segunda-feira, maio 22, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
João Salgueiro, um "cavaquinho" sobrevivente

João Salgueiro é um caso curioso na vida política portuguesa, foi durante alguns meses ministro das finanças de Cavaco Silva, não havendo memória de ter feito algo de relevante, tem um currículo académico comum, pouco se conhece de obras de conteúdo intelectual ou de grandes desempenhos enquanto gestor.

Mas desde o reinado de Cavaco Silva que é uma espécie de Nobre da política de direita, sempre que o ex-presidente precisava de mandar recados a Sócrates,, chamava algumas personalidades para ouvir e lá ia o João Salgueiro falar mal do governo.

Agora parece que foi chamado à mesma tarefa, como como já não pode contar com o átrio de Belém alguém lhe encomendou uma entrevista, nela diz baboseiras que também revelam alguma falta de honestidade inteletual. Só alguém sem muita vergonha diz que um crescimento de 2,8% no primeiro trimestre "não é um bom começo, não, porque não se fez nada para isso, o que mudou foi o médio oriente e o mediterrâneo".

Acontece que Salgueiro refere-se a crises muito anteriores a este ano e das quais poderia ter beneficiado o anterior governo, mas em vez disso assistiu-se a uma recessão, a crise da Primavera Árabe aconteceu em 2010! Ainda por cima acha qu o país nada fez para atrair turismo, ignorando as apostas feitas por sucessivos governos, mas no desespero de falar mal da geringonça Salgueiro não olha a meios.

O único interesse desta destas declarações reside no fato de representarem uma mudançda de discurso da direita, Maria Luís e outras personagens do PSD apressaram-se a dizer que o crescimento se devia ao programa do governo de Passos. Agora mudaram de ideias, é uma consequência da Primavera Árabe.

«O antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) afirma que o Governo não fez nada para que este crescimento se verificasse, atribuindo o mesmo a um conjunto de circunstâncias.

Na Conversa Capital, um espaço de entrevista conjunto entre o Negócios e a Antena 1, João Salgueiro atribui este crescimento "basicamente ao turismo" que beneficiou das convulsões registadas no Médio Oriente e no Mediterrâneo.» [Jornal de Negócios]

 Assunção 3 - 0 Teresa Leal Coelho




Assunção Cristas começou muito antes, a sua proposta de uma estação de Metro em cada esquina é melhor do que a de uma creche em cada bairro e ficou melhor na foto no mesmo miradouro. Três a zero para a líder do CDS.

Assunção Cristas não vai ganhar as autárquicas, mas vai sobreviver durante mais algum tempo, pelo menos até quando Paulo Portas resgatar o seu cargo vitalício de presidente do CDS, Teresa leal Coelho dificilmente sobreviverá à derrota nas autárquicas.

A ideia de Teresa Leal Coelho de se fazer fotografar no Miradouro de São Pedro de Alcântara não só revela pouca originalidade como a deixa em desvantagem, os kiwis da Cristas são bem mais apetitosos.

 A Vespa do Título 2017/2018



Parece que um dos maiores problemas a resolver nas quatro reuniões que JJ disse que se iriam realizar para a semana será saber se será JJ ou bruno de Carvalho a conduzir a Vespa de celebração do título. Ao que parece JJ diz que Bruno não tem unhas para a máquina.

      
 Pobre primeiro-ministro no exílio
   
«O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este sábado que o partido está nas próximas autárquicas para as ganhar e não para “ver passar comboios” ou “fazer a festa”.

No encerramento da convenção autárquica distrital do PSD em Lisboa, Passos Coelho fez questão de responder ao secretário-geral do PS, António Costa, que, na sexta-feira à noite, em Penafiel, pediu uma campanha animada para as autárquicas de 1 de outubro.

“Uma campanha animada, esta é a expectativa que o secretário-geral do PS tem, como se os políticos ou ele próprio funcionassem assim como mestres-de-cerimónias para a festa que aí vem”, criticou.» [Observador]
   
Parecer:

Até aqui o malogrado primeiro-ministro no exílio estava fazendo uma campanha autárquica a pensar nos problemas nacionais, mas com a economia a crescer a 2,8% começam a faltar argumentos, resta-lhe usar expressões de António Costa para construir um discurso político à base de graçolas de gosto duvidoso. Costa disse que queria uma campanha animada, nada mais do que o desejo de qualquer líder partidário, daí o exilado fez um discurso a roçar o imbecil, sem conteúdo e sem graça.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Fundação onde cairia o dinheiro
   
«O empresário Carlos Santos Silva e um primo de José Sócrates, José Paulo Pinto de Sousa, criaram na Suíça uma fundação — a Belino Foundation — que seria a titular de contas bancárias onde cairiam luvas para José Sócrates. A notícia é avançada este sábado pelo jornal Sol — algumas informações já tinham sido adiantadas também pela revista Sábado — que chama a este esquema complexo “a prova que faltava” para comprovar que Santos Silva e o primo eram, na realidade, “testas de ferro” e que o dinheiro pertencia ao ex-primeiro-ministro socialista. Os advogados desmentem a notícia.

O esquema foi criado por Santos Silva e José Paulo Pinto de Sousa, a mando de José Sócrates, com a ajuda de Michel Canals, um nome bem conhecido por ser, na altura, gestor de contas no UBS e líder da Akoya, uma empresa de gestão de património que foi encerrada em 2011, no âmbito da Operação Monte Branco. A criação da fundação, a par da constituição de uma conta offshore, servia como camada adicional de opacidade, já que as fundações são entidades blindadas do ponto de vista jurídico na Suíça.» [Observador]
   
Parecer:

O dinheiro não caiu, não estava lá dinheiro, mas alguém sabe que iria cair dinheiro e que esse dinheiro seria para Sócrates. Parece que a imaginação já serve de prova.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 No tempo de Passos não havia precários?
   
«"Já estamos a discutir, pela mão da maioria, a integração dos precários na Administração Pública e ainda não houve ninguém que perguntasse, no seio da maioria e do Governo qual Administração Pública, o que queremos da Administração Pública nos próximos anos?", questionou Pedro Passos Coelho, no encerramento da convenção autárquica distrital do PSD em Lisboa.

O líder social-democrata criticou que se estejam "a converter vínculos precários em permanentes sem saber se é nas áreas que são importantes, que estão em défice".

"É esta discussão que não está a ser feita e que deve ser feita com coragem, é esse o desafio que deixo ao primeiro-ministro: poder discutir as reformas importantes que o país precisa de fazer", apelou.» [DN]
   
Parecer:

A verdade é que a intenção de Passos era promover um despedimento em massa no Estado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 E o ano passado não pensou no mesmo para este ano?
   
«"Continuamos a elaborar ideias e a trabalhar em cima delas. Queremos que no próximo ano o Sporting seja o que foi no meu primeiro ano, quando lutou até ao último segundo pela conquista do título, com um comportamento espetacular. É isso que perspetivamos e estamos a analisar para que seja um Sporting forte", afirmou Jorge Jesus, em conferência de imprensa.

As reuniões que o técnico teve esta semana com o presidente do clube, Bruno de Carvalho, acabaram mesmo por dominar a conferência de imprensa de antevisão da receção ao Desportivo de Chaves, da 34.ª e última jornada da I Liga, sendo que, na véspera, Jesus tinha negado a possibilidade de abandonar o comando dos 'leões', como foi avançado na imprensa.

"Numa semana tivemos duas reuniões e, na próxima, teremos de ter pelo menos quatro ou cinco. Faz parte do processo normal de uma pré-época. Temos os dois a mesma linha de pensamento, que passa por criar um Sporting forte, como no ano passado. O Sporting só ganhou um troféu nestes dois anos, o que é muito pouco, porque estou habituado a ganhar muitos, mas temos feito um trabalho muito grande para o crescimento e criação de um clube para ser campeão. O Sporting tem criado bases grandes para poder pensar naquele que foi o meu propósito quando vim, que é ser campeão", vincou.» [DN]
   
Parecer:

Parece que a ideia de Jesus foi não ganhar nada este ano e que só tenciona ganhar alguma coisa para o ano, retomando o seu hábito de conquistar títulos, mania que, como se sabe, ganhou quando era pequenino.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao exilado se fez alguma coisa neste capítulo.»

 Já comparam Costa a Cavaco
   

«Comparar António Costa com Cavaco Silva é mais fácil com um dicionário à mão. “O que não pode ser comparado por ter características diferentes” é “incomparável”. Mas “incomparável” também significa “singular, ímpar, único, excecional”. Herman José avisou que a língua portuguesa é traiçoeira. O facto é que, com 31 anos de distância e uma viragem de século pelo meio, Costa e Cavaco foram artistas de peças (políticas) ímpares em que ninguém apostava um tostão (moeda da fase Cavaco) e compará-los é uma tentação.

Em 1985, ninguém dava nada pelo homem que rompeu com o bem-comportado Bloco Central e foi de boca aberta que o viram liderar um Governo minoritário de combate, queixinhas e armado em vítima, que lhe abriu espaço para uma maioria absoluta em 87, repetida e aumentada quatro anos depois. E em 2015, também ninguém dava nada pelo golpe (de asa?) do socialista que, tendo perdido as eleições, se virou para os partidos da esquerda mais radical apostado em provar que os comunistas não comem criancinhas ao pequeno-almoço e que, ano e meio depois, está com uma popularidade média de 40% nas sondagens. Um e outro arriscaram, um e outro romperam e ambos ganharam com isso. Cavaco ficou 12 anos no poder mais dez em Belém. António Costa, a quem muitos não davam um ano de vida (os Orçamentos não iam passar, lembram-se?), chegou a meio da Legislatura sem mácula junto de Bruxelas apesar das alegadas más companhias e com muitos dos que o acusavam de ter cedido aos radicais a reconhecerem que, afinal, ele foi garante de moderação. Falta-lhe o mais difícil: provar se num formato politicamente oposto ao de Cavaco e humanamente de outro tom também consegue chegar lá, à maioria absoluta. Uma coisa corre a seu favor — no desiludido centro-direita (território que Cavaco liderou e que Passos Coelho, ganhador nas urnas mas perdedor no xadrez, segura a custo) há quem lhe aprecie o jeito. Foi, aliás, um cavaquista, ex-líder do PSD e hoje comentador do regime quem se lembrou de fazer a comparação “incomparável”. Há três semanas, na SIC, Marques Mendes enumerou seis semelhanças entre as circunstâncias em que Costa hoje governa e aquelas em que Cavaco governou entre 1985 e 1987.» [Expresso]
   
Parecer:

Tudo começou com um artigo da Helena garrido no Observador, parece que a direita receia uma nova era glaciar, um longo período sem o quentinho do poder e sem acesso ao pote.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»