Hoje é óbvio até para os mais ignorantes em política económica que o FMI falhou por incompetência dos seus técnicos, aliás, bastaria reparar na sucessiva substituição das caras daquela instituição em Portugal para se perceber que algo estava mal. O FMI falou na avaliação da situação do país, falhou nos pressupostos técnicos do modelo que utilizou e falhou nas medidas.
O FMI foi e continua a ser incompetente, os representantes em Portugal revelara-se gente de grande incompetência e as dezenas de quadros que estão em Portugal pagos principescamente são na sua maioria juniores inexperientes ou funcionários aposentados de administrações públicas com as quais a portuguesa nada tem a aprender. O contributo dos grandes técnicos do FMI para Portugal foi nula e o famoso projecto de reforma do Estado prova isso, tratou-se de um documento elaborado com falsos pressupostos, evidenciando uma total falta de coerência e sem apresentar uma medida da qual se pudesse dizer ser inovadora ou merecer um “benza-te Deus”.
O FMI tem sido, é e irá a ser incompetente, já mudou por duas vezes o responsável pela missão em Portugal e continua a ser incompetente. Por isso mesmo os responsáveis da instituição deveriam ser avaliados e demitidos dos seus cargos bem remunerados, começando pelos seus representantes em Portugal Quem não se lembra dos elogios do seu primeiro representante aos excessos do Gaspar ou de um tal Salassie que mal chegou a Portugal conquistou a simpatia da comunicação social ao afirmar que a solução não passava apenas pró austeridade? E o que tem feito o actual senão mandar recados pela comunicação social?
Normalmente a incompetência destas organizações conduz ao cinismo dos seus responsáveis, nunca assumirão a sua responsabilidade e muito menos a incompetência, em vez disso esquecem-se do que andaram a fazer e sugerem agora que a incompetência é dos governantes que apoiaram, acarinharam e com os quais conspiraram contra um povo e um país. Os técnicos do FMI e os seus responsáveis comportam-se como ratazanas, sabendo o que fizeram e que o país não é o oásis aplaudido no congresso do PSD e que os milagres da Santinha da Horta Seca valem tanto como os da Santinha da Ladeira, os responsáveis do FMI fazem relatórios críticos.
Até parece que acabaram de chegar e que á a primeira avaliação que fazem, até aprece que não têm por cá uma imensa equipa de técnicos a passearem-se pelos corredores do Estado, até parece que nunca elogiaram o governo e as sua políticas, até parece que nunca prometeram que o país criaria emprego, até parece que nunca disseram que Portugal era um caso de sucesso.
Infelizmente os nossos políticos estão dispostos a perdoar a estes canalhas do FMI e usam os seus relatórios para atacar apenas os adversários. O governo encobre o FMI porque lhe dá ou dava jeito a tese do oásis, a oposição agradece ao FMI o relatório crítico. E enquanto os indígenas colocam os interesses partidários acima dos nacionais, os incompetentes, canalhas e cínicos do FMI preparam-se para fazer as malas e partir como se tivessem feito uma grande obra em Portugal.