Jumento do Dia
Ainda passou pouco mais de um ano e Marisa Matias já anda a avaliar quem ganha mais com a geringonça. Enfim, uma visão de merceeiro.
«Quem tem capitalizado mais a geringonça tem sido o PS, mas ele sabe que o fez com muitas medidas exigidas pelos partidos da esquerda”, diz Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda, em entrevista ao “i” esta sexta-feira.
Para a bloquista, o Governo de António Costa não deve ultrapassar os seus parceiros pela esquerda e correr para uma maioria absoluta, pois os portugueses sabem que o BE e PCP têm contribuído para sucesso da governação. “O PS governar sozinho, até agora, significou a obediência total à UE e com políticas liberais. E levaria a um grande afastamento das pessoas, como sucedeu com os sociais-democratas noutros países da Europa. Não interessa a lógica do quanto melhor pior. Nem podemos estar na política numa lógica calculista ou eleitoralista”, explicou.
A União Europeia é uma questão que não pode ser adiada indefinidamente entre o PS, o BE e o PCP, lembrou ainda Marisa Matias. “Acho que a destruição económica e social do país foi tão grande [nos últimos ]anos que, mesmo havendo uma divergência política grande entre os partidos que compõem a geringonça em relação à UE, há margem de manobra suficiente para se poder melhorar a vida das pessoas. No entanto, acho que não se consegue evitar a questão europeia muito mais tempo”, alertou.» [Expresso]
Passos pode continuar a ter esperança
«A agência Moody’s defende que, para que o rating de Portugal, que continua em nível de alto risco (lixo), seja reclassificado é preciso que “a consolidação orçamental acelere de forma significativa, em comparação com as expetativas“. “Um crescimento económico muito mais robusto do que o previsto também seria benéfico”, acrescenta a agência de rating que, para já, prevê que o défice de 2018 seja o dobro do que o Governo prevê e que o crescimento económico, em vez de acelerar, abrande. “Apesar da recuperação do crescimento no curto prazo, as perspetivas económicas a mais longo prazo continuam a ser moderadas”, lamenta a agência.
As declarações constam de um relatório publicado esta sexta-feira, precisamente duas semanas depois da data que a Moody’s reservara para mexer no rating de Portugal. Como já aconteceu no passado, a Moody’s ignorou essa data mas, poucos dias depois, publicou um relatório onde não altera a notação de risco, que continua um nível abaixo de investimento de qualidade, e no qual faz uma atualização das suas principais ideias sobre o país.» [Observador]
Parecer:
Isto dá muito alento a Passos e Maria Luís.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Somos uns sortudos, temos todos mais 20 cm!
«O Presidente da República considerou esta sexta-feira que a vitória de Portugal na Eurovisão reforçou de tal forma a autoestima dos portugueses que todos ficaram com “mais 20 centímetros” e agora “acham que vão ganhar tudo na vida”.
Num encontro com estudantes de português, num anfiteatro da Universidade de Zagreb, Marcelo Rebelo de Sousa contou que, na noite da vitória de Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, lhe enviou uma mensagem telefónica a perguntar: “Senhor Presidente, está a ver a votação da canção?”.
«Eu estava. Ele próprio estava estupefacto, admirado por tantos votos de numa canção portuguesa – porque nós normalmente tínhamos, ou os votos da Espanha, que percebia um pouco de português, ou trocávamos os votos com a Espanha, ou tínhamos os votos de quatro, cinco países, poucos votos”, explicou, provocando risos.»
O Presidente da República, que respondia a uma pergunta de um estudante croata sobre o significado da vitória no festival da Eurovisão, descreveu: “De repente, começámos a ver aquilo, começou todo o português a telefonar a todo o português: Estás a ver? Vamos ganhar a Eurovisão?”.» [Observador]
Parecer:
Gostei da ideia dos 20 cm, como diria o Mota Amaral é um belo número!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Cristas fez as contas
«O projeto de Assunção Cristas para a expansão do Metro de Lisboa custaria 1.876 milhões de euros, cerca de 144 milhões de euros por ano até 2030. Os detalhes do plano de construção das 20 novas estações do metropolitano fora apresentados esta sexta-feira pela líder do CDS, que aproveitou para deixar uma resposta aos que tem ridicularizado a estratégia do partido: “Não é uma megalomania, como alguns querem fazer crer. É um projeto com os pés bem assentes na terra e com princípio, meio e fim”, afirmou a líder democrata-cristã e candidata à câmara de Lisboa.
Na apresentação das linhas orientadoras do projeto de expansão do Metro, na sede do partido, Assunção Cristas garantiu que, apesar de “ambicioso e com rasgo”, o plano é perfeitamente “realista” e exequível. Acompanhado por Carmona Rodrigues, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e por Miguel Moreira da Silva, coordenador do projeto, a líder do CDS fez questão de lembrar que o projeto foi analisado durante “os últimos oito meses”, tentando assim rebater a tese, alimentada pelos opositores, de usou a expansão do Metro como trunfo eleitoral artificial e demagógico.» [Observador]
Parecer:
parece que a senhora sabe fazer contas, agora aguardamos que diga que obras devem deixar de ser feitas para que a sua proposta seja aprovada.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»
Estes portugueses são uns tontinhos
«O Presidente da República, que respondia a uma pergunta de um estudante croata sobre o significado da vitória no festival da Eurovisão, descreveu: "De repente, começámos a ver aquilo, começou todo o português a telefonar a todo o português: Estás a ver? Vamos ganhar a Eurovisão?".
"Eu nessa noite fiquei muito feliz, mas fiquei preocupado, porque pensei: agora os portugueses acham que vão ganhar tudo na vida", prosseguiu.
Marcelo Rebelo de Sousa provocou mais risos na assistência quando relatou que no dia seguinte, quando fazia compras num hipermercado, foi abordado por uma portuguesa que lhe disse: "Presidente, logo à noite vamos ganhar o campeonato de ginástica rítmica".» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
O que nos vale é termos o senhor professor para nos explicar as coisas como a criancinhas de quatro anos e a dizer-nos no que devemos ou não acreditar. O problema é que os estudantes croatas que ouviram as últimas baboiseiras de Marcelo poderão ter ficado a pensar que somos mesmo os idiotas a que Marcelo se referiu.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça-se ao senhor professor por ajudar os palerminhas dos portugueses a saberem no que podem acreditar.»