Caro Vítor,
Se eu fosse empregado da Fundação Soares dos Santos não o estaria a incomodar, o senhor super merceeiro desviaria uma pequena parte dos impostos que ainda paga em Portugal e além de ter um bom ordenado, como o deveram ter o António Barreto e estaria a salvo de cortes de subsídios. Com sorte até teria uma compensação para recuperar os seus aumentos dos impostos.
Se eu fosse empregado da Fundação Soares dos Santos não o estaria a incomodar, o senhor super merceeiro desviaria uma pequena parte dos impostos que ainda paga em Portugal e além de ter um bom ordenado, como o deveram ter o António Barreto e estaria a salvo de cortes de subsídios. Com sorte até teria uma compensação para recuperar os seus aumentos dos impostos.
Se eu fosse funcionário público no Banco de Portugal como é o caso do meu amigo estaria a salvo das suas medidas como o meu amigo vai estar quando regressar, continuaria a beneficiar dos subsídios, não teria sofrido dos congelamentos e cortes dos últimos anos e teria uma pensão choruda assegurada por negócios que os portugueses desconhecem mas seria interessante conhecerem.
Se eu fosse professor não o estaria a incomodar pois ou estaria a ser "emabalado" para despedimento pelo seu colega Crato que como sabe está às suas ordens ou á estaria a caminho do Lobito ou do Morro do Alemão seguindo a sugestão do Passos Coelho.
Se fosse empresário estaria agora a fazer contas à parte que me caberia por conta do empobrecimento dos portugueses que em boa hora está promovendo. Entretanto, estaria a tratar da mudança do meu capital para a Holanda pondo a salvo de algum arrependimento da sua parte.
Se fosse um pensionista pobre não estaria a incomodá-lo pois a troco do meu modesto voto estaria à margem das medidas de austeridade o que, aliás, me serve de pouco pois para passar ainda mais fome basta ter aumentado em 10% o IVA sobre uma boa parte do que consumo.
Mas sou funcionário público e por isso não posso escapar às suas investidas e ao que em feito aos funcionários públicos quase me apetece sugerir-lhe que use preservativo pois basta os males que já nos fez. Mas não, venho meter-lhe uma cunha, que me mande para o Banco de Portugal, que me aceite como assessor com um vencimento que é fixado a olho e inclui subsídios, que me sugira para um lugar de vogal num regulador, enfim, que me mande paraum desses paraísos que está poupando quando trama os portugueses mais pobres.