Jumento do Dia
Parece que o Passos Coelho mandou a Maria Luís atirar-se a Marcelo Rebelo de Sousa, o que se compreende pois o PR tem preferido confiar nas previsões do governo no que nas da Dra. Teodora, que merecem a preferência dos devotos do Belzebu.
O problema desta entrevista não está na celebração do divórcio entre Marcelo e o PSD, está sim no facto de a licenciada da Lusíada ainda não ter percebido ou não querer perceber que a política económica não é um domínio meramente técnico, algo que só pode ser avaliado por técnicos. É por isso que a senhora falhou, da mesma forma que falharam todas as entidades que ela considera técnicas e independentes. Aliás, considerar a Comissão Europeia como um órgão técnico e independente, só merece uma gargalhada, a senhora é mesmo ignorante.
«A ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, considera que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa “não é uma entidade independente e técnica”, defendendo que sobre os resultados orçamentais do Governo prefere ouvir outras entidades “independentes”.
Maria Luís Albuquerque reagia, em entrevista esta sexta-feira ao programa “A Vida do Dinheiro”, da TSF e do “Dinheiro Vivo”, às declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de que os resultados orçamentais do Governo são sustentáveis.
“O Presidente da República não é uma entidade independente e técnica. Eu não citaria o Presidente da República neste contexto. Não o é porque não é suposto ser. Note-se, eu estava a falar da UTAO [Unidade Técnica de Apoio Orçamental], no Conselho de Finanças Públicas, nas próprias agência de rating e na Comissão Europeia ou do Fundo Monetário Internacional”, disse.» [Expresso]
Argumento execrável
O ministro da Saúde considerou, propósito das posições do sindicato dos médicos, que em democracia há sempre tensões e que o papel do governo é defender os que não podem fazer greve. Um governante da direita mais à direita não diria algo muito diferente do que o ministro disse. O ministro da Saúde está muito enganado, o governo serve para defender todos, os que fazem e os que não fazem greve, os que podem e os que não podem fazer greve, os que pagam e os que não pagam impostos, os que trabalham e os que não trabalham.
O ministro da Saúde considerou, propósito das posições do sindicato dos médicos, que em democracia há sempre tensões e que o papel do governo é defender os que não podem fazer greve. Um governante da direita mais à direita não diria algo muito diferente do que o ministro disse. O ministro da Saúde está muito enganado, o governo serve para defender todos, os que fazem e os que não fazem greve, os que podem e os que não podem fazer greve, os que pagam e os que não pagam impostos, os que trabalham e os que não trabalham.
Andamos a temperar a comida com plástico
«Sim, é verdade, andamos a temperar a nossa comida com microplásticos. Mas, calma, não é (ainda) caso para alarme. Uma equipa de cientistas procurou minúsculas partículas de plástico em 17 marcas de sal vendidas em oito países, incluindo Portugal. A maioria estava contaminada mas com doses baixas, que dificilmente têm qualquer efeito imediato na saúde dos consumidores. O problema é que estas “microbombas” estarão em muitos outros produtos que vêm do mar (e não só).
“Os plásticos são o lobo mau do século XXI”, avisa Ali Karami, investigador na Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade Putra, na Malásia, e principal autor do artigo publicado na revista Scientific Reports, do mesmo grupo da revista Nature. O processo é simples. Todos os anos despejamos entre cinco e 13 milhões de toneladas de plásticos para os oceanos. A luz solar e a água desfazem este lixo até às mais minúsculas partículas. Quando têm menos de cinco milímetros são chamados “microplásticos”. Fazem, por isso, parte da dieta de muitas espécies marinhas, desde o zooplâncton (que serve de alimento a outros animais) até às baleias. A este ingrediente que envenena o mar, o homem conseguiu juntar ainda outros como as microesferas plásticas, que estão em muitos produtos de higiene e cosmética (pasta de dentes, champô, gel de banho ou detergentes) e que, depois do esgoto, também acabam nos oceanos. Mas, tal como na história do feitiço que se volta contra o feiticeiro, há uma parte do plástico que despejamos no mar que estará a voltar para nós, em pedacinhos minúsculos, em tudo o que retiramos de lá. Incluindo, como prova este estudo, o sal.» [Público]
Parecer:
Talvez não fosse má ideia deixar de usar a flor de sal e promover a flor de plástico.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»
Adeus Rui Moreira
«A rotura do independente Rui Moreira com os socialistas está consumada. Ontem, numa reunião à porta fechada, o núcleo próximo de Rui Moreira decidiu que não há condições para manter o apoio do PS na recandidatura do presidente da Câmara do Porto às eleições de outubro, apurou o Expresso.
A cinco meses das autárquicas, Rui Moreira correrá apenas com o apoio do CDS-PP, que sempre teve “um comportamento exemplar, sem pressões nem exigências de negociações ao contrário do PS”, adianta fonte da candidatura independente.
Na origem do divórcio à vista esteve Ana Catarina Mendes, que ao Expresso há um mês, e mais recentemente ao Observador, reiterou que o PS teria uma presença forte nas listas de Rui Moreira. Na altura, Rui Moreira chegou a dizer que não haveria "jobs for the boys", um recado para os socialistas. A ameaça passa agora à ação.» [Expresso]
Parecer:
O apoio do PS ao populista desporto-político Rui Moreira foi um erro que, mais tarde ou mais cedo, lhe sairia caro. O autarca do Porto é uma treta e iria ser o PS a pagar a fatura da sua incompetência. Só se lamenta que a ruptura não tenha sido da iniciativa do PS.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o Rui Moreira à bardamerda.»
A CGTP diz que não se avançou muito na Concertação
«No final do encontro, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse aos jornalistas que esta “foi mais uma reunião em que não se avançou muito” e que a novidade foi apenas “a confirmação daquilo que o primeiro-ministro já tinha dito”, ou seja, que “não haveria penalizações para os trabalhadores com 46 anos de carreira contributiva” e 60 anos de idade que queiram reformar-se antecipadamente.
O sindicalista disse que houve também “a informação de que, para os trabalhadores com 60 anos e com mais de 40 anos de carreira contributiva, no futuro, havia uma redução da penalização de 0,5% para 0,4%” por mês”, uma situação que iria desagravar a penalização destes trabalhadores (que é atualmente de 6% por cada ano que antecipem a reforma), mas iriam continuar a ter uma “penalização de 29%”, que é “bastante significativa”.» [Observador]
Parecer:
E alguma vez a CGTP achou que houve algum avanço?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
E enquanto a Maria Luís anda por aí a dizer baboseiras
«Os ministros das Finanças de Portugal, Espanha, Itália e França querem que a Comissão Europeia altere a metodologia com que faz recomendações orçamentais aos países da zona euro.
Numa carta conjunta enviada ao vice-presidente da Comissão e ao comissário para os Assuntos Económicos, Valdis Dombrovskis e Pierre Moscovici, respetivamente, Mário Centeno junta-se a Luis Guindos, Michel Sapin e Pier Carlo Padoan.
Os governantes contestam a utilização de cálculos baseados no crescimento potencial como forma de estabelecer o esforço orçamental que cada estado membro tem de fazer. “Em alguns países, as consequências negativas de um período extenso de inflação extraordinariamente baixa, baixo crescimento, alto desemprego e os consequentes efeitos retardadores, ampliadas por significativas incertezas políticas a nível global”, realçam os riscos de um maior protecionismo e um efeito prejudicial de longo prazo sobre o crescimento potencial”, argumentam.» [JE]
Parecer:
Mário Centeno trata a economia com seriedade.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Pobre Maria Luís
«Questionado se espera que Portugal saia do Procedimento por Défices Excessivos (PDE), o Presidente da República acabou por lançar mais algumas indiretas ao PSD. “Espero que sim, mas ninguém tem a certeza”, disse, depois de o primeiro-ministro ter dito na noite de quinta-feira que Portugal deve sair do PDE antes do verão.
E acrescentou: “Se vier [a sair], é uma grande alegria. Sou daqueles que ficam felizes com aquilo que é bom para o país. Acho que todos os portugueses devem ficar felizes se o país sair do PDE — não era líquido há um ano. Gente muito qualificada e muito inteligente disse que era matematicamente impossível. E foi possível chegar a este défice“, referiu, numa clara alusão às posições tomadas pelo anterior primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, agora líder da oposição.» [Eco]
Parecer:
Abriu a boca e acabou por apanhar na cabeça.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»