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Papoila branca do Parque Florestal de Monsanto, Lisboa
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Aldeia de Monsanto [A. Cabral]
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Cavaco Silva
O Presidente da República fez um discurso igual a todos os outros, sem chama, sem ser capaz de pensar em todos os portugueses, condicionado pelos seus preconceitos políticos e partidários e manipulador. Ignora a crise internacional numa tentativa de atribuir culpas, esquece que o modelo que faliu foi aquele que resultou da forma como gastou as ajudas comunitárias, faz que não percebe que fenómenos como a corrupção e o assalto dos aparelhos partidários ao Estado foi uma invenção dos seus governos de maioria absoluta.
Teve a oportunidade de exigir um governo alargado mas não o fez, dizia que isso cabia ao parlamento, agora que sonha com um governo de direita e quando a situação é de crise total já apela a um governo alargado que despreze as opções dos portugueses e ainda antes de haver qualquer parlamento.
E acaba o discurso usando os Capitães de Abril fazendo um apelo a uma mudança, o que só pode ser entendido como um apelo subliminar ao voto na direita:
«Os que fizeram o 25 de Abril não perderam a esperança de mudar. Ao fim de tantos anos de regime autoritário, era fácil resignarem-se, baixarem os braços, julgarem que não seria possível construir um país novo. Não foi o que sucedeu aos que fizeram o 25 de Abril. Eles não tiveram medo do futuro e acreditaram na mudança – e por isso aqui, neste dia, evocamos o seu patriotismo heróico.Não é menor o patriotismo heróico que se exige aos Portugueses do nosso tempo. Nós, todos nós, teremos de ser os heróis do presente. Unidos como povo soberano, não devemos recear o futuro. Temos de começar já hoje a construir um país digno da memória de Abril e da sua esperança.» [Público]
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Em qualquer país do mundo os erros de previsão e de aplicação das normas comunitárias em matéria de contabilização da dívida seriam mais do que suficientes para demitir um ministro das Finanças. Por cá defende-se o ministro, indigna-se por não conduzir as negociações com a troika e lamenta-se não ser candidato a deputado.
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Se há alguém do PSD que ainda não tenha recebido uma comenda ou condecoração de Cavaco Silva faça o favor de ir para a fila.
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«Kadhafi nunca morreu de amores por Saddam e se em 2004 pôs de lado as suas ambições nucleares foi para não imitar o destino do presidente iraquiano, derrubado um ano antes. É certo que a sua filha se ofereceu para ser advogada de Saddam e que o próprio Kadhafi opinou que a invasão abrira as portas à Al-Qaeda. Mas, mais do que sinais de simpatia tardia pelo ditador iraquiano, tratava-se dos típicos gestos para agradar a tudo e todos, claro os novos amigos ocidentais mas sem esquecer as massas árabes. E, no meio dessas declarações tão erráticas como o percurso do líder líbio, uma frase acabou por deixar bem claro qual a sua preocupação: que o derrube de Saddam pela tropas americanas e britânicas não servisse de precedente para atacar a Líbia.
Mas estão erradas as analogias entre a intervenção no Iraque há oito anos e os actuais bombardeamentos às tropas de Kadhafi. Quando muito servem para expor a duplicidade da França, tão avessa a atacar Saddam como campeã do encostar de Kadhafi à parede, ou as contradições dos espanhóis: o primeiro-ministro Zapatero foi contra invadir o Iraque, mas apoia o ataque à Líbia, enquanto o antecessor Aznar, ao lado de Bush e Blair na cimeira dos Açores onde se traçou o destino de Saddam, lamenta as bombas contra Kadhafi. A comparação deve ser feita com o Iraque sim, mas não o de 2003. Nem sequer com o de 1991, quando a coligação mandatada pela ONU obrigou as tropas iraquianas a retirar-se do Koweit. A analogia do que se está a passar na Líbia deve ser feita com os acontecimentos no Iraque posteriores à libertação do Koweit, quando um mandato da ONU tão impreciso como o actual em relação à Líbia permitia fustigar Saddam sem dar margem legal para o derrubar. Tal como a resolução 1973 autoriza bombardeamentos que protejam das tropas de Kadhafi os civis (leia-se cidades sob controlo dos rebeldes), a resolução 688 criava duas no-fly zones para salvar os revoltosos xiitas e curdos das represálias do regime de Bagdad.
Como Saddam se apoiava na minoria sunita, também Kadhafi sabe contar com a sua tribo. E, se a guerra se prolongar, haverá forma de o regime de Tripoli exportar petróleo tal como fazia o de Bagdad, mesmo que se reconheça tal direito também aos rebeldes da Cirenaica como em tempos aos curdos do Norte do Iraque. E para quem se esquecer de que Saddam, mesmo pária, continuou a ser aceite como presidente do Iraque, note-se que poucos imitaram a França no reconhecimento ao governo oposicionista em Bengazi. Sabe-se como terminou o impasse no Iraque, com Saddam incapaz de governar parte do país mas a resistir mais de uma década a bombardeamentos e sanções até uma invasão o afastar do poder. Não se sabe quanto durará este impasse na Líbia, mas tanto Kadhafi como aqueles que o atacam conhecem demasiado bem a história de Saddam e do Iraque. » [DN]
Autor:
Leonídeo Paulo Ferreira.
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«Um membro da Guarda Real do Palácio de Buckingham foi afastado do seu serviço no dia do casamento real depois de ter chamado a Kate Middleton, noiva do príncipe William, “vaca arrogante” e “cadela riquinha” na sua página no Facebook.
Cameron Reilly, de 18 anos, escreveu na sua página da rede social: “Ela e William passaram de carro por mim na sexta-feira e tudo o que recebi foi a porcaria de um aceno, enquanto ela olhava para o outro lado, vaca arrogante idiota, não sou suficiente bom para eles! Cadela riquinha!”.» [CM]
Parecer:
Parece que na Inglaterra o Facebook é mais interessante.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
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