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Na baía de Guanabara [A. Cabral]
A mentira do dia d'O Jumento
Confirma-se o desmentido de Belém, a família continua feliz, Cavaco lá continua à rasca com as contas e Passos Coelho ainda não foi deixar o Gaspar à porta da Mitra.
Jumento do dia
Confirma-se o desmentido de Belém, a família continua feliz, Cavaco lá continua à rasca com as contas e Passos Coelho ainda não foi deixar o Gaspar à porta da Mitra.
Jumento do dia
Carlos Zorrinho, líder parlamentar do PS
Compreende-se que o PS dê a impressão de ser um partido com o estatuto de observador no parlamento, se o seu líder parlamentar considera que o ministério das Finanças está bem entregue a um extremista e toda a política do governo é conduzida pelo ministro das Finanças é natural que os deputados de PS se sintam a morrer de tédio.
«A bancada do PS tem feito oposição ao Governo em modo suave, a avaliar pela estatística dos instrumentos de fiscalização ao Executivo utilizados desde o início da actual legislatura. Os socialistas somam pouco mais projectos de resolução do que o PSD e até o CDS fez mais recomendações ao Governo.
Em perguntas dirigidas ao Governo e a toda a administração do Estado, os socialistas incomodam menos do que os sociais-democratas ou do que os centristas, as duas bancadas que apoiam o Executivo. Carlos Zorrinho, líder parlamentar da bancada socialista, diz que a forma de fazer política do PS "é diferente".
Desde o início da XII legislatura e até meados da passada semana, o PS apresentou 28 projectos de resolução, iniciativas legislativas que são uma recomendação ao Governo. Até o CDS soma mais um projecto de resolução do que o PS, enquanto o PSD contabiliza 24 recomendações ao Governo. À esquerda, os números disparam. O PCP apresentou 53 projectos de resolução, o Bloco de Esquerda soma mais dez e Os Verdes (que tem apenas dois deputados) regista 10 iniciativas de recomendação ao Governo.» [Público]
Driving in winter
«A bancada do PS tem feito oposição ao Governo em modo suave, a avaliar pela estatística dos instrumentos de fiscalização ao Executivo utilizados desde o início da actual legislatura. Os socialistas somam pouco mais projectos de resolução do que o PSD e até o CDS fez mais recomendações ao Governo.
Em perguntas dirigidas ao Governo e a toda a administração do Estado, os socialistas incomodam menos do que os sociais-democratas ou do que os centristas, as duas bancadas que apoiam o Executivo. Carlos Zorrinho, líder parlamentar da bancada socialista, diz que a forma de fazer política do PS "é diferente".
Desde o início da XII legislatura e até meados da passada semana, o PS apresentou 28 projectos de resolução, iniciativas legislativas que são uma recomendação ao Governo. Até o CDS soma mais um projecto de resolução do que o PS, enquanto o PSD contabiliza 24 recomendações ao Governo. À esquerda, os números disparam. O PCP apresentou 53 projectos de resolução, o Bloco de Esquerda soma mais dez e Os Verdes (que tem apenas dois deputados) regista 10 iniciativas de recomendação ao Governo.» [Público]
Driving in winter
Os pobres que paguem a crise
«"O governo anunciou que vai alargar por mais um ano o programa de prevenção de execuções para evitar que as famílias percam as suas casas". Diria que isto acontece em que parte do mundo? Na Europa? E aqui, em Portugal? Pois está enganado. É nos Estados Unidos.
Em Portugal foram 6900 as casas entregues aos bancos por falta de pagamento dos empréstimos, um aumento de 17% em 2011. Quase metade dos casos aconteceram nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, com especial relevo para as zonas que funcionam como dormitórios.
O número de famílias que se declararam insolventes elevaram-se a 2.400 só no primeiro semestre do ano passado. O retrato numérico esconde histórias de autêntico terror e que nunca imaginaríamos ouvir há menos de seis meses. Idosos, que garantiram empréstimos aos filhos que não os pagaram, vêem entrar pelas suas casas os homens da execução que os deixam com um colchão e um casquilho para colocarem uma lâmpada, num total e absoluto desrespeito pela lei. Ou famílias que ficam sem a casa mas que têm de continuar a pagar o empréstimo.
Há umas semanas, num das análises à crise, o director da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, José Ferreira Machado, fez uma constatação muito interessante. Nos Estados Unidos, a sociedade e o governo responsabilizaram os bancos, ou seja, os credores, pela sua crise da dívida. Na Europa culpam-se os devedores. Atitudes que estão a determinar medidas e políticas completamente diferentes nos dois lados do Atlântico.
O resultado desta atitude, que insulta o liberalismo, é uma Europa que desprotege os mais frágeis. Os gregos estão na miséria? Os portugueses caminham para a miséria? Pouco parece interessar aos líderes europeus, muito menos a Angela Merkel, mais preocupada em ganhar eleições na sua terra. Afinal os gregos, os portugueses, os irlandeses, os italianos, os espanhóis não votam na Alemanha.
Portugal é obrigado a jogar este jogo. Mas, na liberdade que tem, devia fazer a diferença. O ajustamento, como está desenhado, dita um mergulho recessivo na economia. Mas o programa de ajustamento dá ao governo de Pedro Passos Coelho margem para distribuir os custos desse reajustamento.
Até agora, a redução dos défices públicos e externo têm sido pagos pelo português comum, que depende do seu salário para viver ou que tem uma pequena empresa. É a eles que foi enviada a factura do aumento dos impostos, do corte dos subsídios, do pagamento da saúde, da subida da electricidade, do agravamento nos transportes públicos. O resultado tem sido a perda do emprego, a perda da casa e o desespero para muitas famílias.
A culpa é da troika? Claro que não. O retrato dos números do desemprego, das execuções e das insolvências devia fazer ver ao Governo como é urgente adoptar medidas que também são exigidas pela troika, como a redução da factura das parcerias público-privadas e dos subsídios da electricidade. Há no programa de ajustamento medidas que tardam a chegar e que reduzem a factura da crise que os mais frágeis estão a pagar.
"Os pobres têm de se sacrificar porque os ricos têm muitas despesas", diz ironicamente quem quer desdramatizar o desespero das conversas sobre a crise. Esperemos que este não seja o catecismo reinante. Os pobres que paguem a crise não é nenhum princípio liberal. É imoral.» [Jornal de Negócios]
Em Portugal foram 6900 as casas entregues aos bancos por falta de pagamento dos empréstimos, um aumento de 17% em 2011. Quase metade dos casos aconteceram nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, com especial relevo para as zonas que funcionam como dormitórios.
O número de famílias que se declararam insolventes elevaram-se a 2.400 só no primeiro semestre do ano passado. O retrato numérico esconde histórias de autêntico terror e que nunca imaginaríamos ouvir há menos de seis meses. Idosos, que garantiram empréstimos aos filhos que não os pagaram, vêem entrar pelas suas casas os homens da execução que os deixam com um colchão e um casquilho para colocarem uma lâmpada, num total e absoluto desrespeito pela lei. Ou famílias que ficam sem a casa mas que têm de continuar a pagar o empréstimo.
Há umas semanas, num das análises à crise, o director da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, José Ferreira Machado, fez uma constatação muito interessante. Nos Estados Unidos, a sociedade e o governo responsabilizaram os bancos, ou seja, os credores, pela sua crise da dívida. Na Europa culpam-se os devedores. Atitudes que estão a determinar medidas e políticas completamente diferentes nos dois lados do Atlântico.
O resultado desta atitude, que insulta o liberalismo, é uma Europa que desprotege os mais frágeis. Os gregos estão na miséria? Os portugueses caminham para a miséria? Pouco parece interessar aos líderes europeus, muito menos a Angela Merkel, mais preocupada em ganhar eleições na sua terra. Afinal os gregos, os portugueses, os irlandeses, os italianos, os espanhóis não votam na Alemanha.
Portugal é obrigado a jogar este jogo. Mas, na liberdade que tem, devia fazer a diferença. O ajustamento, como está desenhado, dita um mergulho recessivo na economia. Mas o programa de ajustamento dá ao governo de Pedro Passos Coelho margem para distribuir os custos desse reajustamento.
Até agora, a redução dos défices públicos e externo têm sido pagos pelo português comum, que depende do seu salário para viver ou que tem uma pequena empresa. É a eles que foi enviada a factura do aumento dos impostos, do corte dos subsídios, do pagamento da saúde, da subida da electricidade, do agravamento nos transportes públicos. O resultado tem sido a perda do emprego, a perda da casa e o desespero para muitas famílias.
A culpa é da troika? Claro que não. O retrato dos números do desemprego, das execuções e das insolvências devia fazer ver ao Governo como é urgente adoptar medidas que também são exigidas pela troika, como a redução da factura das parcerias público-privadas e dos subsídios da electricidade. Há no programa de ajustamento medidas que tardam a chegar e que reduzem a factura da crise que os mais frágeis estão a pagar.
"Os pobres têm de se sacrificar porque os ricos têm muitas despesas", diz ironicamente quem quer desdramatizar o desespero das conversas sobre a crise. Esperemos que este não seja o catecismo reinante. Os pobres que paguem a crise não é nenhum princípio liberal. É imoral.» [Jornal de Negócios]
Autor:
Helena Garrido.
Como se cria uma diversão
«Cavaco Silva está a tentar recuperar a credibilidade e autoridade perdidas com o episódio das pensões que não chegam para a sua despesa familiar da pior forma, alinhando ao lado dos mais críticos do Governo, capitalizando descontentamentos e até fragilidades sociais. É feio.» [DE]
Autor:
António Costa.
PS: quem tenha estômago para acompanhar os escritos do director do DE sabe até que ponto ele escreve o que o Governo pensa/sugere ou que pensa que o governo deseja que seja dito por alguém. Este artigo do director do DE parece uma partitura de Mozart tocada por Passos Coelho para Cavaco ouvir.
Estamos à deriva?PS: quem tenha estômago para acompanhar os escritos do director do DE sabe até que ponto ele escreve o que o Governo pensa/sugere ou que pensa que o governo deseja que seja dito por alguém. Este artigo do director do DE parece uma partitura de Mozart tocada por Passos Coelho para Cavaco ouvir.
«A Europa desmorona-se, a cada dia que passa, às mãos de quem a dirige politicamente – uma direita conservadora, ultra liberal, com epicentro em Berlim, e um ajudante de campo em Paris. A Grécia, a quem foi aplicada uma dose cavalar de empobrecimento, em curto espaço de tempo, está nos cuidados intensivos, como não podia deixar de acontecer. Só ainda não lhe desligaram a máquina dos euros com receio do contágio da doença a economias mais “pesadas” como a Espanha e a Itália, se não mesmo a França, mas já avançaram com a ideia peregrina de o país de Sócrates, Platão e Aristóteles se deixar ocupar pacificamente pelos “bárbaros do Norte” - os germânicos -, os quais se mostraram disponíveis para lhes gerir o Orçamento de Estado a troco do apoio financeiro. Portugal, onde se aplica a mesma receita que tão maus resultados tem dado, está na calha, entre as urgências e os cuidados intensivos, apesar do ministro das Finanças, de vez em quando, em momentos de alucinação, falar em “ponto de viragem”, quando se sabe que precisamos de novo “resgate”, ainda mais volumoso, para não cairmos na bancarrota; a Espanha, com mais de 5 milhões de desempregados, está a percorrer o mesmo caminho, para não falar na Itália. Nos últimos dois anos, sob a batuta alemã, tudo foi feito para chegarmos aqui. E o que é caricato, nesta situação, são as vozes de quem não vê um palmo à frente do nariz, aqui dentro de portas, a pedir mais austeridade, mais empobrecimento dos portugueses, mais horas e dias de trabalho e menos férias, menos contestação sindical e mais cortes nas despesas sociais essenciais, que ao Estado compete assegurar.
Os resultados desta paranóia começam a ser tão notórios, o abismo está tão próximo, que já começam a aparecer sinais da necessidade de retroceder neste caminho que nos conduz a um prolongado inverno europeu, à recessão e à miséria. Christine Lagarde, a patroa do FMI, juntou a sua voz a muitas outras, no Fórum Económico Mundial, em Davos, para dizer que os países europeus “têm flexibilidade para promover o crescimento da economia da Zona Euro”, dando sinais de recear as consequências recessivas das severas políticas de austeridade até agora cegamente aplicadas. No mesmo sentido, é significativo que a Cimeira Europeia, que decorre hoje, se debruce sobre o crescimento económico e a política de investimento. Não vão, provavelmente, os dirigentes europeus decidir nada, como é costume, mas só a “preocupação”agendada já é um sinal. Por cá correm notícias de que proeminentes personalidades do cavaquismo defendem “que o Governo deve substituir o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que vêem como ‘um ultraliberal’ que está a ‘dar cabo’ do modelo social e económico construído após o 25 de Abril, no qual os três governos de Cavaco (1985-1995) tiveram um papel crucial”. Estes são sinais de que o caminho trilhado pelo governo de Passos Coelho não tem saída à vista.
É neste quadro de decadência europeia que se torna mais evidente o de-saparecimento completo de pensamento e de propostas dos socialistas, trabalhistas e social-democratas agrupados na Internacional Socialista. A isso não deve ser estranho o facto da presidência dos socialistas europeus estar entregue a George Papandreou, o ex-primeiro-ministro grego deposto pela senhora Merkel, nem as consequências da “terceira via” de Tony Blair, que quando no governo ocupou o espaço político da direita e, hoje, é pago a peso de ouro como conselheiro do governo do Cazaquistão. A Internacional Socialista não existe. Os socialistas portugueses, espanhóis e britânicos, por exemplo, que perderam eleições recentemente, estão desorientados ideológica e politicamente, sem um fio de pensamento minimamente estruturado, como se estivessem à espera de Godot. Comunistas, verdes, bloquistas e afins estão embalsamados em mausoléus. A Europa está à deriva, sem costa à vista.» [i]
Os resultados desta paranóia começam a ser tão notórios, o abismo está tão próximo, que já começam a aparecer sinais da necessidade de retroceder neste caminho que nos conduz a um prolongado inverno europeu, à recessão e à miséria. Christine Lagarde, a patroa do FMI, juntou a sua voz a muitas outras, no Fórum Económico Mundial, em Davos, para dizer que os países europeus “têm flexibilidade para promover o crescimento da economia da Zona Euro”, dando sinais de recear as consequências recessivas das severas políticas de austeridade até agora cegamente aplicadas. No mesmo sentido, é significativo que a Cimeira Europeia, que decorre hoje, se debruce sobre o crescimento económico e a política de investimento. Não vão, provavelmente, os dirigentes europeus decidir nada, como é costume, mas só a “preocupação”agendada já é um sinal. Por cá correm notícias de que proeminentes personalidades do cavaquismo defendem “que o Governo deve substituir o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que vêem como ‘um ultraliberal’ que está a ‘dar cabo’ do modelo social e económico construído após o 25 de Abril, no qual os três governos de Cavaco (1985-1995) tiveram um papel crucial”. Estes são sinais de que o caminho trilhado pelo governo de Passos Coelho não tem saída à vista.
É neste quadro de decadência europeia que se torna mais evidente o de-saparecimento completo de pensamento e de propostas dos socialistas, trabalhistas e social-democratas agrupados na Internacional Socialista. A isso não deve ser estranho o facto da presidência dos socialistas europeus estar entregue a George Papandreou, o ex-primeiro-ministro grego deposto pela senhora Merkel, nem as consequências da “terceira via” de Tony Blair, que quando no governo ocupou o espaço político da direita e, hoje, é pago a peso de ouro como conselheiro do governo do Cazaquistão. A Internacional Socialista não existe. Os socialistas portugueses, espanhóis e britânicos, por exemplo, que perderam eleições recentemente, estão desorientados ideológica e politicamente, sem um fio de pensamento minimamente estruturado, como se estivessem à espera de Godot. Comunistas, verdes, bloquistas e afins estão embalsamados em mausoléus. A Europa está à deriva, sem costa à vista.» [i]
Autor:
Tomás Vasques.
Até tu Pina Moura?
«"A crise da UE e na UE constitui um obstáculo poderoso e grave para uma redução mais rápida dos problemas portugueses", defendeu hoje Pina Moura, na Guarda, onde participou na conferência "Portugal - A soma das partes: As economias como factor de desenvolvimento", organizada pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, em parceria com a TSF e o Jornal de Notícias.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Por este andar só o Passos Coelho e o Gaspar consideram que a causa dos nossos males é doméstica, o primeiro porque é idiota e o segundo porque esse argumento lhe interessa para prosseguir com o seu projecto pessoal de reengenharia social do país.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Pina Moura porque levou tanto tempo a chegar a esta brilhante conclusão.»
Os investidores não se apaixonaram pelo Gasparoika?
«O Banco Central Europeu (BCE) foi hoje ao mercado secundário para adquirir títulos de dívida de Portugal, de acordo com duas fontes citadas pela Bloomberg com conhecimento das operações.
A intervenção da autoridade monetária da zona euro surge num dia em que os indicadores de risco da dívida soberana de Portugal voltam a renovar máximos desde a criação do euro, pouco antes de se realizar em Bruxelas um conselho europeu informal, que tem na agenda o crescimento económico e o emprego.» [Jornal de Negócios]
A intervenção da autoridade monetária da zona euro surge num dia em que os indicadores de risco da dívida soberana de Portugal voltam a renovar máximos desde a criação do euro, pouco antes de se realizar em Bruxelas um conselho europeu informal, que tem na agenda o crescimento económico e o emprego.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Será que ainda não se aperceberam da bondade da sua política extremista.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Contratem-se mais empresas internacionais de gestão de influências.»
Portas espertalhão
«Paulo Portas demarcou-se hoje da proposta alemã de colocar a Grécia sob controlo orçamental da União Europeia.
"Sem entrar em especulações, parece-me que há melhores formas de os credores verem satisfeitos os seus créditos e de os devedores cumprirem as suas obrigações", respondeu Paulo Portas a uma pergunta sobre a proposta alemã.» [DE]
"Sem entrar em especulações, parece-me que há melhores formas de os credores verem satisfeitos os seus créditos e de os devedores cumprirem as suas obrigações", respondeu Paulo Portas a uma pergunta sobre a proposta alemã.» [DE]
Parecer:
Reapareceu para discordar da Alemanha ganhando ponto em relação ao germanófilo Passos Coelho.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Casa onde não há pão...
«"Mau serviço ao país". É nestes termos que o ex-líder do PSD e conselheiro de Estado, Luís Marques Mendes, classifica as críticas feitas por "pessoas alegadamente próximas do Presidente da República" ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças. Para Marques Mendes são "injustas para o Governo" e "prejudiciais para a imagem de Cavaco Silva".
"Voltar ao tempo dos conflitos institucionais é das piores coisas que nos podem acontecer. A ideia de que Presidente e Governo estão em conflito agrava o clima de desconfiança, reforça o ambiente de insegurança, torna mais difícil construir uma ideia de esperança", argumenta em artigo de opinião hoje publicado no "Correio da Manhã".» [Expresso]
"Voltar ao tempo dos conflitos institucionais é das piores coisas que nos podem acontecer. A ideia de que Presidente e Governo estão em conflito agrava o clima de desconfiança, reforça o ambiente de insegurança, torna mais difícil construir uma ideia de esperança", argumenta em artigo de opinião hoje publicado no "Correio da Manhã".» [Expresso]
Parecer:
Parece que a casa cavaquista está dividida.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Identifiquem-se os perigosos cavaquistas anónimos.»
Alemanha ultrapassa todos os limites
«O número dois do governo alemão defendeu ontem que se os gregos não cumprirem os objectivos, então terá de ser imposta de fora uma liderança, a partir da União Europeia. Na véspera da cimeira europeia, Philipp Roesler tornou-se no primeiro membro do governo alemão a assumir a paternidade da ideia segundo a qual a troco de um segundo programa da troika, um comissário europeu do orçamento seria investido de funções governativas em Atenas, retirando ao governo legítimo funções essenciais.
Numa entrevista ao jornal “Bild”, o número dois de Merkel afirma: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.
O governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica--se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e zona euro em particular”.» [i]
Numa entrevista ao jornal “Bild”, o número dois de Merkel afirma: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.
O governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica--se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e zona euro em particular”.» [i]
Parecer:
A velha endoideceu.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se a senhora à bardamerda.»
A coisa está a azedar
«Nas vésperas de mais um Conselho Europeu, Passos Coelho foi surpreendido por mais um aviso saído de Belém. As notícias dos últimos dias que dão conta de uma discórdia do Presidente da República em relação à estratégia seguida por São Bento – e pelos líderes europeus com quem o primeiro-ministro reúne hoje – não caíram bem na maioria PSD/CDS. O i sabe que o governo encarou com surpresa e apreensão o conjunto de notícias citando Belém dos últimos dias e, num momento de crise, fonte da maioria parlamentar diz ao i que é preciso um “envolvimento leal” do Presidente.
A discórdia pública entre Cavaco Silva e Passos Coelho sobre o caminho a seguir para tirar o país da crise não é de hoje. Mas perante as últimas notícias, a ordem em São Bento é de silêncio. Fonte da maioria contou ao i que o primeiro-ministro deu indicações dentro do executivo para que ninguém comente as notícias, tanto do “Expresso”, que dizia que o Presidente discorda do “Estado mínimo” depois das reformas estruturais que o governo quer levar a cabo, como do “Público” que ontem garantia que no núcleo cavaquista já se fala da necessidade de afastar Vítor Gaspar do Ministério das Finanças. A mesma fonte da maioria acrescenta no entanto que com a troika em Portugal, o governo precisa do envolvimento leal do Presidente para recuperar a soberania.» [i]
A discórdia pública entre Cavaco Silva e Passos Coelho sobre o caminho a seguir para tirar o país da crise não é de hoje. Mas perante as últimas notícias, a ordem em São Bento é de silêncio. Fonte da maioria contou ao i que o primeiro-ministro deu indicações dentro do executivo para que ninguém comente as notícias, tanto do “Expresso”, que dizia que o Presidente discorda do “Estado mínimo” depois das reformas estruturais que o governo quer levar a cabo, como do “Público” que ontem garantia que no núcleo cavaquista já se fala da necessidade de afastar Vítor Gaspar do Ministério das Finanças. A mesma fonte da maioria acrescenta no entanto que com a troika em Portugal, o governo precisa do envolvimento leal do Presidente para recuperar a soberania.» [i]
Parecer:
Grande Gaspar, nunca ele imaginou vir a ser responsável por uma crise institucional.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se em Belém se ainda não sentiram a sensação estranha de estarem a ser escutados.»
Bancos transformados em imobiliárias
«O número de famílias e de promotores imobiliários que, no ano passado, se viram forçados a entregar os seus imóveis aos bancos por não conseguirem suportar os encargos com os empréstimos bancários atingiu os 6.900, mais 17% do que em 2010. Os números são da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), e revelam "uma tendência cada vez mais preocupante", alerta Luís Carvalho Lima, presidente desta entidade.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Por este andar e face às dificuldades da família Silva ainda vão ficar com a Quinta da Coelha.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Liberato nega zangas institucionais
«O chefe da Casa Civil da Presidência da República rejeitou, esta segunda-feira, o envolvimento de Cavaco Silva em "interpretações especulativas" sobre o relacionamento entre órgãos de soberania, esclarecendo que não têm fundamento notícias de desentendimentos com o Governo.» [JN]
Parecer:
Ninguém esperaria que as confirmasse.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»
Coal [Link]
20-year-old Anil Basnet sits for a portrait above the coal mine where he works on April 13, 2011 in Jiantia Hills, India. Many workers leave homes in neighboring states, and countries, like Bangladesh and Nepal, hoping to escape poverty and improve their quality of life. (Daniel Berehulak/Getty Images)
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A coal worker poses for a portrait in Shanxi Province, China on March 24, 2011. China is by far the largest producer and consumer of coal in the world. (Nelson Ching/Bloomberg)
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Railway workers push a wagon loaded with coal back to its track after it derailed at Sabarmati power house in Ahmedabad, India on September 7, 2011. Four people were injured after six wagons of a goods train carrying coal got derailed due to heavy rains. (Amit Dave/Reuters)
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