A gestão da dívida é uma atividade quase diária do IGCP, todos os dias este organismo tem de tomar decisões em função das necessidades de financiamento do Estado, da consolidação da dívida pela conversão de dívidas a curto prazo em dívida a médio e longo prazo. Daí que com grande frequência seja notícia as “idas” do IGCP ao mercado. Se procurarmos no Google por emissões de dívida a 10 anos encontramos uma lista:
- 11 de Janeiro de 2017
- 14 de Junho de 2017
- 9 de Março de 2016
Ver Passos Coelho, que de gestão financeira sabe o que aprendeu na empresa do Ângelo Correia onde se ia desenrascando, dizer ao governo que deve substituir dívida mais cara por dívida mais barata é de ir ás lágrimas. Transformar cada apresentação de candidatura autárquica em sessões de conselhos financeiros a Centeno ou em sessões de recolha de louros cada vez que o IGCP vai ao mercado só merece uma gargalhada.
O que Passos Coelho devia explicar aos seus admiradores é porque no seu tempo de governo Passos anunciou que Portugal já estava a pagar a dívida externa e tinha os cofres cheios e agora já sabe que se trata de uma operação de gestão corrente. Também devia explicar ao país se a sua lição meia dúzia de dias antes da operação do IGCP foi coincidência ou se graças a alguma antena dentro do IGCP decidiu usar a agenda da gestão financeira do Estado na sua campanha autárquica.
Parece que Passos Coelho recorre a tudo para tentar sobreviver na s autárquicas e agora até manda alguém saber quando vai ser o próximo leilão de dívida para se antecipar em discursos com lições de gestão financeira. Como é público que o governo decidiu uma antecipação da dívida ao FMI não vão faltar oportunidades para Passos dar lições e depois cobrar ao país pelos seus brilhantes resultados.
Enfim, ficaria muito bem ao governo se agradecesse publicamente as dicas brilhantes de Passos Coelho, quem se lembraria de ir ao mercado conseguir financiamento a juros mais baixos? Sem o brilhantismo intelectual de Passos Coelho o país estaria bem pior, como o próprio explicou, sem as suas ideias os juros seriam maiores, o défice aumentaria e o crescimento diminuiria. Até é uma pena que a newsletter diária não tenha a secção dos "conselhos do Pedro", poderia ajudar os portugueses a ter juros mais baixos, a superar problemas de ereção ou a pagar menos contribuições para a segurança social.
Enfim, ficaria muito bem ao governo se agradecesse publicamente as dicas brilhantes de Passos Coelho, quem se lembraria de ir ao mercado conseguir financiamento a juros mais baixos? Sem o brilhantismo intelectual de Passos Coelho o país estaria bem pior, como o próprio explicou, sem as suas ideias os juros seriam maiores, o défice aumentaria e o crescimento diminuiria. Até é uma pena que a newsletter diária não tenha a secção dos "conselhos do Pedro", poderia ajudar os portugueses a ter juros mais baixos, a superar problemas de ereção ou a pagar menos contribuições para a segurança social.