enfrentamos.

Sabemos onde atuar. Devemos completar a União Bancária, o Fundo Europeu de Garantia de Depósitos e encontrar soluções adequadas e estruturais para o crédito mal parado. Devemos definir políticas que promovam o crescimento e a convergência na Europa, como um mecanismo de apoio europeu face ao desemprego que permita a afetação de recursos financeiros de acordo com o ciclo económico e tendo sempre em vista a convergência. Partilharemos sucessos e riscos de forma equilibrada, partilhando benefícios e responsabilidades.

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Os portugueses e toda a Europa devem congratular-se e orgulhar-se pelo que foi conquistado em Portugal após um período difícil de ajustamento. Os cidadãos europeus sabem hoje que há alternativa ao desemprego, à desigualdade e à falta de mobilidade, que têm sido os principais catalisadores do populismo económico. A nossa responsabilidade assenta na necessidade de manter a sustentabilidade e a validade desta alternativa.

O populismo dá origem ao isolamento. Essa é a imagem da Europa medieval, que não corresponde aos princípios humanistas da moderna construção europeia. Enquanto aos cidadãos estiver vedada a mobilidade social e a possibilidade de melhorar as suas condições de vida estes sentir-se-ão seduzidos por posições políticas demagógicas.

Portugal permanecerá fiel ao projeto europeu, cumprindo com as suas responsabilidades, apoiando os seus sucessos e contribuindo para o seu desenvolvimento inclusivo, para benefício dos cidadãos.» [Público]
   
Autor:
Mário Centeno.

      
 Quem disse que os investidores só confiam na direita
   
«Num relatório publicado esta manhã, a agência de rating definiu como "positivo" o impacto da quase inevitável saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos aplicado pela Comissão Europeia desde 2009.

Referindo a renovada "confiança dos investidores", a Moody's reconhece que a credibilidade portuguesa está a aumentar a olhos vistos, mesmo com alguns problemas estruturais ainda por resolver.

De acordo com o vice-presidente e analista sénior da Moody's, Evan Wohlmann, a recomendação da Comissão Europeia de saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos "reconhece o desempenho orçamental acima das expectativas em 2016, ano em que o défice orçamental caiu para 2% dos 4,4% de 2015, e a convicção da CE, que partilhamos, que o défice permanecerá abaixo do limite de 3% durante 2017 e 2018".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Esta foi uma das teses defendidas recentemente por Passos Coelho, a de que os investidores não confiariam no governo de Costa. Mais uma derrota de Passos Coelho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 O diabo veio em Maio
   
«O défice público aumentou, de Janeiro a Abril, 314 milhões de euros em relação aos primeiros quatro meses de 2016, passando para 1931 milhões de euros. O agravamento do saldo entre a receita e a despesa é explicado sobretudo por um crescimento no valor dos reembolsos de IRS e IVA, um efeito que se deve em parte a uma antecipação de pagamentos comparativamente com o período homólogo, mas com efeitos que se vão diluindo ao longo do ano.

O valor do défice foi divulgado em comunicado pelo Ministério das Finanças, que se mostra tranquilo porque, vinca, estes efeitos vão dissipar-se, sem colocar em causa a meta do défice. A receita está a crescer 0,2%, abaixo do aumento da despesa, que foi de 1,2%.» [Público]
   
Parecer:

Com a antecipação dos reembolsos do IRS e a sua concentração em apenas dois meses o diabo que no ano passado era para vir em Setembro apareceu este ano muito mais cedo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se Passsos Coelho de que o seu amigo mafarrico anda por cá, se calhar deixou de passar férias no Médio oriente por causa do DAESH.»

 Uma vigarice chamada CRESAP
   
«Se o objetivo era diminuir a influência dos partidos no Estado, a Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública não conseguiu evitar o favorecimento aos dirigentes da cor do Governo. Um estudo do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas demonstra que esta entidade independente não conseguiu travar a tendência histórica de colonização do Estado pelos aparelhos partidários. Uma tese sobre o mérito na administração pública, a que o Observador teve acesso — e que está à espera de publicação na revista científica daquela faculdade — demonstra que possuir cartão partidário aumenta de forma exponencial as probabilidades de nomeação. Metade dos militantes do PSD e do CDS que chegaram às short-lists dos concursos daquela comissão foram nomeados durante o Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.» [Observador]
   
Parecer:

É evidente que os concursos foram feitos para montar uma fantochada, ainda antes de os concursos serem abertios sabe-se quem vai ficar e nem sempre o argumento é o da competência.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «lamente-se.»

quinta-feira, maio 25, 2017

Bardamerda para o mérito



Tanto António Costa como Marcelo Rebelo de Sousa decidiram considerar que a saída do procedimento dos défices excessivos foi mérito de todos os portugueses, de caminho Marcelo terá telefonado ao primeiro-ministro para o felicitar, tendo ainda feito o elogio público do ex-primeiro-ministro. Pelo ambiente de festa e de parabéns fiquei com a sensação de Portugal tinha feito anos e até haveria bolo de aniversário e o competente espumante produzido segundo o método champanhês.

Mérito de quê?

Tanto quanto me recordo nunca fui voluntário de qualquer esforço coletivo, muitos portugueses e principalmente os que votaram no PSD foram enganados com falsas promessas eleitorais, muitos dos que votaram PS não esperariam pelo espetáculo triste proporcionado por Seguro. Muitos dos que votaram no PSD e ficaram com cortes nos vencimentos e nas pensões confiaram quem quem lhes garantiu que não o faria.

Mérito por ter sido enganado, mérito por ter ficado com um corte de rendimentos de quase 30%, depois de somadas todas as artimanhas inventadas pelo governo de Passos e Portas para empobrecer os portugueses e, principalmente, os funcionários públicos e reformados? Mérito por ver os filhos partir para os quatro cantos do mundo? Mérito por ter um salário mínimo congelado ao mesmo tempo que se aumentava o IVA nos bens essenciais e na energia? Mérito por se morrer à espera de ser atendido numa urgência?

Há uma grande diferença entre o líder de uma claque ou um treinador de futebol e um primeiro-ministro ou um ministro das Finanças. O que sucedeu em Portugal foi muito mais do que um esforço coletivo, foi uma tentativa desastrada de promover uma brutal transferência de rendimentos, aumentando a injustiça social, com o objetivo de resolver a falta de capital de uns à custa da subsistência de outros.

Da parte que me toca não tive qualquer mérito sem ver aumentado o horário de trabalho sem qualquer compensação, de ter ficado sem feriados sem ser remunerado por isso, por ter perdido direito a férias só para que Passos me exibisse ao ministro das Finanças da Alemanha. Não sinto que tenha tido mérito quando fui exibido como uma "despesa pública", quando fui acusado de ganhar mais do que os outros, quando fui acusado de, enquanto funcionário público ou reformado, de ser o culpado dos males do país.

O país não é um imenso grupo de cheerleaders a quem o chefe vem agradecer o belo desempenho no fim do jogo. a os que partilhavam a mesa e os negócios com o Ricardo Salgado e os que foram enganados pelos BES, os que aguentaram a austeridade e os que dizia que os outros aguentavam, aguentavam, os que passaram fome e os que compraram carros de luxo cujas vendas aumentaram.


Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Ana Avoila, sindicalista

Ninguém entende o porquê de uma greve da Função Públicas. Trata-se de mais uma espécie de ritual religioso presidido por esta sacerdotiza do sindicalismo.

«"As escolas são já prática encerrarem com a greve dos trabalhadores não docentes, esta greve na educação tem uma força muito grande", afirmou a dirigente sindical na conferência de imprensa de hoje onde voltou a recordar as razões para a paralisação dos trabalhadores da função pública no próximo dia 26 de maio.

"Na saúde vai afetar naturalmente", acrescentou, sublinhando que os serviços mínimos serão garantidos. Mas haverá ainda mais áreas a serem afetadas pela greve, como por exemplo a da cultura, que teve uma greve há pouco tempo.

A cultura "vai ter uma nova adesão à greve, há muitos sítios que é provável que fechem", afirmou, o mesmo acontecendo com "repartições de finanças" ou serviços da "Segurança Social.

"Nesse dia, os serviços vão ter perturbações grandes e nalguns sítios não vão funcionar", salientou Ana Avoila.» [Notícias ao Minuto]

 Contra tudo e contra todos

É bonito ver os eleogios que agora tecem a Mário Centeno, com o ministro das Finanças da Alemanha a citá-lo como o Ronaldo do Eurogrupo. O problema é que quando apresentou as suas propostas poucos acreditaram nele.

  O PAÍS DOS IDIOTAS

Interrompeu-se a construção da barragem, perderam-se milhões de euros, Guterres fez dos desenhos rupestres uma bandeira eleitoral, a EDP contratou arqueólogos de renome para dizerem que eram rabiscos sem valor, o Zilhão ganhou fama internacional dizendo que não, construiu-se um museu, nomearam-se boys para a sua gestão.

Agora, dois idiotas passaram por lá num dia feriado e decidiram dizer ao mundo que os desenhos rupestres não nadam mas andam de bike!

      
 Regabofe nos serviços de informações
   
«O nome do autor do atentado terrorista que esta segunda-feira matou 22 pessoas em Manchester começou a circular a meio da tarde de terça-feira, numa informação avançada pela Associated Press. Apesar de a agência noticiosa citar como fonte as autoridades britânicas, a informação terá sido revelada pelos serviços norte-americanos. A decisão não foi bem recebida no Reino Unido. A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, considerou a "intervenção" de Washington "irritante". Horas depois, emergiram novos detalhes sobre o autor do atentado, citando informação dos serviços britânicos. Novamente, não eram as autoridades do Reino Unido que os partilhavam, mas o ministro do Interior francês.

Os pormenores sobre identidade do autor surgiram depois de a polícia de Manchester ter alertado para que não se especulasse sobre a identidade do responsável e antes de avançar com a sua primeira detenção. Até àquele momento, a polícia britânica havia apenas publicado um comunicado em que informava que o autor tinha morrido durante o ataque, sem o identificar, para que os serviços britânicos pudessem trabalhar na investigação.» [Público]
   
Parecer:

Tanta incompetência...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 O Ronaldo do Eurogrupo
   
«O Presidente da República gostou de ouvir as declarações do ministro das Finanças alemão, que comparou Mário Centeno ao Cristiano Ronaldo das Finanças. Embora ressalvando que a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) é uma vitória colectiva, Marcelo Rebelo de Sousa concorda com a comparação: “Quem quer que tenha pensado o dito isso, por uma vez não se enganou”. » [Público]
   
Parecer:

Há poucos dias Marcelo andou a ler as mensagens pessoais de Centeno...agora cola-se à imagem do ministro das Finanças.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 É muito feio 
   
«Se forem verdadeiras as declarações que permitiram o registo por usucapião, em nome de particulares, do terreno parcialmente municipal adquirido em 2001 pela Selminho, uma empresa da família de Rui Moreira, a Câmara do Porto já não terá qualquer direito sobre 1660 metros quadrados, dos 2260, que estão registados em seu nome e, ao mesmo tempo, em nome daquela empresa. Se, pelo contrário, se provar em tribunal que tais declarações não são verdadeiras, a aquisição pelos particulares que venderam a propriedade à Selminho é nula. Nesse caso, porém, a Selminho poderá igualmente ficar com a propriedade, podendo até registá-la por usucapião.

Estas são algumas das conclusões a que chegaram dois juristas a quem a Câmara do Porto encomendou um parecer sobre os direitos reais do município e da Selminho em relação àquela propriedade, situada numa escarpa junto à ponte da Arrábida.» [Público]
   
Parecer:

A forma como a empresa da família do autarca fica com terrenos da CMP não é das mais elegantes e o negócio não fica bem a Rui Moreira porque "quem sai aos seus não degenera".
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Dor de corno
   
«Esta terça-feira, na assembleia municipal, o PSD aproveitou a visita de boas vindas do autarca para falar de buracos. Mais concretamente, de um buraco na mesma Rua Rodrigo da Fonseca onde Madonna está hospedada – e que está por tapar há vários meses. Informada do facto de Fernando Medina ter ido “visitar uma estrela pop”, a deputada Margarida Saavedra ironizou. “Das três uma: ou o fez como particular, ou a dita estrela tinha tanto interesse para o turismo que a Associação de Turismo de Lisboa entendeu mandar, nem mais nem menos, o presidente da câmara”, disse a social-democrata.» [Público]
   
Parecer:

Só gente pequenina tem esta abordagem de uma visita do autarca a alguém cujo nome traz mais publicidade a Lisboa do que a candidatura da Teresa Leal Coelho.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se essa gente ter juizinho e portar-se como gente grande.»

 Filho de peixe...
   
«O pai do autor do ataque bombista em Manchester já pertenceu a um grupo ligado à Al-Qaeda, revelou à Associated Press um antigo membro das forças de segurança líbias.

Segundo Abdel-Basit Haroun, Ramadan Abedi pertenceu, nos anos 90, a um grupo armado líbio com ligações à organização terrorista.

A agência noticiosa refere que o grupo LIFG foi dissolvido, mas que o pai de Salman Abedi continuou a pertencer a um movimento salafista ortodoxo conservador dentro do islamismo sunita.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Como é que alguém ligado a um grupo terrorista é refugiado no Reino Unido?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a vida de tanta gente por causa de um bandideco e da estupidez dos governantes.»