Jumento do Dia
O provedor Santana fez anos e em vez de receber uma prenda optou por ser ele a oferecer um presente a Passos Coelho, declarando-lhe o seu apoio. Só que é um presente envenenado, Santana espera que o primeiro milho seja para os pardais, depois de Passos correr com Rio e com Morais Sarmento terá de enfrentar uma candidatura de Santana, que ainda não desistiu de voltar ao governo.
«Há doze anos, Pedro Santana Lopes era líder do PSD. E primeiro-ministro. Hoje, reconhece o seu partido "passou por um ano e tal muito difícil" e ainda está a "acordar de um sonho mau". Apesar de ter ganho as eleições, o PSD "viu nascer em Portugal uma solução que não considerava possível" e "demorou a adaptar-se". Talvez por isso, Passos ainda seja mais primeiro-ministro do que líder da oposição.
No capítulo eleições autárquicas, Santana fala sobre a candidata do PSD a Lisboa (câmara que liderou) e diz que não conhece as suas ideias para a cidade. Além disso, reconhece, "em circunstâncias normais não é compreensível" ainda não haver um programa. "Ainda para mais quando a mim me foi dito que se eu tivesse sido candidato a Lisboa teria que deixar a Misericórdia até Fevereiro, Março, comigo há sempre estas urgências todas. Estamos quase em Julho. E o que é que lhes aconteceu? Estão em Marte? Estão em Júpiter?"» [Público]
Ainda que mal pergunte
Só as coisas boas que acontecem durante esta legislatura se devem ao governo anterior?
Só as coisas boas que acontecem durante esta legislatura se devem ao governo anterior?
E não é suspeita de nada
«Eram 10h30 do dia 23 de fevereiro de 2014 quando a inquirição de Henrique Gomes começou no DCIAP. Era aquela hora que os procuradores Carlos Casimiro e Susana Figueiredo começavam as suas inquirições. A expetativa dos magistrados era elevada porque Gomes tinha sido obrigado a demitir-se do posto de secretário de Estado da Energia no primeiro Governo Passos Coelho depois de ter perdido uma batalha no corte das rendas excessivas da EDP.
Os testemunhos de Henrique Gomes e do seu chefe de gabinete (Tiago Andrade e Sousa), que juntamente com Álvaro Santos Pereira foram dos que mais lutaram contra as rendas excessivas da EDP, não pouparam nada nem ninguém – a começar por Santos Pereira e outros membros do Executivo de Passos Coelho. Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças e atual diretor do Fundo Monetário Internacional, Maria Luís Albuquerque, ex-secretária de Estado, sucessora de Gaspar e atual deputada do PSD, e, particularmente, Carlos Moedas, ex-secretário de Estado de Passos Coelho e atual comissário europeu da Ciência e Investigação, foram duramente censurados por Henrique Gomes e por Tiago Andrade e Sousa pela constante obstaculização à redução das rendas da EDP. Tudo em nome do sucesso da privatização da elétrica nacional que foi ganha pelos atuais principais acionistas da elétrica: os chineses da China Three Gorges.
Era o velho objetivo de tornar a EDP mais atractiva, que durava desde 1995 e assegurava receitas garantidas que tornaram a empresa mais cara para a última fase de privatização da elétrica que ocorreu durante o primeiro ano de vida do Governo de Passos Coelho. A EDP foi a primeira empresa a ser privatizada, integrando um ambicioso plano acordado com a troika que obrigava a alcançar a meta de 5 mil milhões de euros como receita. Só a EDP assegurou um pouco mais de 50% desse valor com a venda de 21,35% do capital social por cerca de 2,7 mil milhões de euros. Essa era a preocupação do Ministério das Finanças.» [Observador]
Parecer:
Fala-se muito de Manuel Pinho, mas o que dizer de Maria Luís que pouco depois da privatização "meteu" o marido a ganhar uns cobres na EDP?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questione-se a senhora.»
Na melhor batina cai a nódoa da pedofilia
«O cardeal George Pell, que dirige a Secretaria da Economia do Vaticano e é a terceira figura mais importante da estrutura, foi esta quinta-feira acusado de crimes de abuso sexual de menores na Austrália e intimado a comparecer em tribunal dentro de dias, anunciou a polícia.
Para responder às acusações da justiça australiana, o cardeal já anunciou que vai tirar uma licença para regressar ao país. Uma ausência autorizada pelo próprio Papa Francisco, com quem falou antes de anunciar a decisão aos jornalistas. Em conferência de imprensa, Pell garante que está inocente e que vai ter oportunidade de prová-lo em tribunal. O Vaticano também já fez uma declaração mantendo o apoio ao seu cardeal.» [Observador]
Parecer:
Lá se foi a "virgindade" do papa Francisco, mesmo que tudo se esclareça e o cardeal seja inocente a imagem do Vaticano não fica muito bem.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Os comunistas comem eucaliptos
«O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou na quarta-feira à noite que, ao contrário do que se diz, o problema dos incêndios não se vai resolver com uma reforma florestal que acabe com o eucalipto.
"Agora há uma discussão muito grande sobre o eucalipto, querem-nos fazer acreditar que o problema dos incêndios é problema dos eucaliptos e eu, que até não sou particularmente defensor do eucalipto, acho que não faz sentido estar a demonizar o eucalipto porque nós sabemos que uma grande parte do território não tem eucalipto e que o eucalipto é o que menos arde, portanto, o problema não é do eucalipto", afirmou durante um jantar-conferência Ideias à Prova, iniciativa da Associação para a promoção da Gastronomia e Vinhos, Produtos Regionais e Biodiversidade (AGAVI), em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.
O social-democrata referiu que o primeiro-ministro, António Costa, quer consenso para impor reordenamento florestal e travar o eucalipto devido a "um acordo com o partido ecologista Os Verdes", sem o qual não haveria "geringonça".
"Ele [António Costa] tem um acordo com o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), portanto, não pode ter eucaliptos porque o PEV é contra os eucaliptos e não há geringonça sem PEV, logo acabaram os eucaliptos, é simples, é disto que se trata, o resto são partes gagas", vincou.» [Expresso]
Parecer:
O oportunismo levado ao extremo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»