Foto Jumento
"Gloire á notre France eternelle", Cemitério dos Prazeres, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
"Olhando por cima dos telhados", Lisboa [A. Cabral]
Jumento do dia
Pedro Passos Coelho
Começa a ser preocupante, o discurso de Passos Coleho descolou da realidade e comça a parecer que o primeiro-ministro apresenta indícios de loucura ou, pelo menos, perda do conhecimento da realidade. O mesmo político que queria empobrecer Portugal à força e forçar uma redução do consumo tenta agora desesperadamente vender optimismo numa tentativa desesperada de reduzir os prejuízos da sua própria política.
O mesmo primeiro-ministro que se mantém fiel à Merkel e ignora que os fundamentos usados pela S&P para descer o rating da Europa favorecem a posição de Portugal tenta agora inventar empregos salpicando a economia com dinheiros públicos. Só pode ter "endoidado"!
«Passos Coelho começou a sua intervenção considerando que é "um dia histórico" e que "o compromisso agora alcançado será visto no futuro como um marco decisivo na história de um país que soube unir-se, superar dificuldades tremendas e reerguer-se".» [CM]
O mesmo primeiro-ministro que se mantém fiel à Merkel e ignora que os fundamentos usados pela S&P para descer o rating da Europa favorecem a posição de Portugal tenta agora inventar empregos salpicando a economia com dinheiros públicos. Só pode ter "endoidado"!
«Passos Coelho começou a sua intervenção considerando que é "um dia histórico" e que "o compromisso agora alcançado será visto no futuro como um marco decisivo na história de um país que soube unir-se, superar dificuldades tremendas e reerguer-se".» [CM]
T-Mobile's Home For The Holidays Surprise
O Álvaro subiu um ponto
Agora já vale 1 numa escala de 0 a 20.
Protesto na Wiki
Um acordo para inglês ver
Quem ouve o governo ou alguns empresários falarem do acordo fica com a impressão que trabalhadores e empresários se mobilizaram para salvar o país. Mas não é bem assim, nem as associações empresariais representam todo o universo dos empresários e a UGT ou mesmo as duas centrais sindicais representam os trabalhadores.
O retrocesso social conseguido pela direita com o acordo de concertação social não garante a paz social e se hoje tivesse sido feita uma sondagem aos trabalhadores portugueses ter-se-ia percebido que estes nem se sentem representados nos sindicatos, nem conhecem o que foi decidido pelos que supostamente os representam.
O retrocesso social conseguido pela direita com o acordo de concertação social não garante a paz social e se hoje tivesse sido feita uma sondagem aos trabalhadores portugueses ter-se-ia percebido que estes nem se sentem representados nos sindicatos, nem conhecem o que foi decidido pelos que supostamente os representam.
O unicórnio que voa
«Olha, é uma reforma estrutural! Afinal existem mesmo, fazem-se com partidos de direita e em democracia. Chamem as galinhas com dentes e levem-nas com os porcos de bicicleta a visitar o unicórnio voador. Agora que já caminhamos sobre a água, só falta saber para onde vamos: temos reforma, o que se faz com ela? A pergunta é para si, senhor empresário
Alvíssaras, Álvaro Santos Pereira, alvíssaras, Pedro Passos Coelho. A reforma do mercado de trabalho era necessária há muitos anos. Grande parte dela já havia até sido concluída no Governo de José Sócrates, basta ver a facilidade com que se despediram milhares nos últimos anos. Mas sobrava uma última rigidez: o despedimento individual. Era como dobrar uma barra de ferro. Agora, se os tribunais não implicarem, será dúctil como plasticina. Era uma aberração: ter o despedimento colectivo instantâneo e o despedimento individual impossível.
A reforma é toda para isto: para baixar custos às empresas (nas rescisões, nas horas extraordinárias) e ao Estado (menos subsídio de desemprego), para que se trabalhe mais tempo (menos férias, folgas e feriados) e para enunciar a liberalização do despedimento. Sim, é uma enunciação, pois os termos para a inadaptação do posto de trabalho são tão ambíguos que o tribunal pode no mesmo gesto abrir ou fechar a porta.
Mas esta é também uma reforma feita para consumo externo, para agradar aos mercados, como confessou o ministro da Economia, para saciar a troika, para pontuar melhor nos "rankings" de competitividade.
Tudo o que é perdido, é o trabalhador que perde. Tudo o que é ganho, é a empresa que ganha. Tudo o que é omisso, é omisso para o trabalhador, para o precário ou para o desempregado. Com um caso gritante: e os recibos verdes, pá? Nada, não há quase nada. Mas esse é tema para um outro editorial. Para já, fiquemos no que está no acordo, olhemos para o meio copo, porque hoje é dia de celebração.
O acordo é bom, pois a situação era desequilibrada a favor do trabalhador. Mas agora acabou-se a ladainha e o ramerrão. O Governo sai de cena e a lei deixa de ser bode expiatório: aos patrões foi dado aquilo que nem nos sonhos mais selvagens eles esperavam ter. Agora que têm a varinha mágica na mão, precisam de mostrar que sabem usá-la, que não a abanam por vingança, que não a viram contra si mesmos.
Deixemo-nos de histórias: o primeiro efeito desta mudança da lei será de destruição. Há milhares de empresas que estavam à espera disto para avançar com os despedimentos. Porque precisam de reduzir a sua capacidade, os seus custos, e porque não querem pagar milhares de euros em indemnizações. Depois dessa mortandade anunciada, inicia-se um novo ciclo.
É aqui que entram os chefes, os empresários e os patrões. A concertação social deu-lhes os meios que eles sempre reivindicaram, nunca mais poderão queixar-se se não de si mesmos. Ou são bons gestores, ou são maus gestores. E tendo em conta o estado das nossas empresas, a sua fragilidade financeira, a observação de que os trabalhadores portugueses trabalham bem no estrangeiro e em multinacionais, as expectativas estão baixas. A nossa capacidade de gestão é genericamente fraca. Temos muitos chefes incultos, gestores que não imaginam como se motiva, lidera, envolve e premeia, empresários muito pouco exigentes em relação a si mesmos. Todos eles estão hoje radiantes mas ficarão preocupados se a sua própria incompetência se tornar visível. É também por isso que esta reforma é boa, porque separará os bons gestores dos empresários duma figa.» [Jornal de Negócios]
Alvíssaras, Álvaro Santos Pereira, alvíssaras, Pedro Passos Coelho. A reforma do mercado de trabalho era necessária há muitos anos. Grande parte dela já havia até sido concluída no Governo de José Sócrates, basta ver a facilidade com que se despediram milhares nos últimos anos. Mas sobrava uma última rigidez: o despedimento individual. Era como dobrar uma barra de ferro. Agora, se os tribunais não implicarem, será dúctil como plasticina. Era uma aberração: ter o despedimento colectivo instantâneo e o despedimento individual impossível.
A reforma é toda para isto: para baixar custos às empresas (nas rescisões, nas horas extraordinárias) e ao Estado (menos subsídio de desemprego), para que se trabalhe mais tempo (menos férias, folgas e feriados) e para enunciar a liberalização do despedimento. Sim, é uma enunciação, pois os termos para a inadaptação do posto de trabalho são tão ambíguos que o tribunal pode no mesmo gesto abrir ou fechar a porta.
Mas esta é também uma reforma feita para consumo externo, para agradar aos mercados, como confessou o ministro da Economia, para saciar a troika, para pontuar melhor nos "rankings" de competitividade.
Tudo o que é perdido, é o trabalhador que perde. Tudo o que é ganho, é a empresa que ganha. Tudo o que é omisso, é omisso para o trabalhador, para o precário ou para o desempregado. Com um caso gritante: e os recibos verdes, pá? Nada, não há quase nada. Mas esse é tema para um outro editorial. Para já, fiquemos no que está no acordo, olhemos para o meio copo, porque hoje é dia de celebração.
O acordo é bom, pois a situação era desequilibrada a favor do trabalhador. Mas agora acabou-se a ladainha e o ramerrão. O Governo sai de cena e a lei deixa de ser bode expiatório: aos patrões foi dado aquilo que nem nos sonhos mais selvagens eles esperavam ter. Agora que têm a varinha mágica na mão, precisam de mostrar que sabem usá-la, que não a abanam por vingança, que não a viram contra si mesmos.
Deixemo-nos de histórias: o primeiro efeito desta mudança da lei será de destruição. Há milhares de empresas que estavam à espera disto para avançar com os despedimentos. Porque precisam de reduzir a sua capacidade, os seus custos, e porque não querem pagar milhares de euros em indemnizações. Depois dessa mortandade anunciada, inicia-se um novo ciclo.
É aqui que entram os chefes, os empresários e os patrões. A concertação social deu-lhes os meios que eles sempre reivindicaram, nunca mais poderão queixar-se se não de si mesmos. Ou são bons gestores, ou são maus gestores. E tendo em conta o estado das nossas empresas, a sua fragilidade financeira, a observação de que os trabalhadores portugueses trabalham bem no estrangeiro e em multinacionais, as expectativas estão baixas. A nossa capacidade de gestão é genericamente fraca. Temos muitos chefes incultos, gestores que não imaginam como se motiva, lidera, envolve e premeia, empresários muito pouco exigentes em relação a si mesmos. Todos eles estão hoje radiantes mas ficarão preocupados se a sua própria incompetência se tornar visível. É também por isso que esta reforma é boa, porque separará os bons gestores dos empresários duma figa.» [Jornal de Negócios]
Autor:
Pedro Santos Guerreiro.
João Duque zangado com o governo?
«Duque exibiu um gráfico que mostra que as previsões de sucessivos governos quando ao défice orçamental "desde 1999 a 2010" pecaram sempre por defeito - ou seja, "o resultado foi pior" do que o previsto.
"Sempre que resolvemos fazer dieta, no dia 02 de janeiro funciona, no dia 03 já esquecemos", disse Duque. "Agora acabou a margem de erro."» [DN]
"Sempre que resolvemos fazer dieta, no dia 02 de janeiro funciona, no dia 03 já esquecemos", disse Duque. "Agora acabou a margem de erro."» [DN]
Parecer:
Afalar assim no dia 18 é caso para pensar no que lhe terão feito ou do que se terão esquecido os do governo. O homem tem alguma razão, por muito menos do que ele deu ao PSD o Catroga vai receber cinquenta mil por mês.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Crie-se uma vaga na administração da Three Gourges local.»
Tumultos na Loja do Cidadão do Porto
«Na semana passada o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social anunciou que o Estado tem acumulados mais de 570 milhões de euros de prestações sociais pagas indevidamente e que por esse motivo, 117 mil pessoas estavam a ser notificações para obrigar à devolução do dinheiro.
Os cidadãos notificados começam a deslocar-se à Segurança Social para perceber o erro em que estão envolvidos e como podem resolver a questão, mas as respostas são poucas para tantas questões.
Hoje na loja do Cidadão do Porto houve mesmo uma série de tumultos onde resultou um vidro partido. Os cidadãos sentem-se enganados. » [Dinheiro Vivo]
Os cidadãos notificados começam a deslocar-se à Segurança Social para perceber o erro em que estão envolvidos e como podem resolver a questão, mas as respostas são poucas para tantas questões.
Hoje na loja do Cidadão do Porto houve mesmo uma série de tumultos onde resultou um vidro partido. Os cidadãos sentem-se enganados. » [Dinheiro Vivo]
Parecer:
Parece que o povo manso começa a ficar irritado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Os mercados comemoraram o acordo de concertação social
«A probabilidade de incumprimento (risco de default) da dívida soberana portuguesa atingiu às 12H30 um novo máximo histórico, de 65,17%. O preço dos credit default swaps (cds), os seguros contra o risco de incumprimento, subiram para 1229,66 pontos base, segundo dados da CMA DataVision.» [Expresso]
Parecer:
Uma hoa depois da assinatura do acordo!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Divulgue a fotografia dde Passos Coelho junto dos mercados.»
Soares dos Santos anda por aí
«Alexandre Soares dos Santos recebeu na terça-feira o troféu anual da "Exame" Excelência na Liderança. O líder da Jerónimo Martins falou no acordo de concertação social e defendeu que é importante diminuir as faltas no trabalho. » [Expresso]
Parecer:
Este é dos teimosos ou então está convencido de que tem uma grande quota no país.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao homem que fale em holandês.»
Moody's também celebra o acordo
«A Moody’s estima que Portugal, Espanha, Itália e Grécia estarão em recessão em 2012. Segundo as previsões da agência de “rating”, neste contexto de contracção económica será de esperar que haja um aumento das falências das pequenas e médias empresas nos quatro países.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Uma boa parte do pequeno comércio e restaurantes vai encerrar nestes dois anos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Mercados celebram o acordo
«Os juros da dívida pública portuguesa estão hoje de novo em forte alta, atingindo um novo recorde no prazo a 10 anos, retomando assim a tendência de alta desde que Portugal passou a ser classificado de lixo por parte das três agências de notação financeira.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Um dia em grande para a economia portuguesa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»
Scenes from India [The Atlantic]
In this Saturday, December 10, 2011 photograph, a child reacts to the camera as she collects recyclable spare parts at an automobile yard on the outskirts of Jammu, India.
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A man rides a motorcycle loaded with snacks amid dense fog on a cold morning at Noida on the outskirts of New Delhi, on December 31, 2011. The temperature in New Delhi had dipped to 6 degrees Celsius (42.8 degrees Fahrenheit), local media reported.
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Indian Navy personnel salute from the deck of an Indian naval vessel during the Presidents Fleet Review (PFR) in the Arabian Sea off the coast of Mumbai, India, on December 20, 2011. A PFR is conducted once in the tenure of a President who is also the supreme Commander of the armed forces to showcase the naval prowess and its strike capabilities.
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An Indian laborer works in an iron and steel factory on the outskirts of Jammu, India, on December 1, 2011.
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