domingo, fevereiro 13, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Flor da Quinta das Conchas, Lisboa

IMAGENS DOS VISITANTES D'O JUMENTO

Gaivota [A. Cabral]

JUMENTO DO DIA

Francisco Louçã

O líder do BE começa a evidenciar sintomas de decadência e começa a recordar os gloriosos líderes comunistas quando deixam de entender a realidade, Louçã nunca recuperou da humilhação sofrida no debate eleitoral frente a Sócrates e desde então deixa-se condicionar pelo ódio. É compreensível, para um grande líder do proletariado é inaceitável ser derrotado nos argumentos pelo primeiro-ministro de um governo da burguesia e isso é uma nódoa inaceitável na vaidade de Francisco Louçã.

Apresentou uma moção de censura para derrubar o governo do PS e ajudar a direita a chegar ao poder para horas depois o seu número dois vir pedir ao PSD para não votar a moção, agora diz disparates próprios de um louco comparando Portugal ao Egipto e dizendo que está a representar metade dos portugueses.

Por este andar Louçã vai ter o mesmo destino de muitos líderes comunistas falhados, o manicómio, só que no seu caso não será a liderança do BE a decidi-lo, é mais provável que sejam mesmo os médicos.

«Francisco Louçã defende que a moção de censura que o Bloco de Esquerda vai apresentar "responde por mais de metade da população portuguesa" e sublinhou que Portugal é hoje um país "mais desigual" que o Egito. » [Expresso]

UNIDOS PELA LIBERDADE?

As duas imagens referentes a festejos no Cairo depois de Mubarak se ter demitido dizem tudo sobre as dúvidas em relação ao futuro do Egipto, daqui a uns anos os egípcios estarão a gozar a liberdade segundo o conceito da jovem da primeira imagem ou esta estará sujeita aos conceitos de liberdade do senhor da segunda fotografia?

Onde é que eu já vi isto? Quantas jovens iranianas em tudo semelhantes à da primeira imagem terão celebrado a partida da Xá com a mesma alegria da jovem egípcia e a esta hora já sofreram décadas de perseguição?

"EXIT THROUGHT THE GIFT SHOP", UM FILME DE BANSKY?

IMAGEM DEPRIMENTE

Na Quinta das Conchas as árvores mais antigas estão a ser abatidas às dezenas, dizem-me que com o argumento de estarem doentes. É estranho, parece que a epidemia está localizada apenas naquele parque de Lisboa.

Calculo que quando travarem a doença aquele Parque estará pronto para promover a prometida promoção da biodiversidade introduzindo um rebanho de ovelhas!

A imagem mostra umas das muitas árvores doentes, o estranho é que a doença apenas ataca as árvores de maior porte.

AMANHÃ É UM HIERÓGLIFO

«Ouvido no Congresso, na quinta-feira, o patrão da CIA, Leon E. Panetta, fez uma revelação fantástica: "Há fortes indícios de que Mubarak caia esta tarde." Isso horas antes de Hosni Mubarak aparecer na televisão a dizer que, de facto, se ia embora... em Setembro próximo. Os ajudantes de Panetta, segundo o New York Times, apressaram-se a explicar que a previsão do espião-mor era baseada em notícias de jornais e não em relatórios dos agentes. Ontem, soube-se que as especulações dos jornais, afinal, acertaram (mais ou menos): com 24 horas de atraso, Mubarak sempre caiu... Este andar às aranhas do mais bem informado serviço de informações ocidental não me deixa tranquilo. Insisto: que um povo sacuda um jugo é bom, mas bom mesmo é que ele não caia para pior. E pior do que o regime militar que governa o Egipto desde 1952 existe. Olhem, a monarquia saudita, para não nos ficarmos pelo habitual exemplo iraniano. A coragem demonstrada pelos cairotas e a prudência política dos militares são dois dos elementos portadores de esperança na crise egípcia. Pode ser pouco perante a falta de organizações democráticas - mas esse é um problema que os egípcios é que têm de resolver. Saibam a Europa e os Estados Unidos ajudá- -los financeira e politicamente, mostrando um interesse uns palmos acima do revelado pelo episódio trapalhão da CIA de Panetta. E saibam porque o interesse é também seu. » [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

QUERES VER QUE O FMI NÃO VEM?

«Querem ver que afinal o FMI não vem? Pois é. Para todos, cá dentro e lá fora, que têm escrito ou dito que o acordo está feito e que os homens do Fundo estão prestes a desembarcar no aeroporto da Portela, os últimos sinais não são encorajadores. Em primeiro lugar, a emissão de dívida desta semana correu bem. A procura superou de novo largamente a oferta, a esmagadora maioria veio do estrangeiro e, em relação ao leilão anterior, os juros desceram 0,3 pontos a um ano e 0,7 pontos a meio ano, mantendo-se a tendência descendente. Dir-se-á: é da expectativa em relação à remodelação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Ou da crise no Médio Oriente e Norte de África, que nos tira dos holofotes da imprensa internacional. Dir-se-á: mesmo assim, juros acima dos 6% nos prazos mais longos (a cinco e dez anos) continuam a ser demasiado elevados. E tudo somado viremos a pagar um elevado preço por isto: cerca de €5000 mil até ao final de 2013.

Dir-se-á: não estamos a coberto de novas surpresas negativas. E se a execução do Orçamento do Estado derrapa? E se a chanceler alemã Angela Merkel volta a reafirmar que os países periféricos têm de se virar por si e comer o pão que eles amassaram? Pois tudo é possível acontecer neste caminho estreitíssimo que estamos a trilhar. Mas que o FMI está mais longe, lá isso está.

Para isso, é necessário, claro, contar com uma forte conjunção dos astros. O primeiro ponto decisivo é que Alemanha e França reforcem os sinais que têm dado nas últimas semanas, ou seja, que perceberam que a estratégia de "salvação" individual de cada um dos países pressionados pelos mercados tem sido um desastre. Não só não se salvam, como os pedidos de ajuda que Grécia e Irlanda fizeram não pararam a pressão especulativa que se passou a centrar sobre novas presas. Se Berlim e França mudaram efetivamente a sua perceção sobre a estratégia a seguir, então é provável que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira possa ter uma ação muito mais direta e decisiva na compra de dívida pública dos países ameaçados, contribuindo para a redução drástica das taxas de juro. E o segundo ponto é que a execução orçamental seja cumprida de forma draconiana. Bem podem os juízes, os sindicatos, as escolas privadas ameaçar, fazer campanhas na rua, avançar para os tribunais. Se o Governo ceder aos sucessivos interesses que vão resistir a estas medidas de austeridade, então o Orçamento não será cumprido e a paciência da Alemanha e Bruxelas para connosco acaba no mesmo instante. Nesse dia, aterram em Lisboa os homens do FMI e faremos tudo o que se está a tentar fazer - e mais umas quantas coisas que não nos vão agradar de todo.

Última nota: a crise mostrou que os mercados acreditam bastante menos nos resultados da intervenção do FMI. Basta ver as taxas de juro de longo prazo a que é transacionada a dívida pública de Irlanda e Grécia (à volta de 9% e 10% respetivamente). Ou os receios de que os dois países entrem em incumprimento da sua dívida externa. Não se vendo claramente o que Atenas e Dublin ganharam com os pedidos de ajuda que fizeram, não se percebe porque tantos notáveis do reino continuam a insistir que seria preferível pedirmos ajuda ao FMI. Ou melhor, percebe-se muito bem. Mas isso nada tem que ver com a situação económica. » [Expresso]

Autor:

Nicolau Santos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MARQUES MENDES: DEVIA SER PROIBIDO UM GOVERNO MINORITÁRIO

«"Devia ser proibido um Governo que não tivesse maioria porque isso é um crime político, como está à vista de todos", salientou Luís Marques Mendes, à margem da apresentação do seu livro "O Estado em que Estamos", no qual defende precisamente essa ideia.

Para o social-democrata, um governo sem maioria, seja só de um partido ou de coligação, leva o país a "sofrer as consequências", como a "instabilidade permanente", que provoca, por exemplo, falta de investimento.» [DN]

Parecer:

Pois, e realizar-se-iam eleições sucessivas até sair um governo maioritário.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Marques Mendes se o seu patrão lhe paga para se dedicar à política e dizer asneiras.»

CAMPOS E CUNHA DIZ QUE ESTADO TEM-SE COMPORTADO COMO A DONA BRANCA

«Campos e Cunha acusou hoje, sexta-feira, o Estado de, nos últimos dez anos, se "ter comportado como a Dona Branca".

Isto porque, frisou, "quando os mercados acalmaram no início de Janeiro, o Governo começou logo a falar outra vez do TGV [comboio de alta velocidade], o que é inacreditável".» [DN]

Parecer:

Um bom exemplo de como o Estado se tem comportado como Dona Branca é a pensão vitalícia e choruda que Campos e Cunha recebe do Banco de Portugal, imoralidade que justificou como um direito adquirido. Algumas personalidades que enchem os bolsos à custa do povo deviam levar um selo na testa para que ninguém lhes desse ouvidos, acabando-se com esta raça de falsos independentes que andam de partido em partido em busca de cargos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Campos e Cunha se tem autoridade moral para fazer este tipo de críticas, ele que é um beneficiário de um sistema proxeneta que asfixiou o Estado.»

PORTAS DIZ QUE NÃO ESPERA PELO PSD PARA DECIDIR SOBRE MOÇÃO DE CENSURA

«O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, disse hoje que não vai aguardar pela decisão do PSD sobre a moção de censura do Bloco de Esquerda ao Governo, mas recusou avançar uma data para anunciar a posição do seu partido.

"O caminho do CDS decide-se por si próprio. Não aguarda por ninguém", disse aos jornalistas Paulo Portas que falava em Aveiro, onde foi depositar o voto para as eleições diretas do CDS, às quais concorre sem adversários.» [Expresso]

Parecer:

Tanto quanto se sabe o CDS não é uma secção do PSD nem existe entre os dois partidos qualquer posição de princípios em matéria de estratégia política, Portas está a pôr-se em bicos de pés.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Portas porque está com tanta pressa de chegar ao poder.»

PEDRO SILVA PEREIRA PROVOCA O PSD

«Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência, considera que o PSD está a admitir ser "liderado pela irresponsabilidade do Bloco de Esquerda" ao não avançar já com a sua posição quanto à moção de censura.

O dirigente do PS Pedro Silva Pereira considerou hoje que o PSD está a admitir ser "liderado pela irresponsabilidade do BE" ao não avançar já com a sua posição quanto à moção de censura.

"Francamente não entendo a razão desta demora, cada dia que passa é um dia em que o PSD está a sinalizar que admite ser liderado pela irresponsabilidade do BE", afirmou o membro do secretariado nacional do PS.» [Expresso]

Parecer:

Parece que o ministro da Presidência está interessado em que o PSD vote favoravelmente a moção de censura.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se contenção e menos verborreia ao ministro da Presidência pois a situação do país não é a mais adequada para joguinhos perigosos e recorde-se-lhe que ainda há poucos dias o PS andava de braço dado com o BE e Manuel Alegre.»

PAULO MACHADO DESMENTE GOVERNO A PROPÓSITO DA TRAPALHADA ELEITORAL

«O antigo diretor-geral da Administração Interna, Paulo Machado, desmente a versão do Governo sobre os problemas com o cartão do cidadão no dia das eleições presidenciais.

À TSF, Paulo Machado refutou as declarações da secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, que ontem defendeu que a equipa do ministério só soube no dia das eleições que não tinham sido cumpridas as ordens para notificar os cidadãos cujo número de eleitor tinha sido alterado.

"A decisão de não notificar não foi uma decisão unilateral da minha parte, foi uma decisão participada. Não foi sobretudo uma manobra minha à revelia das outras pessoas, não sou um delinquente (...) não trabalhei sozinho, nem sou um insubordinado", garante Paulo Machado.» [Expresso]

Parecer:

Neste caso cheira-me a cobardia política por parte dos membros do governo da Administração Interna.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apure-se a verdade.»

MORREU GÉRARD CASTELLO LOPES

A fotografia é uma forma de ficção.
É ao mesmo tempo um registro da realidade e um auto-retrato,
porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira."
(Gérard Castello Lopes)

«Morreu hoje em Paris o fotógrafo e distribuidor de cinema Gérard Castello-Lopes, vítima de doença prolongada, disse um familiar à Agência Lusa.

Gérard Castello Lopes tinha 85 anos e vivia em Paris. A família ainda não decidiu se o fotógrafo será sepultado em França.

O fotógrafo e distribuidor de filmes foi também crítico de cinema, tendo-se iniciado no mundo da imagem como autodidata. Castello-Lopes nasceu em Vichy (França), em 1925, mas viveu em Lisboa, Cascais e Estrasburgo, onde integrou o corpo diplomático da Missão Permanente de Portugal junto do Conselho da Europa. » [Expresso]

RON JONES

ONIDA