quarta-feira, janeiro 11, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Castelo de Almourol
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Coelhos dos que se escrevem com "o", Viseu [J. Carvalho]
  
A mentira do dia d'O Jumento: o Patinhas luso-chinês
 

Jumento do dia


Eduardo Catroga, assalariado dos chineses da EDP
 
Se um político com quase 70 e com uma pensão de reforma de quase 10.000 tivesse vergonha não se sujeitaria ao enxovalho de ir para  a EDP ganhar uma pequena fortuna a troco de nada fazer ficando evidente que fazia parte de um negócio em que recebe a troco do prejuízo do país. Mas Eduardo Catroga não só se sujeita a tudo como ainda goza com os portugueses.
 
O mesmo político que aprova cortes de ordenados e o empobrecimento dos portuguese justifica o seu enriquecimento fácil com os impostos que vai pagar. Mas que grande falta de dignidade!

«Questionado pelo jornal, Catroga desvaloriza: “50% do que eu ganho vai para impostos. Quanto mais ganhar, maior é a receita do Estado com o pagamento dos meus impostos, e isso tem um efeito redistributivo para as políticas sociais”.» [i]

 António Ribeiro Ferreira, um jornalista mal informado
 
António Ribeiro Ferreira parece detestar os funcionários públicos e aproveitou a notícia sobre o combate ao tabagismo para se atirar a um dos seus alvos preferidos, as asneiras sobre as proibições supostamente defendidas pelo ministério eram a prova de que há funcionários amais. O problema é que o director do jornal "i" anda mal informado e, pior do que isso, opina em editorial ofendendo muita gente sem se dar ao trabalho de saber do que fala ou escreve. Junta o estúpido ao desagradável, é um mau jornalista e é um mau director.
 
Se fosse um jornalista bem informado teria ficado a saber que o que por aí se diz nem vai ser necessariamente adoptado nem resulta de qualquer conspiração dos funcionários públicos contra os formadores. São conclusões de um estudo encomendado pela Direcção-Geral de Saúde.
   
 Pobres leitores do jornal "'i", andam a ler vómitos e ainda os pagam.
 
«Só faltava mais esta. Não bastava a classe política andar entretida com aventais, tinha de vir o Ministério da Saúde anunciar a revisão da lei do tabaco, com mais atentados à liberdade de quem gosta e quer fumar. Este país na bancarrota, sabe-se lá com que futuro e com que moeda, tem gente na administração pública que faz tudo para provar aos contribuintes que o Estado seria muito mais eficaz com menos funcionários. De facto, ninguém no seu perfeito juízo pode andar a pagar ordenados e outros custos para uns tantos higieno-fascistas afogarem as suas frustrações em leis e projectos fundamentalistas que são atentados às liberdades, à economia e ao emprego.» [i]

 O que pensaria Confúcio se fosse vivo

Que a receber 50.000 o Eduardo Catroga vale menos do que um pentelho.

 Aviso

Aceitam-se candidatos a lugares da REN que brevemente será vendida aos nossos amigos chineses. Dá-se prioridade a personalidades do PSD, que tenham feito fretes ao primeiro-ministro ou que o tenham ajudado a ganhar eleições, é o caso, a título de exemplo, de gente como o João Duque ou o Luís Cunha.

Quem tiver contas por saldar é favor dirigir-se à Rua da Imprensa à Estrela ou inscrever-se no novo portal do governo.
     
 

 Com a verdade me enganas

«Passos Coelho não levou amigos, colegas ou parente para o Governo. Está a colocá-los em empresas e outros organismos. O critério é o da competência. Serão apenas pessoas do PSD ou CDS competentes?

Nos momentos de angústia que antecedem a escrita deste artigo, penso nos temas que gostaria de abordar. Podia falar da Jerónimo Martins e de como esta empresa já paga pouco IRC em Portugal (nem precisou de mudar a sede). Falar da televisão digital terrestre e de como o sistema político, em consonância com o económico, não quis mais canais na plataforma gratuita. Falar do empobrecimento de Portugal e de como isso afecta a democracia.

Prefiro falar de outro tema que tem, nos últimos dias (deveria antes dizer anos, décadas?), dominado a actualidade. Nomeações. Tema que serve todos: os demagogos e os que defendem que falar destas coisas é demagogia. Vou fazer demagogia.... Algumas citações: "A nossa preocupação não é levar para o Governo amigos, colegas ou parentes, mas sim os mais competentes". Nas nomeações "o critério será o da competência das pessoas, sejam ou não do PSD". E ainda: "Vamos ter menos ‘jobs’ para os ‘boys’". Estas frases dizem tudo. As duas primeiras foram proferidas por Passos Coelho. A última é de Álvaro, o ministro da Economia. Este texto podia ficar por aqui e estava tudo dito.

Passos Coelho não levou amigos, colegas ou parente para o Governo. Está a colocá-los em empresas e outros organismos. O critério é o da competência. Serão apenas pessoas do PSD ou CDS competentes? E Álvaro Santos Pereira disse tudo. "Vamos ter menos ‘jobs’ para os ‘boys’". O ministro não disse que não haveria "jobs para boys". Disse que haveria menos... Até cheguei a pensar que haveria menos porque as empresas públicas seriam menos. Mas não. Porque o Estado privatiza a EDP, mas antes que tudo mude... tudo fica na mesma. O Estado não é proprietário, mas é o dono. Percebe-se mal as nomeações políticas para a EDP. Como se percebe mal que ainda seja o Governo a ditar regras de uma empresa supostamente privada. O Conselho Geral e de Supervisão da EDP tem tudo: PSD, CDS, bloco central, BES. E agora percebe-se tudo. Eduardo Catroga negociou pelo PSD o Orçamento do Estado para 2011 e ajudou a fazer o programa eleitoral de Passos Coelho. Não foi remunerado por isso. Braga de Macedo fez o estudo sobre a diplomacia económica para Passos Coelho. Não foi remunerado por isso. Paulo Teixeira Pinto liderou o grupo que apresentou as propostas para uma revisão constitucional do PSD. Também não terá recebido por isso.

Mas não há de facto almoços grátis. Já sabíamos. Mais tarde ou mais cedo a conta chega. À EDP, como antes à Caixa, já chegou. Tudo muda, para ficar tudo na mesma.» [Jornal de Negócios]

Autor:

Alexandra Machado.
  
Tudo "dentro da lei"

«Conta o "Correio da Manhã" que três irmãs, de cinco, sete e oito anos de idade, oriundas de uma família carenciada e com a mãe no desemprego, têm sido obrigadas a almoçar, primeiro na rua e, depois (ó grandeza de alma!, ó altruísmo!) já no átrio da escola, obrigadas a levar pratos e talheres de casa e separadas de todas as outras crianças, como represália por a família não ter pago uma alegada dívida à Associação de Pais.

Para o pai-presidente da referida Associação de Pais, está tudo nos conformes, que é como quem diz "está tudo [a humilhação diária de três crianças para forçar a família a pagar a alegada dívida] a ser feito dentro da lei". E provavelmente, que sei eu?, estará mesmo. E como "está tudo a ser feito dentro da lei", decerto o bom homem há-de dormir de consciência tranquila, convicto de que, quando o frio começar a abrir frieiras nas mãos das meninas ou alguma adoecer, pai e mãe não terão outro remédio senão pagar o que devem.

Do que pensarão do caso os por assim dizer responsáveis da EB 1 de Carvalhos de Figueiredo (Tomar) não reza a história e Nuno Crato e o seu Ministério da Educação estão ocupados de mais a distribuir 253,7 milhões de euros (12 milhões dos quais sem explicação) por colégios privados para se preocupar com três meninas pobres de uma escola pública de Tomar. Tudo "dentro da lei", que esta gente é muito respeitadora da lei e a moral não é para aqui chamada.» [Jornal de Notícias]

Autor:

Manuel António Pina.
     

 Haja alguém com bom senso

«À margem da reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, a que preside, D. José Policarpo disse não ver "uma relevância muito grande" que assumam que são maçons. "A páginas tantas também vão ter de assumir que são do Sporting ou do Benfica? Não. Não me parece que seja necessário", reforçou.» [DN]

Parecer:

Confundir a maçonaria com uma qualquer organização criminosa é um abuso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao PSD e aos corruptos da direita que formem a sua própria associação criminosa.»
  
 Grande malandro

«Alberto João Jardim optou por pagar dívida de empresas regionais, deixando por liquidar as dívidas (também elas prestes a vencer) às farmácias. O Governo Regional culpa Lisboa por suspensão de medicamentos, mas pagou 86 milhões de dívidas de empresas participadas.

O Governo Regional da Madeira optou, em dezembro e perante fortes dificuldade de financiamento, por pagar cerca de 86 milhões de euros de dívidas de empresas regionais. Segundo apurou o DN, as disponibilidades de tesouraria da região no fim do ano foram aplicadas maioritariamente em empresas participadas pelo Governo Regional, deixando por pagar as dívidas (também elas prestes a vencer) às farmácias. » [DN]

Parecer:

Oas amigos do betão estão primeiro do que a saúde dos madeirenses.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Denuncie-se.»
  
 O Álvaro afundou-se mais um pouco

«Contactado pela Lusa, o Ministério da Economia confirma o adiamento da reunião, não apresentando oficialmente motivos para essa decisão. A reunião de quarta-feira era encarada como fundamental para se alcançar um acordo entre o Governo, os patrões e a UGT, a única central sindical disposta a negociar com o Executivo, mas a manutenção da proposta de aumento do horário de trabalho em meia hora "inviabiliza qualquer tipo de acordo e é uma matéria sem discussão", sentenciou João Proença.» [DN]

Parecer:

Este Álvaro já é um case study da incompetência.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Pobre Álvaro

«A reunião desta tarde surge no mesmo dia em que o líder da CGTP, Carvalho da Silva, lamentou, aos microfones da TSF, não ter sido convocado para as reuniões bilaterais que têm sido realizadas nas últimas semanas a propósito da legislação laboral que o Governo levou para discussão na concertação social.

A reunião com a delegação da CGTP, liderada por António Carvalho da Silva, terá lugar pelas 15:30, no Ministério da Economia, disse a mesma fonte, que confirmou ter sido o ministro Álvaro Santos Pereira a convocar este encontro pelo telefone ao final da manhã.

O convite do ministro da Economia surgiu depois de esta manhã o secretário-geral da CGTP ter afirmado, em entrevista à TSF, que lamentava não ter sido convocado para as reuniões bilaterais que têm vindo a ocorrer entre o Governo, as confederações patronais e a UGT. Carvalho da Silva lembrou, a propósito, que não abandonou a concertação social nem as reuniões bilaterais, lembrou a mesma fonte.» [DE]

Parecer:

Parece que agora ouve a TSF e só depois sabe o que fazer.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Tenha-se dó da personagem.»
  
 BdP destrói ideia da recuperação económica em 2013

«O Banco de Portugal está ainda mais pessimista do que as três instituições internacionais responsáveis pelo resgate a Portugal e garante que a anunciada retoma para 2013 não será mais do que uma "virtual estagnação".

A instituição liderada por Carlos Costa estima que o consumo privado vai cair mais, antecipa uma contracção do investimento ainda mais profunda e espera uma recessão ligeiramente maior, mostram os dados do Boletim Económico de Inverno, publicado hoje.» [DE]

Parecer:

Porque será que o Gaspar pouco fala de 2013?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aposte-se que em 2013 ainda haverá contracção económica.»
  
 O fanfarrão está teso

«Alberto João Jardim vai ter de fazer grande ginástica financeira para conseguir garantir este mês o pagamento dos ordenados aos funcionários públicos do governo regional (26,5 milhões de euros), o pagamento de aquisição de bens e serviços (13,8 milhões de euros) e a liquidação de dívida à Associação Nacional de Farmácias (ANF) de quatro milhões. E para já, não tem dinheiro assegurado. Ontem, o governo de Jardim admitiu que pediu a antecipação das receitas fiscais de 30 milhões de euros ao governo da República, para pagar às farmácias, mas em cima da mesa tem mais contas urgentes para pagar que chegam a quase 45 milhões.» [i]

Parecer:

Longe vão os tempos das fanfarronices.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 O brincalhão do dia

«Vasco de Mello garante que o Governo não teve qualquer interferência nas nomeações para o Conselho Geral e de Supervisão da EDP. Combatendo a polémica dos últimos dias, o accionista da EDP diz que o Executivo abdicou expressamente dessa possibilidade.

Em declarações ao Negócios, fonte próxima de Vasco de Mello afirma que o empresário, em representação dos accionistas privados da EDP, "teve reuniões com o senhor ministro das Finanças e nessas reuniões ficou claro que a definição dos nomes a integrar no Conselho Geral e de Supervisão da EDP era competência estrita dos accionistas privados actuais, em sintonia com o novo accionista da empresa, a Three Gorges."» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Pois foi tudo coincidência. Enfim, quem não salta (ou não mente) é da oposição!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada, solicite-se a quem acredita que levante o braço e pergunte-se ao Mello a que horas é que o Relvas lhe telefonou.»
  
 Que bem que se vive na banca suíça!

«Os trabalhadores do Banco de Portugal não serão afectados pelos cortes nos subsídios de férias e Natal do próximo ano, confirmou hoje o supervisor. O Banco de Portugal assegura que tomou medidas para poupar, nomeadamente cortar dias de descanso aos trabalhadores, mas não especifica a dimensão de custos que será diminuída este ano.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Este governador deve estar a gozar com os portugueses.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Exija-se ao Banco de Portugal que torne públicos o sistema remuneratório dos seus funcionários públicos, as regras de gestão do seu fundo de pensões e quanto poupou nos últimos anos com reduções de custos.»
  
 Pataco a ti, pataco a mim

«O presidente da autarquia do Fundão, Manuel Frexes (PSD), e o vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Álvaro Castello-Branco (CDS-PP), foram designados para a administração da Águas de Portugal, confirmou ao PÚBLICO o gabinete de imprensa do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).» [Público]

Parecer:

Uma coligação perfeita na hora de ir ao pote.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso desprezível.»
  

 America at work [The Atlantic]

A Boeing employee works inside the fuselage of a Boeing 787 Dreamliner, on September 25, 2011 in Everett, Washington. (Stephen Brashear/Getty Images)
 
Biological analyst Alan Dowden of the Seattle Sperm Bank rides the Sperm Bike, a custom-designed, high-tech bicycle used to deliver donated sperm to fertility clinics, in Seattle November 8, 2011. According to Seattle Sperm Bank's managing director Gary Olsem, donor sperm is transported by medical technicians aboard the bike in liquid nitrogen-cooled vacuum containers. The first Sperm Bike was adopted by Seattle Sperm Bank's sibling company, the European Sperm Bank, in Cophenhagen. (Reuters/Anthony Bolante)
Schenectady firefighter/paramedic Adam Colvin's helmet is covered in ice after a neighboring house exploded when a gas main was severed by a construction worker in Schenectady, New York, on January 4, 2012. All occupants were accounted for, and 3 alarms were sounded to control the blaze. (AP Photo/The Daily Gazette, Peter R. Barber)
Harvey Lesser, 58, weeps in his car after he was evicted from his apartment by a court order on December 11, 2009 in Boulder, Colorado. Lesser, an unemployed software developer suffering from high blood pressure, diabetes and chronic back problems, said that he could not afford to make his rent payment the previous month, leading to the eviction. Since being laid off by IBM, he said he had exhausted all of his savings, including retirement funds, for cost of living expenses as well as the $700 monthly payments for personal health insurance. (John Moore/Getty Images)
Devin Gosney of Burlington, Iowa, a quality inspector, examines the interior of a wind turbine blade at the Siemens Wind Turbine Blade Factory, on Tuesday May 24, 2011, just south of Fort Madison, Iowa. (AP Photo/The Hawk Eye, John Lovretta)