FOTO JUMENTO
Flor de árvore da Quinta das Conchas, Lisboa
IMAGENS DOS VISITANTES D'O JUMENTO
Reflexos [A. Cabral]
JUMENTO DO DIA
José Sócrates
Há um ano atrás o falecido Ernâni Lopes foi às jornadas parlamentares propor um corte de 20% nos vencimentos dos funcionários públicos a que Sócrates respondeu repetidamente que o seu governo não cortaria nos vencimentos. Nas jornadas parlamentares, do PSD, realizadas na semana passada, José Manuel Fernandes fez de lebre foi propor despedimentos na Função Público, a que Sócrates responde prontamente que não o faria.
Ao responder a uma proposta de José Manuel Fernandes o que José Sócrates fez não foi tranquilizar os funcionários públicos mas sim colocar a questão em debate em cima da mesa. Uns dirão que sim, outros que não, alguns que apenas em certas circunstâncias, no final teremos uma medida que já terá sido aceite por muito boa gente, uma medida impensável à um ano que passa a ser uma medida razoável e bastará o governo pensar que os juros baixarão ou que a Merkel ficará contente para avançar com ela.
Se o PSD não propôs a medida porque razão Sócrates a introduziu no discurso pondo uma boa parte do país a discuti-la? Como é que os portugueses conseguirão distinguir as garantias de que não haverão despedimentos das que há um ano deu de que não haveriam cortes nos vencimentos? Sócrates que o explique.
«José Sócrates garantiu ontem que a função pública não vai sofrer despedimentos. O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado critica as declarações, dizendo que os trabalhadores "não ficam descansados, antes pelo contrário".
A garantia dada pelo primeiro-ministro de que não vão existir despedimentos na função pública foi recebida com criticas pelo sindicalista Bettencourt Picanço, que referiu que os trabalhadores "não ficam descansados, antes pelo contrário".» [Expresso]
TEMPESTADE PERFEITA
«Se ser grande estadista inclui capacidade para transmitir ideias-chave, Hillary Clinton deu ontem mais um passo para a imortalidade. Em Munique, virou-se para a audiência de especialistas sobre segurança mundial, e definiu o que pode vir a sair das revoltas do Norte de África: "Tempestade Perfeita." Ninguém se deixou iludir pela palavra final gentil. Perfeita junto a tempestade é aterrador, ponto final. Mesmo aqueles que ignoram o que seja cientificamente a conjugação de vários fenómenos meteorológicos, todos a trabalhar para o mal, têm Hollywood para ajudá-los a imaginar o que nos pode esperar: em Tempestade Perfeita (filme de 1991), George Clooney combatia ondas de dez andares. Estão a ver uma coisa assim a vir pelo mar fora, humm, deixa-me ver, pelo Mediterrâneo... Um que percebeu o sentido da fórmula de Clinton foi David Cameron, também presente em Munique. Pediu desculpa pelas ligações ao Reino Unido dos recentes ataques terroristas islâmicos na Suécia e Dinamarca: "Os nossos governos têm sido demasiado condescendentes com quem não dá valor à democracia e igualdade de direitos", disse o primeiro-ministro britânico. Que acrescentou: "A Europa precisa de despertar para o que está a ocorrer nos nossos países." Repararam? O Egipto, a ferro e fogo, e Cameron a falar do que "ocorre nos nossos países..." Não é egoísmo a mais? Não, é acordar para a realidade. » [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
E QUANDO É QUE VOLTAS?
«Só voltarei se a minha empresa quiser abrir uma filial em Portugal, gosto de viver e de trabalhar aqui, sou reconhecido e tenho uma óptima qualidade de vida. Não sei se sabes, mas a Alemanha precisa de mão-de-obra qualificada. A população está envelhecida e as previsões apontam para que, a partir de 2015, sejam necessários 500 mil imigrantes por ano para assegurar o ritmo a que a economia vai crescendo. Sim, a previsão é que a economia cresça 2,3% este ano e que o desemprego baixe dos 7,7% para os 7%. Por isso, não sei se leste o Der Spiegel e viste as notícias em Espanha sobre o encontro entre a Merkel e o Zapatero, mas não se fala noutra coisa que na oferta de trabalho que a Alemanha está neste momento a fazer a jovens engenheiros, arquitectos, informáticos e médicos que sejam oriundos do Sul e do Leste. É uma oportunidade fantástica! Ganha-se mais e é uma experiência única. Há que saber um pouco de alemão, mas para nós portugueses é fácil desenrascamo-nos bem com as línguas, e eles até fomentam a aprendizagem através de formação gratuita.
Para mim, que tenho 32 anos e sou licenciado em Engenharia Electrotécnica e Computadores pelo Técnico, não foi difícil vir para cá. Há três anos, disponibilizei o meu CV online e fui logo chamado por uma empresa que fabrica sistemas microelectrónicos completos integrados em silício. Estou contente, é uma outra cultura, outra mentalidade. Aqui, a opinião de uma pessoa que está no início de carreira é tida em conta, é um contributo valioso e incentivado. Somos parte da decisão e recompensados por isso. Em Portugal, era exactamente o contrário. Imagina que estava a trabalhar numa empresa que pagava muito mal e que, pior que tudo, me tratava como um mentecapto, que apenas ali estava para clicar uns quantos botões e permanecer caladinho. Não convinha dar muito nas vistas porque os chefes de divisão, os que recebiam os prémios, apressavam-se logo a pisar-te com medo que lhes roubasses o lugar. Fartei-me! Tenho a certeza absoluta de que se passas muito tempo a trabalhar num emprego abaixo da tua qualificação e se ainda por cima te tratam mal o acabas por aceitar como algo natural. E isso eu não queria. Sair foi a decisão mais acertada da minha vida.
Ganho hoje um ordenado que seria impossível em Portugal. Os jovens qualificados podem receber entre 30 e 40 mil euros por ano, o que chega e sobra para viver em Munique, viajar e divertir-me. Tenho aqui amigos portugueses, encontramo-nos de vez em quando num restaurante português (nunca se esquecem as raízes!) e os alemães, esses, que são demasiado racionais, não percebem como é que eu fui capaz de deixar um país maravilhoso com tanto sol e um clima ameno...
Abraços, Miguel.» [DN]
Autor:
Maria de Lurdes Vale.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
BUSH PODE SER PROCESSADO POR TER AUTORIZADO TORTURAS
«A Amnistia Internacional (AI) afirmou hoje que o antigo Presidente norte-americano George W. Bush pode ser processado em qualquer país depois de ter admitido publicamente que tinha autorizado torturas nos interrogatórios dos serviços de segurança norte-americanos.
Bush cancelou no sábado uma visita privada à Suíça prevista para a próxima semana no meio das pressões de grupos activistas que tinham convocado protestos e pedido ao governo suíço para abrir um processo judicial contra o ex-Presidente, segundo a imprensa helvética. » [DN]
Parecer:
Duvido.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
AFGHANISTAN, JANUARY 2011 [Boston.com]
TWILIGHT LANDING AT LAX (COCKPIT VIEW)
IGUALDADE
KIA