terça-feira, abril 26, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




FOTO JUMENTO


Papoila branca do Parque Florestal de Monsanto, Lisboa
IMAGENS DOS VISITANTES D'O JUMENTO


Aldeia de Monsanto [A. Cabral]
JUMENTO DO DIA


Cavaco Silva

O Presidente da República fez um discurso igual a todos os outros, sem chama, sem ser capaz de pensar em todos os portugueses, condicionado pelos seus preconceitos políticos e partidários e manipulador. Ignora a crise internacional numa tentativa de atribuir culpas, esquece que o modelo que faliu foi aquele que resultou da forma como gastou as ajudas comunitárias, faz que não percebe que fenómenos como a corrupção e o assalto dos aparelhos partidários ao Estado foi uma invenção dos seus governos de maioria absoluta.
 
Teve a oportunidade de exigir um governo alargado mas não o fez, dizia que isso cabia ao parlamento, agora que sonha com um governo de direita e quando a situação é de crise total já apela a um governo alargado que despreze as opções dos portugueses e ainda antes de haver qualquer parlamento.
  
E acaba o discurso usando os Capitães de Abril fazendo um apelo a uma mudança, o que só pode ser entendido como um apelo subliminar ao voto na direita:
  
«Os que fizeram o 25 de Abril não perderam a esperança de mudar. Ao fim de tantos anos de regime autoritário, era fácil resignarem-se, baixarem os braços, julgarem que não seria possível construir um país novo. Não foi o que sucedeu aos que fizeram o 25 de Abril. Eles não tiveram medo do futuro e acreditaram na mudança – e por isso aqui, neste dia, evocamos o seu patriotismo heróico.Não é menor o patriotismo heróico que se exige aos Portugueses do nosso tempo. Nós, todos nós, teremos de ser os heróis do presente. Unidos como povo soberano, não devemos recear o futuro. Temos de começar já hoje a construir um país digno da memória de Abril e da sua esperança.» [Público]

 OCUPADO

  
 AOS POUCOS VAMOS CONHECENDO O PROGRAMA DE PASSOS COELHO


 ESTRANHO

Em qualquer país do mundo os erros de previsão e de aplicação das normas comunitárias em matéria de contabilização da dívida seriam mais do que suficientes para demitir um ministro das Finanças. Por cá defende-se o ministro, indigna-se por não conduzir as negociações com a troika e lamenta-se não ser candidato a deputado.

 SUGESTÃO

Se há alguém do PSD que ainda não tenha recebido uma comenda ou condecoração de Cavaco Silva faça o favor de ir para a fila.
  
 

 ESTA LÍBIA COMEÇA A PARECER CERTO IRAQUE

«Kadhafi nunca morreu de amores por Saddam e se em 2004 pôs de lado as suas ambições nucleares foi para não imitar o destino do presidente iraquiano, derrubado um ano antes. É certo que a sua filha se ofereceu para ser advogada de Saddam e que o próprio Kadhafi opinou que a invasão abrira as portas à Al-Qaeda. Mas, mais do que sinais de simpatia tardia pelo ditador iraquiano, tratava-se dos típicos gestos para agradar a tudo e todos, claro os novos amigos ocidentais mas sem esquecer as massas árabes. E, no meio dessas declarações tão erráticas como o percurso do líder líbio, uma frase acabou por deixar bem claro qual a sua preocupação: que o derrube de Saddam pela tropas americanas e britânicas não servisse de precedente para atacar a Líbia.
  
Mas estão erradas as analogias entre a intervenção no Iraque há oito anos e os actuais bombardeamentos às tropas de Kadhafi. Quando muito servem para expor a duplicidade da França, tão avessa a atacar Saddam como campeã do encostar de Kadhafi à parede, ou as contradições dos espanhóis: o primeiro-ministro Zapatero foi contra invadir o Iraque, mas apoia o ataque à Líbia, enquanto o antecessor Aznar, ao lado de Bush e Blair na cimeira dos Açores onde se traçou o destino de Saddam, lamenta as bombas contra Kadhafi. A comparação deve ser feita com o Iraque sim, mas não o de 2003. Nem sequer com o de 1991, quando a coligação mandatada pela ONU obrigou as tropas iraquianas a retirar-se do Koweit. A analogia do que se está a passar na Líbia deve ser feita com os acontecimentos no Iraque posteriores à libertação do Koweit, quando um mandato da ONU tão impreciso como o actual em relação à Líbia permitia fustigar Saddam sem dar margem legal para o derrubar. Tal como a resolução 1973 autoriza bombardeamentos que protejam das tropas de Kadhafi os civis (leia-se cidades sob controlo dos rebeldes), a resolução 688 criava duas no-fly zones para salvar os revoltosos xiitas e curdos das represálias do regime de Bagdad.
  
Como Saddam se apoiava na minoria sunita, também Kadhafi sabe contar com a sua tribo. E, se a guerra se prolongar, haverá forma de o regime de Tripoli exportar petróleo tal como fazia o de Bagdad, mesmo que se reconheça tal direito também aos rebeldes da Cirenaica como em tempos aos curdos do Norte do Iraque. E para quem se esquecer de que Saddam, mesmo pária, continuou a ser aceite como presidente do Iraque, note-se que poucos imitaram a França no reconhecimento ao governo oposicionista em Bengazi. Sabe-se como terminou o impasse no Iraque, com Saddam incapaz de governar parte do país mas a resistir mais de uma década a bombardeamentos e sanções até uma invasão o afastar do poder. Não se sabe quanto durará este impasse na Líbia, mas tanto Kadhafi como aqueles que o atacam conhecem demasiado bem a história de Saddam e do Iraque. » [DN]

Autor:

Leonídeo Paulo Ferreira.
  


 GUARDA RAL SEM PAPAS NA LÍNGUA

«Um membro da Guarda Real do Palácio de Buckingham foi afastado do seu serviço no dia do casamento real depois de ter chamado a Kate Middleton, noiva do príncipe William, “vaca arrogante” e “cadela riquinha” na sua página no Facebook.
  
Cameron Reilly, de 18 anos, escreveu na sua página da rede social: “Ela e William passaram de carro por mim na sexta-feira e tudo o que recebi foi a porcaria de um aceno, enquanto ela olhava para o outro lado, vaca arrogante idiota, não sou suficiente bom para eles! Cadela riquinha!”.» [CM]

Parecer:

Parece que na Inglaterra o Facebook é mais interessante.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»